As 10 organizações assassinas mais mortais da história

Por , em 30.08.2016

Quando pensamos em assassinatos em massa, geralmente nos vem na cabeça um psicopata que conseguiu matar um monte de gente até ser preso, ou um lunático que entrou em algum lugar público para atirar para todos os lados.

Mas assassinos nem sempre são solitários. Muitos grupos recrutaram o suficiente destes indivíduos para montar organizações mortais compostas de pessoas dispostas a matar por aquilo em que acreditam.

10. VishKanyas

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As Visha Kanyas ou VishKanyas eram supostamente assassinas mortais e bonitas da Índia antiga, enviadas para cessar conflitos entre reis sem violência generalizada. De acordo com a literatura antiga, uma forma de fazer isso era acostumar uma jovem com veneno fazendo-a ingeri-lo um pouco de cada vez, até que ela construísse imunidade. A mulher, então, era enviada a um campo inimigo com a tarefa de se aproximar de um rei rival, administrando veneno a ele enquanto comia e bebia dos mesmos pratos e copos para dissipar qualquer suspeita. Em outros casos, a menina podia ser propositalmente infectada com um veneno ou uma doença infecciosa, para em seguida passá-lo adiante através do sangue ou contato sexual.

9. Lobisomens

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Os “Lobisomens” eram um grupo de cerca de 5.000 voluntários selecionados entre os membros mais promissores da Juventude Hitlerista e da Waffen-SS. Eles foram treinados em sabotagem e matança silenciosa, e deixados em territórios tomados do controle nazista pelos Aliados. Embora existam alguns relatos esporádicos dos Lobisomens como um grupo eficaz, eles tinham, em sua maior parte, muitos dos mesmos problemas que afligiam os exércitos nazistas principais no final da guerra.

Na primavera de 1945, houve uma onda de assassinatos de funcionários civis e prefeitos nomeados por Aliados em cidades uma vez detidas por forças alemãs. O mais famoso foi o assassinato de Franz Oppenhoff, de Aachen. Oficialmente chamada de Operação Carnaval, os assassinos se disfarçaram de pilotos alemães abatidos para chegar perto o suficiente do prefeito de Aachen para matá-lo.

8. Os mercenários de Cálipo de Siracusa

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Cálipo e Dião eram ambos estudantes de Platão (foto). Segundo a história, eles voltaram para Siracusa como camaradas. Cálipo não tinha boas intenções, no entanto, e não muito tempo depois que eles voltaram, começou a planejar o assassinato de Dião. Os rumores de uma trama circularam, mas foram ignorados.

Durante a festa de Deméter e Chore, assassinos do grupo de mercenários de Cálipo entraram nas câmaras de Dião e o mataram conforme seus próprios guardas fingiram que não viam nada. Cálipo, o tirano, tomou o poder, mas seu domínio sobre Siracusa durou apenas 13 meses antes de ele ser expulso, junto com seus assassinos mercenários, da cidade. Despojado de sua posição e poder, Cálipo marchou por toda a Itália e assumiu o controle do Régio. Quando maltratou seus assassinos, porém, acabou morto com a mesma espada que tirou a vida de Dião.

7. Sociedade Assassina de Sarasota

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Fundada em 1884 como um clube político, o “Sara Sota Vigilance Committee” (algo como “Comitê de Vigilância de Sara Sota”) foi rebatizado como Sociedade Assassina de Sarasota pelo jornal New York Times. Até então, nove dos 22 membros do comitê estavam em julgamento por dois assassinatos.

O comitê era marcado pelo desejo de separação entre o Norte e o Sul dos EUA. Com tantos nortistas resolvendo aproveitar as oportunidades de negócios no Sul, a finalidade oficial do grupo tornou-se livrar o Norte daquelas “pessoas desagradáveis”. Não está claro quantas dessas pessoas desagradáveis foram mortas, mas o assassinato de um agente postal chamado Charles Abbe fez com que o comitê virasse manchete nacional. O corpo de Abbe foi despejado no Golfo do México e nunca foi recuperado, e as penas de prisão entregues aos membros da sociedade foram suficientes para levar a organização à ruína.

6. A Mão Negra

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Quando dez homens da Sérvia formaram A Mão Negra, em 1911, fizeram-no com um objetivo simples: usar violência e atividades terroristas para criar uma Sérvia unificada. Eles enviaram assassinos para matar o imperador Franz Josef e o governador da Bósnia-Herzegovina, o general Oskar Potiorek. Ambas as tentativas falharam, mas a associação continuou.

Em 1914, um homem em particular foi alvejado: o arquiduque Franz Ferdinand. Três assassinos da Mão Negra acompanharam o comboio do arquiduque para garantir sua morte. Gavrilo Princip teve sucesso onde Trifko Grabež e Nedeljko Cabrinovic falharam. Todos os três tinham sido introduzidos ao grupo através do recrutamento em cafés de Belgrado.

5. Sicários

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Os sicários eram assassinos judeus nomeados em homenagem a sua arma de escolha, uma adaga curva chamada sica. Eles receberam esse apelido do antigo historiador grego Josefo, que escreveu sobre o método preferido de matar do grupo.

Apesar de serem conhecidos por assassinatos em massa, os sicários são mais comumente associados com suas táticas simples e ousadas: esconder suas armas em suas roupas e perseguir seus alvos em locais públicos bastante inconvenientes.

Os sicários tinham o objetivo de incitar uma rebelião contra Roma. Uma revolta de fato aconteceu em Jerusalém em 65 aC, mas foi mal sucedida e iniciou a queda do grupo. Eles fizeram um último ataque registrado à antiga fortaleza de Massada. Eventualmente, o termo “sicário” foi ampliado para se referir a assassinos de aluguel, qualquer tipo de terroristas e homicidas voluntários ou involuntários.

4. Harmódio e Aristogíton, os tiranicidas originais

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De acordo com Cícero, o assassinato de um líder político é por vezes justificado, se esse ato atende a determinados critérios. Por exemplo, se o líder cometeu atrocidades contra seu povo e contra o bem comum, se sua morte vai avançar o bem comum, e se o ato é um último recurso. Aqueles que cometem o assassinato são tiranicidas.

Os tiranicidas originais foram Harmódio e Aristogíton, dois amantes que assassinaram Hiparco, irmão do tirano ateniense Hípias. Eles queriam matar ambos, mas não conseguiram. De qualquer forma, suas ações foram glorificadas pela história, e sua motivação foi elevada a um ideal ateniense.

Depois de seu martírio, os cidadãos atenienses juraram assassinar qualquer tirano futuro, e os tiranicidas eram recompensados por sua coragem: tinham isenções fiscais, refeições gratuitas e assentos de primeira fila no teatro.

3. Murder, Inc.

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Murder, Inc. era uma filial do Sindicato Nacional do Crime (National Crime Syndicate, no original em inglês), uma confederação de várias organizações criminosas dos EUA, responsável por 400 a 1.000 assassinatos durante os anos 1930 e 1940. Sua sede era a loja de doces Midnight Rose, uma loja 24 horas do Brooklyn. Lá, os assassinos esperavam o telefone tocar com detalhes sobre o próximo ataque.

A maioria das mortes aconteceram ao longo da Costa Leste, e a arma de escolha era um picador de gelo. Os alvos eram geralmente gângsteres que geravam problemas a organização ou cidadãos comuns que tiveram a infelicidade de testemunhar um crime.

Murder, Inc. era dirigido por Louis “Lepke” Buchalter, que morreu na cadeira elétrica em 1944. Originalmente, sua prisão veio com uma sentença de 14 anos por tráfico de drogas, e sua execução aconteceu em meio a teorias da conspiração sobre quem ele tinha matado e a quem estava realmente conectado.

2. Nokmim

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Diferentes termos são usados para se referir aos assassinos judeus que se dedicaram a matar criminosos de guerra nazistas que saíram impunes. Alguns chamam o grupo de “Nokmim”, palavra hebraica para “Vingadores”.

O grupo era secreto, e os poucos testemunhos de ex-membros contam histórias diferentes e não dão estimativas reais de quantos nazistas foram caçados e mortos pela organização. Um repórter da BBC que escreveu extensivamente sobre o Nokmim relatou desde atropelamentos até o caso de um ex-oficial da Gestapo que estava no hospital para uma pequena operação, quando morreu por ter querosene injetada em seu sangue.

Ninguém sabe dizer por quanto tempo os Nokmim ficaram ativos, mas é provável que tenham operado bastante na década de 1950. Seu alcance foi mundial e incluiu não apenas assassinatos individuais, mas operações maciças destinadas a eliminar dezenas de homens.

1. Os assassinos de Hassan-is-Sabbah

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Quando Hassan-is-Sabbah morreu em 1124, ele deixou para trás uma seita de crentes na fortaleza Alamut, os Assassinos. O grupo durou pelo próximo século e meio, até ser aniquilado pelos mongóis em 1256.

Um filósofo e pregador também conhecido como O Velho da Montanha, Hassan ensinou que não havia nada honroso sobre líderes que viviam uma vida de luxo, enquanto seu povo passava fome.

Seus seguidores mais dedicados eram treinados para matar chefes de Estado e militares corruptos e poderosos. O primeiro assassinato registrado foi em 1092, e a organização passou em seguida a eliminar qualquer pessoa que via como injusta, incluindo aqueles que lutaram nas Cruzadas. Tiveram sucesso por muito tempo em assassinar qualquer um que se opusesse a eles. [Listverse]

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