10 países com problemas estranhamente específicos

Por , em 5.11.2013

Todo morador de um país consegue fazer uma lista com seus problemas: educação, segurança, saúde… Isto ocorre tanto em países em desenvolvimento, de terceiro mundo, como nos mais ricos e desenvolvidos. Sempre há alguma questão geral que os habitantes reclamam. Mas essa lista é diferente: são 10 países com problemas bastante estranhos e específicos.

10. Papel higiênico e Venezuela

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Quando Hugo Chávez finalmente deixou o cargo, no início deste ano, a Venezuela se encontrou a beira de um colapso econômico e com a falta de um produto muito importante: papel higiênico. Desde o início de 2013, o governo da Venezuela trava uma batalha contra a nação, diminuindo os estoques de materiais de limpeza. Em maio, houve um pedido de emergência para importação de 39 milhões de rolos, mas em junho o governo começou a invadir armazéns de supermercados na esperança de confiscar o material. Em setembro, o exército foi mais longe, assumindo o controle de várias fábricas de papel higiênico. A escassez continua a atormentar os venezuelanos, que já tomaram algumas ações extremas e subornaram trabalhadores de supermercados e armazéns para o contrabando de alguns rolos. É como se o país inteiro estivesse vivendo uma economia de prisão.

9. México e dentistas

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Quando se pensa em especialidades médicas essenciais para a vida, os dentistas raramente são lembrados, mas nem por isso deixam de ser importantes. A falta de cuidado com a higiene bucal pode resultar em inúmeros problemas. Na Inglaterra, existe uma falta desses profissionais – são apenas 42 dentistas para cada 100 mil britânicos. No México, a situação é ainda pior: são apenas 10 dentistas para cada 100 mil habitantes.

Para efeito de comparação, a média dos Estados Unidos é seis vezes maior, enquanto que na Grécia têm 12 vezes mais dentistas por habitante. Mesmo o país com a segunda menor concentração de médicos dentistas, a Turquia, ainda tem o dobro do número de cirurgiões-dentistas que o México. Parece que a faculdade de odontologia não é muito apreciada por lá.

8. Sexo e Japão

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Se você é jovem e está pensando em se mudar para o Japão, talvez mude de ideia ao saber desta informação. De acordo com o jornal inglês The Guardian, os jovens japoneses têm quase desistido de sexo. Este é um fenômeno conhecido com “Sekkusu shinai shokogun” e tem bastante a ver com o uso das redes sociais. É uma onda de celibato que parece, em partes, alimentada pela apatia, pela alienação econômica, e pelo desgosto: uma pesquisa recente descobriu que 45% das mulheres japonesas e 25% dos homens são severamente desligados da ideia de contato sexual. O resultado é que mais e mais jovens japoneses estão se voltando para passatempos celibatários e relacionamentos platônicos.

7. Livros e Turquemenistão

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Uma das razões para não viver no Turquemenistão é que, até pouco tempo atrás, apenas um livro era permitido no país. Mais de cinco milhões de habitantes e apenas uma obra literária. Até sua morte, em 2006, o líder Saparmurat Niyazov deu a aprovação oficial apenas para o Ruhnama, livro escrito por ele mesmo. Outras obras eram retiradas das bibliotecas e livrarias e, com isso, as pessoas foram desprovidas de qualquer outra leitura que não o Ruhnama.

O “livro sagrado” foi colocado nas escolas e universidades e seus versos foram escritos nas paredes de mesquitas. Em um ponto da capital foi erguida uma estátua gigante do livro, com sensores para abrir todos os dias ao anoitecer e cantar suas passagens para os moradores locais. Felizmente, as coisas mudaram desde que Gurbanguly Berdimuhamedov chegou ao poder. Como um amante de obras literárias, agora são liberados dois livros: o Ruhnama e outro escrito por Berdimuhamedov, sobre cavalos.

6. Uzbequistão e Natal

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Uzbequistão é outro país da Ásia Central que poucas pessoas colocariam em seus roteiros de férias. Sem praias e conhecido pelo excesso de trabalho infantil, lá o Natal é algo oficialmente proibido. Coréia do Norte e Arábia Saudita também proíbem a celebração da festa do Papai Noel, mas o que torna o Uzbequistão um país diferente, é que o Natal é um feriado tradicional lá, ao invés de algo importado ou celebrado por uma minoria. Apesar de ser uma nação muçulmana, o Uzbequistão foi governado pelos soviéticos durante décadas. Hoje, o Natal é tão enraizado na vida uzbeque quanto o totalitarismo e visitas da polícia secreta. Ou pelo menos era. Em 2012, o governo passou a coibir as comemorações.

5. Música e Mali

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Mali é um país que sofre muitos problemas reais. Combatentes islâmicos transformaram as regiões do norte em uma zona de guerra, com um dos piores índices de pobreza do planeta. E, para piorar, em alguns lugares a música é completamente e totalmente proibida. Músicos são atacados e torturados, ou forçados ao exílio pelo crime hediondo de possuir um aparelho de som. Todas as formas de música, do coral a jingles publicitários para elevador, estão sob a proibição, aplicada com metralhadoras e explosivos.

4. Mulheres e Ilhas Faroé

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Se por algum motivo você decidir morar nas Ilhas Faroé, for homem e desejar se casar, é bastante provável que você precise ‘importar’ uma mulher. De acordo com dados dinamarqueses, existem cerca de dois mil homens a mais do que mulheres na ilha, um grande problema quando você vive em um local remoto no meio do nada. Uma vez que nem o celibato nem a emigração parecem ser uma opção, estes homens solitários começaram a importar as mulheres da Tailândia e das Filipinas. Desde 2006, 200 homens conseguiram esposas dessa forma, deixando os outros 1.800 solitários com um pouco de inveja e ciúmes.

3. Infelicidade e Bulgária

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País mais pobre da União Europeia, a Bulgária tem um grande problema com corrupção e é economicamente ineficiente. Não é de se estranhar, portanto, que os seus habitantes estejam descontentes. O que é surpreendente, porém, é a verdadeira extensão da sua miséria.

Segundo o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre felicidade, os búlgaros são algumas das pessoas menos felizes no mundo. Dos 156 países inclusos na pesquisa, a ONU classificou a Bulgária em 144º lugar em termos de felicidade nacional. Está atrás de Afeganistão (143), Iêmen (142), Etiópia (119) e Iraque (105). Mesmo locais como Zimbábue e Honduras ficaram mais bem classificados, com suas hiperinflações e altas taxas de homicídios. O segundo país membro da União Europeia que ficou mais mal colocado foi a Hungria, em 110º.

2. Bielorrússia e a infestação de castores

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Você deve se lembrar da história de alguns meses atrás sobre o pescador que foi morto por um castor. Ela foi destaque em diversos jornais e sites de notícia. Muitos trataram o fato como estranho, quase bizarro. Se você foi um destes, talvez se surpreenda ao saber que foi “apenas” mais um de vários ataques de castores selvagens. Segundo relatos, a Bielorrússia está infestada com cerca de 80 mil desses animais, número expressivo que começou a invadir as áreas urbanas. O resultado é uma epidemia em massa de roedores que atacam de crianças a idosos, sem distinção. Uma técnica que o país está utilizando para diminuir esta infestação é chamar os bombeiros e atirar jatos de água nos animais, que acabam morrendo com a pressão.

1. Pedofilia e Ilhas Picárnia

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As Ilhas Picárnia são um pequeno pedaço de rocha perdido no imenso Oceano Pacífico. Sua reivindicação principal à fama é que é o lugar onde os amotinados do famoso navio inglês Bounty desembarcaram para começar uma nova vida. Um fato curioso é que 10% da sua população já foi condenada por molestar crianças.

Em 2004, um inquérito policial revelou que vários dos habitantes da ilha molestavam meninas em rituais abusivos que existem há décadas. Sete homens foram acusados e seis foram realmente condenados, com o judiciário britânico tendo que enviar guardas e trabalhadores civis pra construir e vigiar a prisão da ilha. Seis condenados não parece um número alto, mas esta análise muda com a informação de que, na época, a ilha possuía 50 habitantes apenas. Ou seja, mais de 10% da população estava envolvida no crime de abuso. Hoje, estes homens já estão livres, mas ainda assim é melhor cuidado, pois seu histórico não é favorável. [ListVerse]

6 comentários

  • pmahrs:

    Apesar do complexo de vira-latas que nos adestram há séculos, basicamente somos iguais a maioria dos povos de países mais ricos no mundo em termos de inteligência. O que outros têm e faz toda diferença em quase tudo é melhor distribuição de renda é poder de compra a décadas na nossa frente por terem insistido na democracia apesar de erros e ameaças.

    • Luis Eduardo Rodrigues:

      Complexo de vira-latas, em termos. Nosso país tem o tamanho, tempo de existência, população e riqueza suficiente para nao perder para o Zimbabue ou Mongólia em muitos aspectos. Porque nao temos tecnologia própria para produção de automóveis. Todos são apenas montados aqui. Nao produzimos sequer aparelhos simples como dumbphones. Nao conseguimos 1 premio Nobel até hoje (a Argentina tem dois, a America do Sul, 5). Nossa malha viária e consequente desperdício de produção é imbatível. Pra nao falar de nossa planejada destruição do meio ambiente. É isso, nós somos relamente vira-latas.

  • ¯(°_o)/¯:

    ‘Nosso’ Inconveniente Problema:
    Pessoas tão ignorantes a ponto de desconhecer o tamanho da própria ignorância

    • pmahrs:

      Se ignorante soubesse o tamanho de sua ignorância, não seria ignorante e sim sábio. O duro é quando se pensa que sabe o tamanho de sua sapiência.

      Tem um contra-ditado que adoro. “O pior cego não é aquele que não quer ver, pois este é realista; o pior cego é aquele que pensa que vê o que querem que ele Veja”

  • Rener Web:

    Felizmente, as coisas mudaram desde que Gurbanguly Berdimuhamedov chegou ao poder. Como um amante de obras literárias, agora são liberados dois livros: o Ruhnama e outro escrito por Berdimuhamedov, sobre cavalos.
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Boa essa.

  • pmahrs:

    Infelizmente, para nossa tristeza, boa saúde, educação, segurança, transporte, quer seja público, privado ou mistos; e baixos índices de violência e abusos; e plena liberdade de expressão com baixa interferência de governos ou anunciantes bilionários só existem em países onde se paga só de impostos em média, mais do que a maioria aqui ganha de salário

    O índice de “retorno irbes do IBPT” é só um ilusionismo matemático criado aqui, não existe em lugar nenhum do mundo e não tem valor estatístico; foi criado para comparar entre países escolhidos a dedo para dar um resultado já esperado e político. Os custos de bons serviços são em valor de dinheiro por habitante e não em porcentagem do PIB de cada país sem considerar o número de habitantes dependentes.

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