Cuidado com suplementos alimentares “milagrosos”

Por , em 25.07.2010

Nas últimas décadas, ficou quase impossível para algumas pessoas viver bem apenas com refeições normais: são necessários suplementos alimentares. Apesar de levarem às pessoas alguns inquestionáveis benefícios na reposição de nutrientes, alguns suplementos passaram a ser tomados sem muito conhecimento de função e efeitos, e sem orientação de médicos ou de qualquer outro profissional da saúde, o que pode se tornar perigoso.

E os vegetais, que sempre ficaram acima do bem e do mal quando se fala em alimentação, são a base da maioria dos compostos alimentares, com o que se produzem “milagrosas” pílulas para emagrecer. Não existe uma regulação muito forte sobre o que deve ou não ser ingerido, tampouco estudos aprofundados sobre o efeito dessas pílulas em longo prazo. Geralmente, os problemas de saúde decorrentes da ingestão de pílulas para emagrecer estão no excesso: tomam demais e sofrem efeitos colaterais.

Mas não estamos falando apenas de pílulas para emagrecer. Há uma grande variedade de produtos que se atribuem as mais milagrosas funções. Um suco produzido na polinésia, chamado “Noni”, anuncia ser um eficaz estimulante da boa saúde mental, corporal e espiritual, mas alguns testes de laboratório foram suficientes para mostrar que o máximo que se consegue com ele são problemas no fígado. Outro exemplo: Gingko Biloba, que supostamente deveria realçar a memória e estimular as capacidades cognitivas, não faz nenhum efeito no cérebro. Também há o caso de um suplemento glicogenado que deveria aliviar a artrite, mas não passa de uma pílula de açúcar.

A situação não é tão ruim quando a pessoa toma um produto esperando um efeito que não acontece: nesse caso, é pelo menos um placebo. O grande problema é quando eles ainda causam problemas, como mostra o exemplo do suco que dá problemas hepáticos.
Outro alerta dos especialistas diz respeito aos suplementos vitamínicos: para algumas vitaminas, são atribuídas propriedades curativas que podem livrar o ser humano da anemia, gripe, subnutrição, o diabo. Mas as vitaminas podem também ter efeitos colaterais danosos. A vitamina C, por exemplo, que desde a época das navegações livra os piratas do escorbuto, diminui a eficiência da quimioterapia em quem faz tratamento para o câncer. Ela também não pode evitar nenhum tipo de câncer, tampouco a vitamina E, como já foi propagandeado. Alguns estudos chegaram mesmo a comprovar que alguns suplementos multivitamínicos vendidos nos EUA continham veneno!

Os cientistas especializados no assunto apelam para que haja um maior controle oficial sobre a comercialização de produtos desse tipo, já que os órgãos de vigilância competentes, ao que parece, não dão conta de fazer um levantamento sobre os prós e contras de cada produto antes que ele chegue às lojas. Alguns passam pelo controle justamente pela falta de estudos aprofundados sobre as substâncias que os compõem. Ao consumidor, resta alertar cuidado: a resposta a todos os seus problemas de saúde não pode estar em um único suco ou comprimido. Não há um elixir da saúde total e absoluta. [Live Science]

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