10 fatos bizarros que você não sabia sobre a saliva

Por , em 11.03.2014

A saliva é bem o tipo de coisa que a gente só presta atenção quando está voando da boca de alguém no momento mais inoportuno possível. Mas a verdade é que, independente da quantidade de atenção que a gente dedique a ela, a saliva é um sim um mar de fatos bizarros que talvez você não queira mesmo conhecer. Só que a sua curiosidade é tão grande que você apenas não consegue evitar e quer que eu pare de enrolar e comece logo a diversão.

Pois muito bem. Seus desejos serão atendidos! Vamos aos 10 fatos bizarros que você não sabia sobre saliva:

10. A saliva produz pedras nas glândulas salivares

Palavras-chave que fazem qualquer um chorar como uma criancinha: pedra, 7 cm, dentro, boca.

Nunca ouviu falar disso? Que bom. E tomara que aqui seja o único lugar que você ouça falar. Pedras salivares são basicamente como as pedras no rim, só que ficam na sua boca. Os sintomas mais comuns são boca seca, dor ou inchaço no pescoço e dificuldade de engolir. Mas apesar de eu, você e todo mundo que sabe da existência dessas coisas ter a certeza de que elas são terríveis, os cientistas ainda não têm certeza de como elas se formam, nem por quê. Eles culpam os suspeitos mais comuns: desidratação, alimentação pobre e uso de algum medicamento, mas a verdade absoluta é que ainda não sabem dizer qual é o problema.

Ao que tudo indica, as pedras salivares são mais recorrentes em homens adultos e podem crescer em uma proporção absurda. Enquanto na maioria dos casos registrados até hoje as pedras eram de poucos milímetros, alguns azarados chegaram a desenvolver pedras de até 7 cm.

Digamos que você é um desses casos de extremo azar e acabou desenvolvendo uma pedra dessas na boca. O que fazer? Depois de correr e gritar, o primeiro passo é descobrir qual é o tamanho. Pedras pequenas podem ser removidas pelo simples ato de chupar balas azedas. Isso ativa as glândulas, fazendo com que elas produzam mais saliva e praticamente joguem as pedras para fora. Se a pedra não cooperar ou for muito grande, um dentista pode disparar ondas de choque em sua boca, quebrando a estrutura em pequenos pedaços. E, claro, sempre existe a possibilidade de fazer uma cirurgia tradicional. Como você está se sentindo hoje? Com coragem? Então dá o play para ver como esse procedimento funciona:

9. Saliva do Monstro-de-gila reduz desejo por alimentos

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Quem diria que um lagarto venenoso dos Estados Unidos seria a cura para vícios como… Chocolate?

Na verdade, muitas pessoas se consideram “chocólatras”, mas poucas realmente têm essa dependência alimentar. O que a maioria de nós realmente tem é um desejo absurdo por determinados alimentos. Um desejo que costuma nos dominar – muito mais do que gostaríamos. E a solução para esse problema pode estar na saliva do monstro-de-gila, uma lagarto que vive nos desertos da América do Norte. Sua mordida é venenosa, mas sua saliva pode acabar com o vício em comida, já que pesquisadores suecos descobriram que ela é rica em um composto chamado exendin-4 que age no cérebro, basicamente satisfazendo os desejos por comida.

8. Saliva aumenta o desejo sexual

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Quem acha que a ciência é um negócio chato é porque provavelmente nunca ouviu falar na filematologia, a ciência que estuda o beijo. Em um teste, cientistas descobriram que beijar libera dopamina, serotonina e ocitocina, substâncias que tem um papel importante e fundamental no que a gente chama de “paixão”.

De acordo com a antropóloga Helen Fisher, os homens preferem beijos molhados, o popular “beijo de língua”, porque a saliva contém traços de testosterona e durante um longo período de tempo estimula a libido da mulher, aumentando sua vontade de ter relações sexuais.

7. A saliva contém analgésicos naturais

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Ainda não chegamos nem na metade da lista, mas uma coisa já deu para todo mundo concluir: a boca é um lugar estranho. Não apenas é o lar de possivelmente 72 variedade de bactérias, como também produz um dos analgésicos mais potentes que a ciência conhece: a opiorfina, que é nada menos que 6 vezes mais potente que a morfina.

6. Celulares fazem você salivar mais

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De acordo com pesquisas desenvolvidas no Vidya Shikshan Prasarak Mandal’s Dental College and Research Centre, na Índia, pessoas que ficam muito tempo penduradas no telefone babam 26% mais do que as pessoas que não tem esse hábito – ou necessidade. Em 2012, os cientistas separaram 142 pessoas em dois grupos: os que usavam muito telefone – mais de duas horas por dia -, e os que eram mais controlados.

Durante o estudo, alguns cientistas menos sortudos tiveram que acompanhar o fluxo de saliva nas glândulas parótidas dos voluntários. Localizadas dos dois lados da face, perto das orelhas, estes órgãos são as maiores glândulas salivares do nosso corpo e, como os cientistas constataram, eram maiores entre as pessoas que falavam mais no telefone. Ou seja: glândulas maiores, mais saliva.

5. Introvertidos salivam mais

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Basicamente, existem dois tipos de pessoas no mundo: os introvertidos e os extrovertidos. Os dois raramente se cruzam por aí, por um motivo bastante óbvio: os introvertidos estão ocupados demais se escondendo do mundo. Mas, quando acontece de terem que conversar com alguém, no melhor estilo beco sem saída, o cérebro das pessoas que tem essa característica marcante na personalidade reage com uma força incrível.

Existe uma parte do cérebro chamada Sistema de Ativação Reticular (SAR) que responde pelo contato social e que, segundo teorias, é mais ativa em pessoas introvertidas do que em pessoas extrovertidas. Na verdade, os cientistas acreditam que o SAR de um introvertido é despertado muito mais facilmente do que em um extrovertido. Assim, quando os introvertidos interagem com outros seres humanos, seu SAR entra um pouco em pânico. E a única maneira de acalmá-lo é ficando longe desses estímulos externos negativos (nesse caso, também conhecidos como “outras pessoas”). Mas o SAR tem um segundo emprego.

Além de controlar as habilidades sociais, essa região do cérebro também é responsável pela quantidade de saliva que produzimos. E, graças ao SAR, os pesquisadores podem determinar se você é uma pessoa extrovertida ou introvertida com base em quanta saliva tem na sua boca. Tudo que eles precisam é de um limão.

Em 1967, professores e HJ Eysenck Sybil, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de Londres, realizou um experimento cítrico em 100 voluntários. Ele passou suco de limão sobre a língua das pessoas e viu que quase instantaneamente a boca deles se encheu de água. Eysencks também notou que os introvertidos salivavam muito mais do que os extrovertidos. Tudo isso porque o Sistema de Ativação Reticular de um introvertido reage excessivamente em situações sociais, bem como durante a produção de saliva.

4. A saliva pode revelar sua idade

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Tudo porque o DNA contido em nossa saliva muda com o passar do tempo. Conforme envelhecemos, nosso DNA passa por um processo químico chamado metilação, que ativa certos genes e desativa outros – tudo com base em fatores ambientas, como alimentação. Em outras palavras, à medida que envelhecemos, a metilação muda a forma como nossos genes se expressam.

Tendo isso em mente, os pesquisadores da UCLA (Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos) analisaram o DNA de cerca de 130 pessoas. Ao focarem os estudos em 2 dos genes mais afetados pelo tempo, os cientistas descobriram que poderiam determinar a idade de uma pessoa, com uma margem de erro de apenas 5 anos. O que é incrível!

Estranhamente, a idade do nosso DNA, conhecida como idade biológica, nem sempre condiz com a nossa idade cronológica. E é por isso que os cientistas podem apenas estimar a idade cronológica com base na saliva. O mais interessante disso tudo é que se os médicos puderem saber qual é a idade biológica de um paciente, poderão decidir melhor que tratamentos os pacientes devem receber para combater doenças relacionas a idade com mais eficiência.

3. Saliva de morcegos pode ajudar a tratar derrames

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Você que não quer ver um morcego nem se estiver pintado de ouro e cravejado de diamantes. Mas, um dia, ele pode salvar sua vida. Isso porque a saliva desses bichos está cheia de uma enzima chamada desmoteplase (DSPA).

Quando um morcego está se alimentando, essa enzima faz com que o sangue da vítima inocente não coagule e ele consiga sugar tranquilamente até matar toda sua fome. Parece terrível, mas não é hora de chamar o Van Helsing ainda! Porque, segundo alguns cientistas, a desmoteplase da saliva dos morcegos pode ser usada para ajudar pacientes que sofreram um AVC – acidente vascular cerebral.

Como você já deve saber, o AVC é um problema sério e pode deixar sequelas como paralisia e problemas na fala, como também pode levar uma pessoa à morte. O acidente acontece quando se formam coágulos de sangue nos vasos do cérebro, o que impede a circulação do sangue e, consequente, de oxigênio.

Ligou os pontos?

Segundo pesquisas realizadas na Austrália, a DSPA pode atuar na desintegração dos coágulos formados no cérebro, auxiliando no tratamento. A desmoteplase ainda não chegou ao mercado porque está em fase de testes, mas tudo indica que logo estará por todo o mundo salvando vidas.

2. Pais têm uma saliva superpoderosa

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Alguns pais, quando veem a chupeta de seus filhos caída no chão e servindo como um verdadeiro ímã para germes e bactérias, pulam o caminho até a pia para lavá-las e simplesmente as colocam na boca e chupam a sujeira.

Parece um tanto nojento, mas pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, acreditam que pais que fazem isso praticamente vacinam seus filhos contra alergias.

Em um estudo realizado com 65 bebês, eles compararam filhos de pais que limpam a chupeta com água e sabão com filhos de pais que lambem a chupeta. Para a surpresa geral de todas as nações, crianças de pais considerados “nojentos” tinham menos chances de desenvolver doenças como asma e eczema.

Os pesquisadores acreditam que quando os pais limpam as chupetas com a própria boca, eles passam algumas bactérias boas para o bebê. Ou seja: ao invés de estarem fazendo uma coisa que poderia ser considerada nojenta, eles na verdade estão fazendo um grande favor a seus herdeiros.

1. Existe um comércio ilegal de saliva na África do Sul

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O comércio de saliva se desenvolveu e cresceu na África do Sul por conta da tuberculose, que é um grande problema do país. A cada ano, meio milhão de pessoas são diagnosticadas. A desnutrição e o HIV só ajudam a piorar toda a situação. E para tentar ajudar os doentes, o governo oferece um subsídio financeiro. E é aí que os criminosos encontraram uma brecha.

Com tão poucas oportunidades de emprego disponíveis, algumas pessoas desesperadas decidiram se passar por doentes para ganhar o auxílio do governo. Pessoas saudáveis se tornam traficantes de saliva de pessoas tuberculosas, e chegam a vendê-la por algo em torno de U$4 a $9 (R$ 10 a 20) cada garrafa. Os compradores, então, entregam suas amostras contaminas em clínicas.

É certo que o procedimento padrão do hospital é acompanhar o paciente enquanto ele produz a própria saliva. Mas como os hospitais sul-africanos estão abarrotados, as pessoas acabam sendo atendidas com muita pressa e burlar o sistema acaba ficando fácil.

É de revirar o estômago. [Listverse]

5 comentários

  • Natália Targino:

    Um pequeno erro de digitação na 3ª linha: “a saliva é um sim um”.

  • Rodrigo Vedovato:

    Bom, leio este site desde os 16 anos, hoje tenho 25…

  • Gabriel Petrone:

    Muito interessante, principalmente a “saliva superpoderosa” dos pais! Depois dessa, farei questão de ser um pai “nojento” como diz a matéria.

  • Diel Faria:

    Os textos da Gabriela parece que são pra crianças de 10 anos…

    • Marcelo Ribeiro:

      E eu espero que muitas, muitas crianças de 10 anos venham ler os textos dela e os demais artigos do site. Certamente terão muito mais conhecimento e senso crítico. Terão potencial de se tornarem pessoas melhores e talvez até sejam educados ao comentar aqui.

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