10 maneiras criativas de “usar” seu corpo após a morte
Doar roupas velhas para os pobres, comprar brinquedos para crianças carentes ou participar de campanhas para arrecadar presentes de Natal em dezembro são gestos legais. Mas você pode estar devendo alguma coisa à humanidade.
Assim como você é caridoso em vida, por que não o ser também após a morte? Ainda no clima do feriado de Finados, você poderia começar a pensar em uma espécie de doação macabra: o seu corpo.
Vamos contar a história do americano Nathan Bazzel. Homem precavido, ele já fez seus planos. Em 2001, Bazzel assinou todos os documentos necessários para doar partes de seu corpo para o Museu Mutter, uma parte da Faculdade de Medicina da Filadélfia. Um amigo dele trabalhava lá, e ele sabia que pesquisadores de todo o mundo viajariam para olhar sua vasta coleção de partes do corpo. Bazzel, de 38 anos, é HIV positivo, e ele quer que os cientistas aprendam com os seus restos mortais.
“Se apenas uma pessoa pode dar uma olhada no meu crânio e os rins, que sofreram com o HIV e as drogas usadas para tratá-lo e aprender algo com eles, já será um presente magnífico”, alegra-se.
Ele se tornou tão apaixonado pela causa que, no mesmo ano em que assinou os formulários para sua doação pós-morte, ele doou seu quadril direito, que teve de ser substituído por causa de danos causados por uma droga do HIV, e três anos mais tarde, ele doou seu quadril esquerdo.
Bazzel já viu os benefícios de ter partes reais do corpo humano em exposição. Quando alunos do ensino médio veem as deformidades seus quadris, suas palestras sobre a importância do sexo seguro assume um significado completamente novo.
Claro que ter o próprio corpo exposto em um museu não é empolga todo mundo. Caso não lhe apeteça, aqui estão 10 maneiras que você pode fazer com que seu corpo continue tendo uso depois de morrer. Em muitos casos, você pode fazer mais do que um:
Dezenove pessoas morrem todos os dias à espera de um órgão como o rim, coração, pulmão, fígado ou pâncreas. Saiba mais sobre doação de órgãos, assine um cartão de dador de órgãos, diga à sua família os seus desejos, e não se engane com mitos sobre a doação de órgãos. Apenas tome cuidado que nem todos os órgãos podem ser doados.
Seus ossos, ligamentos, válvulas cardíacas e córneas não poderiam ser úteis para você no futuro, mas certamente pode ajudar alguém. Saiba mais sobre a doação de tecidos, assinar um cartão, e mais uma vez, avise aos membros da sua família que você fez isso para que eles não sejam surpreendidos quando a hora chegar. Tal como acontece com os órgãos, você pode especificar que tipos de tecidos que você gostaria de doar.
Ajude um futuro médico a aprender sobre o corpo humano tornando-se um cadáver dissecado nos laboratórios do primeiro ano de Medicina. Cheque onde se encontra o curso de Medicina mais perto de você e certifique-se de perguntar exatamente o que vai acontecer com seu corpo. Embora você possa ser utilizada para dissecção, poderá ser utilizado para outros fins dentro da escola, e talvez você não tenha muito controle sobre isso.
Se você preferir ser trabalhado por pessoas com mais experiência, médicos podem aprender com seu corpo. Na Educação Médica e Instituto de Pesquisa em Memphis, Tennessee, os médicos treinam suas habilidades e aprendem novas técnicas. Os médicos começam a prática (e, eventualmente, a cometer erros) nos mortos e não vivos. Como agradecimento à sua doação por inteiro, o instituto providencia o transporte do seu corpo para Memphis e paga pela cremação – uma vez que o trabalho é feito, as cinzas retornam à família (ou, se preferir, para uma instalação de sepultamento em Memphis). Se você gosta da idéia, você pode preencher um formulário do doador. Se você preferir ver primeiro onde seu corpo está indo, o instituto recebe os visitantes.
Você já se perguntou como, em programas de TV, os detetives sabem o tempo da morte só examinando o corpo? Policiais podem agradecer ao pessoal do Centro de Antropologia Forense da Universidade de Tennessee por ajudá-los a descobrir. “A fazenda de corpos”, como é conhecida, tem “mais de 650 esqueletos” espalhados por 2,5 hectares, em Knoxville, de acordo com seu website. Pesquisadores e alunos estudam os corpos em vários estágios de degradação para ajudar os antropólogos e os agentes policiais a responder a questões importantes, tais como a identificação do corpo e do tempo de análise de morte (Para um relato fascinante de uma visita ao centro, leia o livro de Mary Roach chamdo “Stiff”). Se você deseja se tornar um dos esqueletos depois da morte, o processo é muito simples. Obtenha o Pacote de Doação de Corpo, preencha o Documento de Doação de Corpo e complete o questionário biológica. Eles lhe requisitarão uma foto sua para ajudá-los a aprender mais sobre a “reconstrução facial e superposição fotográfica como meio de identificação de indivíduos desconhecidos”, explica o site do centro. Para quem vive em Tennessee e dentro de 200 quilômetros de Knoxville, todas as despesas são pagas pelo Centro. Se não, a família do doador deve se responsabilizar por organizar o transporte para o centro. Uma vez que o corpo é doado à “fazenda”, a família não recebe os restos mortais de volta. Por isso, se isso é importante para você, essa não é a melhor opção.
Manequins de plástico são ótimos, mas não há nada como um verdadeiro corpo humano para simular o que acontece em um acidente de carro. Você pode enviar seu corpo vai para a Escola de Medicina da Universidade de Wayne State e se tornar um cadáver de testes de colisão, basta preencha o formulário requisitado. O documento é para doação para a universidade como um todo, mas “se uma pessoa pede especificamente que o seu corpo seja usado em testes de segurança que estão em curso no laboratório de Bio-Mecânica, nós ficaríamos honrados em atender o pedido”, declara Barbara Rosso-Norgan, supervisora mortuária da escola.
Não queremos dizer corretor da bolsa, mais um corretor de corpos, que encaminhará seus membros a cientistas. Eles, por sua vez, o utilizarão para pesquisa, treinamento e educação. De um modo geral, os grupos trabalham da seguinte forma: eles pagam para transportar ser corpo até a incorporação. Além disso, eles pagam pela cremação das partes que não foram usadas na pesquisa e pelo transporte das cinzas de volta à família. Uma baita economia de dinheiro. O lado ruim: Você não sabe onde suas peças vão. “Nós não podemos garantir o destino dos membros, já que nossas investigações estão sempre mudando”, explica Kristin Dorn, gerente de relações comunitárias na Science Care, empresa do ramo. “A intenção é doar para a ciência, não um projeto de pesquisa específico”, completa.
A exposição “Body Worlds” ficou famosa no mundo todo por mostrar corpos sem pele em atividades comuns aos seres humanos. Você também pode fazer parte dessa arte! Depois de morrer, lógico.
Se você mora nos Estados Unidos ou no Canadá, seu corpo será embalsamado em seu próprio continente e, em seguida, transferido para a Alemanha, onde os técnicos irão realizar o processo de plastinação: um processo de posicionamento e endurecimento do corpo para que ele pareça de um humano vivo. Eles removem a gordura e água, “impregnam” seu corpo com silicone e o posicionam em poses estáticas (você pode estar correndo ou sentados de pernas cruzadas, dançando balé ou andando a cavalo). O processo todo leva cerca de um ano, segundo o site do grupo. Sua família deve pagar todas as partes do processo. Existem regras sobre a doação. Você pode ser velho ou doador de órgãos, mas não pode ter morrido de forma violenta. Isso porque o cadáver deve estar “praticamente intacto” para a exposição. Além disso, não há garantia de seu corpo irá acabar em uma das cinco exposições. “Alguns corpos plastinados são enviados a escolas médicas e programas de treinamento, e você não consegue decidir o destino do seu cadáver”, conta Georgina Gomes, diretora do instituto de desenvolvimento.
Pesquisadores de todo o mundo visitam a extensa coleção de esqueletos no Museu Maxwell de Antropologia, da Universidade do Novo México. As regras do jogo: Sua família paga para transportar seu corpo para as instalações do museu, em Albuquerque, e seus restos mortais (com exceção dos ossos, é claro) são cremados e eliminados, eles não voltam para sua família. Os pesquisadores que querem trabalhar com os esqueletos têm de se inscrever no laboratório do museu do Homem Osteologia. Os esqueletos são colocados em exposição para qualquer um ver no local.
Agora sim você tem a oportunidade de ser visto por todos no museu. Assim como Nathan Bazzel, do início da matéria, você pode doar partes do seu corpo para o Museu Mutter da Faculdade de Medicina da Filadélfia. Se você fizer isso, você será parte de um grupo muito reduzido. Anna Dhody, a curadora do museu desde 2004, recebeu apenas três inquéritos sobre doação após a morte, incluindo o de Bazzel. “Uma mulher contactou-me e disse: ‘Eu tenho uma curvatura de 120 graus da minha espinha. Vocês gostariam de tê-la depois que eu não precisar mais dela?’ e eu disse: ‘Sim, por favor!’ “, recorda-se Dhody. Embora o museu esteja particularmente interessado em órgãos com anomalias, ele vai também considerar receber seus restos mortais, mesmo que não haja nada particularmente patológico sobre eles. De qualquer maneira, sua família terá de pagar a conta para você ficar famoso no museu. [CNN]
31 comentários
Gostaria de informações pra doar meu corpo pra plastinacao [editado]
A plastinação é feita na Alemanha, o contato da instituição que faz a mesma pode ser conferido em http://www.bodymobil.de/de/kontakt.html (alemão) ou http://www.bodymobil.de/en/body_donation.html (inglês).
Gente, eu quero doar meus órgãos p humanos necessitados e meus músculos (carne) p servir de alimento a algum animal. Isso é possível?
Isto não deveria ser voluntário e sim obrigatório. Para que um morto quer dar ordem sobre o que vão fazer com seu corpo. Normalmente ele nem gostaria de morrer, mas a natureza fez isto sem seu consentimento. Tudo que acontece depois é sem seu consentimento e seu conhecimento.
Isso decide-se em vida. Se você não falar nada a respeito de qualquer tipo de doação, será feito os procedimentos normais, o que varia também de acordo com a religião. Não se pode obrigar ninguém a nada e a decisão é feita enquanto se está vivo.
legal….eu queria faze isso só nw sei c vai da pra faze tudo kkkk
Qual o processo a seguir para doar meu corpo para estudos científicos?
Sou doadora total, inclusive do Corpo.
Depois de morta, o corpo físico é apenas uma roupagem….. que os estudantes de medicina se divirtammmmmm aprendendo. Respeito devemos ao vivos e ao espírito (alma). O corpo já eraaaaaaaaaaa
Faço* odonto e vejo a falta de respeito com as “peças” por parte dos cursos da área médica.
Não doaria meu corpo para um bando de jovens imaturos brincarem com ele!
Doe seus órgãos.
Salve vidas!
Apesar de nossos órgãos poderem ser utilizados para diversas pesquisas futuras, acredito que o mais ideal mesmo que podemos fazer é doar nosso órgãos para transplantes, para salvar vidas de pessoas que dependem de uma doação.
Inúmeras são as pessoas que aguardam na fila de transplantes, muitas aguardam até por anos, sendo esta, a única maneira de serem salvas suas vidas, e para também, poderem voltar a ter uma vida “normal”, como qualquer pessoa, após terem sido transplantadas.
Digo isto também, por ter um irmão na fila de transplante de rim, que aguarda na fila já à quase 7 anos.
Gostaria de conseguir parabenizar as pessoas, pois muitas vidas podem depender da SUA ajuda, sendo um doador.
Obrigada.
EU vo pro Crash test,achei o maximo shauhsuauhsauhsu
VIM DA TERRA E PARA TERRA VOLTAREI, LI ISSO EM ALGUM LUGAR, MAS SOU DOADOR , SO QUE EXIJO QUE ME FAÇA AUTOPSIA ,PARA VER SE ESTOU BEM MORTO , DEPOIS PODEM FAZER DO MEU CORPO QUALQUER COISA
deve ser melhor doar pra estudarem, para melhorar a saude dos próximos.
O que deve ser preservado é o respeito pela memória da personalidade da pessoa.
Infelizmente aqui no Brasil ainda não podemos fazer esse tipo de doação,algum órgão responsável deveria começar a fazer uma campanha para tais doações serem legalizadas no Brasil.
Afinal de contas nosso corpo é somente uma casa que serve de moradia para nosso espírito.
vou doar sim todo corpo é claro, vou preencher a papelada bjus
“se” tiver alguma coisa que seja reaproveitável em mim… que façam bom proveito ksksksksksk
Na minha opinião a família deverá díscidir depois do fato comprovado digo a morte, pq infelizmente neste universo só existem mais pessoas convenientes aos seus interesses própros, do que no bem coletivo, vejamos nas escolhas dos politicos em pleno século XXI e com tantas provas de corrupção, e com tudo isto ainda se corre risco de por interesses pessoal, dizer q um tal pacientes não possibilidade de vida para doar seu orgão para A, ou B que tem dinheiro ou outro tipo de coisas só saberá DEUS pq para este não podemos esconder nada,sei dizer que é polemico esse assunto.
O apego é a pior praga, não somos de nós mesmo, vejo o meu pai que já está com 97 anos desprovido de toda vaidade e pudor, assim é a nosso corpo, só é valido enquanto é permitido (pode desfrutar), depois despedimos e já não temos mais domínio sobre ele pois não nos pertence dai há tantos destinos que não somos capazes de decidir mais nada de o que fazer com a matéria que a nós foi emprestada.
o corpo eh soh uma casca.devemos aproveitá-lo apos o fim de suas atividades organicas para fins academicos.
Olha gente sei que vão me criticar,mas eu não sou doador de nada e nem me coloco a disposição para que usem em nada meu corpo após a minha morte pois no país em que vivemos ,com a políticagem de favorecimentos que se ve,se alguem de poder aquisitivo precisar corremos o risco de sermos mortos para que usem alguma parte da gente …..EU NÃO !
A doação de corpos deveria ser obrigatória. Deixar apodrecer è muito egoismo. Pode ser usado principalmente para servir de alimento para outros, como os outros são para a gente. Deixemos as crenças de lado. Morte é sumiço da vida. Também é uma maneira de ser útil, já que tem muita gente que só foi inútil a vida toda.
Já informei a todos meus familiares,mas infelizmente aqui no Brasil ainda não é possível a doação em vida,uma época atrás era possível ter este desejo escrito na identidade,mas ainda infelizmente é a familia que decide este desejo e talvez na hora as emoções estejam afloradas e os mesmos esquecem da vontade do morto.Acho que isto deveria voltar a ser um desejo apenas do individuo(constar novamente no documento e que a familia não pudesse intervir nesta decisão).
Penso ser a única utilização que o corpo humano deve ter quando deixa de ter Vida. Servir para alguém estudar.
Doei o meu corpo e foi aceite em 16 de Julho de 2004 à Faculdade de Medicina do Porto – Instituto de Anatomia.Portugal.
Não pedi opinião a NINGUÉM. Depois toda a Família foi informada não sei se concordaram.
Gostei de Vos dar a minha opinião e fico feliz por começar a ser mais falado este assunto – a Morte que é tão somente o fim da Vida.
Parabéns e Obrigada
Eu não vou querer meu pênis dentro de um vidro cheio de outros pênis pros outros ficarem sacaneando.
Interessante todas as ideias, mas a maioria se refere a Institutos e Faculdades dos Estados Unidos. E no Brasil, como fazer?
Tem gente que ‘vende’ a própria pele tatuada para virar abajur, após a morte. O que acha desta opção?
Eu desejo doar meu corpo, e já falei com minha família sobre isso… Só não fiz ainda preencher a papelada, pq ainda não me decidi exatamente o que fazer
Se for possível, doarei meus órgãos, e o que que sobrar pode ser usado para pesquisas
cético demais para mim, no máximo só faria a doação de orgãos.
HAhahahaha.
Ri muito com isso.
“Venha agora mesmo se tornar um esqueleto!”
AsuHAUHSuHAUShAHS