Estudante de 18 anos constrói submarino com US$ 2 mil

Por , em 3.06.2013

Quando você se lembra de suas conquistas e projetos da época da escola, uma planta de feijão bem sucedida crescida no algodão é o que provavelmente vem à mente, não?

Pessoas como Justin Beckerman, 18 anos, no entanto, podem colocar em seu currículo a construção de um submarino durante o Ensino Médio.

O adolescente criou o veículo aquático para uma pessoa em apenas seis meses, usando somente US$ 2 mil (cerca de R$ 4 mil). Apesar de ser feito com tubos de drenagem e tampa reciclada de claraboia, o submarino pode mergulhar a uma profundidade de quase 10 metros e já completou três submersões com sucesso.

Apelidado de Nautilus, o submarino possui tanques lastro para manter sua profundidade e equilíbrio, saídas de ar que levam oxigênio para baixo da superfície, sistema de comunicação e uma gama de sistemas de emergência, incluindo baterias reservas, uma sirene, luzes estroboscópicas, um aparelho de respiração e uma bomba para combater vazamentos.

O navio pode permanecer submerso por até duas horas e viaja sob as ondas a 2,4 quilômetros por hora.

Beckerman diz que quer usá-lo “para explorar o lago, ver peixes e talvez encontrar um pouco de história, como os canhões da histórica casa dos meus vizinhos”, que, segundo ele, foram despejados no lago durante uma reforma na década de 1960.

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Inventor prodígio

O gosto de Beckerman por invenções não é novo. “Ele tem construído coisas desde que tinha dois anos”, diz sua mãe, Jess Beckerman. “Se tentávamos ajudá-lo, apenas atrapalhávamos e bagunçávamos as coisas”.

Quando era mais jovem, Beckerman iniciou suas criações com balões e cordas, mas, com o passar dos anos, suas invenções cresceram em escala e complexidade. Na idade de 12, em vez de reclamar por ter que ajudar com as tarefas domésticas, ele desenvolveu um carro de controle remoto que esfregava o chão e passava aspirador.

O site de Beckerman é uma prova de sua enorme produtividade: uma mistura variada de máquinas, incluindo barcos, aviões, construções arquitetônicas e robôs premiados pode ser conferida.

Os materiais que ele usa em suas criações são frequentemente tecnologia aposentada vinda da família e dos amigos, ou lixo eliminado em instalações de reciclagem de eletrônicos.

O Nautilus tem reguladores e medidores de pressão vindos de uma antiga máquina de refrigerante de um restaurante que ele encontrou atrás de um shopping center. As duas baterias principais são de um brinquedo de criança, e seus alto-falantes vêm de um velho aparelho de som de carro.

Beckerman decidiu construir o submarino porque “queria ver se conseguiria”. O veículo combina aspectos de diferentes coisas que ele já tinha trabalhado no passado – o Nautilus sequer é o primeiro submarino do adolescente. Na verdade, é o seu quarto. O modelo anterior mergulhava a 1,50 metros, mas tinha uma estrutura menos robusta construída a partir de recipientes de plástico e fita adesiva. Era impulsionado por motores de Lambreta, ligados a lâminas de metal e duas baterias de 12V.

Perguntado se há algum desafio específico de ser um inventor tão jovem, Beckerman responde claramente: “Não, apenas questões de orçamento e todos os meus trabalhos escolares e outras obrigações que ficam no caminho”.

Se tivesse mais tempo e dinheiro, Beckerman diz que gostaria de continuar a adicionar características ao submarino. “Eu gostaria de adicionar uma garra robótica na frente. Gostaria de torná-lo uma coisa mais útil, de forma que a garra pudesse pegar lixo e limpar o fundo do lago”.[CNN]

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8 comentários

  • Marco Gonçalves:

    Concordo com o sr. Cesar.

    Normalmente, os pais tem papel preponderante na criatividade dos filhos.

    Se nossos professores fossem bem remunerados, com o material humano hoje desperdiçado em nossas escolas, teríamos exemplos semelhantes aqui na pindorama.

  • Jose Cassimiro Braga Cassimiro:

    São coisas como estas,que deveria haver mais incentivos,por empresários e escolas técnicas
    .

  • Jose Oliveira:

    Fico feliz em vez uma coisa dessas. Lembro dos meus tempos de garoto, construindo as mais variadas geringonças…sem qualquer dinheiro ou ajuda. Sou do tempo em que a Coca-Cola recém fora lançada no brasil. É preciso incentivar estes garotos maravilhosos e suas engenhocas. Eles são os “pais do futuro”.

  • Guilherme Euripedes:

    Caraca… que respeito hein!

    Paguei um pau.

  • Andréa Gerevini:

    Essa é a rela diferença da nossa educação e uma educação de verdade

    • GeraldoKW:

      O problema é que aqui a “inteligência governamental” insiste em seguir o modelo de Cuba.
      Resultado: segundo o próprio governo temos 75% de analfabeto funcional. Claro que neste contexto os estúpidos continuam a se eleger para governar este país.

    • Paulo José Oliveira Rosa:

      Errado, essa é a diferença de tempo e dinheiro sobrando, por lá fazer isso é legal, aqui se alguém constrói um protótipo de coisas muito mais avançadas é louco desocupado e ninguém liga a mínima

    • Cesar Grossmann:

      Acho que ele não aprendeu a fazer estas coisas na escola. A diferença aí são os pais dando oportunidade, em vez de ralhar que a criança está fazendo bagunça.

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