“Nós pagaremos para você voar”, prevê o CEO desta companhia aérea

Por , em 17.07.2017

Desde que tomou os ares, em 2014, a companhia WOW Air tornou-se uma força cada vez mais impactante no transporte aéreo internacional de baixo custo e longas distâncias.

A transportadora islandesa e seus aviões em tom fúcsia brilhante garantem voos com preços incrivelmente baixos.

Em janeiro, a WOW lançou uma liquidação de US$ $69 para bilhetes de ida dos EUA para a Europa. Em junho, a companhia aérea surgiu com preços de US$ 55 para bilhetes transatlânticos. Essas vendas ajudaram a trazer sustentação à empresa, que deverá duplicar em tamanho nos próximos dois anos.

No entanto, uma pergunta deve ser feita: quão baixo seus preços podem ir?

“Posso ver o dia em que o pagaremos para os clientes voarem conosco”, disse à Business Insider o fundador e CEO da WOW Air, Skuli Mogensen, em uma entrevista.

Estratégias para manter baixo custo

Há anos, as companhias aéreas trabalharam para diversificar seus fluxos de receita e reduzir sua dependência de vendas de ingressos para a geraçao de lucro. As taxas para elementos como seleção de assentos, embarque prioritário e refeições nos voos tornaram-se a norma. Além disso, eles desenvolveram parcerias lucrativas com hotéis, restaurantes, agências de aluguel de automóveis e outros setores da indústria de viagens para garantir sua capacidade de obter lucros a partir de todas as necessidades de viagem de um passageiro.

A WOW certamente capitalizou a renda acessória para baixar os preços dos ingressos, uma vez que essas opções de serviço à la carte permitem que os passageiros paguem apenas pelo que precisam.

“Nosso objetivo, e estamos trabalhando duro para isso, é que nossa receita acessória realmente supere os gastos com os usuários”, disse Mogensen. “O que nossa companhia aérea passa a ser a primeira a conquistar poderá mudar as regras do jogo”.

Em tese, ao reduzir a dependência de uma companhia aérea sobre a receita de passageiros, o valor que cobra por bilhete torna-se secundário. No caso mais extremo, o fato de um passageiro estar no voo será mais crucial para a linha de fundo da companhia aérea do que quanto custou a passagem. Isso acontece porque a maior parte do dinheiro que a empresa levanta com seus passageiros vem depois que eles compram seu ticket. E, portanto, a WOW poderia, tecnicamente, pagá-los para estar no avião e ainda ganhar dinheiro com a viagem.

Engajamento e trocas

De acordo com o empresário e investidor, os planos da WOW envolvem ir ainda mais longe em termos de engajamento do cliente.

“Significa ter um relacionamento mais profundo e mais personalizado com base em seu comportamento prévio, suas necessidades e, obviamente, sempre com a sua privacidade em mente”, disse Mogensen.

Isso significa que o valor futuro da WOW como uma empresa estará vinculado à eficiência com que pode aproveitar os dados coletados de seus clientes, na mesma linha de atuação do Facebook ou Google. Na verdade, Mogensen acredita que as companhias aéreas atualmente não estão nem perto de aproveitar todo o potencial de sua inteligência em negócios.

“Se podemos entender melhor suas necessidades, isso nos permite interagir com o usuário de forma mais efetiva e ajudá-lo a ter uma viagem mais bem sucedida, seja para negócios ou lazer”.

Além disso, a WOW vem observando uma série de maneiras inovadoras para recompensar financeiramente seus passageiros. Isso inclui usuários potencialmente pagantes cujos posts em mídias sociais gerem negócios para a WOW – efetivamente transformando seus clientes em embaixadores da marca da companhia aérea.

“Existe todo tipo de oportunidades interessantes através do uso da tecnologia e das mídias sociais”, afirmou o CEO. “As pessoas tendem a tirar muitas fotos ao viajar, compartilhando suas experiências. Vemos muitas maneiras interessantes de capacitar as pessoas para divulgar mensagens sobre WOW e recompensá-las de acordo com o serviço”.

Como cresce continuamente a ideia da WOW como uma força disruptiva nos negócios das companhias aéreas, Mogensen não está tão preocupado com as medidas tradicionais de sucesso.

“Eu quero construir uma companhia de primeira qualidade e me divertir fazendo isso”, disse. [BusinessInsider]

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