5 inacreditáveis franco-atiradores

Por , em 15.06.2015

Atiradores especiais ou franco-atiradores, chamados em inglês de snipers, são atiradores de elite especializados em armas e tiros de longa distância.

As dificuldades, como você pode imaginar, são muitas. Por conta disso, nem sempre esses temerosos atiradores são bem-sucedidos. Os cinco abaixo, por exemplo, fizeram verdadeiros milagres (embora o uso dessa palavra não pareça correto, visto que eles de fato mataram pessoas).

5. Matt Hughes e a bala curva

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O atirador galês da Royal Marine Matt Hughes estava participando da invasão do Iraque em 2003, quando foi ordenado a derrubar dois soldados inimigos. O problema era que o vento estava soprando tremendamente. Isso é algo que não vemos nos filmes, mas a realidade é que, quando você está tentando atirar de longe com qualquer tipo de vento, é difícil calcular onde a bala vai parar. Ela pode acabar em algum tronco de árvore inocente a 15 metros de distância do seu alvo.

Além disso, Hughes só tinha uma chance de derrubar os soldados, visto que os alvos estavam em uma posição fortificada, com apenas uma pequena parte de sua cabeça e tronco expostos. Se o franco-atirador errasse, não conseguiria atirar de novo, pois os iraquianos certamente se esconderiam completamente.

Para tornar tudo mais difícil, os alvos estavam a um pouco mais de 800 metros de distância, o que, não obstante o poderoso vento, era algo além do alcance do rifle que Hughes estava usando. Qualquer um desistiria, mas atiradores de elite como Hughes não se tornam atiradores de elite só para desistir de um tiro impossível.

Assim, trabalhando ao lado de seu parceiro Sam Hughes, o par calculou a trajetória da bala estudando o movimento da poeira e o calor. Compensando para o vento, Matt decidiu apontar o rifle 17 metros para a esquerda a 11 metros de altura, a fim de acertar seu alvo. E conseguiu. A bala fez um arco em forma de banana e atingiu um dos soldados inimigos diretamente no peito, matando-o.

4. Steve Reichert dispara através de uma parede

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No videogame, ninguém consegue fazer isso, mas na vida real, pelo menos uma pessoa conseguiu.

O atirador Steve Reichert estava participando de uma missão de rotina no Iraque, fornecendo cobertura para um pelotão de fuzileiros navais a partir de um tanque de óleo, quando seus companheiros caíram sob ataque de insurgentes. Reichert logo percebeu que três soldados inimigos esgueiravam-se na parte de trás de um prédio para emboscar os fuzileiros com uma metralhadora gigante.

É claro que ele não podia deixar isso acontecer. Então, apontou sua arma para os inimigos, conforme eles desapareciam atrás de uma das paredes de tijolo do edifício. Recusando-se a deixar que essa desvantagem aparentemente “pequena” o detivesse, Reichert decidiu disparar contra a parede mesmo, a um pouco mais de 1,6 km de distância.

Uma única rodada de disparos derrubou todos os três inimigos. Um morreu de imediato, enquanto os outros dois foram atingidos por fragmentos de tijolo e bala. Por suas ações, Reichert foi condecorado com a Estrela de Bronze.

3. Carlos Hathcock derruba quem queria derrubá-lo

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Carlos Hathcock foi um franco-atirador americano que exterminou muitos inimigos dos EUA durante seus dois turnos na Guerra do Vietnã. Por causa disso, o governo norte-vietnamita ofereceu uma recompensa de 30.000 dólares por sua cabeça. Inspirado pela recompensa, um atirador desconhecido vietnamita resolveu tentar matar Hathcock, sem saber que essa tarefa seria muito mais difícil do que pensava.

O atirador inimigo disparou contra vários de seus colegas fuzileiros simplesmente para provocá-lo. Hathcock, apesar de perceber a armadilha, resolveu encarar o inimigo de frente. Para evitar ser morto antes de descobrir a posição do atirador, ele moveu-se lentamente e ficou fora de vista, se arrastando sob seu estômago, certificando-se de manter o sol atrás dele.

Continuou assim até pensar ter visto um brilho de luz, como quando o sol é refletido em um pedaço de vidro. Experiente, Hathcock disparou contra o brilho, sabendo que podia ser seu inimigo ou um espelho perdido na selva. Felizmente para Hathcock, era o primeiro. Ele conseguiu derrubar seu potencial assassino a 457 metros de distância.

Tenha em mente que a mira típica de uma arma tem apenas alguns centímetros, de modo que Hathcock tinha que ser basicamente perfeito para não desperdiçar sua chance única. As condições eram muito especificas: o atirador inimigo tinha que estar de frente para ele, com a sua arma mais ou menos nivelada diretamente para a posição de Hathcock, para que ele pudesse enxergá-lo, fazer o julgamento correto em segundos e disparar uma rodada de balas antes de seu oponente ter a mesma chance, tudo isso enquanto coberto de selva densa. Uma mistura de sorte com muito talento.

2. Mike Plumb salva a vida de sua “vítima”

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O atirador da SWAT Michael Plumb atendeu uma ocorrência na qual um cidadão chamado Douglas Conley, sentado em uma cadeira em um gramado, ameaçava se matar segurando um revólver na direção de sua própria cabeça. Conley se recusava a deixar os agentes da polícia chegarem perto dele, tornando-se cada vez mais agitado conforme os oficiais tentavam ajudá-lo.

O estado volátil de Conley, aliado ao fato de que ele estava ignorando todas as ordens da polícia, fizeram com que o comandante de Plumb lhe desse uma ordem para atirar. “O quê?”, pensa você. “É assim que os EUA lidam com um cara que está ameaçando suicídio – chamando um franco-atirador para acelerar as coisas?”.

Não exatamente. A tarefa de Plumb não era atirar em Conley, mas sim impedi-lo de atirar em si mesmo. Em vez de alvejar o homem, Plumb mirou no pequeno revólver calibre 38 de cano curto que Conley estava segurando em sua mão, a 55 metros de distância. Com certeza essa não foi uma tarefa fácil, visto que o revólver (foto acima) é apenas um pouco maior que uma mão.

Foi a primeira vez que esse grupo de atiradores de elite precisou disparar seus fuzis durante uma chamada. A decisão foi sem dúvida uma ousadia da polícia americana. Provavelmente, o comandante de Plumb sabia quão bom ele era. Saiba você também:

1. Os SEALs perfeitamente sincronizados

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“Maersk Alabama” foi um navio de carga americano capturado por piratas ao largo da costa da Somália. Em troca da vida de sua tripulação, o capitão do Maersk, Richard Phillips, se ofereceu como refém. Os piratas concordaram.

Os sequestradores então partiram em um bote salva-vidas com Phillips e exigiram um resgate de vários milhões de dólares ao governo dos Estados Unidos. Os EUA responderam enviando o USS Bainbridge da Marinha para seguir o barco salva-vidas. (Para ser justo, o destroier custava milhões de dólares).

Conforme o USS Bainbridge seguia o barco dos piratas, uma equipe de SEALs (a principal força de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos) desceu de paraquedas no mar, a fim de proteger Phillips.

Eles tinham ordens para não agir a menos que a vida do capitão estivesse em perigo imediato. Quando perceberam que os piratas estavam apontando um fuzil AK-47 para as costas de Phillips, decidiram que isso era perigo suficiente, e três dos SEALs dispararam suas armas.

Conclusão? Três piratas caíram mortos. Cada atirador escolheu um alvo diferente. Disparando em uníssono, nenhum pirata teve tempo de reagir. Phillips foi resgatado e os SEALs, presumivelmente, sumiram do oceano para o ar novamente. [Cracked]

4 comentários

  • Ermindo Cecchetto Jr.:

    Você acha que um louco que atenta contra a própria vida, tem um plano B para a hipótese que o revolver do plano A falhar na hora H?

  • Ermindo Cecchetto Jr.:

    Tá tudo muito bom, ta tudo muito bem, mas no caso 2 precisava dar uma gravata e derrubar no chão com violência o doente desarmado?

    • Cesar Grossmann:

      Quem disse que ele estava desarmado? Antes de fazer uma revista, ele é tratado como alguém que pode ter outra arma, escondida.

  • Angelo Berzacola:

    Tem um filme sobre o último caso , se chama “Captain Phillips”

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