Conheça o verme marinho bizarro que possui cerdas douradas brilhantes

Por , em 20.07.2017

Esse é o Eulagisca gigantea, um verme marinho de 20 centímetros de comprimento que vive nas águas do Oceano Antártico.

Ele tem um corpo oval rodeado de cerdas douradas brilhantes, e dentes afiados que ficam escondidos em sua faringe.

A criatura incomum pertence a uma classe de vermes chamados de poliquetas, também conhecidos como vermes de cerdas (seu nome significa “muitas cerdas” em latim).

De acordo com o Instituto de Pesquisa do Aquário de Monterey Bay, tais cerdas têm uma variedade de usos. Por exemplo, os vermes podem as utilizar para nadar, para rastejar no chão do oceano, ou até para se defender.

Faringe retrátil

Apesar deste verme ter sido descoberto pela primeira vez em 1939, pouco se sabe sobre os seus hábitos e biologia.

O que parece ser uma “cabeça” nas imagens é na verdade uma faringe retrátil que geralmente fica alojada dentro do seu corpo, como em outros vermes marinhos poliquetas.

Quando o animal se alimenta, esta seção de sua garganta se estende para fora, a um comprimento de cerca de 5 centímetros.

Os dentes afiados sugerem que o verme é um predador que se alimenta de outros animais, ou então um “carniceiro” que se alimenta de restos no fundo do oceano.

A foto abaixo mostra um espécime encontrado no Oceano Antártico em uma profundidade de 520 a 670 metros:

Os poliquetas

Os vermes poliquetas existem em uma variedade de tamanhos e cores, e são distribuídos em uma variedade de habitats – de ambientes extremos, como aberturas hidrotermais, a piscinas de maré rasas e recifes de corais.

Os cientistas até agora descreveram 80 famílias e 8 mil espécies, mas pode haver muitos mais.

Na verdade, os pesquisadores usaram recentemente análises de DNA para estimar que deve haver mais de duas vezes mais espécies de vermes marinhos nos oceanos do que suspeitávamos anteriormente.

O E. gigantea e outros vermes marinhos parecem estranhos aos nossos olhos, mas provavelmente desempenham um papel vital nos ecossistemas oceânicos e podem nos ajudar a compreender melhor a vida nas profundezas. [LiveScience]

Deixe seu comentário!