As 10 estruturas geológicas mais antigas do mundo

Por , em 14.12.2016

As partes mais antigas da Terra são testemunhas da mudança que ocorre constantemente no mundo. Enquanto muitas vezes elas confirmam nossas teorias, em outros casos confundem ainda mais os cientistas. Confira dez estruturas fascinantes:

10. Superfície mais antiga: 1,8 milhões de anos


Em Israel, uma extensão de deserto está do mesmo jeito há quase dois milhões de anos. Este pavimento confirmou as suspeitas científicas de que se uma área permanecer seca e extremamente plana e sofrer pouca ou nenhuma atividade climática e geológica, então pode ficar preservada por milhões de anos.

Depois desse deserto israelense, a segunda superfície mais antiga do mundo (que é quatro vezes mais nova) é um local similar no estado americano de Nevada.

9. Gelo mais antigo: 15 milhões de anos


À primeira vista, os vales secos da Antártida parecem não ter gelo. Suas estranhas paisagens marcianas são feitas de rochas estéreis e um cobertor de poeira. Mas, debaixo de tudo isso, dorme uma parte do continente permanentemente congelada por cerca de 15 milhões de anos.

O gelo mais antigo do planeta está no centro de um mistério. Durante muito tempo, os vales permaneceram estáveis e inalterados, mas, nos últimos anos, começaram a descongelar. Uma das geleiras do Vale Garwood, uma relíquia da Idade do Gelo com pelo menos 7 mil anos de idade, já perdeu grandes quantidades de gelo e não mostra sinais de parar. Os pesquisadores ainda não sabem exatamente por que mais luz solar está agora atingindo Garwood.

8. Deserto mais antigo: 55 milhões de anos


O deserto do Namibe, na África, é oficialmente o monte de areia mais velho do mundo. Suas dunas são a casa de círculos misteriosos e da planta de Welwitschia, sendo que algumas das plantas no local possuem 2.500 anos. O deserto carece completamente de água superficial e está seco há 55 milhões de anos.

Suas origens remontam à divisão continental de Gondwana que aconteceu 145 milhões de anos atrás. O antigo ambiente hostil forçou animais únicos a evoluírem. Para evitar a perda de água, o órix, um grande antílope africano, para de suar apesar do calor. Seus vasos sanguíneos especializados permitem que ele viva em temperaturas que causariam danos cerebrais em outras espécies.

7. Crosta oceânica mais antiga: 340 milhões de anos


Os Oceanos Índico e Atlântico não foram os primeiros do mundo. Um oceano primordial chamado Tétis uma vez cobriu o Mediterrâneo – e incrivelmente, um possível remanescente foi agora encontrado pela ciência.

Muito raramente a crosta do fundo do mar pode ser datada acima de 200 milhões de anos, porque a Terra constantemente muda, consome e empurra novas superfícies. Uma porção no Mar Mediterrâneo escapou a essa reciclagem geológica, no entanto.

O fundo do oceano pode magneticamente gravar sua própria taxa de crescimento absorvendo as mudanças no campo magnético do planeta. Quando os pesquisadores examinaram essas “gravações” do Mediterrâneo Oriental, as rochas da bacia de Heródoto combinaram com alinhamentos magnéticos de 340 milhões de anos atrás. Se este for de fato um pedaço da crosta de Tétis, é a primeira evidência de que o mar antigo existiu mais cedo do que pensávamos.

6. Recife criado por animais mais antigo: 548 milhões de anos


O recife mais antigo do mundo mede 7 km e fica na África. As primeiras criaturas a ter esqueletos, Cloudina, foram provavelmente os mestres construtores desta maravilha natural na Namíbia.

Os animais produziam seu próprio “cimento” a partir de carbonato de cálcio, assim como os corais modernos. Embora pouco se sabe sobre eles, é provável que se agrupavam por razões de segurança – fósseis de Cloudina encontrados na China tinham sofrido o que parece ser um ataque ácido de um predador.

5. Monte Roraima: 2 bilhões de anos


O Ocidente descobriu o Monte Roraima em 1596, quando Sir Walter Raleigh viajava pela Guiana em busca da mítica cidade de El Dorado. Ele está listado como uma das mais antigas formações geológicas do mundo.

Três países limitam esta rocha: a Guiana, o Brasil e a Venezuela (que abriga a maior parte desta gigantesca montanha). A visão assombrosa oferecida pela sua grande cimeira plana é uma atração turística importante. Quando a chuva fica pesada, a água flui para fora do planalto e cachoeiras nascem do nada. Sua visão inspirou Sir Arthur Conan Doyle a escrever “O Mundo Perdido”.

4. Água mais antiga: 2,64 bilhões de anos


Alguns quilômetros abaixo de uma mina canadense, fica o que costumava ser um fundo oceânico pré-histórico. Lá, os cientistas testaram um bolso de água e ficaram chocados quando concluíram que é o mais antigo do planeta, antecedendo até o desenvolvimento da vida multicelular.

Não é incomum que a água flua em rachaduras e fique presa por um longo tempo. No entanto, os pesquisadores que puxaram a amostra canadense estavam esperando uma faixa etária “normal” de milhões de anos, não bilhões. Um fator interessante é que a água parece embalada com os produtos químicos necessários para suportar a vida. Na verdade, micróbios foram descobertos num bolsão aquático sul-africano de milhões de anos de idade, então os cientistas estão animados com a possibilidade de encontrar algo nessa água também.

3. Cratera de impacto mais antiga: 3 bilhões de anos


Um meteorito assassino pode ter varrido um pedaço grande da Groenlândia 3 bilhões de anos atrás. Se isso for comprovado, vai roubar o posto do atual campeão, a cratera Vredefort de 2 bilhões de anos na África do Sul.

Originalmente medindo até 500 quilômetros de diâmetro, a evidência do impacto é forte, como a presença de rochas quebradas e ortoclásio derretido, o que aponta para um evento de calor abrasador, como um ataque de meteorito. Há também ampla prova de que a água do mar correu para a cratera fresca, ferveu e alterou a química dos arredores. Se uma rocha semelhante atingisse a Terra hoje, a raça humana enfrentaria um evento de extinção.

2. Placas tectônicas mais antigas: 3,8 bilhões de anos


A camada externa da Terra consiste em várias placas tectônicas travando umas nas outras. A Groenlândia possui a evidencia mais antiga deste fenômeno, anteriormente datada em 2,5 bilhões de anos.

Porém, uma equipe procurando por sinais primordiais de vida entre a lava determinou que as placas nasceram quando o fundo do mar se expandiu como um círculo crescente, na verdade há 3,8 bilhões de anos. Estas rochas notavelmente preservadas representam as primeiras evidências físicas da Terra se moldando.

1. A Terra Original: 4,5 bilhões de anos


Os cientistas acreditam que existe um pedaço da “Terra original” na Ilha de Baffin, no Ártico canadense. Lá, rochas vulcânicas que se formaram antes mesmo do mundo criar sua própria crosta foram encontradas. Com o passar do tempo, elas conseguiram evitar o processo de reciclagem geológica, especialmente violento no início.

Esta descoberta pode revelar o que ocorreu no globo enquanto ele se preparava para se tornar mais sólido no exterior. Um trio nunca antes visto junto também foi detectado na ilha: chumbo, neodímio e o altamente raro hélio-3. Há uma razão pela qual esta mistura está causando grande entusiasmo na comunidade científica – é a impressão digital do material do qual todos os continentes, montanhas e superfícies originalmente surgiram. [Listverse]

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