Encontradas as mais distantes (e antigas) galáxias do universo

Por , em 12.01.2012

O telescópio Hubble descobriu um agrupamento de galáxias em seus estados iniciais de desenvolvimento. São as galáxias mais distantes e antigas já observadas no universo.

Uma pesquisa em luz quase infravermelha revelou cinco pequenas galáxias a 13,1 bilhões de anos luz de distância de nós. Elas estão entre as mais brilhantes dessa era e são muito jovens – cerca de 600 milhões de anos após o Big Bang.

Os agrupamentos de galáxias são as maiores estruturas do universo, unindo centenas de milhares de corpos a partir da gravidade. Esse agrupamento, em desenvolvimento, aparece como tendo 13 bilhões de anos. Provavelmente já cresceu até virar uma cidade galáctica, comparável ao grupo Virgo, com mais de duas mil.

“Essas galáxias se formaram durantes os anos iniciais, quando estavam começando a se agrupar”, afirma a cientista Michele Trenti. “O resultado confirma nossas teorias sobre a formação dos agrupamentos galácticos. E o Hubble é forte o suficiente para encontrar esses primeiros exemplos”.

A maioria das galáxias do universo reside em grupos ou agrupamentos, e os cientistas já haviam encontrado muitas cidades galácticas até 11 bilhões de anos luz de distância. Encontrar esses grupos nas primeiras fases de construção é um desafio porque são raros, turvos e muitos espalhados no céu.

“Precisamos olhar em muitas áreas diferentes porque as chances de encontrar algo tão raro são muito pequenas”, afirma Trenti. “A pesquisa é como atirar e errar. Geralmente a região não tem nada, mas se acertamos o alvo, o lugar tem múltiplas galáxias”.

As observações do Hubble demonstram a progressiva construção das galáxias. Elas também adicionam evidências para o modelo hierárquico de formação dos agrupamentos, onde objetos pequenos ganham massa, formando corpos maiores e um processo dramático de colisão e coleção.

Já que a distância é muito grande, e a visão fica ofuscada, a equipe de cientistas procurou pelas galáxias mais brilhantes do sistema. Essas agem como outdoors, revelando as zonas de construção. Através de simulações de computador, os astrônomos identificam os possíveis locais das galáxias. Já que a luz está relacionada com a massa, as mais luminosas acabam indicando onde estão as menores.

Essas grandes galáxias de luz ficam em regiões de muita matéria escura. A equipe espera que muitas outras, menos iluminadas, habitem a mesma região.

As cinco avistadas pelo Hubble têm entre um quinto e um décimo do tamanho da Via Láctea, apesar de serem compatíveis na luminosidade. Elas são grandes e brilhantes por estarem sendo alimentadas através de fusões com outras galáxias. As simulações dos cientistas apontam que elas ainda vão se fundir e formar a galáxia mais brilhante do agrupamento.

A equipe estimou a distância das novas galáxias baseada nas cores, mas os astrônomos ainda pretendem fazer observações espectroscópicas, que medem a expansão do espaço. [NASA]

44 comentários

  • Leonardo Almeida:

    Fico pensando se essas galáxias distantes não seriam meramente o reflexo das galaxias onde estamos perto, até mesmo a vialáctea em seu estado de formação nos primórdios, sobre o efeito de reflexão provocado em algum ponto longiquo do espaço. No acaso estaríamos apenas olhando para um espelho cuja a imagem estaria chegando com 13 bilhões de anos de atraso ou mais.

  • Campos:

    O que se conhece sobre cosmologia, é que as galáxias estão se afastando umas das outras, mas o que se observa é que elas se aglomeram se chocam e se fundem. Pelo que parece, está tudo errado. Galáxias se aglomerando desde os primórdeos até galáxias bem atigas, como a via láctea e andromeda. Realmente estamos precisando de uma nova cosmologia que explique tudo isto.

  • aguiarubra:

    Pesquisar é preciso, viver não é preciso!!!

    Quem parar, se extingue. O sucesso de nossa espécie se deve á curiosidade, que hoje virou Ciência. Torço para estar vivo quando os astrônomos puderem encontrar outros universos além deste em que vivemos.

    • eder:

      tô contigo …

  • ANDRADE:

    Existe uma piada que diz “Se Deus já criou tudo e deu o livre arbítrio ao homem para pensar e indagar,o que ele estaria fazendo agora?Resposta:Ele continuaria criando o universo não observável e respondendo às infinitas indagações humanas”.
    “O que existe para além do universo observável?”

    Pois, essa é a grande questão!…

    Será que existe o que não é observável? Ou, reformulando a pergunta e remetendo para a mecânica quântica, algo só existe a partir do momento em que é observável?

    Mas, nesse caso, que dizer das galáxias distantes? São observáveis como eram há milhares de milhões de anos mas podem já não existir neste momento…

    É curioso como, ao longo dos últimos 30 anos, nos habituamos a usar o Big Bang como fato demonstrado para explicar o Cosmos, quando, na realidade, nunca passou de uma teoria para explicar (minimamente) a realidade observável…estamos agora entretidos a rebater o que nunca passou de uma teoria…

    Continuamos a analisar as profundezas do cosmos com as mesmas “armas” e com a mesma concepção mental que usamos aqui na Terra (nem poderia ser de outra forma,pois não sabemos outra) mas isso apenas nos vai revelando fatias ínfimas da realidade, uma realidade cuja compreensão provavelmente não estará ao alcance da nossa civilização, nem de nenhuma outra…(Fred Hoyle dizia que o desígnio do universo era entender-se a si próprio).

    Tal como a formiga que não entende o solo que pisa, ou o coelho que não percebe porque cresce a erva, nós só entendemos uma fração ínfima do nosso universo e estamos condenados a isso,…assim continuo estudando um pouco de ciência para me entreter!

  • CARLOS LACERDA:

    O que diz a quântica a respeito dessas descobertas?

  • Hhh:

    E ainda existem pessoas que acreditam que a terra e tudo mais so tem 6 mill anosxD

    • Lulu:

      Quem acredita nisso??

  • Asdrubal:

    Provavelmente ainda poderão tentar mirar um pouco para mais longe, mas se não encontrarem mais nada, deverão acabar por desistir, ou não iriam desmanchar a teoria do big bang, que é a teoria do “nascimento do universo”… Quem sabe com umas lentes muito mais potentes, e tecnologia para isso, não encontrassem outros aglomerados de big bang a centenas de biliões de anos-luz dando novamente a ideia que o universo não tem fim. Teorias… teorias… 🙂

    Ao fim ao cabo acho espantoso de como de poderá ver algo que se passou há imenso tempo, e toda a história de todo o universo anda a passear por aí. A um planeta de algumas dezenas de anos luz da terra, ainda estão a tempo de me ver nascer. Só para dar uma ideia que todos os registos de todos os momentos ficam gravados e poderão ser vistos ao longo do tempo como se fosse em tempo real. 🙂

  • alcir figueira:

    eu acho que eles deveriam se preocupar mas com o nosso planeta,desmatamento,poluição o planeta terra pede socorro urgente,ou nosso netos ou bisneto não vão ter vida.

  • caio:

    hmm… em um universo q se espande pro infinito uma hora a energia das estrelas vão acabar, e depois oq vai acontecer? ta meio sem logica, ta faltando alguma coisa, por isso q eu acho q ñ existe so um universo, o fim de um pode ser o começo de um outro.

  • Erich:

    DÚVIDA TERRÍVEL
    —————

    Se estamos distantes 13 bilhões de anos-luz, quer dizer então que no big bang estas galáxias e a nossa foram arremessados para lados opostos viajando cada uma quase que na metade da velocidade da luz? Isso é possível?

    Obrigado.

    • Ione Mancera:

      Sugestão

      Pergunte ao João e ao Jonatas; são feras no tema.

    • Anonimo por bom motivo.:

      (Estamos distantes 13 bilhões de anos-luz, quer dizer então que no big bang estas galáxias e a nossa foram arremessados para lados opostos viajando cada uma quase que na metade da velocidade da luz) 1.Como vc pode dizer que as Galaxias foram arremessadas se mal foram produzidas.

      2.(no big bang estas galáxias e a nossa foram arremessados para lados opostos) Não é assim que as coisas funcionam máteria no bigbang se espalharam em diferentes intencidades e algumas podem ter ficado imóveis.

      (viajando cada uma quase que na metade da velocidade da luz) 3.Nimguem sabe a intensidade ou velocidade do bigbang ou numca se perguntou isso mais se pensar que todo universo estava em um unico ponto pode se dizer que sim.

      (isso é possivel?) 4.tudo é possivel

    • Erich:

      Amigo, boa noite. Realmente este é um tema muito interessante.

      Mas se estamos há 13 bilhões de anos-luz desta galáxia, quer dizer então que cada uma foi para um lado após o big bang, não é?

      Realmente fico confuso com isso, pois vendo desta forma estas galáxias estão se afastando a uma velocidade enorme.

    • Matheus H.:

      “4.tudo é possivel”

      Se tudo é possível, é possível algo ser impossível, mas se isso é possível, nem tudo é possível, olhando por outro lado, se é impossível algo ser impossível, isso já é uma impossibilidade, logo nem tudo é possível =).

      Agora respondendo à pergunta:

      Sim, é possível viajar à metade da velocidade da luz, impossível (se a relatividade estiver correta) é viajar na velocidade da luz ou numa velocidade maior, além disso, a rápida expansão seria causada por uma expansão do próprio espaço, o que não quebra a relatividade.

      PS: No Big Bang, só existiam as partículas elementares , as galáxias só viriam a ser formadas bilhões de anos depois.

    • Igor:

      Também é possível que sua lógica esteja errada…

    • CARLOS LACERDA:

      Nem tudo é possível: Você já descobriu dois gêmeos com as mesmas digitais? Engenharia divina cara……

  • marcos prado:

    será que vao encontrar deus,rsrsrsrsr

  • marcos prado:

    será que eles localizarão deus, rsrsrsrsrs

  • Roberto:

    Duas questões de cosmologia que não descem muito bem: O BigBang e essa matéria escura. Até quando vamos ter que ouvir essas bobagens cientológicas?

    • Jonatas:

      Expansão das galáxias, aceleração da expansão das galáxias, indícios gravitacionais no comportamento intergaláctico, radiação cósmica de fundo, cálculos gigantescos com os mais poderosos computadores dão força ao modelo da astrofísica moderna. Por/tan/to, bo/ba/gem é co/men/tar so/bre o que n/ão en/ten/de.

    • Jonatas:

      bo/ba/gem é co/men/tar so/bre o que n/ão en/ten/de.

    • omaia:

      cara vc é até agora a pessoa mais inteligente e que entende de astronomia q eu conheci na net e é verdade esses (menos inteligentes)não sabem o q dizem.

    • Igor:

      Cala a boca cara se n acredita tudo bem mais antes de criticar vê se faz uma pesquisa que de embasamento ao q vc diz, e não desmerecendo o trabalho alheio sem embasamento algum, existem MUITAS evidencias a favor do big bang.

  • Jonatas:

    É possível estudar os dinossauros vivos, teletransporte-se pra uma galáxia a 70 milhões de anos-luz e aponte um poderosíssimo telescópio para o o planeta Terra. Observará o nosso planeta a altura do período cretáceo. Viaje a uma das galáxias da reportagem e verá a Via Lácta em sua infância, e dirá:
    “Olha lá, um Quasar.”

    • Renys Kenys:

      É realmente impressionante imaginar que cada parte do universo tem o seu tempo, e nós enxergamos eles de formas distorcidas.

  • WERITEK:

    nao entendi uma coisa,disseram q sao galaxias sao jovens,mas se estao a13 bilhoes de anos luz da terra isso significa q a idade minima delas e de 13 bilhoes de anos,e si a luz demorou 13bi pra chegar aq, quem garante q essaas glxs nao foram extintas a 12,999 bilhoes de anos?

    • João:

      Exatamente, a imagem que temos delas é de quando eram muito novas, por isto que olhar para o espaço é olhar para o passado!

    • Renys Kenys:

      Se você estiver com a razão, provavelmente em algum tempo futuro ocorreria o Big Bang do passado. Seguindo essa idéia é como se nós existíssimos no tempo que progride, existindo no mesmo universo o tempo que regride, fazendo todo o tempo em sí ser uma coisa só. Assim o Big Bang não é só o começo, mas o fim.

    • Ione:

      Olá!
      Se é verdade que os neutrinos podem viajar mais rápido que a velocidade da luz, será possível no futuro podermos olhar para o espaço em tempo real utilizando um “telescópio” emitindo “raios de neutrinos”, rompendo a barreira do tempo?

    • João:

      Se fosse verdade, inúmeras novas tecnologias poderiam ser criadas, mas neutrinos não viajam mais rápido que a luz.

    • Ione:

      Até as últimas notícias vindas do CERN dizem que viajou, ligeiramente, mas viajou!
      Ando todos os dias a procura de novas notícias, mas até agora não saiu mais nada.
      Nem a confirmar e nem a negar.

    • Jonatas:

      Existe, em teoria altamente especulativa, uma forma de ao menos se viajar na velocidade da luz: um campo de isolamento de bósons de Higgs. Se você se livrar do campo que cria as propriedades da matéria, e conseguir isolar o campo interno de uma nave por exemplo mantendo as propriedades de bósons pra continuar exisitindo, sua nave poderá viajar na velocidade da luz sem que você tenha que se desintegrar para isso. Essa tese vem da ficção científica dos livros de Perry Rhodan, já o fenômeno do hipersalto ou dobra espaço-temporal é uma tese mais ntiga e forte, que se popularizou em “Jornada nas Estrelas”.

    • Ione Mancera:

      Já li esta tese. Mas do bóson de Higgs não evidenciaram nada de concreto, tanto que o projeto tinha até Dezembro para ser concluído, mas até onde sei foi alargado o prazo, desde que detectaram os neutrinos a viajarem ligeiramente acima da velocidade da luz.Ás vezes penso que os Cientistas sabem mais do que dizem! Muito e muito mais.

    • Ione Mancera:

      Cá entre nós… eu acho que eles já sabem…
      Não sou nenhuma expert no tema, e nem estou muito a vontade para discutir teorias, pois o que sei sobre o assunto é leitura da internet, curiosidade mesmo, porque o mundo da ciência é um mundo paralelo. Quem tá de fora só come as beiradas. Mas sei da importância destas mentes. Sou Enfermeira e graças a eles houve uma revolução na medicina nos últimos 15 anos.E nos próximos anos vem aí muito mais. Já há na América tratamento para câncer com feixes de prótons, por exemplo.De onde vem senão daqueles doidos que dão a vida pela ciência?

    • omaia:

      ñ é querendo ofender mas c voce estudasse um pouco mais e procurasse saber sobra ANO-LUZ E A DISTANCIA ENTRE AS GALÁXIAS
      vc entenderia facilmente e ñ falaria besteira.studaaaaa cara

  • robertosarau:

    É rigorosamente improvável que estejamos só no universo.

  • André Luis:

    O velho e bom Hubble continua nos presentiando!

  • André Luis:

    É simplesmente fascinante! a distancia é incalculavel para nós, imagina milhares de galaxias unidas pela gravidade sendo um ponto a bilhões de anos luz! Será que é possivel um ponto de luz ser na verdade milhares de agrupamentos de galaxias? Ou fui longe demais?

  • Chuck Norris®:

    Incrível! E pensar que podem existir outras muito mais distantes.

    • ira:

      Verdade Norris,pensar é o de menos para o pequeno cérebro humano.
      Porem,antes de pensar como no caso dss galáxias é preciso pensar,e muito que,o pequeno ser humano não encontra resposta para um axioma ou anti-axioma,ou seja;
      Dificil para nos é imaginar o SEM LIMITE E SEM DISTÂNCIA.
      NESTE CASO É PIOR AINDA PENSAR QUE,como não alcançamos ainda uma inteligência que nos proporcione respostas aos argumentos não respondidos por outros iguais,então lançamos teorias e mais teorias mas,tambem isso tem seu valor pois sempre virão mais e mais e continuaremos sem alcançar as respostas ao nosso pequeno cérebro.
      Chegaremos la ??
      É possivel mas temos muito a evoluir e por enquanto vamos nos contentando em ser um planeta poeira nos universos paralelos e dimensionais por nos incompreendido.
      Lembrar é bom que,
      tempo e espaço é medida material.

  • ísis:

    Com o tamanho estimado do universo sendo tão imenso, não é de se impressionar que hajam tantas galáxias espalhadas por aí.
    Apesar de estudar essas galáxias não ter nenhuma utilidade prática (é impossível explora-las até que seja desenvolvida a velocidade da dobra, se é que vamos desenvolve-la) podemos explorar os limites cósmicos e testar a capacidade dos mais potentes telescópios.

  • Tundra:

    Eita Hubble, mesmo velho continua fazendo um espetacular trabalho!

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