5 maneiras terríveis de como a natureza transforma o parto em um filme de terror

Por , em 8.09.2014

Fazer bebês não é a tarefa mais difícil do mundo – o que faz sentido, já que é essencial para a manutenção das espécies e a natureza não ganharia nada em complicar esse processo.

No entanto, o milagre da vida nem sempre é uma coisa linda e poética. Em alguns casos, na verdade, parece até coisa tirada de filme de terror. Olha só:

5. Piolhos do mar bebês nascem depois de comerem suas mães de dentro para fora

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Você já se perguntou porque os piolhos do mar existem!? Pois é. Eles não têm grandes funções e ainda são essas coisas asquerosas que comem as próprias mães por dentro.

Existem centenas de espécies de piolhos do mar, cada uma mais repugnante e vil do que a outra. E eles se multiplicam mais que problemas em uma segunda-feira. Primeiro um macho piolho do mar encontra a necessidade de reproduzir. Depois ele agarra praticamente todas as fêmeas que ele pode conseguir, o que pode ser até 25 por vez. Não tem dança de acasalamento, não tem carinho, não tem chamego. Ele simplesmente vai direto ao ponto.

E assim, quase que instantaneamente, dezenas de bebês piolhos são formados dentro das pobres fêmeas. E uma vez que os pequenos estão prontos para nascer, isso acontece: os piolhos bebês literalmente mastigam seu caminho para fora. Parece um tanto cruel, não? Até porque essa não é uma história de mães que estão carinhosa e heroicamente se sacrificando por seus filhos. Elas simplesmente não têm escolha.

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4. Hamsters comem os seus bebês no menor sinal de perigo

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Os animais são geneticamente predispostos a proteger seus filhos acima de tudo (exceto a pobre piolho do mar mãe, que passa seus dias muito ocupada sendo assassinada para sequer pensar em proteger alguém). A maioria das criaturas fazem isso escondendo seus filhos em um lugar seguro, ou enfrentando sem medo qualquer ameaça que apareça pelo caminho.

Mas não as mães hamsters. Elas têm uma abordagem um pouco diferente. Nas primeiras duas semanas após o parto, se elas acharem que seus filhos estão ameaçados de alguma forma, simplesmente os comem. Será que elas pensam algo como “se não for meu, não vai ser de ninguém”? O vídeo mostra melhor. Mas antes, um aviso: se você acabou de comer, ou está pensando em comer, fica a dica de que as imagens são para quem tem estômago forte!

Como você pode ver (se você teve curiosidade o suficiente para clicar no vídeo acima), os hamsters nem mesmo matam os seus filhos antes de engoli-los. Seu instinto natural maternal é canibalizá-los brutalmente antes que algum predador faça mal a eles.

3. Esses sapos engolem seus ovos e vomitam os filhotes

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Antes de você começar a torcer o nariz, vale lembrar que vômito e gravidez são como melhores amigos: inseparáveis. Sua mãe inclusive deve lembrar muito bem disso. Mas digamos assim que essa espécie de sapo leva essa ligação a um novo nível.

Também conhecido como sapo ornitorrinco australiano, porque quando você fecha os olhos ele parece exatamente como um ornitorrinco, as fêmeas dessa espécie deixam seus machos fertilizarem seus ovos, permitindo que ela preserve sua energia para a parte realmente divertida, que vem logo em seguida: no tempo de incubação, as fêmeas engolem os ovos inteiros. Para evitar que os ovos sejam mortos pelo ácido estomacal, as mamães sapo cessam a produção de suco gástrico por até 6 semanas, permitindo que os ovos se desenvolvam em segurança.

Então, uma vez fora do ovo, os sapos têm algumas possibilidades de rotas de saída. Adivinhe qual eles escolhem? Por onde entraram. Tudo em nome da sobrevivência da espécie.

2. Golfinhos ficam tão pesados durante a gravidez que mal podem nadar

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Muitas mulheres grávidas se sentem centenas de quilos mais pesadas do que realmente são. Mas, enquanto que o peso extra pode trazer alguns probleminhas de autoestima, não chega a ser perigoso a ponto de ameaçar a vida da mãe. O que acontece com as mamães golfinhos.

Depois de ficarem grávidas, elas ganham muita massa: ficam cerca de 50% mais pesadas. Isso compromete sua capacidade de nado. É como se você engolisse uma bigorna e pulasse na piscina. Já pensou, que situação? Seria engraçado, se não fosse tão trágico – já que pode acabar matando os golfinhos, que não têm forças para subir até a superfície para respirar.

1. O polvo gigante do Pacífico morre de fome por bebês que quase nunca sobrevivem

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Sacrifícios nobres costumam render belas histórias e algumas lágrimas, exceto quando são totalmente em vão. É o caso desses pobres polvos, geneticamente projetados para se matarem por um bando de filhotes que acabam morrendo de qualquer maneira.

O polvo do Pacífico é um criador um tanto ocupado. Eu explico: uma gravidez normal costuma produzir algo em torno de 50.000 a 75.000 ovos, o que significa a mamãe polvo teria pelo menos 49.992 filhotinhos gritando por ela. Cada um desses ovos é aproximadamente do tamanho de uma unha encravada. Ou seja: até eles crescerem e se tornarem independentes, vai um tempo. Só em encubação, eles ficam um período de 6 meses, no ninho. E nessa de proteger os filhotes, as mães ficam tão preocupadas que não têm tempo para se alimentar, nem crescer. 6 meses inteiros sem comer: nem os ursos que hibernam aguentam tanto tempo assim sem se alimentarem.

Quando os filhotes ficam grandes o suficiente para chocar, a mamãe polvo já está praticamente só pele e osso (caso ela tivesse ossos). Então, ela morre, poupando seus filhos de ter que tirar a sorte para determinar quem fica para trás para cuidar dela. Não que isso importe, porque a maioria deles não vai sobreviver de qualquer maneira. Quando eu digo a maioria, quero dizer que apenas uma média de 2 filhotes sobrevive. Não são nem 2%, mas sim dois em um valor absoluto.

Triste, não é? Mas, quando se trata da sobrevivência da espécie, tudo se torna vagamente compreensível. [cracked]

1 comentário

  • sergio rodrigues:

    Gabriele, parabéns pelo seu texto. Através da HypeScience me mantenho informado e procuro repassar aos meus alunos as novidades. Procuro elaborar trabalhos e que eles recorram ao site para pesquisa. Abraço.

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