5 animais serial killers

Por , em 8.06.2015

Ataques animais fatais em seres humanos são muito raros. Isso porque nós não somos as presas de nenhuma espécie. Um animal só vai atacar um ser humano se sentir ameaçado ou estiver com muita fome. Obviamente, os bichos não saem por aí procurando e matando humanos apenas pela emoção. Bem, a maioria, pelo menos. Dissemos que ataques fatais são raros, mas eles existem.

AVISO: esse artigo não endossa, de forma alguma, a crueldade contra animais. Esses casos são exceções que não justificam a menor violência contra essas incríveis criaturas.

5. Os comedores de homens de Tsavo

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Em 1898, os britânicos colonizando a África Oriental terceirizaram a construção de uma estrada de ferro de 1.600 km atravessando o Quênia e a Uganda. A obra ficou na mão de trabalhadores sikhs, muitos dos quais morreram durante a empreitada.

O problema com essas mortes é que os animais da região se acostumaram com o buffet de carne humana. Especialmente, um par de leões de Tsavo machos desenvolveu um gosto por pessoas. A dupla ficou conhecida como os “comedores de homens de Tsavo”, aterrorizando os trabalhadores por nove meses.

Os animais invadiam o acampamento humano à noite, entravam nas tendas e arrastavam os trabalhadores para longe. As pessoas tentaram de tudo para parar os leões: enviaram grupos de caça (que fracassaram), construíram cercas de espinhos gigantes (que não pararam os bichos) e prepararam armadilhas, mas nada funcionou. Os matadores comeram cerca de 135 seres humanos até serem finalmente abatidos, por um homem chamado John Henry Patterson.

E a tarefa não foi nada fácil. O primeiro leão precisou de cinco tiros de um rifle calibre .303 ao longo de um dia inteiro de perseguição para morrer. O segundo levou oito tiros (um diretamente na cabeça) para ser derrotado.

4. O urso assassino de Sankebetsu

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Em novembro de 1915, a região de Sankebetsu, no Japão, era composta de pequenas comunidades agrícolas. A calma dos fazendeiros, no entanto, foi interrompida por incidentes horríveis: assassinatos cometidos por um urso marrom de Ussuri, de 362 kg.

Certa manhã, ele apareceu na casa da família Ikeda, mas fugiu depois de apenas alguns minutos. Dias depois, retornou para uma casa próxima e atacou um bebê antes de arrastar sua babá para dentro da floresta para ser comida.

Um grupo de caça perseguiu o urso e conseguiu derrubá-lo uma vez, mas o bicho escapou. O consenso geral foi de que o animal não perturbaria mais a aldeia – e você já adivinhou, claro, que eles estavam errados.

Na noite seguinte, o urso fez o seu caminho para outra casa e matou mais três pessoas. Desta vez, 50 guardas locais chegaram ao local a tempo de lutar contra o urso. O assassino marrom mais uma vez escapou pela noite. Uma equipe de busca encontrou o que restou de uma de suas vítimas (uma cabeça e alguns pedaços de perna) enterrado na neve para um lanchinho mais tarde.

Em dois dias, o urso matou seis pessoas (uma das quais estava grávida). Com uma população aterrorizada e um grave problema nas mãos, as autoridades locais logo perceberam que tinham apenas uma opção: chamar Heikichi Yamamoto, um caçador de ursos com uma reputação lendária.

Infelizmente, Yamamoto havia penhorado sua arma para comprar bebida vários dias antes. De início, ele recusou o pedido do pessoal de Sankebetsu. Eventualmente, a cidade conseguiu convencê-lo a salvar suas vidas. Yamamoto ajudou a aldeia a formar um esquadrão de atiradores de elite, mas, mesmo com 60 homens, levou vários dias para caçar o urso insistente. Para não haver nenhum engano, uma autópsia foi feita, a qual revelou vestígios de suas vítimas na carcaça do serial killer assustador.

3. O elefante violento da Floresta de Aberdare

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Cerca de 1940, na Floresta de Aberdare, na África Oriental, um elefante africano causou o maior alvoroço entre aldeias e fazendas, matando várias pessoas durante um mês de total pavor. Como ele nunca atacava o mesmo local duas vezes, seus movimentos eram imprevisíveis.

Assim, os locais depositaram sua esperança em um caçador profissional chamado J. A. Hunter, muito famoso por liderar safáris e abater mais de mil rinocerontes. Com a tarefa de rastrear e derrubar a besta, Hunter primeiro conversou com os moradores que já haviam visto o animal, para aprender sobre sua presa. Ele escreveu: “Dois nativos estavam regressando à sua aldeia uma noite, quando viram uma grande massa negra de pé, imóvel nas sombras. Os homens gritaram para afastar a coisa. Ao mesmo tempo, ela deixou as sombras e veio na direção deles a uma velocidade medonha. (…) Ouviram os gritos do homem conforme o elefante o pegou. O grande bruto colocou um pé na sua vítima, e rasgou-o em pedaços com seu tronco. Então pisoteou o corpo no chão e foi embora”.

O elefante conseguiu fugir de Hunter por dois dias, deliberadamente levando o grupo de caça para um terreno traiçoeiro, forçando-os a rastejar através de espinheiros, urtigas e espinhos. Eventualmente, Hunter conseguiu matá-lo.

Após a realização da autópsia, foi encontrada uma bala enterrada no centro nervoso do animal, que não saiu do rifle de Hunter. Essa era provavelmente a explicação para a violência do elefante. Ao invés de aprender a lição de moral contida ali – o problema da intervenção humana nas vidas dos animais -, Hunter continuou a disparar mais armas em milhares de animais pelo resto de sua carreira. Ou seja, quem realmente é o babaca dessa história?

2. O verdadeiro tubarão de “Tubarão”

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Em 1916, um tubarão aterrorizou Jersey Shore, nos EUA, sendo que os monstruosos ataques foram a inspiração para o romance de Peter Benchley, que mais tarde virou o filme de Steven Spielberg com o qual estamos todos devidamente familiarizados.

Entre 1 e 12 de julho, o assustador vilão fez cinco vítimas, acarretando em quatro mortes. O pânico tomou conta da costa e milhões de dólares em turismo foram perdidos, conforme os banhistas decidiram passar suas férias em algum lugar menos infestado por tubarões.

Eventualmente, os locais revidaram. Centenas se reuniram com redes, dinamite e armas e começaram a assassinar todos os peixes que encontravam. A campanha foi 100% malsucedida. Eles não conseguiram matar um único tubarão.

Enquanto todo mundo em Jersey continuava preocupado, um tubarão branco com uma barriga cheia de restos humanos foi pego por um domador de leões chamado Michael Schleisser ao largo da costa de Manhattan. O tubarão pesava 147 kg e tinha 2,28 metros de comprimento. Como não houve mais ataques após o dia 14, as pessoas chegaram a conclusão de que finalmente estavam livres do terror.

Porém, alguns especialistas sugerem que o tubarão de Jersey não poderia ter sido um branco. Não era o habitat certo para essa espécie. O culpado de pelo menos alguns dos ataques foi provavelmente um tubarão-touro.

Ainda assim, o tubarão-branco morto por Schleisser havia de fato comido pessoas. O animal quase afundou o barco do domador de leões, que teve que assassiná-lo com um remo quebrado em autodefesa. Ao todo, quase 7 kg de carne humana foram encontrados no estômago do animal.

1. Gustave, o crocodilo imortal

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Esse é um conto de horror atual, com o qual as pessoas sem sorte de Burundi precisam lidar. Além de passar por inúmeras guerras civis e genocídios, o povo desse país africano está sendo sistematicamente perseguido e abatido pelo assassino em série mais prolífico de todos os tempos, Gustave, o crocodilo.

Nascido cerca de 66 anos atrás em algum lugar ao longo do rio Nilo, Gustave venceu as probabilidades e conseguiu sobreviver, ao contrário da maioria dos outros crocodilos de sua geração, mortos por caçadores.

Crocodilos, como orcas e peixes dourados, nunca param de crescer; enquanto possuem um fornecimento estável de alimentos, ficam maiores e maiores. Crocodilos-do-nilo geralmente têm 4 metros de comprimento, mas Gustave tem mais de 6, acredita-se. Ele pesa cerca de 900 kg e as autoridades locais já ouviram reivindicações de que ele acabou com cerca de 300 vidas.

Crocodilos normais já caçam animais assustadores como búfalos e zebras, mas Gustave queria um desafio maior. Assim, passou a alvejar seres humanos. Mais precisamente, ele gosta de matar seres humanos e talvez dar uma mordida para experimentar sua caça. Testemunhas já viram Gustave rasgar grupos de seis pessoas por diversão, raramente comendo uma pessoa inteira. Talvez ele seja na verdade vegetariano, ou de alguma forma obtenha nutrientes através de gritos humanos. Não é incomum que cidadãos de Burundi tropecem em uma trilha de cadáveres não consumidos deixados para trás por Gustave.

A pior notícia? Gustave provavelmente ainda está por aí (caso você precise de mais um motivo para não visitar Burundi, é esse). O animal ressurgiu em 2008, afogando um pescador por esporte. Especialistas dizem que ele está “saudável e sua lista de vítimas tem crescido”. [Cracked]

3 comentários

  • Cesar Grossmann:

    O caso dos dois leões de Tsavo virou filme, “A Sombra e a Escuridão”, com o Val Kilmer no papel do engenheiro John Patterson.

    • Lucas Pereira:

      Se eu não me engano, o crocodilo também virou filme.

    • Leon Lancaster:

      O nome do filme inspirado na história do Gustave, o crocodilo é Primeval(Primitivo) e conta com o Dominic Purcell de Prison Break.

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