Crianças adotadas podem ser mais problemáticas

Por , em 12.05.2008

Um lembrete para Angelina Jolie e Brad Pitt: a próxima década poderá ser difícil. Como os pais adotivos mais famosos do mundo, os atores podem ter ficado alarmados quando souberam dos resultados de um novo estudo que afirma que filhos adotivos possuem quase o dobro da possibilidade de, na adolescência, desenvolver problemas comportamentais ou emocionais. O estudo também abre a questão sobre o que estaria por trás desse risco acentuado: Os pais adotivos ou a genética?

Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos EUA, descobriram que 14% das crianças nascidas e adotadas naquele país possuem problemas comportamentais ou entraram em contato com profissionais da área da saúde mental durante a adolescência.

O relatório divulgado nesta segunda-feira afirma que “Apesar da popularidade da adoção, há uma preocupação persistente de que crianças adotadas possam ter riscos elevados de problemas da saúde mental ou de ajustamento.

Pesquisas sobre adoção tem feito afirmações similares por muitos anos. O que este estudo desafia são as razões por trás deste fenômeno.

Foram estudadas mais de mil crianças, adotadas ou não, neste estudo liderado por Margaret Keyes. A psicóloga e seus colegas descobriram que a disparidade entre adotados e as demais crianças pode ter origem em fatores inatos como cuidados perinatais ou os genes dos pais de nascença.

Outra descoberta surpreendente feita por este estudo foi constatar o fato de que, as crianças adotadas de dentro dos próprios EUA, têm mais chance de distúrbios comportamentais do que aquelas adotadas de outros países. Estas crianças têm muito mais probabilidade de internalizar seus problemas e sofrem mais comumente de depressão ou de distúrbios de ansiedade causados por separação. Estas descobertas vão contra a noção generalizada de que crianças que são adotadas de países estrangeiros tenham mais dificuldades em se adaptar às suas novas famílias.

Apesar disso a pesquisadora afirma que não há nada nestes resultados que deva desencorajar a adoção. “Todos os adolescentes lutam para encontrar sua identidade”, disse Margaret. “Faz sentido que as crianças adotadas tenham que lutar mais do que as outros.” [Fonte]

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