Antidepressivo na gravidez: tomar ou não tomar?

Por , em 24.04.2011

A ciência ainda não foi capaz de resolver definitivamente a seguinte questão: se uma mulher grávida passa a sofrer de depressão, deve tomar algum medicamento que não esteja 100% livre do risco de causar algum dano ao feto, ou “aguentar” a depressão até ter o bebê? A resposta atual é “depende do caso”.

Antidepressivo na gravidez: tomar ou não tomar?

Ainda não há muitos estudos avançados na relação entre antidepressivos e o período de gravidez. De forma geral, não existe nenhum medicamento que seja garantido pelos médicos como absolutamente livre de alterar algo na gravidez. Apesar disso, alguns remédios foram identificados como “quase livres”, não causam nenhum dano aparente ao feto. Além disso, a depressão por si só pode causar problemas ao bebê que vai nascer.

Por isso, a recomendação da medicina é que se avalie cada caso: se a depressão da gestante não for significativa (geralmente é medida pela ansiedade e mudanças bruscas de humor na mulher), pode-se tentar evitar os remédios, não sem antes consultar um doutor. Se, por outro lado, a depressão se apresentar muito forte, deve-se sim procurar um médico e identificar o que pode ser tomado de forma segura.

Um congresso médico nos Estados Unidos, em 2006, apurou que de 14% a 23% das grávidas experimentam depressão durante a gestação. Cerca de 8% das gestantes tomam medicamentos antidepressivos. A maioria dos estudos na área foi feita por uma associação americana não-lucrativa que orienta grávidas sobre manutenção da saúde nesse período.

Entre os riscos de se tomar alguns medicamentos, estavam causar algum defeito cardíaco no bebê (associado ao remédio Paxil), ou problemas pulmonares (relacionados ao Paxil, Zoloft ou Prozac), mas há dois atenuantes. O primeiro é que apenas metade dos estudos realizados indicou tais chances de problemas. Além disso, nenhum dos riscos identificados foi superior a 1%, ou seja, uma taxa quase desprezível.

Outro ingrediente que se adiciona a esse dilema é o seguinte: interromper a ingestão de um remédio durante a gravidez também pode ser um problema. A mesma pesquisa constatou que o terceiro trimestre da gravidez é crítico para qualquer perturbação: se a mulher já tomava um medicamento e o deixa de fazer nos últimos três meses, pode ter uma depressão pós-parto muito mais acentuada. E como a depressão por si só também acarreta problemas, nem sempre é bom simplesmente evitar qualquer medicamento.

Uma boa saída, para quem optar por não tomar remédios, são terapias. Relaxamentos, medicamentos naturais e cochilos são boas opções para combater depressão leve ou moderada, sem correr qualquer risco de prejudicar seu bebê. [Live Science]

3 comentários

  • Marli Ferreira:

    As pessoas deveriam medir suas palavras antes de expressar tantas tolices…uma pessoa em depressão pode certamente ser curada da mesma só pelo simples fato de realizar o sonho de ser mãe…
    Uma criança onde a mãe teve depressão poderá ter uma vida muito mais saudável do que aquela onde sua mãe não teve depressão, pois se essa mãe for “saudável” mas na sua educação relegar a coitadinha a computadores, e televisões com todas as porcarias que existe hoje para se ver, negando-lhe carinho, atenção e respeito, ela sofrerá muito sentimento de abandono,tristeza, revoltas e rebeldias, e ela sim acabará tendo a depressão que a mãe não teve! Mães que sofreram depressão antes ou pós partos, tendem a serem muito mais sensíveis com o sofrimento alheio… eu falo pois já vi isso um caso desse em minha família. Mas sei que há casos e casos, por isso não se pode generalizar tudo e nivelar por baixo como fez o Sr. Ezio Jose, abaixo o radicalismo!

  • patricia:

    Ezio,
    nota-se que o senhor precisa se inteirar mais do assunto se tiver o interesse de comentá-lo de maneira tão segura e enfática. Nota-se que o senhor nunca teve depressão e que não é mulher.
    Sem mais,
    Patricia

  • Ezio Jose:

    Para chegar ao estágio de depressão não é de um mês para outro. As pessoas confundem outros sentimentos que podem levar à depressão com a própria depressão. Uma coisa é uma coisa.
    A depressão vêm ganhando campo na sociedade porque a mídia difunde como uma questão de alta relevância e que coloca quem supostamente a tenha numa situação privilegiada. Não é atôa que muitas aposentadorias no serviços públicos são conquistadas em virtude dessa doença. Depois de aposentados, encontramos os beneficiados gozando de perfeita lucidez e comportamento social invejável. Alguns, depois de aposentados, procuram até certas igrejas que curam dos mais variados tipos de doenças incluindo até câncer e passam a frequentá-las deixando alí os 10% de suas aposentadorias. Falam que foram curadas por “JIsuis” nos Reinus dissu e daquilo, porém, quando sugerimos sua volta às atividades produtivas elas pulam alto e já amaldiçoam que vier com essa idéia.
    No meu entender, quem tem propensão à depressão nunca deveria engravidar. Já imagionou o problema que a criança terá que enfrentar em toda sua vida. Isso se a mãe depressiva não suicidar antes que essa criança tenha plena consciência do que é bela a vida.

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