5 crianças prodígio que fazem sua vida parecer uma piada
Pode até ser verdade que todo mundo é bom em alguma coisa, mas algumas pessoas são definitivamente melhores. Como se isso não bastasse para acabar com a autoestima de qualquer um, os “melhores” podem ser muitas vezes crianças que mal saíram das fraldas.
Alguns chamam esses pequenos prodígios de “inspiradores”, mas vamos ser sinceros: eles apenas nos lembram de quanto nós desperdiçamos as nossas próprias vidas.
5. Sho Yano
Antes de se tornar o icônico personagem Barney, do seriado “How I Met Your Mother”, o ator Neil Patrick Harris ficou famoso por seu papel como o médico Doogie Howser, um cirurgião gênio de apenas 16 anos de idade.
Se você está pensando: “Isso é ridículo, totalmente coisa de ficção, ninguém no mundo real jamais conseguiria se formar em medicina tão cedo”, Sho Yano está aí para rir da sua cara. Ele não se formou aos 16, mas provavelmente poderia ter feito isso. Só não aconteceu porque ele decidiu obter um doutorado ao mesmo tempo, na Universidade de Chicago, e “apenas” se formou em medicina com 21.
Sho começou a faculdade aos nove anos, embora a maioria das pessoas com essa idade naquela época ainda estavam comendo terra. Sua mãe, ao invés de levá-lo para a escola, o dirigia até a universidade, porque um QI de 200 não te ajuda a obter sua carteira de motorista mais cedo.
Graças à sua meta de obter um diploma de médico e um doutorado ao mesmo tempo, até chegar o momento de Sho interagir de fato com pacientes, ele tinha, pelo menos, 19, o que deve ter tornado um pouco mais fácil para as pessoas levarem seus conselhos a sério.
4. Budhia Singh
Crianças pequenas geralmente não têm muita capacidade de concentração. Se você consegue capturar sua atenção por mais de uma hora, ou você é um mago ou um hipnotizador profissional.
Biranchi Das não era nenhum dos dois, mas era um treinador incrível. Depois de adotar um garoto indiano chamado Budhia Singh, após sua mãe tê-lo vendido a um vendedor ambulante, ele treinou a criança com sucesso para ser um corredor de maratona.
Sob a tutela de Das, Budhia completou 48 maratonas (não, não é um erro de digitação) antes de ter 5 anos de idade (de novo, não é um erro de digitação).
Para lhe dar uma ideia melhor de quanto isso significa, um corredor adulto médio necessita de cerca de 4,5 horas para completar uma maratona. Então, entre treinos, as próprias maratonas, e o tempo que ele correu 65 km em linha reta da cidade de Puri a Bhubaneswar, Budhia provavelmente passou aproximadamente 1.000 horas correndo, muitas vezes em calor escaldante. E tudo antes de ter 5 anos.
Das acompanhava a dieta e a rotina de exercícios do menino, com o objetivo final de levá-lo para os Jogos Olímpicos. No entanto, o governo interveio e proibiu Budhia de participar de maratonas, dizendo que seu pequeno corpo não poderia aguentar toda aquela corrida (parece maldoso cortar o talento do garoto assim, mas, em defesa do governo, isso é provavelmente verdade).
Mais tarde, uma tragédia aconteceu e Das foi assassinado por um gangster local.
Nos últimos anos, a guarda de Budhia se tornou do Estado, e ele só foi autorizado a correr curtas distâncias, e parece que não é muito bom nisso. No lado positivo, um filme inspirado em sua vida foi lançado este ano, o “Budhia Singh – Born To Run”. Quantas pessoas podem dizer que todo um filme foi feito em sua homenagem com apenas 14 anos?
3. Kieron Williamson
A jornada da maioria das crianças no mundo da arte geralmente começa com desenhos de bigodes enormes em cada imagem de seus livros escolares de história, e termina com rascunhos inapropriados de partes íntimas nos cadernos dos colegas.
Foi um pouco diferente com Kieron Williamson, entretanto. O artista britânico começou a pintar com cinco anos de idade e, apenas alguns anos mais tarde, ficou tão bom que seus quadros passaram a ser vendidos por US$ 3.000 cada, no mínimo.
Uma de suas paisagens de inverno foi vendida por assustadores US$ 40.000:
E não, não é o caso de um tio bilionário excêntrico comprando suas pinturas por quantidades exorbitantes de dinheiro para compensar o fato de ter esquecido de seu aniversário. Críticos de arte sérios têm comparado o estilo de Williamson às pinturas impressionistas de Monet.
Durante sua exposição em 2011, que lhe rendeu cerca de US$ 200 mil, pessoas de lugares tão distantes quanto a Tailândia acamparam na frente da galeria para não perder a chance de ter um Williamson original.
Os pais de Kieron estimam que ele já ganhou mais de US$ 2 milhões por conta da sua arte. Parte desse dinheiro foi usado para comprar a casa que sua família vive hoje, quando ele tinha apenas oito anos. Sem surpresa, os Williamson também dizem que a renda que seu filho recebe tem gerado um pesadelo ético, porque como você justifica ser sustentado por uma criança? Ou deixar o seu filho de castigo quando foi ele que pagou pela casa em que você mora?
2. Joey Alexander
O Grammy Awards pode ser controlado por uma cabala secreta de pessoas que na realidade não gosta de música, mas, ainda assim, qualquer um provavelmente ficaria incrivelmente feliz de ser nomeado pelo menos uma vez para algum prêmio. É por isso que Joey Alexander, um pianista de 12 anos de idade da Indonésia, indicado a dois prêmios Grammy este ano, é tão admirável.
Quando ele tinha apenas seis anos, seus pais lhe deram um teclado eletrônico para brincar. Em vez de fazer como qualquer outra criança e irritar o mundo inteiro batendo nas teclas de uma forma totalmente sem sentido, Joey aprendeu sozinho a tocar música.
Ele ficou bom o suficiente para que seus pais decidissem contratar alguém para ensiná-lo música clássica, porque esse é o segundo capítulo de todos os livros sobre qualquer criança prodígio. Não funcionou como o esperado, no entanto.
Na música clássica, há apenas uma maneira aceitável de tocar uma peça. Mas Joey tinha talento para criar e improvisar, por isso, ele mudou um pouco de rumo e começou a tocar jazz.
Graças ao amor da internet por coisas adoráveis tocando piano, um vídeo de Joey logo se tornou viral. Antes que ele percebesse, o menino já tinha hits populares tocando em todas as principais paradas de jazz. Foi nesse momento que o pessoal do Grammy começou a prestar atenção nele.
Seus vídeos renderam a Joey um convite para tocar em um baile de gala no Lincoln Center, para aparecer no The Today Show, e para se apresentar no Festival de Jazz de Newport, que é o equivalente a Woodstock do jazz.
No fim das contas, Joey não ganhou o Grammy, mas fez uma performance que lhe rendeu aplausos de uma plateia em pé.
1. Alma Deutscher
Segundo o jornal americano The New York Times, escrever uma ópera é o “último desafio e a realização final na vida de um compositor”. Felizmente, isso não significa necessariamente que a criança prodígio inglesa Alma Deutscher atingiu seu pico muito cedo, escrevendo sua primeira mini-ópera aos sete anos, e sua primeira ópera aos dez.
Alma começou a tocar piano com dois anos de idade, mudando para o violino aos três, provavelmente porque ela estava entediada e precisava de um melhor desafio para suas mãos do que pintura usando os dedos.
Ela rapidamente se tornou tão proficiente em ambos os instrumentos que foi capaz de escrever sua primeira sonata aos seis, e sua primeira ópera curta aos sete, que contava uma história sobre um “Limpador de Sonhos” que ajudava as pessoas a esquecer os seus sonhos. Ou seja, basicamente um conto de fadas brilhante que lida com existencialismo vindo de uma faixa etária que pensa que “Carros 2” é um bom filme.
Aos dez anos, Alma compôs uma ópera longa sobre Cinderela, que será exibida em Viena (com figurinos e uma orquestra completa) em dezembro deste ano. Na versão de Alma, no entanto, o príncipe se apaixona pela melodia da Cinderela, e tenta encontrá-la usando essa canção em vez de um calçado de vidro totalmente impraticável.
Mais recentemente, Alma tocou no Festival de Henley ao lado de grandes nomes como Elton John e Elvis Costello. Ainda nenhuma indicação ao Grammy, no entanto, de forma que Joey Alexander pode jogar isso na cara dela quando, anos e muitos anos mais tarde, eles se encontrarem em uma festa e entrarem em uma briga. [Cracked]
1 comentário
Gostaria muito de entender os governos impedindo as crianças de fazer coisas saudáveis (ou legais), mas deixam fazer porcarias…