O homem moderno é um fracote

Por , em 14.10.2009

Muito aborígenes australianos pré-históricos conseguiriam vencer facilmente o atual campeão de velocidade do mundo atualmente, o jamaicano Usain Bolt. Muitos homens da etnia Tutsi, em Ruanda, conseguiriam superar o atual recorde de salto em altura, de 2,45 metros, durante seus rituais de iniciação.

Qualquer mulher neandertal conseguiria vencer o fisiculturista e ator Arnold Schwarzenegger em uma queda de braço. Além disso, romanos da antiguidade completavam aproximadamente uma maratona e meia diariamente, carregando mais do que metade do seu peso corporal em equipamentos.

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Precisa de mais algo para convencer que os homens modernos são fracotes? Essas e outras afirmações impressionantes são analisadas pelo antropólogo australiano Peter McAllister, que acredita que o homem moderno é muito inferior a seus predecessores.

A força do passado

A sua conclusão sobre a velocidade dos aborígenes australianos de 20 mil anos atrás é baseada em um grupo de pegadas de seis homens perseguindo uma presa, fossilizadas e perfeitamente preservadas até hoje.

A análise das pegadas de um dos homens, chamado de T8, mostra que, em uma superfície enlameada, ele chegava a atingir 59,2 quilômetros por hora. Usain Bolt, por sua vez, atingiu a velocidade máxima de 67 quilômetros por hora nas olimpíadas de Pequim, em 2008.

“Presumimos que, ao perseguir um animal, eles correm ao máximo da sua velocidade”, afirma McAllister. “Mas se eles conseguiam esta velocidade em um terreno macio, suspeito que haja uma chance que eles superariam Bolt facilmente, levando em conta as vantagens que ele tem”, completa o antropólogo.

Além da velocidade impressionante de T8, o especialista também chama a atenção para o fato de que os outros aborígenes desta época também deviam chegar a velocidades semelhantes. “Essas fossilizações são muito raras”, afirma McAllister. “Quais são as chances de que o corredor mais veloz da Austrália tivesse a sua pegada fossilizada naquele momento?”, questiona.

Quanto aos pulos, o pesquisador afirma que fotografias tiradas por um antropólogo alemão no início do século mostram jovens pulando em alturas de até 2,52 metros. De acordo com McAllister, a tarefa era realizada pelos jovens tutsis como um ritual de iniciação, para mostrar o progresso à idade adulta. “Eles desenvolviam habilidades fenomenais para os pulos, e pulavam para provar a sua capacidade”, diz.

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Outra curiosidade é que uma mulher neandertal comum tinha 10% mais massa muscular que um homem europeu moderno. Treinada ao máximo, elas poderiam chegar a 90% da massa de Arnold Schwarzenegger na década de 70, quando ele atingiu o seu máximo fisicamente.

O porquê do declínio físico

De acordo com McAllister, a inatividade física adquirida desde a revolução industrial causou essa grande diminuição da força e capacidade física. “O corpo humano responde muito ao stress”, explica o pesquisador. “Perdemos 40% da massa dos maiores ossos do corpo porque temos menos massa muscular sobre eles atualmente”, afirma.

“Simplesmente não somos expostos aos mesmos desafios que as pessoas do passado, por isso nossos corpos não se desenvolvem”, diz o antropólogo, que completa: “Mesmo com o nível de treinamento que atletas de elite têm atualmente, não chegamos nem perto do que havia antes”. [Reuters]

25 comentários

  • Marivaldo Teixeira Barros Barros:

    isso e incrivel pena que nao podemos ter essa capacidade fisica atualmente

    • Cesar Grossmann:

      Em compensação, temos a motricidade fina.

  • Miguel Angelo:

    Recordem em certo dia “domesticamos” o cavalo e o elefante e passamos a usufruir de uma velocidade superior a nossa. . .

  • Adailton Vidal:

    Pesquisem então! Bolt chegou no máximo, apenas poucas vezes a 45Km/h.

  • Adailton Vidal:

    Quanta informação errada! Usain Bolt correndo a 67Km/h, o aborígene corria a 59Km/h. Ei, não exagerem!

  • Zeus Lan House – Angra dos Reis « O homem moderno é um fracote | Grupo Olímpicos:

    […] Fonte: hypescience […]

  • Os 7 maiores mistérios do corpo humano « Dicas para viver bem:

    […] aqueles caras que gastam horas na academia e viram “montanhas de músculos” correriam o risco de passar vexame em uma briga com chimpanzés: esses animais, embora tenham uma musculatura muito similar à nossa, […]

  • Gabriel Costa:

    No passado poderia ser, só que no presente é praticamente impossível um humano atingir 67 km/h, pois pode usar toda a tecnologia existente com tênis roupas e tudo mais, porem uma coisa que não podemos deixar de lado é:
    Antigamente os humanos tinham que caçar igual a todos os outros animais, então tinham que ter força e velocidade! Eu imagino que seria fácil pros neandertais alcançarem 60 km/h pois eles tinham que caçar animais grandes e proporcionalmente rápidos!
    Hoje o Humano não tem que caçar pra sobreviver, ou seja, não precisa de sua força e velocidade pra se manter vivo!
    E também, um Humano tem 2 pernas, ou seja bípede, pra um Humano correr a 80 km/h seria a mesma coisa que um cavalo quadrúpede correr a 180 km/h, então os humanos neandertais já tinham uma velocidade acima no normal, pois eles tinham que caçar animais que tinham o dobro de sua força e capacidade de correr!
    Não adianta, um Usain Bolt da vida nunca vai conseguir chegar a velocidade dos neandertais, pois o corpo dele é de um Homo Sapiens!
    E tanto na velocidade quanto na força, os Homo Sapiens são piores pois a vida moderna oferece tudo que antigamente exigia esforço físico pra conseguir, no entanto oferece também mais saúde, pois antigamente pra quem estivesse doente, as chances de sobreviver eram mínimas!
    E a única coisa que a vida moderna acabou foi com o físico, porém retribuiu na tecnologia, inteligência e na qualidade de vida!

    • Fernando Monteiro:

      Qualidade de vida!? É discutível isto…

  • John jones:

    so agora que viram que o homem e um lixo!!!!!!!!!!11

  • LorD FeniX (Marthins):

    O artigo teria ficado melhor se enfatizasse mais q o humano moderno tem menos resistência física e força muscular em grande parte devido ao sedentarismo
    e as comodidades da vida moderna.

    E nem precisa ir muito longe, a vida na idade média já exigia muito mais das pessoas q a vida moderna. Se caminhava muito mais, se ficava muito tempo em pé e se fazia mais atividades físicas. Mesmo as tarefas mais simples do cotidiano exigiam muito mais esforço e resitência física.

    E o legionário romano tinha de marchar cerca de 30 km em 5 horas (6 km/h) carregando todo seu equipamento, q pesava algo em torno de 35 a 40 kg. Tropas de elite atuais chegam a carregar muito mais peso.

    Outro fator não mencionado e q causa ENORME diferença nos grupos comparados:

    Quanto mais primitivo o grupo mais as doenças elimiinavam os mais fracos e menos resistentes.

    Na era moderna mesmo um indivíduo magro e fraco pode sobreviver a uma infecção com uso de antibióticos e medicina moderna. No grupo primitivo a chance deste falecer era superior a 90%.

    • Fernando Monteiro:

      E o psicossocial? Quantos buscando solução na psicanálise, psicoterapia; quantos hipertensos, estressados, obesos, anoréxicos, abúlicos? etc

  • Rodrigo Paim:

    Inteligência supera a força.

    É por isso que quem manda no mundo são as pessoas inteligentes, não as fortes.

  • Shuma:

    Tá certo que, em média, o homem tende a ser subtraído em força bruta e adicionado em inteligência, com o desenvolvimento tecnológico e cultural. Porém esse artigo tá meio forçado, pois não leva em consideração que a média da população se alimenta mal e faz poucos exercícios, porém um Schwarzenegger é justamente o oposto da nossa tendência: não existiam aparelhos de musculação tão precisos e nem disponibilidade tão alta de proteína, por isso nenhum homem ou mulher poderia ter sua força física comparada com a dele, ainda mais baseados em simples suposições.

  • Fábio:

    Este artigo é uma ofensa à mente do leitor por conter incoerência infantil entre os fatos expostos dentro do texto.

    Lamentável tamanha preguiça e incompetência de seu autor…

  • Fernando:

    Só um comentário, o livro “Manthropology” (de McAllister) tem uma reputacao bastante controversa no mundo da antropologia. Muitos afirmam falta de dados e conclusoes erroneas.
    Quem le o livro percebe rapidamente que o discurso é muito mais amistoso e interessante que os livros da area. Nao tenho opiniao sobre McAllister, mas sem dúvida muito do sucesso do livro está na qualidade da escrita e nao na ciencia defendida…

  • Alisovaldu:

    Não precisamos pular essas alturas ou correr a esta velocidade, temos tecnologia.

  • Rita:

    essa ‘involução’ nos quesitos força e reisistência é visível em se comparar uma geração com as seguintes…

    uma mulher de 60 anos é mais forte e resistente do que uma de 40, pelo simpes fato de a primeira ter subido em árvores, corrido no campo, nadado no rio, puxado água do poço e carregado de balde pra dentro de casa, e a de 40, mesmo praticando natação e outras atividades fisicas, não dá conta dos afazeres e nem tem a saúde tão boa, mesmo sendo muito bem criada pela de 60 anos…

  • Cristhofer Ronny:

    ….interessante…

  • Wanderson:

    É.A modernidade e a facilidade tem seus prejuízos.

    Na verdade vivemos na era da preguiça.O desejo de fazer menos esforço está no homem desde que o primeiro hominídeo usou de um graveto para alcançar e puxar a fruta que estava fora de seu alcance.
    Todos os nossos inventos foram feitos pra nos dar menos trabalho,menos esforço,em contrapartida,segundo alguns filósofos,o ócio do homem faz com ele fique mais criativo e construa coisas mais práticas de acordo com que lhe é mais coveniente.
    No entanto,essa conveniência pode ser tanto vantajosa como prejudicial.É o preço da evolução.

    O que seria do homem sem a preguiça?Ou vcs acham que o T8 corria atrás do veado por que gostava?Ele corria assim por que não tinha alternativas para matar a fome.

  • julio:

    Noooosssaaaa! Como minha vida mudou depois de saber tudo isso….

  • Clement:

    Lamento informar, mas a medição está errada.
    De acordo com:http://www.agora.uol.com.br/vencer/ult10110u611134.shtml e vários outros autores.
    ” O relâmpago jamaicano Usain Bolt alcançou uma velocidade máxima de 44,72 km/h, na final dos 100 m do Mundial de Atletismo, teve uma velocidade média de 37,58 km/h.”

    Agora convenhamos também para os seguintes fatos:
    Se Bolt chegasse a fazer 67Km/h, ainda que no pico, nós seres comuns, poderíamos tranquilamente fazer um quarto desta velocidade, o que daria mais de 16km/h. sabendo que a média de velocidade dos carros em SP capital é de 21km/h, poderíamos perfeitamente abandonar mais de 50% da atual frota de veículos…
    O que eu sugiro é andarmos cada vez mais de bicicleta, o que seria ótimo, com muito mais rendimento e sem traumas, pois atualmente estamos aprendendo a dominar a nanotecnologia, o que não seria possível no passado!

  • Carlos:

    Desculpa, mas bolt não atingiu 67 km/h, e sim 44,72 km/h nas últimas olimpíadas.

  • Diego:

    Amigo Leandro, concordo 100% com o primeiro parágrafo. Sobre o segundo, não é falta de inteligência e sim excesso de ganância. A industria do fast food e do petroleo já estão obsoletas, por mais que pareça estranho afirmar sobre o fast food.
    Todos sabemos que hoje, se não fosse a máquina por trás de toda porcaria, teriamos mc donalds de soja tão deliciosos quanto esses de hoje e carros elétricos. Bom, você já deve saber disso.. Fique com Deus.

    E para finalizar, tirando o conhecimento cientifico avançado – que é menos de 1% da população que possui – o ser humano moderno é literalmente fraco e burro.

    Abraços a todos.
    Admin, obrigado pelo espaço.

  • Leandro:

    Acho que Usain Bolt só conseguiu os 67 quilômetros por hora porque o homem moderno desenvolveu a tecnologia do tênis que ele estava usando na ocasião ^^

    É claro que não podemos afirmar completamente que o homem desenvolveu a inteligência em detrimento da estrutura física, pois, se o homem fosse mesmo inteligente nessa proporção, não comeria as porcarias que come hoje e não dependeria do petróleo 😉

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