Avião não-tripulado está em desenvolvimento

Por , em 13.07.2010

Você já ouviu falar na medida homem-hora? Ela mede a quantidade de trabalho que um homem produz em uma hora, e serve para se saber o quanto se trabalhou quando há muitos funcionários envolvidos em uma mesma tarefa. Pois bem, o Ministério da defesa da Grã-Bretanha empregou trabalhadores para uma missão que consumiu três milhões de homens-hora. É Taranis, um super avião de combate com uma diferença muito importante para os anteriores: ele não é tripulado.

O avião tem previsão para levantar voo em testes, pela primeira vez, já em 2011. O objetivo é essencialmente bélico: passar a construir aviões de guerra que não necessitem de um piloto arriscando sua pele em sua cabine. Na realidade, já existem aviões semelhantes em operação, mas que podem apenas voar em territórios de aliados: em caso de uma guerra, não poderiam ir se aventurar “com segurança” no espaço aéreo do inimigo. Taranis está sendo preparado para ser um avião invasor, que se torne o braço direito da RAF (Royal Air Force, a esquadra aérea da Terra da Rainha).

Aviões tripulados têm no piloto a sua parte mais vulnerável. Com qualquer grande perturbação gravitacional ou relacionada à pressão atmosférica, o primeiro que sente os efeitos e corre risco de “pane” é justamente o ser humano que pilota o avião. Se ele desmaia, de nada adianta que a máquina esteja em perfeitas condições. Como se as dificuldades naturais não bastassem, a maioria dos mísseis antiaéreos é programada para explodir junto à cabine, o que é morte quase certa para o piloto. O Taranis, não tripulado, tem maiores chances de “sobreviver” a um míssil.

O fato de não haver ninguém na aeronave, entretanto, não significa que este não seja controlado por humanos. A ideia é que um operador fique na base da RAF, e possa guiar o avião no conforto da sala de comando, via satélite. E alguns problemas ainda estão para ser solucionados, como explica um dos cientistas envolvidos: “Em caso de sequestro ou pouso forçado, nada substitui uma avaliação humana sobre a situação e o terreno que envolve o avião”. É uma dificuldade que a Royal Air Force ainda tem para superar. [BBC]

6 comentários

  • André:

    Predator UAV
    http://ciencia.hsw.uol.com.br/predator.htm

  • veneziz:

    Ate ao momento o mundo dos inventores
    só se baseiam em ideias de terror e destruição,porque?
    se esta maquina não tem tripulante porque pode matar humanos?
    Seria melhor que estes brinquedos seriam para as guerras dos
    mesmos sem por em causa os humanos.
    Que parem lá com isso porque estamos a caminha para a ultima
    guerra mundial.

  • Marcos:

    Comentador,
    voce está coberto de razão.
    Por isso, concordo com uma frase que diz:
    “A experiência humana na Terra não deu certo”
    Abraços a todos !

  • Comentador:

    A criatividade para a guerra é incrível, assim como a capacidade de fazer propaganda dela e criar na mente das pessoas a idéia de que a guerra é um processo natural na evolução da humanidade.

    A guerra é uma demonstração de força em prol do egoísmo de uma elite tentando dominar economicamente um grupo que lhe interesse. É a renovação do pacto do homem com seu lado irracional que o domina, onde os sentimentos de posse, típicos dos animais mais ferozes, se manifestam no desejo de supremacia e conquista.

    Infelizmente não se usa o mesmo empenho para realmente fazer o homem evoluir, por isso vivemos com o paradoxo da alta tecnologia e a total ausência de recursos assim que desligamos o computador, fechamos a porta da nossa casa e nos deparamos com uma pessoa igualzinho a nós dormindo na calçada sem o básico para se ter dignidade.

    Pensem nisso.

    Avião não tripulado é o cacete! Essa matéria não acrescenta nada a ninguém.

  • Marcos:

    Olá Márcio,
    na realidade já houve diversos ataques do Predador – UAV americano – no Afeganistão, alguns com sucesso, outros nem tanto, matando civis inocentes e soldados aliados.
    Bom, se bem que qualquer ataque onde morram pessoas não pode ser considerado bem sucedido.
    Abraços

  • Márcio Valle:

    Este tipo de avião já é usado pelos Estados Unidos há cerca de 15 anos por exemplo, o Global Hawk).
    E tem mais, tanto o Global Hawk quanto seus antecessores já realizam vôos em território inimigo há anos.
    Essencialmente, eles fazer trabalhos de reconhecimento do terreno enviando informações à base para que as coordenadas de ataque sejam planejadas.
    Sei que alguns deles podem carregar bombas também, apesar de nunca ter ouvido falar de um ataque com tais aviões-espiões.

Deixe seu comentário!