5 motivos pelos quais devemos estar em um multiverso

Por , em 10.12.2012

A teoria do multiverso prega que o universo em que vivemos não é o único que existe. Na verdade, nosso universo pode ser apenas um entre um número infinito de universos que compõem um “multiverso”.

Sei o que você está pensando: “aham, claro”. Embora a ideia realmente soe como algo saído da mais barata ficção científica, há uma física bastante razoável por trás dela.

Mais: não há apenas uma teoria que chega a um multiverso: diversas teses físicas independentes apontam para tal conclusão. Na verdade, alguns especialistas acreditam que é mais provável que existam universos ocultos, do que o contrário.

Confira as cinco teorias científicas mais plausíveis que sugerem que vivemos em um multiverso:

1 – Universos infinitos

Os cientistas não podem ter certeza sobre a forma do espaço-tempo, mas mais provavelmente, ela é plana (em oposição à esférica) e estende-se infinitamente. Se o espaço-tempo dura para sempre, então deve começar a se repetir em algum ponto, porque há um número finito de formas com as quais as partículas podem ser organizadas no espaço e no tempo.
Então, se você olhar longe o suficiente, encontrará uma outra versão de você – na verdade, versões infinitas de você. Alguns desses “gêmeos” estarão fazendo exatamente o que você está fazendo agora, enquanto outros estarão com uma roupa diferente esta manhã, e outros ainda terão carreiras e escolhas de vida totalmente diferentes.

Como o universo observável se estende apenas até onde a luz teve a chance de chegar nos 13,7 bilhões de anos desde o Big Bang (que seria 13,7 bilhões de anos-luz), o espaço-tempo além dessa distância pode ser considerado o seu próprio universo, separado do nosso. Deste modo, uma multiplicidade de universos deve existir, uns ao lado dos outros, em uma manta de retalhos gigante de universos.

2 – Inflação eterna

Além dos múltiplos universos criados por estender infinitamente o espaço-tempo, outros universos podem surgir a partir de uma teoria chamada “inflação eterna“. A inflação é a noção de que o universo se expandiu rapidamente após o Big Bang, inflando como um balão. Inflação eterna, proposta pela primeira vez pelo cosmólogo Alexander Vilenkin da Universidade Tufts, sugere que alguns bolsões no espaço pararam de inflar, enquanto outras regiões continuam a inflar, dando assim origem a muitos universos isolados em “bolhas”.

Assim, o nosso próprio universo, onde a inflação já acabou, permitindo que estrelas e galáxias se formassem, é uma pequena bolha em um vasto mar de bolhas no espaço, algumas das quais ainda estão inflando. E em alguns desses universos bolhas, as leis e constantes fundamentais da física podem ser totalmente diferentes do que são no nosso, tornando-os muito estranhos para nós.

3 – Universos paralelos

Outra ideia de multiverso que surge da teoria das cordas é a noção de universos paralelos que pairam fora do alcance do nosso, proposta por Paul Steinhardt da Universidade de Princeton (EUA) e Neil Turok do Instituto de Física Teórica em Ontário, Canadá. Vem da possibilidade de muito mais dimensões existirem em nosso mundo, além das três de espaço e uma de tempo que nós conhecemos. Ou seja, mais do que nosso próprio mundo tridimensional, outros espaços tridimensionais podem flutuar num espaço de dimensão superior.

O físico Brian Greene da Universidade de Columbia (EUA) descreve a ideia como a noção de que “o nosso universo é apenas um dos potencialmente numerosos mundos flutuantes em um espaço de dimensão mais elevada, bem como uma fatia de pão dentro de um grandioso pão cósmico”.

Uma variação desta teoria sugere que esses universos não são sempre paralelos e fora de alcance. Às vezes, eles podem bater um no outro, causando repetidos Big Bangs que redefinem os universos novamente.

4 – Universos filhos

A teoria da mecânica quântica, que reina sobre o pequeno mundo das partículas subatômicas, sugere uma outra maneira na qual múltiplos universos podem surgir. A mecânica quântica descreve o mundo em termos de probabilidades, em vez de resultados definitivos. E a matemática desta teoria sugere que todos os resultados possíveis de uma situação realmente ocorrem – em seus próprios universos separados. Por exemplo, se você chegar a uma encruzilhada onde você pode ir para a direita ou para a esquerda, o universo atual dá origem a dois universos “filhos”: um em que você vai para a direita, e outro no qual você vai para a esquerda. “E, em cada universo, há uma cópia sua assistindo um ou outro resultado, pensando – incorretamente – que a sua realidade é a única realidade”, diz Greene.

5 – Universos matemáticos

Os cientistas têm debatido se a matemática é simplesmente uma ferramenta útil para descrever o universo, ou se a matemática em si é a realidade fundamental – nesse caso, nossas observações do universo são apenas percepções imperfeitas de sua verdadeira natureza matemática.

Se este for realmente o caso, então talvez a estrutura matemática específica que compõe o nosso universo não é sua única opção. De fato, todas as possíveis estruturas matemáticas existem como seus próprios universos separados.
“A estrutura matemática é algo que você pode descrever de uma maneira que é completamente independente da bagagem humana”, disse Max Tegmark, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), que propôs esta ideia. “Eu realmente acredito que existe um universo lá fora que pode existir independentemente de mim, e que iria continuar a existir mesmo se não houvesse seres humanos”.[LiveScience]

Bônus: como provar que o multiverso existe

A presença de um “multiverso”, ou seja, vários universos desconectados pode ser possível para explicar a quantidade enorme de energia escura que o nosso universo tem – um assunto polêmico que intriga cientistas do mundo (ou mundos) todo há tempos.

Cerca de 74% do universo parece ser feito de energia escura. Outros 22% parecem ser matéria escura, uma misteriosa forma de matéria que só podemos detectar observando sua força gravitacional. No fim, apenas 4% do nosso universo é composto por coisas que podemos ver e tocar; a matéria comum. Por que essa desigualdade?

Nenhuma outra teoria existente sobre o nosso universo consegue explicar tal fenômeno. Com a teoria do multiverso, essa quantidade de energia não só se torna explicável, como é inevitável.

Outros fenômenos, como a radiação cósmica de fundo e a expansão do universo, também levam a crer na existência de vários universos.

O problema é que ainda não temos como provar que estamos em um multiverso. Se daqui é difícil até encontrar outros planetas, quem diria um inteiro outro universo!

Para calcular como encontrar esse multiverso e como medi-lo, precisamos investir em probabilidades, tentar “chutar” quais serão as características principais dele (como a quantidade de energia escura que ele teria). Para calcular essas probabilidades, é preciso uma medida – uma ferramenta matemática que ajuda na definição dessas probabilidades. Mas encontrar essa medida quando o assunto é o multiverso é muito difícil. Seria como comparar infinitos. “Qual infinito é maior?” parece uma pergunta sem noção.

Nosso universo surgiu do Big Bang, provavelmente um choque entre um universo e outro, e há uma variedade de universos que pode ser produzida dessa forma. Poderíamos usar essas medidas para calcular as probabilidades. Mas aplicar isso na prática é outra história. O problema é que, pra funcionar mesmo, esses cálculos precisariam da quantidade inicial de vácuo no universo – e isso ainda é um mistério.

Segundo o famoso físico Stephen Hawking, uma outra forma de verificar o multiverso seria buscar características na radiação de fundo de micro-ondas que indicassem a colisão de outro universo com o nosso num passado distante.

A radiação cósmica de fundo (CMB, na sigla em inglês) que aparece no universo na frequência mais alta possível de micro-ondas deixa marcas no espaço-tempo. Segundo a teoria dos vários universos, essas marcas foram deixadas após a colisão dos vários universos ao longo de suas existências. Nosso próprio universo, portanto, poderia já ter colidido com um ou mais “vizinhos”.

Para que se possa entender esse mecanismo, os cientistas britânicos fizeram uma comparação com bolhas de sabão. Imagine que cada bolha de sabão é um universo, com suas próprias leis físicas de espaço-tempo. Quando duas bolhas de sabão encostam uma na outra, a área em que elas se tocam torna-se circular. Da mesma maneira, quando dois universos colidem, a radiação CMB resultante do choque também toma forma circular. Essa radiação circular, dessa forma, seria um sinal claro de que dois universos colidiram naquele ponto.

De fato, já foi possível observar a incidência de CMB circulares em certas áreas do espaço, que foram marcadas como indicativos dessa teoria. Não se conseguiu, entretanto, definir um padrão para o aparecimento dessas CMB, que continuam parecendo aleatórias.

O que se buscará a partir de agora, portanto, é ordenar as observações para fortalecer essa teoria. Um satélite da Agência Europeia Espacial, chamado Planck, está no espaço desde 2009, e em 2013 deverá ter respostas mais detalhadas sobre a nova teoria.

42 comentários

  • Dio Ferreira:

    Pera, eu sou trans, então há versões femininas e masculinas de mim em outros universos? Mas se isso é possível pra mim, então todas as pessoas do mundo poderiam ser ou não trans em outros universos. E poderiam estar vivas ou mortas, ter filhos ou não, serem gordas ou magras, etc.
    Não sei vocês, mas eu achei fascinante a ideia de ser e não ser ao mesmo tempo, hehe!

  • Christian Santos:

    Se existir outros universos diferente do nosso, pq diabos seria igual ao nosso? Pq haveria uma cópia de mim, ou de todo mundo que vive no nosso universo?

    • Hooster21:

      Salve, primeiramente uma analogia: imagine uma moeda, de qualquer valor, imagine que você a lança para cima de maneira que rotacione todo seu percurso de ida e volta. No caso, quando ela chegar ao chão só pode ter dois resultados possíveis: cara ou coroa, o sistema dos multiversos é mais ou menos a mesma coisa porém se limitações. Sendo assim se fosse com a moeda, ela podia virar uma moeda de outro valor ao chegar ao chão ou até mesmo virar uma pedra. Por isso não é que necessariamente “tem que ter um universo semelhante ao nosso” mas sim um “PODE ter um universo semelhante ao nosso”

  • Jorge Franco:

    Criação de Pares de quarks e outras anomalias internas ao núcleo atômico apontam: vivemos em uma Miragem, o universo oscila o tempo todo.

  • Ademir Alvim:

    Cara Natasha Romanzoti.
    Você não é autora desse artigo.
    Seria honesto creditar o texto a verdadeira Autora: Clara Moskowitz.

    Fonte: http://www.space.com/18811-multiple-universes-5-theories.html

  • Hercules Lima:

    Para mim a teoria das cordas explicaria de uma forma interessante: tudo se resume na frequencia ou nível de vibração. Lembrem-se de que Einsteim afirmou que “matéria é energia congelada e luz é energia condensada”. O que diferencia um a coisa da outra? A vibração! Imaginem um objeto estático suspenso por um cordão. Se perguntarem onde o objeto está a resposta seria parado apontando para baixo. Mas e se o objeto começasse a ser girado em torno de suam mão por exemplo num movimento circular. Se perguntassem onde estaria o objeto, a resposta seria em vários lugares devido à rotação. E se a velocidade fosse aumentada para próxima à da luz? A resposta à mesma pergunta anterior seria impossível de se definir devido à alta frequencia de rotação! Resumindo: o Universo seria um só porém se manifestando em diferentes formas devido à sua vibração.

  • Lucas Vasconcelos:

    Muito legal o artigo, agora eu te pergunto: tem de haver algo para sustentar o multiverso, mesmo se não houvesse nada, esse nada seria alguma coisa, e então, teria um multiverso sustentando o multiverso, se sim, teria de haver outro multiverso para sustentar o multiverso que sustenta o multiverso, e assim consequentemente. Isso é algo que está acima do ser humano, nunca vamos descobrir

    • Moises Souza:

      É aí que entra a teoria do “Buraco Negro. Acredita-se que cada universo seja um buraco negro, ou seja, cada universo está em cada universo.

    • Hooster21:

      Mas sendo assim não estaríamos considerando algo a mais, algo que a religião já citou um dia, e decidimos esquecer?

    • Hooster21:

      O que quero dizer é que quando os buracos negros são formados, a partir deles são feitos novos universos de acordo com essa tese né?

    • Hooster21:

      E já que quando as estrelas se colapsam em sua própria gravidade quando são formados os buracos negros e desses são originados universos

    • Hooster21:

      E Deus é o considerado o criador de tudo, então logo as estrelas são deuses e destas tudo é criado (WWOOWW BLOW MIND) claro, é algo dedutivo

  • Sylvio Deutsch:

    Tem uma outra prova da existência do multiverso. No nível quântico haveria interpenetração dos universos, então aquele estranho efeito revelado pela experiência da fenda dupla, quando uma partícula subatômica se comporta como se fosse duas (ou mais), na verdade seriam duas partículas (ou mais), uma desse universo e outra(s) do(s) universo(s) paralelo(s) mais próximo(s).
    (O Einstein adoraria essa ideia porque acaba com as “maluquices” da física quântica e recolocaria a física “normal” como regra.)

  • Marcus Segedi:

    Só um comentário sobre sua frase ““Qual infinito é maior?” parece uma pergunta sem noção.”.
    A Teoria de Conjuntos, além de definir o infinito (definir no sentido de dizer o que é, e não no sentido de colocar fim, logicamente), prova-se, usando a teoria de conjuntos mais usual (ZF), que existem conjuntos infinitos nos quais se possa dizer, intuitivamente, que um é maior que o outro.
    Um dos resultados interessantes é que o conjunto \mathbb{Q}^n (todas as n-uplas ordenadas com números racionais em cada entrada) tem a mesma quantidade de elementos que o conjunto dos números naturais, mas o conjunto dos números reais tem uma quantidade superior de elementos.
    É uma das áreas mais belas da Matemática, na minha opinião.

  • Dona Castorina:

    Quanticamente falando, o universo só existe se quisermos que ele realmente exista. Expandindo um pouco, vemos que o multiverso é uma das possibilidades do que pode existir, logo ele, de fato, pode ser verdeiro ou não.

  • Orlando Rios:

    Acho que todas as propostas acima, de universos paralelos ou proximos ao nosso, não explicam nada.

    Tenho uma teoria que propoe a existencia de varios universos paralelos mas contiguos ao nosso, ou seja, a matéria deste outro universo poderia estar ao seu lado em um nivel energético ou dimensional mais alto e ficaria invisivel/intocavel a nós.

    Esta proposta explicaria a aceleração/expansão do universo causada não pela famigerada “matéria/energia escura”, mas pela interação gravitacional entre universos e explicaria tambem a matéria “brotando” do nada na flutuação quântica do vácuo, e evitaria a quebra de alguns principios cientificos basilares como o da causalidade e a conservação de matéria e energia, pois a matéria estaria saindo de um universo e aparecendo no nosso, não estaria sendo criada.

    Então proponho, com esta teoria, que toda a matéria universal veio (“brotou/jorrou”) deste universo pela flutuação quântica e o universo não necessariamente explodiu num Big-Bang (BB) mas a matéria surgiu e foi acelerada pela interação gravitacional.

    A proposta do BB para mim é exdruxula, em varios pontos, vejamos alguns:

    1. Se a matéria universal estava num ponto condensada numa pressão quase infinita, teria que ter necessariamente uma energia quase infinita para faze-la explodir.

    2. Uma estrela explode em uma Super Nova sem precisar da compressão que o universo anterior ao BB teve.

    Outras perguntas:

    A matéria escura explodiu antes do BB ?. E depois acelerou a inflação universal agindo “por fora” e não no nucleo universal ?

    Como o universo poderia ter acelerado se a matéria escura e a matéria barionica comum estavam na mesma velocidade e ocupando o mesmo espaço ?

    Tem matéria escura em todo o universo ou apenas nas regiões mais novas, que então acelerariam o universo agindo nas extremidades e não no nucleo ?.

    Não tem lógica.

    • Lucas Noetzold:

      Tem suas falhas mas a base da ciência é estudar para comprovar ou não. No final o universo inteiro pode ser uma flutuação de vácuo de uma “dimensão maior” (teoria M), que está prestes a se juntar com seu anti-universo e tudo voltar a zero… afinal escalas de tempo não são uma regra.

  • Elizeu Moreschi:

    Viagem. O homem surgiu e vai desaparecer sem entender isso.

  • Evandro Oliveira:

    o que isso tem a ver com Deus?

    ao mesmo tempo que essa explicação, não explica ou não a necessidade de Deus.

    Observação colocada: “Como os Multiverso funcionam de forma CÍCLICA; se originaram de Universos ANTERIORES; e estão subordinados ao TEMPO”

    Conclusão que isso o levou: “para surgir o nosso Universo não necessitou de algum Deus que só existe nas mitologias religiosas”

    Obs.: Nem sabe diferenciar ‘mitologia com religião’. Religião vem da idéia de que o homem se separou de Deus, e Deus busca maneiras de se religarem. (Religar, religação, religião). Sendo que, as mitologias em geral, a maioria tem a idéia contrário, de que não houve essa separação entre Deus e o homem, logo não tem que religar-se; mas que ao mesmo tempo, o homem busca através de seus atos favores divinos. [tais são uma das diferenças básicas entre as duas… entre tantas outras]. Logo, “mitologias religiosas” não tem significado.

    Da onde tirou isso? Tirou do nada. Pois não era nem objeto ou não de estudo, da colocação anterior. Do mesmo modo, como não aborda a ‘causa primária’. Qual poderia ser ponto de questionamento para suas colocações, exemplo:

    “Como os Multiverso funcionam de forma CÍCLICA; se originaram de Universos ANTERIORES” – Ou seja, logo, os universos anteriores de universos anterioeres. E assim, infinitamente. Ou seja, está afirmando que o que existe não tem uma origem primária mas simplesmente de algum modo sempre existiu. E, “metafisicamente”, afirma, que essa sempre existência não necessitou de Deus. (se fosse prova de matemática :”Prove”)

    “o NADA absoluto” é fruto da sua imaginação. A Física não tem por paradigma esta idéia de NADA absoluto, como diria Platão.
    O mais próximo disso, que a Fìsica diria ser um tal de NADA. Seria, que se somar todas as forças e energia do Universo, o resultado, no limite seria igual a zero. Mas que ao mesmo tempo, NÃO diz que é feito a partir da soma de NADA, mas de coisas que existem. É mais como colocar 2 laranjas de cada lado da balança, ao invés de comer as duas.

    Outra idéia mais próxima do NADA absoluto, é de que “o espaço vazio”, ou ‘o nada’ é uma sopa de espaço-tempo com particulas que oscilam entre a existencia e não-existencia; mas de modo que não desequilibre a entropia final do sistema.

    Não existe nenhuma idéia de que o “NADA ABSOLUTO” (alias, idéia não Fisica – diga-se de passagem, o NADA ABSOLUTO só existe na matemática (chamado de zero).

    Como foi a origem do Sistema, do Universo, no sentindo antes do Big Bang, ou multiversos… um Físico sério apenas diria:

    “Não sei. Ninguem sabe. E estamos tentando descobrir.”

    Agora, quanto a isto, existem posturas filosóficas que não tem nada a ver com ciencia, mas são pessoais e metafisicas, ou siga-se de passagem “religiosas”.

    Ateu: A Ciência irá um dia descobrir que Deus realmente não existe. Que iremos poder explicar tudo, e de modo que não precise de Deus. E, com isso, iremos extrapolar a observação e dizer que o metafisico não existe.

    Agnóstico: A Ciência talvez descubra que Deus existe. Talvez exista, ou não. Mas se existir, certamente, não está se preocupando conosco.

    Cético: Eu não sei. A Ciência talvez descubra que existe ou não, tanto faz. Não vou viver como se a existencia dEle fosse pudesse ser realmente verdade. Mas ao mesmo tempo, não vou negar que Ele não existe até que se prove o contrário.

    Deísta: Ele existe, apenas deu o ponto pé inicial para que houvesse a existência, o universo, ou dos multiversos, ou da vida, ou univ. paralelos e etc. E deixou a bola rolar, não interfere mais.

    Teísta: Ele existe e é pessoal, se importa e interfere.

    • adalberto:

      A ideia de Multiverso é boa!
      Poderia ser N ou eneverso, por que a matemática tem explicado tudo.
      Deus é o Grande Criador de tudo.

    • Dio Ferreira:

      Eu estudei latim na faculdade: isso de religião vir de “religare” é pura invencionice. Religião vem de “religio”: devoção. Cuidado ao usar lugares comuns pra não cometer esse tipo de erro primário. Quanto à diferença entre mitologia e religião, é somente esta: religião é o que se pratica, seus fiéis e, cerimônias e cultos, enquanto mitologia são as lendas e mitos ligadas à essa religião. Em geral, se denomina mitologia às lendas de religiões que já não são praticadas, pois o termo é considerado ofensivo por parte dos fiéis das religiões ainda em voga (apesar de mitos e lendas serem tão comuns em todas elas).
      Eu fico fulo quando gente que não sabe nada sobre mitologia, história das religiões, filologia e outras áreas em que passei ANOS estudando ficam reproduzindo senso comum e dando opiniões mal fundamentadas como se fossem doutores no assunto.
      Aparentemente na internet se pode tudo, até fingir que sabe algo.

  • Daniel Araújo:

    Isso não deveria ser chamado de HIPÓTESE, ou simples especulação?

    porque o tempo todo vemos pessoas usando o termo teoria de forma generalizada e sem o devido cuidado com o que significa esse termo (no caso explicação que foi evidenciada, colocada a prova e é a melhor explicação para uma série de fatos).

    Então “teoria do multiverso?” Sério? Pelo menos me parece que por mais interessante e promissora que a ideia seja, está longe de ser chamada de teoria ainda.

  • Evandro Oliveira:

    É perigoso o modo que esse texto foi escrito. Extremamente tendencioso e equivocado nas palavras. Para começar pelo titulo: “5 motivos pelos quais devemos…”

    O mais apropriado seria “5 especulações pelas quais, supostamente,…”

    Todas essas idéias são apenas meras teorias que mal podem ser testadas, se aplicarmos o método cientifico. A causa de tais teorias, em geral, é POUCO, MUITO POUCO, devido as observações e dados cientificos. E muito, MUITO, devido a especulação filosófica e paradigmática de alguns cientistas.

    Entre eles, o de lidar com a questão de casualidade e precisão afinada para que pudesse existir esse universo, com constantes x, com valores x, com leis x, que permitiram o surgimento da vida.

    Que podem haver outros universos, é uma grande hipótese. Assim como, alguns cientistas também especulam que provavelmente existam outras estruturas ainda mais complexas ou super simples, de algum tipo de natureza totalmente diferente da fisica do Universo que conhecemos; ou ainda, estruturas ainda maiores que comportam os Universos. De modo que podemos fazer uma regressão add-infinitun de subconjuntos, de modo, a tentar fugir do que alguns filósofos (desde a Grécia) até alguns mais modernos chamam de “causa primária”.

    Todavia, eu não me recordo de em nenhum momento já ter lidado com algum conteudo ou professor dizendo que existiriam especies de ‘gemeos’ meus em outros universos, provavelmente com um deles apenas usando uma camisa diferente. Acredito que está idéia está plenamente furada.

    Acho que como um site sério, tem que tomar mais cuidado para não acabar dogmatizando e com idéias equivocadas, que mal são hipóteses e amplamente contestadas na comunidade cientifica, são ditas como “MOTIVOS”.

  • crys:

    (pensamento de um leigo)Pelo jeito aquela pequena frase ganha cada vez mais força,(quanto mais tenho conhecimento,mais sei quê não tenho conhecimento nenhum,acho quê não conhecemos nem 0,00000000000000001 por cento do quê realmente é realidade.

  • Glauco Ramalho:

    Os caras tão chegando cada vez mais perto, só falta abandonarem o Big Bang e as “Coisas Escuras” prá avançar.

  • Vanessa G. dos Santos:

    Fringe detected!!

  • Luciano Bissoli:

    Vejam sobre a teoria da fenda dupla, onde as moléculas se comportam conforme estão sendo observadas.
    O Universo é mental.

  • Cristiane Oliveira:

    Deu uma vontade de assistir Fringe agora! rs

  • Eunjung Min:

    Complexo

  • Marte:

    Alguns dos maiores cientistas da atualidade apostam que o multiverso é uma realidade.

    Se for assim é uma realidade fantástica, surreal.
    Mas pensando bem, o que chamamos de real é igualmente extraordinário. Assombramo-nos apenas com o novo, que rapidamente, no instante que deixa de ser teoria, passa a ser banal. Já houve quem duvidasse que a Terra era redonda, pois não?

    • crys:

      Descobriram na época quê a terra era redonda observando como os navios sumiam no horizonte,a sombra da terra na lua,e não a observando de cima para provar(de satelite),assim como eles continuam fazendo,observando e formulando probabilidade antes de conseguir provas.

  • Robson:

    Acho muito complicado aceitar a teoria de vários universos, um pra cada possibilidade da vida de cada um.
    O exemplo citado de um universo pra cada caminho diferente quando você chega numa encruzilhada é muito simplório e nos faz achar que isso pode ser mesmo plausível, mas vamos além.
    Se há um universo pra cada singelo momento na vida de cada pessoa, cada inseto, de cada molécula, além dos universos também teoricamente possíveis em que moléculas, química, física seriam totamente diferentes (e estes universos teriam suas cópias tbm) do nosso. Daí começamos a rascunhar o que seria esse “singelo” número de universos descrito como infinito.
    Partindo desse ponto, a cada batida do seu coração você pode ter um infarte, a cada nano-segundo você pode ter um AVC, e poderia dizer outras tantas doenças que te levariam a morte, começo a te achar muito sortudo pois você no universo “certo” e ainda vivo lendo meu comentário.
    Possível tudo é. Plausível, talvez. Na minha humilde opinião extremamente improvável.

    • Marcos Eilert:

      É ÓBVIO que é extremamente improvável…. aliás, essa é justamente a definição de multiplos universos, são infinitos e portanto o que acontece em cada um deles individualmente é infinitesimalmente improvável…

      A sua vida atual neste caso seria tão provável (improvável) quando a sua vida no universo em que vc é uma estrela do Rock ou no universo onde vc vai morrer em 5 minutos com um tiro, ou tão provável quando o universo no qual a Angelina Jolie vai transar com você no dia seguinte…

      Sim, pois se a teoria dos universos infinitos estiver certa, então absolutamente TUDO o que é POSSÍVEL acontecer, de fato vai acontecer em algum dos infinitos universos….

      Então é claro que é improvável, mas isso não é um argumento contra a teoria, pelo contrário é um argumento a favor….

    • Evandro Oliveira:

      Acredito que isto foi um equivoco do texto.

      Até onde conheço, este Universo que conhecemos é o único que possúi uma afinação (digamos assim) que permite o surgimento e manutenção da vida.

      Outras ‘afinações’ mal puderam ser testadas. E também se especula muito, quase um grande concenso, que é ‘muito difícil’ acreditar que há outras afinações que permitem o surgimento da vida. E se houver, provavelmente seriam estruturas de vida e “Histórias” bem diferentes da nossa.

      Além disso, uma das idéias mais fortes que fundamentou a idéia do Multiverso é explicar que foi uma loteria, que tiveram que existir – apenas exemplificando – 1 trilhão de universos de modo para ter 1 Universo como o nosso que possibilitou a vida num planeta como o nosso, e possibilitou essa História que tivemos. Ou seja, dizer que haveria uma OUTRA como o nosso, probalisticamente, teria que então se multiplicar por 2x o número de universos, ou seja 1 trilhão, para se ter uma chance de se ter dois Universos que puderam permitir 2 universos semelhantes. E com isso vamos chegando em absurdos teóricos; tendo que admitir uma idéia de infinitos (LITERALMENTE) Universos. O que promove dúvidas e problemas ainda maiores para a filosofia cientifica, e sobretudo, para a idéias que fundamentaram a idéia do multiverso.

    • Lucas Noetzold:

      Mas sempre há um sortudo que não vai ter o AVC, e você é ele e continuará sendo ele mesmo que se divida em um você que morre. Essa teoria é de certa forma infalseável pois se algo pode existir, existe! Como prova estamos aí.

  • Lucas Noetzold:

    Imaginem o nada (não o vácuo ou uma única dimensão vazia, o NADA), o que impede que algo simplesmente surja desse nada, já que este não diz que algo pode ou não ser ou deixar de ser (não há leis).
    Aí o que impede que em um momento simplesmente surja toda uma nova realidade e comece a interagir com a nossa?

    • Marte:

      Para alguns teóricos essa interação acontece. Só que não temos como percebe-la.

    • Cesar Grossmann:

      Bom, viola alguns princípios, como o da causalidade, e o da conservação de matéria e energia.

      No caso da flutuação quântica do vácuo, surge partícula e antipartícula, e um fóton, e tudo está em equilíbrio (mantém-se a conservação da matéria e energia), mas o princípio da causalidade morre com este fenômeno – ele acontece sem causa. Até mesmo cientistas tentaram mostrar que esta flutuação quântica poderia ser causada por algo que ainda desconhecemos, e chegaram à conclusão que não há variáveis ocultas, ou seja, danou-se a causalidade.

    • Lucas Noetzold:

      Sim mas isto inclui-se em nosso universo. O que digo é algo como se um universo/multiverso/arena dimensional inteiro surgisse ou já existisse (apenas sem nenhuma forma de interação) e começasse a interagir com o nosso. É uma especulação filosófica, pois as leis de nosso universo (inclusive a casualidade e a conservação) se aplicam a este apenas, as vemos como universais pois abrangem tudo que conhecemos. Mas o que impede que algo fora desses parâmetros simplesmente passe a existir e influenciar coisas aqui?

  • Andre Luis:

    O Universo é mais complexo do que possamos estudar e imaginar!

  • Mateus Felipe Martins Da Costa Cota:

    o mais incrivel da ciencia é que quanto mais se sabe, menos se conhece sobre o universo, pois a cada 1 resposta aparece um monte de perguntas a mais sobre essa resposta, isso que torna a ciencia alem de linda, maravilhosa.

    • Evandro Oliveira:

      Concordo. Mas satiroso e faço uma brincadeira, acho que o elogio se deve as nossas ambições e curiosidades e não a ciência em si.

      A Ciencia não existe sem o homem, é o homem que a promove. O legal não é ela. O legal é nossas razões. NOssas curiosidades. Nossas dúvidas. Nossa busca. Nossa pesquisa. Nossa luta por entendimento e compreensão. Isso sim é lindo e maravilhoso.

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