Charles Darwin:10 fatos estranhos sobre o gênio

Por , em 10.02.2014

No próximo 12 de fevereiro, Charles Darwin comemoraria seu 205º aniversário. O brilhante naturalista praticamente fundou a biologia moderna com suas obras sobre a teoria da evolução, se tornando um dos maiores cientistas que já viveu. Reverenciado por muitos e desprezado por alguns, é possível ver uma enorme influência de seus pensamentos em muitos aspectos de nossas vidas. Nada mais justo, então, que saibamos um pouco sobre mais ele. Confira:

10. Charles Darwin era religioso

charles darwin era religioso

O cientista é talvez o mascote mais popular do movimento ateu – sua teoria da evolução é contrária ao criacionismo, a crença religiosa de que a humanidade e tudo no universo são a criação de um agente sobrenatural (Deus). No entanto, Charles Darwin não era ateu. E, apesar ter se declarado agnóstico durante os últimos anos de sua vida (alguém que não acredita nem nega a possibilidade da existência de um Deus), ele mal falava sobre suas crenças pessoais e não gostava de discutir sobre as implicações de suas teorias em doutrinas teológicas, admitindo que sabia muito pouco sobre religião. Quando jovem, Charles Darwin era conhecido por ser bastante religioso. Em sua autobiografia, ele lembrou que foi ridicularizado em uma viagem de exploração científica por oficiais do navio da Marinha Britânica HMS Beagle por acreditar que a Bíblia era uma autoridade final sobre a moralidade. Embora não fosse muito ativo nos círculos religiosos, o moço Charles Darwin tinha uma firme convicção de que Deus existia e de que a alma era imortal. Enquanto no Brasil, ele estava tão absorto pela beleza da natureza que a proclamou como a manifestação de um ser superior. Darwin teve dificuldade em fazer uma transição para o agnosticismo. Quando começou a questionar a existência de Deus, ele disse que não podia apreciar a beleza da natureza com o mesmo vigor religioso que tinha quando era jovem, comparando a sensação como a de ser daltônico.

9. Charles Darwin tinha gosto por comida exótica

9

Charles Darwin gostava de experimentar comidas estranhas. Durante seu tempo na Universidade de Cambridge, ele pertencia a um grupo de culinária chamado Glutton Club (Clube dos Glutões), cujos membros se encontravam uma vez por semana para experimentar vários pratos “exóticos” anteriormente desconhecidos para o paladar humano, por exemplo a carne de vários pássaros selvagens, como gaviões.

Quando embarcou em sua missão no HMS Beagle, ele reacendeu seu gosto por iguarias exóticas. Durante a viagem, Darwin foi capaz de experimentar tatus, que disse ter gosto de pato, além de um roedor sem nome que ele descreveu como a melhor carne que já provou. O naturalista até mesmo descobriu uma nova espécie de ave em seu prato do jantar, que mais tarde foi nomeada em sua homenagem – Rhea darwinii. Em Galápagos, Darwin comeu tartarugas e bebeu fluido de suas bexigas, que ele descreveu como “bastante límpidos e com um gosto só ligeiramente amargo”. Suas façanhas gastronômicas foram ainda mais extremas na América do Sul, onde Darwin conta que comeu uma carne muito branca que o fez se sentir enjoado no começo, pensando que ele estava comendo a carne de um bezerro. Logo, o cientista ficou aliviado ao saber que estava comendo a carne de uma suçuarana, comparando o seu gosto ao de carne de vitela.

8. As teorias de Darwin foram usadas para defender tanto o capitalismo quanto o socialismo

8

Algumas pessoas culpam as teorias de Charles Darwin pelos males do capitalismo. Isso porque economistas logo aplicaram a ideia de seleção natural à economia e à sociedade, dando assim origem ao darwinismo social. Os adeptos do darwinismo social acreditam que o sucesso ou o fracasso econômico de uma pessoa é semelhante a luta de um animal para sobreviver. Assim, eles desencorajam o apoio do governo e atividades de caridade que ajudam os pobres, porque creem que a espécie humana se tornará mais forte se a sociedade permitir que os “inaptos” morram. Entre darwinistas sociais notórios estão dois dos homens mais ricos de seu tempo, Andrew Carnegie e John Rockefeller. Embora o próprio Darwin tenha admitido não ter uma compreensão adequada de política e economia, suas teorias sem dúvida afetaram o crescimento do capitalismo no início do século 20. Devido a isso, a maioria das pessoas assume que a seleção natural não é bem recebida por aqueles que se opõem a esse sistema econômico. Não é bem assim. Charles Darwin, na verdade, teve uma enorme influência positiva também no extremo oposto do espectro. Enquanto os darwinistas sociais viam as teorias de Darwin como uma forma de justificar a ganância e a opressão, Karl Marx a viu como uma alegoria para as lutas de classes. O filósofo alemão usou a Origem das Espécies de Darwin como a base biológica do socialismo. Conforme um organismo luta para sobreviver em um ambiente hostil, a classe toda também deve lutar contra aqueles que a estão explorando – uma luta de classes que Marx disse ter observado na sociedade. A influência do naturalista em Marx foi tão grande que o famoso socialista planejava dedicar seu livro, “Das Kapital”, a ele, um gesto que Darwin respeitosamente recusou.

7. Darwin também estudou psicologia

7 Durante seu tempo no Beagle, Charles Darwin teve o privilégio de se deparar com várias culturas ao redor do mundo. Havia barreiras linguísticas óbvias que o impediam de se comunicar com moradores locais, mas ele observou que as emoções que as pessoas manifestavam – felicidade, tristeza, medo e raiva – não pareciam diferir muito de cultura para cultura. Este seria o início da menos conhecida carreira de Charles Darwin em psicologia, e do eventual desenvolvimento do conceito de emoções universais.

Ele se correspondeu com muitos cientistas para estudar esse fenômeno, incluindo um médico francês chamado Guillaume Duchenne. Duchenne estudou os músculos faciais humanos e propôs que todos os rostos humanos manifestavam até 60 tipos diferentes de emoções. Ele é mais famoso pelas fotos que capturou de rostos de pessoas estimuladas com choques elétricos para produzir esses 60 tipos de emoções. No entanto, Charles Darwin discordava que todas as 60 emoções eram universais. Ele acreditava que apenas algumas delas eram comuns a todos os seres humanos. Para testar sua hipótese, o cientista realizou um experimento utilizando 11 das imagens de Duchenne. Em ordem aleatória, ele as mostrou uma de cada vez para 20 participantes, perguntando-lhes o que achavam. Quase todos concordaram que algumas mostravam certas emoções como raiva, felicidade e medo. O restante das fotos, no entanto, pareceu mais ambígua e os participantes não concordaram em uma única emoção. Isto confirmou a teoria de Darwin de que existiam apenas algumas emoções universais. Ele também se envolveu com a psicologia social. O naturalista tinha interesse no conceito humano de compaixão. Ele acreditava que o nosso senso de compaixão moral decorria de nosso desejo natural de aliviar o sofrimento dos outros. Coincidentemente, suas ideias sobre a compaixão eram muito semelhantes aos ensinamentos do budismo tibetano. Recentemente, ao saber sobre os escritos de Darwin sobre o assunto, o 14º Dalai Lama declarou: “Agora estou chamando-me de darwinista”.

6. Darwin tinha ideias loucas sobre casamento

6 Charles Darwin casou-se com sua própria prima, Emma Wedgewood. Esse fato de sua vida é bem conhecido. O que ele pensava sobre casamento, entretanto, não é. Antes de juntar os trapos, o cientista escreveu uma lista divertida de prós e contras sobre as facetas do casamento. Uma parte de Darwin pensava que casar era sobre ter filhos: “Crianças – (Se for do agrado de Deus) – objeto a ser amado e com quem brincar – Melhor do que um cão de qualquer modo”. Charles Darwin também gostava da ideia de uma companheira: “Meu Deus, é intolerável pensar em gastar toda a vida como uma abelha, trabalhando, trabalhando e nada depois. – Não, não, não vou fazer isso. – Imagine viver todos os dias solitariamente em uma casa suja e nebulosa em Londres. – Só imagine a si mesmo com uma boa esposa em um sofá macio, com uma boa fogueira, e livros e música, talvez – Compare esta visão com a realidade suja da rua Great Marlborough”. Por outro lado, Darwin sentia que tomar o caminho do celibato também tinha seus benefícios: “A liberdade de ir onde se gosta – Conversa de homens inteligentes em clubes – Não ser forçado a visitar parentes, e se curvar em cada discussão – Não ter a despesa e ansiedade das crianças – Perda de tempo. – Não poder ler à noite – gordura e ociosidade. – Talvez minha esposa não goste de Londres, então a solução seria o exílio e eu pareceria um tolo.” Estes são apenas alguns dos itens que Darwin incluiu em sua lista, que prova que ele era como qualquer outro cara. Eventualmente, ele decidiu se casar com sua prima de primeiro grau Wedgewood, com quem teve 10 filhos e viveu feliz por 43 anos até sua morte, em 1882.

5. Darwin fez tratamentos de saúde nada científicos

5 Embora tenha havido muitas especulações sobre o que deixou Darwin muito doente durante o curso de sua vida, ele não recebeu um diagnóstico preciso de sua condição até mais de 100 anos após sua morte (ele morreu de insuficiência cardíaca, e pesquisadores especulam que tinha doença de Chagas que teria contraído aqui no Brasil). Por causa das limitações da medicina durante sua época, não havia nenhum tratamento satisfatório para ajudá-lo a lidar com seus variados sintomas, mas o cientista encontrou conforto em uma terapia com água muito questionável. Em uma carta que enviou a seu amigo íntimo, o botânico Joseph Dalton Hooker, Darwin reclamou que vinha sofrendo de vômitos contínuos. Ele também relatou tremores nas mãos e tontura, que presumiu ser resultantes do impacto do vômito incessante em seu sistema nervoso. Ao ler um livro de um certo Dr. Gully sobre uma terapia da água, o naturalista interessou-se pelo tratamento, e mudou-se com sua família para um apartamento alugado perto da clínica do especialista, para receber cuidados. O Dr. Gully submeteu Darwin a vários procedimentos estranhos, como aquecê-lo com uma lâmpada até que ele transpirasse apenas para esfregá-lo violentamente com toalhas embebidas em água fria. Darwin também recebeu banhos frios nos pés e teve que usar uma compressa úmida em seu estômago durante o dia todo. Surpreendentemente, o naturalista achou o tratamento bizarro e não científico bastante eficaz, dizendo ter visto grandes melhorias em sua saúde após o oitavo dia de consulta com o Dr. Gully. Na mesma carta endereçada a Hooker, ele declarou que tinha certeza de que a cura da água não era charlatanismo. Acho que ninguém havia ouvido falar em efeito-placebo na época.

4. Darwin, o detetive de terremotos

4 Pelo menos 25 grandes terremotos foram registrados no Chile desde 1730, sendo que todos mataram milhares de pessoas. Darwin teve a oportunidade desagradável de presenciar a consequência de um deles – o terremoto de Concepción de 1835. Foi um tremor muito forte, com magnitude de 8,8 na escala de Richter. O terremoto, que ocorreu por dois minutos, demoliu toda a cidade em meros 6 segundos. Durante o tempo do terremoto, Darwin estava viajando com o Beagle. Quando chegou a costa de Concepción, imediatamente começou a investigar a natureza e a origem do tremor. Ele descreveu a devastação como “o espetáculo mais terrível e interessante que já viu”. O cientista fez observações sobre as sequelas do terremoto, notando que o litoral do Chile havia se tornado permanentemente elevado, particularmente na ilha de Santa Maria, que havia crescido 3 metros a partir da sua altitude de origem. Ele reuniu suas próprias observações e combinou-as com testemunhos da população local para reconstruir os acontecimentos antes e durante o terremoto. Depois de semanas de trabalho, Darwin descobriu que o terremoto podia ter sido causado por uma cadeia de vulcões ao longo da costa do Chile, que entrou em erupção pouco antes de sua ocorrência.

3. Se convertendo em cristão novamente

3 Durante a segunda metade do século 19, Darwin já era bastante popular nos círculos científicos. No começo dos anos 1880, quando estava se aproximando de sua morte, uma mulher chamada Elizabeth Hope estava apenas começando a se tornar conhecida no movimento evangelístico. Darwin e Hope pertenciam, obviamente, a dois mundos diferentes. Um encontro de ambos parece muito improvável, mas um artigo de 1915 do jornal batista “Boston Watchman Examiner” alegou exatamente isso. O texto detalhava como Darwin convidou a jovem Elizabeth para visitá-lo, e supostamente confessou seu arrependimento em ter desenvolvido a teoria da evolução. Ele teria pedido a evangelista que compartilhasse com seus vizinhos a mensagem de Jesus Cristo e da salvação que ele traz para a humanidade. A história era muito atraente para os evangélicos, é claro. Saber que a mente por trás da teoria da evolução retratou suas próprias ideias e se converteu ao cristianismo não só lhes dava uma forma de responder aos chamados “evolucionistas”, como também reafirmava sua fé na história bíblica da criação. No entanto, a lenda desse encontro bizarro foi desmascarada tão rapidamente e facilmente quanto se espalhou. Na autobiografia de Darwin, ele repetidamente menciona sua dissociação com o cristianismo e conclui que o agnosticismo seria a descrição mais correta para seu estado de espírito. Seu filho, Francis Darwin, proclamou que seu pai manteve uma visão agnóstica no fim da sua vida, até a sua morte. A esposa de Darwin, que era muito religiosa e teria gostado de vê-lo voltar ao cristianismo, nunca mencionou qualquer conversa do tipo antes da morte do marido. Ela lembrou que suas últimas palavras foram “lembre-se como você tem sido uma boa esposa para mim” e que ele não tinha “o menor medo de morrer”.

2. As neuroses de Darwin

2

Enquanto Darwin sofria de muitos males físicos, alguns biógrafos se mostraram mais intrigados com o seu estado de espírito. Em suas cartas a seus amigos, o cientista revela que sofria de pensamentos obsessivos que, em suas próprias palavras, eram “horríveis”. Esses pensamentos, que ocorriam principalmente durante a noite, causavam-lhe grande angústia. Em uma carta a seu grande confidente Dr. Hooker, Darwin escreveu: “Eu não conseguia dormir e tudo o que eu havia feito no dia me assombrava vivamente à noite com uma repetição desgastante”. Ele era paranoico com o fato de que passaria sua enfermidade para seus filhos. Ele também era infinitamente crítico de sua aparência física, acreditando-se ser bastante feio. O cientista precisava de constante reafirmação de outras pessoas, além de proferir um mantra centenas de vezes para aliviar os seus pensamentos obsessivos. O psiquiatra e biógrafo de Darwin John Bowlby observou que o gênio não foi capaz de lamentar corretamente a morte de sua mãe quando era jovem, o que pode ter levado a sua neurose. Foi em face destas dificuldades mentais que Darwin se tornou um dos pensadores mais influentes da história.

1. O projeto mais ambicioso de Darwin

1 Há 200 anos, havia uma pequena e isolada ilha vulcânica no sul do Atlântico, a 1.600 quilômetros ao largo da costa da África, chamada Ilha de Ascensão. Seca e sem vida, ela ficou desabitada desde a sua descoberta em 1501 até 1815, quando a Marinha Real Britânica a usou como uma estação militar para manter um olho sobre Napoleão durante seu exílio na vizinha Ilha Santa Helena. Hoje, Ascensão não é mais triste e desolada. A ilha agora possui uma paisagem exuberante e uma população de cerca de 1.100, graças a Darwin. Sua viagem de cinco anos com o Beagle estava prestes a terminar quando o navio passou por lá. A vista da ilha apocalíptica de cones vulcânicos vermelhos brilhantes e lava negra inspirou o curioso cientista. Pouco depois de Darwin voltar para a Inglaterra, ele e seu amigo John Hooker criaram um plano simples para convertê-la em uma “pequena Inglaterra”. Com a ajuda da Marinha, os dois colheram diferentes espécies de plantas de todo o mundo para levar para a ilha, de 1850 em diante. Na década de 1870, o pico mais alto de Ascensão tornou-se significativamente mais verde, com eucaliptos, pinheiros, bambus e bananeiras. Plantas que geralmente não são vistas lado a lado em outros lugares do mundo foram vistas juntas pela primeira vez na ilha – e resolveram o problema da falta de água no local. Enquanto ecossistemas geralmente se desenvolvem ao longo de milhões de anos, o artificial criado por Darwin e Hooker floresceu apenas em uma questão de décadas. De acordo com o ecologista britânico David Wilkinson, a NASA poderia aprender muito com o método dos cientistas quando começar a fazer o mesmo com Marte. [Listverse]

40 comentários

  • O Exterminador De Lhamas:

    Bem, vamos lá, é certo que nossa querida Lady Hope já foi desmentida por diversos parentes de Darwin, entre eles seu filho Francis.

  • Shoji Kawaguchi:

    Sou cristão e aceito muito bem a teoria da evolução. Ciência e religião podem funcionar juntas, mas cada uma tem um propósito específico.

  • Martins Filho:

    Não existe ciência sem fé e sem ciência ainda resta a fé.

    • Cesar Grossmann:

      Depende fé em que… E também da quantidade da fé, se tem fé demais, ou fé de menos…

  • Martins Filho:

    Não podemos negar a existência de uma criador. Que criou todas as coisas de maneira proposital e sem erros. DEUS O TODO PODEROSO.

    • Cesar Grossmann:

      Claro que podemos. Podemos e devemos, não há nada proposital na natureza, e a evolução carrega um monte de erros e remendos. Já tomou sua vitamina C hoje?

  • Martins Filho:

    Assim como não podemos negar que a chuva desse de cima. Porque ela não cai. Ela tem um proposito e tudo que tem, não é coincidência .

    • Cesar Grossmann:

      Matematicamente falando, é impossível não acontecerem montes e montes de coincidências.

  • Pastor Júlio Fonseca:

    Sonho com o dia em que a fé seja vista pelos olhos científicos, e a razão seja abraçada pela fé. Sem se negarem um ao outro. isso é evoluir

    • Cesar Grossmann:

      Metade do caminho já foi andada, Pastor. A fé já foi analisada pela ciência. Mas a ciência continua sendo negada pela “fé”.

  • Patricia Gimenes:

    É só citar que um cientista é religioso ou ao menos que, simplesmente acredita em Deus, no Universo, que esquecem todos os fatos interessantes do texto e começa um tipo de argumentação que não leva a lugar algum. Tantos fatos interessantes sobre Darwin, adorei essa matéria. Só não foi citada a perda precoce da filha amada de oito anos, uma dor profunda que sempre o acompanhou, era a Ciência , sua paixão, e o luto por ela, sua angústia; isso o isolava da família, em seu laboratório em casa.

    • Marcelo Ribeiro:

      Darwin se considerava agnóstico.

  • pmahrs:

    Características comuns entre inteligentes. Existem centenas de cientistas importantes judeus, cristãos e budistas inclusive monges com inventos, métodos, teorias e trabalhos em várias áreas da ciência inclusive genética e astronomia moderna. Então a ciência não exclui a fé, muito menos ao contrário; as duas estão engatinhando. nem se unificou ainda as 4 interações fundamentais de repente nem são só 4 ou ainda não desenvolvemos métodos, equações ou aparelhos para mensurar o que falta.

    • Marcelo Ribeiro:

      Mas a quantidade de cientistas de elite que reza para um Deus pessoal é mínima ou quase zero (http://a.ciencia.vc/1fhP45i). Não estou dizendo que são ateus ou agnósticos. Nem sequer estou dizendo que não acreditam em Deus, talvez acreditem. Mas certamente não são pessoas religiosas em sua esmagadora maioria.

    • Mailson Ghidini:

      Então eu te pergunto no que eles acreditam na teoria que o homem veio do baro ?
      Ou na teoria de que o homem evoluiu ?
      Não tem como acreditar nas duas velho !

  • Afonso Do Carmo:

    Sou agnóstico. O que é um “ateu”? O que não tem religião? Não acredita na Bíblia? Não acredita em Deus?
    Não existe dependência entre religião e Deus. A Bíblia foi escrita em linguagem metafórica, poética. Não pode ser interpretada ao pé da letra.
    Acreditar que Deus fez o homem da estátua de barro é ridículo. Deus é Inteligência Absoluta, a Mente que controla em cada fração impensável do tempo cada átomo do Cosmo.
    O homem “nasceu” do barro primordial, passou pelos dinossauros, os primatas…

    • Cesar Grossmann:

      Não me parece muito agnóstico…

    • Marlon Weber:

      Concordo com o César, não me parece agnóstico. E só para se ter uma ideia a Bíblia não é um livro de metáforas e poético, ela passa longe de subjetividades, acho que você se confundiu com “Os Lusiadas”. Todas as idéias e histórias da Bíblia são escritas de forma bem objetiva, tal qual a narração de um momento histórico, baseada no conhecimento e crenças do homem da época. Agora se são verdadeiras essas “histórias” já é uma outra coisa, eu particularmente acho que tudo não passa de uma…

    • Cesar Grossmann:

      A rigor, os livros da Bíblia são classificados em: Pentateuco (os cinco primeiros), históricos (as Crônicas e Reis, e acho que Samuel também), sapienciais (Provérbios, Sabedoria de Salomão), proféticos (os escritos pelos profetas, como Neemias, Zacarias, Amós, etc. e acho que Daniel entra aqui também) e poéticos (os Salmos e os Cantares de Salomão). Isto no Velho Testamento. O Novo Testamento tem outra divisão, os Evangelhos, os Atos, as epístolas, e os livros proféticos de João.

  • mwcarval:

    Conheço ateus que adotaram o ateismo não por confiar na Ciência e buscar uma explicação naturalista para os fenomenos da vida e SIM! Por não se encaixarem nas várias religiões e dogmas existentes ou por puro modismo, alguns mesmo sendo ateus adotam várias pseudociências e crenças tão absurdas como as próprias religiões, ou seja, o ceticismo só existe para com a existência de Deus e não para todos os fins. Existe louco pra tudo não é mesmo ….

    • Cesar Grossmann:

      Estou muito curioso. Eu só conheço duas explicações para a diversidade da vida, a científica (TSE) e a fundamentalista religiosa (Criacionismo). Dá aí uma palhinha sobre as explicações pseudocientíficas ou as crenças absurdas. Será que alguém ainda acredita na biogênese aristotélica, mesmo depois de Pasteur (é a única que me ocorre)?

    • William Pereira Gomes:

      Um ateu é quem não acredita em deus e não simplesmente um cético. Por exemplo criacionistas são céticos em relação à TSE. Sim pode haver ateus que acreditam em espíritos, pseudociências e tal, não vejo por que isso seria relevante aqui nesse post.

    • Marlon Weber:

      Cara, engraçado vc dizer isso, mas, já conheci indivíduos que ainda levam em consideração a geração espontânea, óbvio que são indivíduos leigos do assunto, “bem leigos”. Exemplos de algumas pseudociências e crenças absurdas q estão em alta se utilizando de provas meramente especulativas para arrastar “fieis”: A teoria do ” Acient Aliens”, Cientologia e Matrix.

  • Thiago Corrêa:

    Acho que a teoria da evolução é a teoria mais concreta que existe hoje em dia, talvez pelo fato de sua simplicidade, obviedade, pelas evidencias, etc.

    Darwin atingiu o agnosticismo apenas por ainda continuar preso aos dógmas da religião, e como naquela época não tinhamos tanto conhecimento como temos hoje, o máximo que ele chegou foi ao agnosticismo, mas se estivesse vivo hoje acredito que ele seria Ateu.

    • Marcelo Ribeiro:

      O bom da ciência é que ela é verdade se achamos que é verdade ou não, parafraseando Neil Tyson meio de revesgueio. E a evolução é um fato com as pessoas crendo ou não nela.

      Pelo visto você pensa que toda gente que saiba destas coisas tenha que ser ateu, mas está enganado. Ateísmo não é um rótulo que as pessoas estudiosas são obrigadas a carregar. Este vídeo, de um cara muito inteligente, sintetizou bem algo próximo da minha opinião neste assunto:

    • Thiago Corrêa:

      Não digo que todas as pessoas com mais conhecimento científico são atéias, mas acho que existe um tendência ao ateísmo a medida que uma pessoa alcança mais conhecimento científico. Ateísmo não é um rótulo que uma pessoa é obrigado a carregar, ateísmo se adquire naturalmente acompanhando esta mesma tendência que citei.

      Ainda não vi seu vídeo porque aqui no trabalho é bloqueado o youtube rsrsrs, mais tarde vejo.

    • Marcelo Ribeiro:

      Trabalho com jornalismo científico desde 2004 e posso dizer que sei um pouco de tudo (e muito de nada, possivelmente). Mas o agnosticismo ainda se encaixa melhor para mim já que minha atitude é “não dou a mínima”.

    • Thiago Corrêa:

      Eu imagino assim:

      A prova de que Deus não existe: é a não existência de evidencias de que ele existe.

      A prova de que Deus existe: não há provas de que ele existe.

      Então por isso e tb através de outros conhecimentos científicos e empíricos eu não acredito em Deus.

    • Thiago Corrêa:

      O conhecimento científico que temos hoje em dia foi alcançado através do senso crítico e do questionamento, ou seja duvidar de explicações como “uma coisa é assim porque é assim e pronto.”(Religião), buscar a verdadeira explicação para algo e não ter medo de teorizar. Nem todos conseguem desenvolver um alto senso crítico, ser cético sem medo de expor suas idéias. Mas pra mim eu acho que o meu senso crítico está bom, não dou a mínima pelo o que os outros acham sobre o meu ceticismo.

  • David Upanayana:

    Cesar Grossmann tenho de discordar do seu ponto de vista em relação a todos os ateus…

    • Cesar Grossmann:

      Sabe de algum ateu que não seja darwinista/evolucionista/duvide da ciência? Como ele explica a diversidade da vida?

    • Marcelo Ribeiro:

      Talvez tenha ateu que não dê a mínima, Cesar. Pensando bem… Acho que esta seria a definição de agnóstico.

    • Cesar Grossmann:

      Agnóstico em relação à diversidade da vida? Seria interessante encontrar um sujeito destes.

      “Como você acha que a diversidade da vida foi originada?”

      “Não sei, e acho que não temos como saber.”

      “E os fósseis? E as evidências da genética? A distribuição geográfica das espécies? As espécies em anel? As semelhanças morfológicas e genéticas? E…”

      “… Olha só, eu estou aqui, querendo assistir um jogo de futebol, ou tu torce junto ou vai pescar.”

  • William Pereira Gomes:

    “O cientista é talvez o mascote mais popular do movimento ateu”
    nope
    se for mascote de alguma coisa é da TE mas nem todos os “evolucionistas” são ateus

    • Cesar Grossmann:

      Eu não sei de nenhum ateu que não adote uma perspectiva naturalista para explicar os fenômenos da natureza, abraçando a ciência como explicação para a variedade da vida (Teoria Sintética da Evolução). Em outras palavras, não sei de nenhum ateu que não seja evolucionista. Posso estar enganado, mas…

    • Charlie Timao Timao:

      ola, a ciencia mostra e prova quase tudo e as religioes em geral sao como em todo mundo e local baseado em ter Fé ….. embora 2 grandes guerras mundiais ,na segunda 6 milhoes de judeus mortos, e NADA DE INTERVENÇAO DIVINA…. kkkkkk muçulmanos sao mais sinceros 5 vezes ao dia botam o rosto no chao…. e estao entre os povos mais atrasados do mundoi…

    • William Pereira Gomes:

      Cesar Grossmann, nossa você não entende lógica simples. Eu disse nem todos os ‘evolucionistas’ são ateus, mas sim todos os ateus ainda podem ser ‘evolucionistas’. O ponto é que dizer que darwin é o mascote do ateísmo é o mesmo que dizer que Jesus é o mascote do catolicismo quando o mais correto seria dizer do cristianismo (catolicismo + ortodoxia oriental + protestantismo).

    • Marcelo Ribeiro:

      Ateu criacionista. Está aí um paradoxo curioso, Cesar.

    • Cesar Grossmann:

      William, eu entendi sim a tua lógica, mas o Darwin é realmente um dos mascotes mais populares dos ateus, aquela foto dele com o dedo como pedindo silêncio sendo talvez uma das mais populares.

      http://mb-assets.s3.amazonaws.com/post_images/assets/000/004/100/charles-darwin-pointer-finger_large.jpg

    • Thiago Corrêa:

      hahahahahaha gostei dessa Marcelo! =D

Deixe seu comentário!