Galáxias descobertas são ABSURDAMENTE luminosas

Por , em 27.03.2016
Telescópio LMT

Telescópio LMT

Astrônomos da Universidade de Massachusetts (EUA) observaram as galáxias mais luminosas já vistas no universo.

Os objetos são tão brilhantes que os cientistas dizem que as categorias estabelecidas de “ultra” e “hiper luminosas” usadas para descrever galáxias anteriormente não chegam nem perto de explicar os brilhos destas novas descobertas.

Então, de acordo com o principal autor da pesquisa, Kevin Harrington, eles passaram a chamá-las de “absurdamente luminosas”.

Antigas

A equipe de pesquisa estava usando o Grande Telescópio Milimétrico (LMT), do México, o maior e mais sensível instrumento de abertura única do mundo, para estudar a formação de estrelas.

Além disso, também estavam contando com a última geração de telescópio por satélite e um experimento de cosmologia em colaboração da agência espacial norte-americana NASA com a europeia ESA para detectar o brilho do Big Bang e a radiação de micro-ondas.

Nesse processo, os cientistas descobriram as galáxias nunca antes observadas. Eles estimam que elas possuem cerca de 10 bilhões de anos e foram formadas apenas cerca de 4 bilhões de anos após o Big Bang.

Absurdamente luminosas

Harrington explica que, na categorização de fontes luminosas, os astrônomos chamam uma galáxia de “ultra luminosa” quando ela possui um nível de cerca de 1 trilhão de luminosidades solares. Esse número sobe para cerca de 10 trilhões no nível “hiper luminosa”.
Para a variação de 100 trilhões de luminosidades solares dos novos objetos, “nós nem sequer temos um nome”, diz.

Tais galáxias não foram previstas pela teoria, ou seja, não sabíamos que elas deveriam existir. São muito grandes e muito brilhantes. Estudá-las pode ajudar os astrônomos a entender mais sobre o início do universo. Saber o quanto elas têm crescido nos primeiros 4 bilhões de anos desde o Big Bang pode, por exemplo, ajudar os cientistas a estimar a quantidade de material que estava disponível para elas no começo de tudo.

Raras

Os cientistas agora sabem que as galáxias recém-observadas não são tão grandes quanto parecem. Estudos de acompanhamento sugerem que o seu brilho extremo surge de um fenômeno chamado “efeito de lente gravitacional” que amplia a luz que passa perto de objetos massivos, como previsto pela teoria da relatividade geral de Einstein.

Como resultado, a partir da Terra, elas parecem cerca de 10 vezes mais brilhantes do que realmente são. Mesmo assim, são impressionantes.

O efeito de lente gravitacional de uma galáxia distante em uma outra galáxia é muito raro, de forma que encontrar até oito potenciais objetos como parte desta investigação é mais uma descoberta importante. Harrington diz que “encontrar fontes com tal brilho é tão raro quanto encontrar o buraco na agulha no palheiro”.

Os pesquisadores também realizaram análises para mostrar que o brilho das galáxias é provavelmente devido exclusivamente à sua taxa incrivelmente alta de formação de estrelas. [ScienceDaily]

3 comentários

  • Humberto Barbosa:

    Sabemos também que quanto mais antigo o objeto, mais energia ele libera, já que o universo está se arrefecendo, perdendo calor, luz… (2)

  • Humberto Barbosa:

    Logo, quando observamos um corpo distante, vemos seu passado, sua fase de formação, sua liberação de energia anterior (3)

  • Humberto Barbosa:

    E se esse brilho tem a ver com a distância? Sabemos que quanto mais longínquo o objeto, mais antiga é a luz que recebemos dele(1)

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