7 questões sobre terremotos

Por , em 15.03.2011

O terremoto de magnitude 9,0 que atingiu a costa de Sendai, no Japão, em 11 de março, é uma prova do quanto a natureza pode nos surpreender. Confira a explicação dos cientistas do por que terremotos são tão difíceis de se prever, como os sismólogos têm tentado prever terremotos no passado, e que abordagens promissoras podem levar à previsão de sucesso:

Questão 1: Terremotos podem ser previstos?
Não; pelo menos não a ponto de se poder emitir um aviso prévio por um tempo específico em um local específico que permita uma evacuação. A maioria dos tremores, no entanto, ocorre em locais previsíveis (ao longo de zonas de falhas conhecidas), como o caso da costa do Japão.

Questão 2: Quão perto podemos chegar de prever terremotos?
Isso é relativo. Nos locais com uma elevada taxa de atividade sísmica histórica, a chance de um terremoto ocorrer no futuro (período de várias décadas à frente), pode ser bastante elevado. Existem modelos que dizem que no sul da Califórnia, nos próximos 30 anos, as probabilidades de ter um terremoto de magnitude 7,5 ou superior são de 38%. Se os mesmos modelos forem utilizados para calcular a chance de um terremoto ocorrer no sul da Califórnia na próxima semana, as chances caem para cerca de 0,02%.

Questão 3: Por que os grandes terremotos são tão difíceis de prever?
Previsões confiáveis exigem precursores, ou seja, sinais na terra que indiquem que um grande terremoto está a caminho. Um sinal confiável tem que acontecer somente antes de grandes terremotos e tem que ocorrer antes de todos os grandes terremotos. No momento, os sismólogos não conseguiram encontrar esses precursores, se é que eles existem.

Questão 4: Que tipos de sinais têm sido considerados para prever terremotos de grande porte?
Uma vasta gama de potenciais sinais tem sido estudada, variando de um aumento das concentrações de gás radônio, mudanças na atividade eletromagnética, um “terremoto” (tremor) menor (que antecede um maior), deformação da superfície da Terra, mudanças geoquímicas nas águas subterrâneas, e até mesmo o comportamento incomum de animais em momentos que antecedem um grande terremoto.

Questão 5: Alguma dessas abordagens de previsão já funcionou?
Para cada um dos sinais listados acima, existem provas de que eles podem se comportar de forma errática quando conduzem a um grande terremoto. Infelizmente, essas irregularidades ocorrem também sem necessariamente conduzir a um terremoto. Ou seja, quando todo o peso estatístico é analisado, não há nada que possa funcionar 100%.

Questão 6: Que abordagens promissoras podem levar à previsão de sucesso no futuro?
Muitos pesquisadores estão estudando as mudanças em sinais eletromagnéticos anteriores a grandes terremotos. A abordagem é impulsionada pelo trabalho de Friedemann Freund na NASA. Freund mostrou que comprimir uma pedra pode levar à formação de cargas elétricas positivas na terra, que poderiam esclarecer sinais eletromagnéticos incomuns antes de um terremoto.

Questão 7: Quais são as chances de outro grande terremoto ocorrer no Japão, após o evento recente?
Cerca de 200 tremores secundários, com uma intensidade de 5 ou mais na escala japonesa de 0 a 7, ocorreram nos primeiros três dias do terremoto de 11 de março em Sendai, segundo a Agência Meteorológica do Japão. A probabilidade de abalos adicionais de medição de nível 5 ou superior entre 14 e 17 de março permanece em 40%. [NewScientist]

17 comentários

  • marie:

    Moro neste pais a 15 anos…tem varios defeitos e mais qualidades,senti os efeitos e sofremos as consequencias desta tragédia que como tdas que ocorrem no mundo…se tornam pessoais!!a dor é igual..independendente de raça,cor ou credo!!por isso um pouco de respeito seria o minimo!!hje..quase 2 meses depois…muito ainda está por vir..e como sempre há lentidão..da parte do governo,mas nada a dizer sobre a solidariedade,frieza ou como Sr Onishi,pasmei..descendente sem saber nada de suas raizes???

  • claudemir da silva:

    a força da natureza sempre impresiona o homem eo homem não respeita ela como deve ser nos aqui terraqueo temos que conviver com esse dilema

  • Alan Fernando:

    isso é só uma questão de tempo e o homem vai desenvolver tecnologia para prever não só terremotos mas outras catastrofes tambem.

  • Merlu de Andrade:

    Terremoto, tsunami, erupções vulcânicas, enchentes, nevascas, secas, ciclones, tufões enfim cataclismos sempre existiram e existirão. Chocantes ou não, fazem parte da existência e da transformação do planeta. O terremoto de tamanha gravidade somado ao inesperado e imenso tsunami. Não há o que comentar. Admirável é, de como os japoneses conseguem conviver com os terremotos e sempre recomeçar, tirando de cada um deles o aprendizado de como lidar com eles. O maior problema agora que impede esse recomeçar imediato são as usinas nucleares. Quando há acidentes que propiciem vazamento estas se transformam em verdadeiros tsunamis, incontroláveis, invisíveis e mortais por décadas. Entendo o povo japonês em sua silenciosa e educada maneira de enfrentar a dor. O terremoto, o tsunami já deixaram as suas marcas. Os falecidos viverão em seus corações como as vítimas de Hiroshima e Nagasaki que jamais foram esquecidas. Enfrentarão o inimigo invisível (radioatividade) e recomeçarão silenciosamente com toda a altivez de verdadeiros samurais.

  • Felipe:

    Se hoje ocorrem terremotos dessa magnitude imaginem a bilhões de anos atrás quando os planetas se chocavam entri si. A própria lua foi criada de restos de planetas.
    Que inferno.

  • expert:

    A CAUSA DOS TERREMOTOS E OUTRAS DESORDENS ECOLOGICAS NO MUNDO TODO É A RETIRADA DO PETROLEO DO NUCLEO DA TERRA.
    IMAGINA EVAZIAR-SE UMA BOLA QUE ESTA CHEIA DE AR! É ASSIM QUE ACONTECE QUANDO RETIRA-SE O OURO NEGRO (PETROLEO) DO NÚCLEO DA TERRA, O ESPAÇO VAZIO CAUSARÁ DESORDEM EM TODO O PLANETA. ASSIM SENDO CONCLUO QUE A PETROBRAS É UMA EMPRESA QUE SÓ VISA LUCROS. E AQUELA VELHA HISTORIA QUE A PETROBRAS PRESERVA O MEIO AMBIENTE É UMA VERDADEIRA FALACIA. POR FAVOR PESSOAL!DEVEMOS FICAR MAIS ATENTO A ESSA EMPRESA (PETROBRÁS.

  • Rosangela Flor:

    O problema que vi sobre o terremoto fiquei triste sim, mas o que mais me comoveu foi a maneira que o povo esta reagindo vi nas reportagens as pessoas se preocupando com a economia do país, recolhendo sobras de materiais, mas não vi as pessoas como aqui no Brasil preocupando-se com vidas no Rio de Janeiro cada vida encontrada embaixo a escombros as pessoas vibravam agradeciam a Deus era comovente e não vi em nenhum momento o povo tentando ajudar, percebi apenas o capitalismo senti um povo frio desculpem meu desabafo, mas estou vendo por este lado, que Deus abençoe aquele povo a serem mais humanos.

  • lol:

    Terremoto não é problema, o problema é o que está no chão, que desaba.

  • Cimoneia Amaro:

    Terremotos, tsunamis ,isso para nós nos dias atuais em que estamos praticamente junto com o ocorrido pois nossos meios de comunicaçoes estao nos dando esta chance.Desde o primeiro em que vimos ,ate no dia de 11 de março, este me impressionou,mais pela ordem deste povo que convive a tantos anos com tsunamis e terremotos. Foi impressionante pertubador e muito chocante, ver que em segundos sumiram do mapa cidades inteiras,carros como se fossem brinquedos o que se diga a natureza é muito poderosa diante de nós que brincamos de DEUS.A tristeza, estampada a resignaçao nos rostos deste povo lutador, que passou o pior ja estavam de mangas arregaçadas e “RE”, recomeçam sempre e sempre. Aprendamos a respeitar a ver que somos todos irmaos indepedente de uma nação ser, mais ou outra ser menos.Me coloco ao lado da dor, e rezo para que isso venha unir os povos que estão se matando e, nos matando.

  • Paulo Alexandre Ferreira:

    Caro Paulo Onishi, sugiro uma releitura da matéria e análise parágrafo por parágrafo com vistas a entender melhor a incapacidade humana para prever ações da natureza. Os abalos que se seguiram, mais de 200, conforme bem tratados na matéria, referem-se a sismos secundários, o que quer dizer, depois do de magnetude 9. Grande abraço a todos e que tenhamos melhores dias.

  • Cimoneia Amaro:

    Terremotos, tsunamis ,isso para nós nos dias atuais em que estamos praticamnete junto com o ocorrido pois nosso meios de comunicaçoes estao nos dando esta chance.Desde o primeiro em que vimos ,ate no dia de 11 de março, este me impressionou,mais pela ordem deste povo que convive a tantos anos com tsunamis e terremotos. Foi impressionate pertubador e muito chocante ver que em segundos sumiram do mapa cidades inteiras,carros como se fossem brinquedos o que se diga a natureza é muito poderosa diante de nós que brincamos de DEUS.A trsiteza, estanpada e a resignaçao nos rostos deste povo lutador que passou o pior ja estavam de mangas arregaçadas e “RE” recomeçam, sempre e sempre. Aprendamos a respeitar e ver que somos todos irmaos indepedente de uma naçoa ser mais ou outra ser menos.Me coloco ao lado da dor,e e rezo para que isso venha unir os povos que estão se matando e nos matando.

  • Laboceta:

    ferros retorcidos, lama, cadaveres, radioatividade, tremores, lixo, mal cheiro, destruição, medo…

    em casos assim melhor dar um tiro na cabeça, não queria estar vivo para ver tamanha destruição, que os Deuses do universo alivie o sofrimento deste povo e também não podemos esquecer do povo na Líbia e outros que sofrem com desastres politicos e naturais, que traga muita sabedoria e compreenssão para todos nós… mesmo que não duvidemos do que ainda esta por vir conforme o calendário dos maias, que nossa passagem seja de paz de pensamento para que possamos em meio a desgraça ter pasciencia para tentar fazer com que a situação não piore ainda mais no mundo, mesmo que impotentes diante de tamanha catastrofe, podemos fazer a diferença sem sair de casa orando com muita fé incansavelmente com com persistencia, com esperança sabendo que um dia esta situação vai mudar pra melhor, de alguma forma vai mudar e transformaremos não só nossa vida mais toda a humanidade, basta termos muita fé podemos mudar tudo.

  • X:

    Paulo, leia atentamente o ultimo parágrafo, não é bem isso o que voce entendeu.

  • paulo onishi:

    caracas tiveram 220 terremotos secundarios nos 3 dias anteriores, ao grande terremotos, e essas mumias nao fizeram nada, coisa de japones mesmo, brincadeira isso, q falta de responsabilidade.

  • ju:

    Gostaria de saber se o japão ainda existe?

  • Jaime silva:

    as consequencias deste sismo estão a vista, pelo que nestas zonas onde a probabilidade de ocorrer sismos e grande, ha que tomar medidas ao nivel da ocupação do territorio, para protegerem-se dos maremotos, uma vez que a engenharia sismica resolve os problemas da segurança estrutural das edificações humanas. tambem não deveriam ser construidas e mantidas no futuro as centrais nucleares em zonas de elevada actividade sismica. ha que aprender com os erros e toda a actividade humana desenvolve-se, e corrige-se com as catrastofes, levando ao desenvolvimento de novas soluções na engenharia. e sera importante que os outros paises em circunstancias identicas aprendedam com esta mensagem da natureza, no fundo o que originou maior desgraça e maior preocupação foram os erros humanos a começar pelas centrais produtoras de energia.

  • monise:

    gostaria de ver mais reportagens sobre terremotos, porem não daqueles terremotos gerados pelas placas tectonicas e sim aqueles que são gerados por algum assentamento de terra. moro no interios de mato grosso do sul (paranaiba) e no dia 5 de março começou apareçer algumas rachaduras em casas nas cidades, sendo que umas 3 cairam, outras 5 interditadas e mais algumas com algum sinal de rachuraduras que antes não existiam, como ocorreu de madrugada e por a cidade ser pequena de 40 mil habitantes ninguem percebeu o tremor, porem em campo grande ,capital, constataram que o tremor teria sido de 3,8, fiquei preoculpada e gostaria de saber mais sobre o caso… obrigada e parabens pelas matérias.

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