Em desenvolvimento tratamento sem efeitos colaterais para câncer

Por , em 18.07.2010

Uma pequena cápsula esférica feita de camadas de lipídios, chamada de Lipossoma, pode ser a reposta para combater o câncer e outras doenças. Cientistas da Universidade de Rhode Island (EUA) estão trabalhando no desenvolvimento de um método de acondicionar remédios dentro de lipossomas e enviá-los para dentro do organismo dos pacientes.

Esse sistema funcionará da seguinte maneira: o Lipossoma seria um “recipiente” para medicamentos fortes, usados no tratamento do câncer. Uma vez “embalado”, o pacote é direcionado por injeção para o local onde o tumor se encontra. Os sucos digestivos e os anticorpos não são capazes de romper um Lipossoma. Por essa razão, os médicos acompanham a “viagem” do Lipossoma até chegar ao local do tumor. Quando isso acontece, o paciente recebe uma descarga eletromagnética inofensiva, que rompe o lipossoma e libera o medicamento.

Um problema está no fato de que, em um Lipossoma, algumas cadeias de lipídios são hidrofílicas (contém água) e outras são hidrofóbicas (se dissolvem em água). Por essa razão, eles tiveram que criar o seguinte mecanismo para “montar o lipossomo”: adicionam um solvente às nanopartículas e lipídios que irão compor o lipossoma. Assim, quando adicionam a água, ela neutraliza o solvente e tem o efeito inverso ao normal: evita que o lipossoma se dissolva. Dessa forma, garante resistência às paredes do lipossoma até o momento em que deva ser quebrado.

Essa tecnologia, quando desenvolvida completamente, vai revolucionar o tratamento do câncer. Até hoje, todos os tratamentos combatem o tumor sem conseguir “focar” a aplicação apenas no tumor. Por isso os tratamentos envolvem queda de cabelo, por exemplo, e o câncer nada tem a ver com os cabelos. Com os lipossomas, apenas o alvo é atingido, o que deve facilitar a vida dos futuros portadores da doença que causa 10% das mortes anuais no planeta Terra. [Daliy Tech]

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