Avião de passageiros supersônico pode se tornar realidade daqui alguns anos

Por , em 1.09.2012

A NASA acaba de conceder um financiamento de US$ 100 mil (cerca de R$ 200 mil) a uma equipe de pesquisadores da Universidade de Miami e da Universidade Estadual da Flórida (EUA) para o desenvolvimento de um projeto de um avião de passageiros que poderá entrar em modo supersônico apenas fazendo uma “virada” de 90 graus.

O nome do projeto é “supersonic bi-directional flying wing” (SBiDir-FW), e significa algo como “asa supersônica bidirecional”.

Isso porque o conceito todo se refere a uma asa voadora bidirecional, idealizada por Ge-Cheng Zha, engenheiro aeroespacial da Universidade de Miami, que pode alcançar velocidades supersônicas com quase zero boom sônico (ou seja, sem o som produzido por um trovão sônico) – um fator importante que já impediu a existência de aviões supersônicos de passageiros no passado.

Os cientistas sabem que um avião voa mais rápido com asas menores. Porém, é mais fácil decolar ou pousar com asas maiores.
Por isso, essa asa “bidirecional” é capaz de “mudar” de direção e tamanho, mudando o modo do avião de subsônico a supersônico.

No caso, a mudança aerodinâmica no avião faz com que ele mude de orientação e passe a voar em modo supersônico, sem que o processo exija qualquer dispositivo mecânico adicional.

A única aeronave supersônica que já voou com sucesso foi o bombardeiro militar B-2, dos EUA, que estreou em 1989. O novo modelo bidirecional é mais avançado, por colocar duas asas voando em cima da outra em um ângulo de 90 graus, de modo que a aeronave simplesmente gira 90 graus para se tornar supersônica.

Como a transformação é feita no ar, isso permite que a aeronave voe em sua forma mais econômica em questão de combustível em ambos os modos, de velocidade subsônica ou supersônica.

E, se você acha que rotar 90 graus seria desagradável demais para os passageiros, Zha explica que a rotação só dura cinco segundos e os pilotos e passageiros experimentariam uma força equivalente a apenas um décimo da força da gravidade, menos do que passageiros já experienciam durante a decolagem atualmente.

“Espero desenvolver um avião amigo do meio ambiente e economicamente viável para o transporte civil supersônico nos próximos 20 a 30 anos”, disse Zha. “Imagine voar de Nova York a Tóquio em quatro horas, em vez de 15”.

Claro, iríamos amar. A solução é tão boa que a NASA deu US$ 100 mil para que Zha a torne realidade. Só nos resta esperar pelo que parece ser a nova era da aviação.[LiveScience, NASA, TecMundo]

10 comentários

  • messias:

    Moça desista de escrever sobre aviação,não conhece o CONCORDE, supersônico de civil que voou durante 27 anos,o B-2 não é supersônico,sem contar que você não sabe que existe inúmeros caças supersônicos,quem acha que o Concorde não fez sucesso é muito chato,barulho é parte do charme do Concorde.

  • floyder:

    A conversa do concorde me levou a olhar muita coisa dele no youtube. Fazia barulho, poucos passageiros comparado aos jumbos e até destruição da camada de ozônio! Mas, quanto a segurança, acho que estava consagrada pelas muitas rotas realizadas. A explosão na decolagem parece que foi bem esclarecida depois que um dos pneus estourou e causou o vazamento de combustível. Mas o concorde, eu queria ter visto ao vivo decolando e tal, pois fico abobado com suas linhas: lembra um desses grandes passáros brancos…muito elegante e lindo!

  • Alex Reis:

    Realmente! O Concorde foi um dos dois aviões supersônicos de passageiros que operaram na história da aviação comercial, sendo o outro o soviético Tupolev Tu-144. Possuía uma velocidade de cruzeiro de Mach (algo entre 2.346 km/h e 2.652 km/h), e um teto operacional de 17.700 metros de altura. Seus voos comerciais começaram em 21 de janeiro de 1976 e terminaram em 24 de outubro de 2003. Foi operado apenas pela companhia britânica British Airways e pela companhia francesa Air France.

    Em mais de três décadas voando pelo mundo, fazia até uma liha Rio Paris, nunca caiu um Concorde.

    • Jean Carvalho:

      Cair não caiu… mas houve um q. explodiu logo após a decolagem… foi em 2000, na França… de resto, parece que, além do alto consumo de combustível, o barulho q. ele provocava estava causando alguns problemas ambientais…

    • Marcos-DF2:

      Olá Jean !
      Este Concorde passou por cima de um pedaço de metal que se desprendeu de um avião da Delta, que o antecedu na decolagem.
      Com isto, o metal perfurou o tanque de combustível do Concorde e houve a explosão, com a consequente queda da aeronave.
      Abraços a todos !

  • floyder:

    olha esse maravilhoso vídeo. dizem que o desativaram porque bebia muito…http://www.youtube.com/watch?v=mWtwv8-yLR8

  • Tibulace:

    ” A única aeronave supersônica, que já voou com sucesso,foi o bombardeiro militar B 2, dos EUA, que estreou em 1989″.Puxa vida! Pelo que vejo, quem escreveu essa matéria, NUNCA ouviu falar no avião supersônico, de uso civil, o CONCORDE, que voou normalmente, por uns VINTE anos!

    • Hugo:

      Sim, fora os muitos outros de uso militar.

    • Jean Carvalho:

      O “voar c/ sucesso” ao q. o articulista se referiu, creio q. é “voar (à velocidade do som) sem fazer muito barulho”, algo q. o Concorde não conseguia – e isto o articulista não deixou claro.
      Mas o erro dele foi tbém classificar o B-2 como avião supersônico… parece q. na verdade ele é um avião subsônico, e tbém por isto não é tão barulhento quanto o Concorde…

    • Cesar Grossmann:

      Era a única “asa voadora”. Os outros aviões supersônicos não eram do tipo “asa voadora”.

      “The U.S. military’s B-2 Spirit stealth bomber that debuted in 1989 represents the only previously successful flying wing aircraft, even though experimental flying wings flew before then.”

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