Estes bizarros móveis robóticos se rearranjam de acordo com a sua necessidade

Por , em 27.05.2014

Criada no início dos anos 1960, a série de desenhos animados “Os Jetsons” retratava uma família do futuro, que convivia naturalmente com uma empregada robô e hologramas por todos os lados. Mesmo já tendo mais de 50 anos de idade, o desenho continua assustadoramente atual, já que a maioria dos dispositivos retratados ainda fazem parte de um futuro distante.

Porém, um grupo de cientistas suíços pode ter encontrado uma forma de nos aproximar um pouco mais desta realidade. Eles criaram blocos robóticos que poderiam unir-se para formar móveis com a habilidade de se movimentar pela casa. Chamados de “roombots”, estes mecanismos se encaixam como peças de Lego em formatos diversos. Confira no vídeo abaixo (em inglês):

A ideia de móveis ambulantes pode ser um pouco esquisita à princípio, mas os pesquisadores preveem que eles sejam utilizados para prestar assistência a pessoas idosas ou com deficiência.

Massimo Vespignani, engenheiro da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça, e coautor do estudo (que será publicado na edição de julho da revista “Robotics and Autonomous Systems”) e seus colegas acreditam que a invenção poderia, por exemplo, servir como um banco que acompanharia o idoso pela casa caso ele precise sentar-se de repente.

Blocos em movimento

Cada roombot é uma unidade completamente independente – um bloco de 22 centímetros de comprimento, que se assemelha a dois dados unidos. Com uma bateria e três pequenos motores, pode se mover em três dimensões diferentes. Além disso, o roombot também tem um conjunto de garras retráteis para que ele possa se ligar a outros bots para criar estruturas maiores, ou anexar-se a conectores que existam no ambiente.

Os blocos podem operar em um destes dois modos: mover-se ao longo de uma rede de faixas no chão ou na parede e conectar-se a outros blocos; ou desconectar-se da rede, movendo-se livremente pelo cômodo. Eles foram concebidos para serem capazes de interagir não só entre si, mas também com o mobiliário existente.

Os pesquisadores agora estão experimentando diferentes formas de controlar os dispositivos, usando tablets ou reconhecimento de fala e gestos.

Móveis do futuro?

Os robôs são ainda apenas um protótipo e a estimativa é que estejam disponíveis dentro de 20 anos. Da forma como estão, os protótipos são limitados porque não têm torque suficiente para suportar o peso de uma pessoa, e as baterias de cada módulo só duram uma hora – ainda que este último seja um problema que deve ser superado em breve. [Live Science, Engadget]

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