Telescópio espacial logo encontrará Terras alienígenas

Por , em 10.08.2009

De acordo com a cientista planetária Sara Seager, do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), o mais poderoso telescópio espacial do mundo, Kepler (veja o lançamento), pode conseguir detectar “Terras Alienígenas” – planetas que são do mesmo tamanho que o nosso.

Depois do lançamento em 6 de março, o telescópio Kepler começou a realizar testes de dados. E foi com esses dados, antes da inauguração oficial das operações de ciência, que foi publicado os primeiros resultados do observatório na revista Science, semana passada.

» Nossa galáxia ‘tem bilhões de Terras’

Seager apareceu na coletiva de imprensa na NASA, na quinta-feira, dia 6, para comentar sobre os resultados. “São tempos muito excitantes para os exoplanetas. Por causa dessa primeira vez, astrônomos estão obtendo dados suficientes para poder responder questões básicas a respeito da composição dos planetas que estão orbitando em outras estrelas, e como eles comparam aos planetas familiares ao nosso sistema solar”.

Segundo Seager, o novo dado prova que as habilidades do Kepler são ótimas como os astrônomos já esperavam, e que o telescópio está agora completamente operacional. O Kepler foi desenvolvido para ser o primeiro telescópio capaz de descobrir planetas com o tamanho da Terra orbitando ao redor de estrelas, e foi comprovada sua eficiência.

O telescópio Kepler monitora sem parar um campo de visão contendo 100,000 estrelas, fixado nelas continuamente para observar a ligeira quebra de brilho que ocorre quando um planeta passa em frente de uma estrela.

» Quantas civilizações inteligentes existem na galáxia?

Ainda, de acordo com Seager, os detalhes das novas observações provêm de uma medida realmente espetacular do que eles (astrônomos) chamam de “fase da curva termal de um Júpiter quente”. Esses Júpiters quentes são planetas comparados em tamanho com planeta gigante Júpiter, mas são localizados tão perto de suas estrelas ancestrais que são fortemente aquecidas pela radiação delas. [Science Daily]

13 comentários

  • ENAX:

    Em algumas centenas de anos todos os recursos do nosso planeta terão se esgotado, e até lá a humanidade já terá que estar preparada para “colonizar” outros planetas, mas para tanto será necessário que o mesmo tenha água, pois as sementes podemos levar daqui. Precisamos desenvolver foguetes capazes de colocar em orbita grandes volumes e que possam viajar próximo da velocidade da luz para que possamos deixar o planeta terra quando tudo por aqui já estiver no fim… Quanto ao ar as próprias plantas que levarmos produzirá o oxigênio que precisamos. Teremos que criar uma atmosfera e tratar a terra. Será um desafio e tanto, mas não terá outro jeito. As pesquisas atuais são importantes para a salvação da humanidade… Precisamos de telescópios mais potentes para acharmos nosso próximo lar não muito longe daqui…

  • Paulo H.:

    É incrivel como gastam dinheiro em pesquisas de exoplanetas se não pssuímos nem tecnologia para nos comunicar com exoplanetas distantes quem diria irmos até esses planetas é realmente um desperdício de tempo e dinheiro, como pode os cientistas que se acham tão inteligentes ficar em busca de algo impossível de se chegar e de se comunicar.

    • Germano:

      ja pensou se michael jackson desistice do moonwalker ?

    • Aloisi:

      É a busca pelo conhecimento. O ser humano gasta tanto dinheiro pra satisfazer seus próprios prazeres, gastam tanto subornando, superfaturando, apostando, multiplicando que quando gastam em prol de algo que possa mudar a visão que temos sobre a vida reclamam. A questão é a seguinte eles gastam dinheiro com isso, mas se não gastassem você seria mais feliz? Você acha que gastariam a grana em prol da melhoria da qualidade de vida dos pobres no mundo. Não fariam isso. Então dê graças a Deus que eles gastam o dinheiro evoluindo o conhecimento humano e nos dando informações que adoramos consumir e novas tecnologias que adoramos usar. Abraços e vê se reclama menos das coisas, porque toda reclamação esbarra numa frase simples. O mundo é injusto e pra torna-lo melhor 99% dos seres do planeta tem que mudar sua forma de pensar. Se não pensam diferente dos 99% então não podem reclamar da injustiça do mundo. Façamos nossa parte primeiro, discussão comigo sempre esbarra nessas questões simples. Antes de reclamarmos do cientista vamos reclamar do que a massa tem na cabeça além do mesmo egoísmo que os seus superiores também ostentam.

  • Bruno:

    Talvez realmente, não ganhemos nada com a exploração espacial, mas, acontece que, para algumas pessoas, a curiosidade, a vontade de entender as coisas é algo imperativo. Algumas dessas pessoas abraçam a ciência. E é por isso que estamos no espaço.

  • Daniel Martins:

    Concordo Com o Francisco Wilmar deveríamos apontar o telescópio Kepler não para as estrelas do céu e sim para as “supostas estrelas daqui” …para ver o quanto de “não-inteligência” há por aqui ….apontar não para África, Palestina, ou mesmo as favelas do Brasil, e sim para os “que tem poder de mudar a situação geral, não quero nem citar nomes aqui porque não é preciso creio eu, o que eu reclamo aqui “até cego vê”, desculpe o admin do blog por eu desviar um pouco do tópico em questão, eu sei que o intuíto não é esse, e até acho interessante a “causa”, seria bom encontrarmos vida em outros planetas, mas o que me deixa imensamente triste é que a humanidade que habita esse pequeno planetinha azul, irá olhar para essa outra vida assim como olhou para os Índios no Brasil, se interessar assim como se interessou pela Índia, e por tantos outros países, e em tempos de tantas revoluções e descobertas, me deixa imensamente frustrado, que no campo da moral e do respeito pelas tantas formas de vida AQUI existentes, ainda estejamos muito atrás dos animais, dos nossos ancestrais, e de qualquer outra espécie, mesmo esta sendo imensamente inferior em capacidade intelectual. É realmente triste pensar na vida do “pão e circo”…

  • Francisco WilmarSimm:

    Apontar o telescópio Kepler para as estrela´para descobrir planetas
    que talvez nem com vida eterna consigamos lá chegar….
    Não seria mais interessante apontá-lo para o nosso planeta e descobrir
    as coisas que importam mais para o nosso presente? Aí sim acho muito interessante…..

  • Bruno:

    Eu sempre me maravilhei com observações astronômicas, e, sempre tive uma grande curiosidade sobre o que poderíamos encrontrar em certas regiões se pudéssemos observar mais de perto.
    Sou astrônomo amador, e, realmente, as descobertas recentes, apontam, aparentemente, para o fim do egocentrismo de nossa “raça”!
    Muito bom o site, continuem assim!

  • Sérgio:

    Caro Alexander

    Dados os avanços e pesquisas, seu temor embora aceitável, tem possibilidades remotas de ocorrer. A tecnologia para que deixemos de depender de combustiveis fósseis já está disponível, porém, infelizmente, dada a gancia humana, ainda utilizaremos estes combustiveis por um longo, longo e longo tempo.

    Nosso planeta tem 4 bilhões de anos, a vida “brotou” há cerca de 3,5. Se tomarmos esse tempo como se fosse uma hora, o tempo dos dinossauros ocupariam meros segundos e o aparecimento da nossa raça – o Homo Sapiens – está aqui há aproximadamente 200mil anos…são apenas alguns milésimos de segundo. Quando se fala em ecologia, na verdade não é para defender o planeta…na verdade é procurar manter o meio ambiente com menores variações possíveis tornando viável a continuidade da nossa espécie. Se você procurar, existe um documentário interessante no History channel, partindo da idéia de que o que aconteceria com a Terra caso nós humanos simplesmente sumissemos…

    Pode ter a certeza de que…não é preciso de muito para que nossa espécie pereça e outra assuma o topo da escala evolutiva. E em alguns milhões de anos, haverão apenas diamantes lapidados, demonstrando que aqui passou um ser com essa capacidade.

    Mas apesar dos pesares, sou um otimista e acredito que nós conseguiremos superar a ignorancia, o medo e o egoismo. E num futuro meio distante de hoje, o homem estará em vários cantos do universo. Talvez eles olhem pra trás e vejam a vida que levamos hoje e se perguntarão: como conseguíamos viver nessa época?!

  • Luiz Carlos:

    É fascinante! As possibilidades são enormes! O q poderá existir lá fora? Sempre penso nisso, vivemos em um oceano de oxigênio e nossa existência e apenas uma das muitas possibilidades q a natureza dispõe.
    O q poderemos encontrar? O q poderemos aprender? como somos pequenos diante de tanta imponência.

  • VInícius:

    QUE ISSo que matéria… concordo planamente com o Sérgio!!

  • Jacob lost:

    Que legal

    Falta pouco pra alguém inventar algo que posso achar vida alienígena, nem que não for inteligente (Como animais).

  • Sérgio:

    Vivemos no limiar de uma revolução.
    Se dependesse do pensamento retrógrado de certos lideres do passado e até de muitos de hoje – tanto religiosos quanto politicos – ainda estariamos com o ego do tamanho de Jupter achando que somos o centro do universo e a Terra é chata como uma pizza.
    Ainda bem que existiram pessoas a frente do tempo que nos puxaram para próximos a elas.
    Hoje sabemos que NÃO somos o centro do universo, muito menos da galáxia e nem do sistema solar. Mas somos especiais por estarmos exatamente onde estamos aqui e agora.
    Creio que o maior desafio neste século será encontrar outro planetas habitados e contactar estas formas de vida. Devemos apenas nos policiar para não acharmos que A VIDA seria tão limitada para ser semelhante a nossa…e de novo cairmos no conceito de padrão, do correto, como sendo nós – formas de vida baseada no carbono – como as unicas possibilidades.
    A Vida pode – e tenho quase plena certeza disso – se manifestar das mais imaginativas e inesperadas formas sistemas afora.
    Quando este contato ocorrer, muitas mudanças em TODOS os campos do conhecimento sofrerão um outro salto. Espero que possamos evoluir como especie, povos e principalmente, individuos.

Deixe seu comentário!