Experiências de quase-morte explicadas pela ciência

Por , em 15.08.2013

Um dos maiores mistérios da medicina está próximo de ser revelado. Cientistas relatam que uma onda de atividade elétrica no cérebro pode ser a responsável pelas experiências descritas por pacientes no limite entre a vida e a morte.

Um estudo realizado em ratos moribundos encontrou altos níveis de ondas cerebrais no momento da morte dos animais. Pesquisadores americanos disseram que, em humanos, isto pode dar origem a um estado elevado de consciência. A pesquisa foi publicada na revista “Proceedings of National Academy of Sciences”.

A autora principal do estudo, Jimo Borjigin, da Universidade de Michigan, Estados Unidos, conta que muita gente pensava que o cérebro, após a morte clínica, se tornava inativo ou hipoativo; ou seja, com menos atividade do que o estado de consciência. Mas o estudo conduzido pela sua equipe provou que este definitivamente não é o caso. “Muito pelo contrário, o cérebro de torna muito mais ativo no processo de óbito do que durante nossa vida rotineira”, ressalta.

De luzes brancas brilhantes e experiências fora do corpo à sensação de assistir à vida passando diante de seus olhos, os relatos das pessoas que estiveram perto da morte e conseguiram sobreviver são semelhantes em todo o mundo. No entanto, estudar este assunto em seres humanos é um desafio, e essas visões são bem pouco compreendidas.

Para se aprofundar no tema, os cientistas da Universidade de Michigan monitoraram nove ratos durante seus últimos instantes de vida. No período de 30 segundos depois que o coração do animal parou de bater, eles registraram um aumento acentuado nas ondas cerebrais de alta frequência, chamadas de oscilações gama. Estes impulsos são uma das características dos neurônios que se acredita estar relacionada à consciência em humanos, especialmente porque ajudam na ligação de informações de diferentes regiões do cérebro.

Nos ratos, esses pulsos elétricos foram encontrados em níveis muito mais elevados logo após a parada cardíaca do que quando os animais estavam acordados e bem. Borjigin afirma que é possível que esse mesmo processo aconteça no cérebro humano – e um nível elevado de atividade cerebral e de consciência pode ser a origem das visões comuns em experiências de quase-morte.

“Isso pode nos dar um panorama para começarmos a explicar estes fenômenos. O fato de os pacientes verem ‘a luz’ talvez indique que o córtex visual no cérebro está altamente ativado. E temos provas para sugerir este pode ser o caso, porque vimos um aumento das oscilações gama na área do cérebro que fica no topo do córtex visual”, explica.

“Nós observamos que houve aumento na interação entre as ondas de baixa frequência e as gama, que é conhecida por ser uma característica da consciência visual e sensação visual”. No entanto, a cientista ressalta que, para confirmar estes resultados, seria necessário um estudo realizado com humanos que tiveram a morte clínica declarada e foram ressuscitados.

Ao comentar a pesquisa, o especialista Jason Braithwaite, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, explica que o fenômeno parece ser o “último suspiro” do cérebro. “Esta é uma demonstração mais oficial de uma ideia que já existe há muito tempo: a de que, sob certas circunstâncias desconhecidas e confusas, como as experiências de quase-morte, o cérebro fica superestimulado e excitado acima da média”, diz.

“Como ‘o fogo ardente através do cérebro’, as atividades podem surgir em áreas do cérebro envolvidas em experiências conscientes, fornecendo todas as percepções resultantes de uma experiência real, com emoções e sentimentos verdadeiros”, acrescenta.

O pesquisador, no entanto, lembra que existe a limitação de que não se sabe quando, no tempo, a experiência de quase-morte realmente ocorre: talvez aconteça antes de os pacientes receberam anestesia ou em algum ponto seguro durante uma operação, bem antes de uma parada cardíaca.

“No entanto, para aqueles casos em que as experiências ocorrem próximas ao momento da parada cardíaca – ou além dela –, essas novas descobertas fornecem mais informações para revelar como o cérebro conduz essas experiências fascinantes e marcantes”.

O cientista Chris Chambers, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, considerou o estudo muito interessante e bem conduzido. “Sabemos muito pouco sobre a atividade do cérebro durante a morte, muito menos sobre a atividade cerebral consciente. Estes resultados abrem a porta para novos estudos em seres humanos”, considera.

Entretanto, Chambers acredita que é preciso ser “extremamente cauteloso” antes de se tirar conclusões sobre experiências de quase-morte em humanos. “Uma coisa é medir a atividade cerebral em ratos durante a parada cardíaca, e outra bem diferente é relacionar este fato às experiências humanas”, conclui. [BBC]

51 comentários

  • Antonio Carlos Valença de Oliveira Motta:

    Enquanto discutimos a capacidade de raciocínio, decisões e emoções baseados na matéria (que não é nada se não um condutor) e não no espírito imortal, a essência da vida, permaneceremos num círculo vicioso, debatendo limitadamente um assunto de tamanha abrangência.
    Entendo os pontos de vista determinados pela atual ciência, mas ainda caberia aceitar/investigar o que foge dela, ou seja, do que esta ciência, ainda desprovida de medidores e mecanismo eficientes para tal, ignora, apesar dos FATOS.

    • Marcelo Ribeiro:

      A ciência vive de FATOS, ama fatos, baba ao vê-los, come e processa fatos. Com sua energia gera conhecimentos. O dejeto desta deglutição é a remoção do misticismo e dogmatismo que atormenta a humanidade.

    • Cesar Grossmann:

      Se existem fatos, então ela está dentro do escopo da ciência. Mas não existem fatos ou provas da existência de alma, esta é a verdade.

      Eu cito a neurocientistas Susan Blackmore. Ela teve experiências fora do corpo e por causa disso resolveu ser cientista, para estudar isto e para abrir os olhos dos “cientistas céticos”. Só que depois de décadas tentando encontrar evidências sólidas, tudo que ela encontrou foram falhas metodológicas e fraudes.

  • PHAS:

    ‘inúmeros exemplos’ que diga-se de passagem, é uma preciosidade literária do exagero, pois devem ser apenas dois ou tres

    Então seu melhor argumento é inventar uma mentira sobre um assunto no qual sua ignorância impera e transparece a cada frase? Só pra constar, dos livros que indiquei, o que relata menos experiências (por ser de longe o mais curto e fácil de ler) é o do Harris, com 3 (já descontando estudos de caso).

    Mas vamos supor por um momento que toda a bibliografia que eu indiquei tivesse apenas “dois ou três exemplos”, como você mentirosamente afirma. Só isso já seria bem mais confiável do que todo o Hócus Pócus que você se esforçou pra inventar nessa news, sem uma gota sequer de evidência ou referências.

    Por certo, eu é que lhe devo os “parabéns”.

  • lesivini:

    É você quem deve provar que a mente possui atributos de uma entidade física. A mente não pode ser detectada nos outros, mas você possui consciência de seus pensamentos, só não pode lhes atribuir propriedades térmicas. Não sei se a mente não se enquadra na ciência, sei que ela não se enquadra na ciência atual, com suas leis e mecanismos.

  • Cesar Grossmann:

    Que evidências existem que a mente não é física? Quer dizer, se ela não é física, ela não tem atributos físicos. Se não tem atributos físicos, não pode ser detectada. Se não pode ser detectada, então não faz parte da ciência.

    Mais ainda, se não é física, então não pode ter manifestação física — pode alguma coisa que não é física ter manifestação física? Isto seria uma violação das leis da termodinâmica, até onde eu sei.

    • Wander Garcia:

      Já ouviu falar em Metafísica?

    • Cesar Grossmann:

      Sim. Metafísica é filosofia, não é ciência. O que tem a ver?

  • lesivini:

    Sim, tenho evidências em contrário, a mente não possui propriedades físicas, logo não é produto da fisiologia.

    Em forma de silogismo:

    Uma entidade com propriedades físicas é fisiológica.

    A mente não possui propriedades físicas.
    ____________________________________________________

    A mente não é fisiológica.

  • Cesar Grossmann:

    As emoções se associam a variações morfofuncionais no cérebro, mas isso não implica que a biologia seja a causa do psiquismo, é uma falácia, um erro de raciocínio dedutivo.

    E qual a razão para procurar a origem ou natureza das emoções em outro lugar? Até evidência em contrário, elas são fisiológicas. Tem evidência em contrário?

    “Não se hão de admitir mais causas das coisas naturais do que as que sejam verdadeiras e, ao mesmo tempo, bastem para explicar os fenômenos de tudo. A natureza, com efeito, é simples e não se serve do luxo de causas supérfluas das coisas.” – Sir Isaac Newton, Princípios Matemáticos de Filosofia Natural, Livro III, “Do Sistema do Mundo”, Hipótese I

    Ou, se você preferir a versão em latim (como Sir Isaac Newton escreveu), “Causas rerum naturalium non plures admitti debere, quàm quæ & vera sint & earum Phænomenis explicandis sufficiunt. Natura enim simplex est & rerum causis superfluis non luxuriat.”

  • lesivini:

    As emoções se associam a variações morfofuncionais no cérebro, mas isso não implica que a biologia seja a causa do psiquismo, é uma falácia, um erro de raciocínio dedutivo.

    É como tecer este raciocínio: as emoções possuem relação com a atividade cerebral e a atividade cerebral é um fenômeno físico, logo as emoções são um fenômeno físico. A conclusão não decorre necessariamente das premissas, a relação entre emoções e cérebro pode não ser causal.

    Ou ainda: existem variações no cérebro e essas variações se acompanham de variações emocionais, logo as variações cerebrais são a causa da variação das emoções. Ora, uma relação de causalidade não se proclama simplesmente pela ordem dos eventos como bem disse David Hume.

    Quanto ao bule de Russel, eu posso provar que ele não existe se tenho uma tecnologia que me permite escanear cada centímetro cúbico do Sistema Solar. Se não achar o bule, poderei afirmar que ele não está lá, dentro dos limites de certeza da ciência evidentemente.

  • PHAS:

    O que a ciência mostra de maneira convincente, é que a “mente”, como termo usado para representação de pensamentos, emoções e até decisões humanas, nada mais é do que um monte de interações eletroquímicas em um cérebro, interações por sua vez, totalmente dependentes de circunstâncias sobre as quais não temos o mínimo controle (como o seu genoma ou o histórico de vida determinado pela época e local do seu nascimento).

    Se a despeito de todas as evidências em contrário, você decidiu acreditar de antemão que a mente na verdade é uma entidade insondável, invisível, imortal, imaterial, e portanto desvinculada das leis da natureza, saímos então do âmbito da ciência e entramos na ceara de uma religião. Nesse caso, me abstenho da dialética, convencido de que eu não poderia dizer nada sobre a inexistência da sua “religião da mente”, do mesmo modo que você não conseguiria provar a inexistência de Zeus, Mithra, ou até mesmo o famoso bule de Bertrand Russell que – todos sabem – orbita Júpiter nesse exato instante.

  • PHAS:

    Ainda tá preso no século XVII com Descartes? As neurociências estão fervilhando de cientistas e estudos mostrando que o cérebro é um sistema físico, totalmente atrelado às leis da natureza, e temos todas as razões para acreditar que mudanças em seu estado funcional e estrutura material ditam inteiramente nossos pensamentos e ações (ou seja, sem cérebro, não há mente). Vide pacientes com danos cerebrais que perdem habilidades que vão desde a empatia até a capacidade de identificar rostos.

    E já que queria referências, segue aí:
    Who’s in charge? – Michael Gazzaniga
    Free Will – Sam Harris
    Incognito: The Secret Lives of The Brain – David Eagleman
    Networks of the Brain – Olaf Sporns
    Discovering the Human Connectome – Olaf Sporns

    Todos disponíveis na Amazon BR. Boa leitura.

  • lucianno_frss:

    A mente e alma funcionam como memoria de pen drivers ou hd’s , analogicamente falando .

  • Ademir Ramos Martins Munhoz:

    Titulo e matéria tendenciosa.
    Dizer que a ciência “explicou” o fenômeno com algumas experiências em rato é uma piada de mau gosto!
    É mais fácil acreditar que essa atividade elétrica seja um “efeito colateral” da experiência de quase morte.

    • Cesar Grossmann:

      Por que, qual o problema em usar um fenômeno que acontece em cérebros de ratos para explicar as experiências de quase morte? Eles são mamíferos, tem a fisiologia, metabolismo e a morfologia muito semelhante à nossa em vários aspectos, inclusive as mesmas reações para muitas substâncias — é por isto que são usados como cobaias em muitos experimentos.

  • Raposa Suja:

    Interessante coment´´ario Alessandra Reis.
    Informativo sobre o estudo.

  • Raposa Suja:

    Ja imaginava a falha do nosso sistema… “Simples alucinacoes”.

  • Emanuel Gomes:

    Como foi que os raios vieram contar suas EQM?

    • lesivini:

      Parece um salto lógico concluir que a excitação cerebral significa necessariamente que a EQM é uma alucinação. Em um raciocínio dedutivo, a conclusão deve ser consequência obrigatória das premissas.

  • Thiago da Costa:

    Experiência extra-corpórea da consciência? isso é invenção, nunca vai ser provado que existe isso… e outra tudo leva a crer que NÃO EXISTA!

    • Wander Garcia:

      Legal você ter usado a palavra “crer” em seu comentário:
      … e outra tudo leva a crer que NÃO EXISTA! – aqui a parte do teu comentário.
      Ou seja, crer que algo não exista, não prova a não existência do mesmo, pois não passa apenas de crença. Portanto você também cre que algo não existe, mas não tem como provar o mesmo, pois crer em algo significa supor, achar que, esperar que. Provar a existência ou a não existência de algo exige constataçoes.

    • Cesar Grossmann:

      Wander, “leva a crer” não indica que se trata de uma crença infundada, algo que se toma por fé. “Leva a crer” indica uma crença fundamentada em evidências.

      Pode trocar o “leva a crer” por “indica” que o significado permanece exatamente o mesmo: “tudo indica que não exista”.

      Argumentar baseado no significado das palavras, descontextualizando-as, não parece correto.

  • lesivini:

    A neurociência só consegue estudar a consciência indiretamente, por meio do cérebro, explorando áreas cerebrais ligadas a funções mentais e moléculas empregadas nos processos mentais. Existem sinapses e captação de oxigênio e glicose, existe um processamento cerebral toda vez que se ativa uma função psíquica.
    Entretanto, a mente não possui as propriedades da matéria, não é visível nem tangível, não sofre aumento da entropia etc. Como podem os pensamentos e lembranças serem um produto do cérebro, que é um órgão de matéria? E como podem se ligar a ele se são de natureza diferente?

    • Thiago da Costa:

      A mente é um produto da matéria! Vc pode provar que a mente não possui as propriedades da matéria?

    • lesivini:

      Sim, a mente não é visível, não é tangível, não possui massa, não ocupa lugar no espaço, não possui propriedades térmicas, não sofre aumento de entropia etc.

    • lesivini:

      Obrigado por apagarem meu post repetido, tive que corrigir erros de português.

    • PHAS:

      Ah bom, agora graças a você e todas essas suas medições, fica então provada a existência da mente!

      Só que não…

    • Cesar Grossmann:

      Lesivini, eu comparo a mente ao canto. Assim como o canto é uma atividade das cordas vocais, a mente é uma atividade dos neurônios. Há um consumo de energia nos dois casos, e um efeito externo, mas você não pinça o canto, você pode cortar a garganta de um cantor e você não vai encontrar o canto.

      O curioso disso é que o mesmo argumento, usado em relação à mente, serve para “provar” que a mente tem existência própria (“você pode abrir seu cérebro e mostrar onde fica a sua mente?”), enquanto ninguém fica preocupado em explicar o canto ou afirmar que tem existência própria.

    • lesivini:

      A analogia do canto é inadequada porque este é um som, uma energia física que recebe um nome chamado canto, não é uma entidade equivalente à consciência. Não podemos dizer que os pensamentos e as lembranças são mera energia física, existe uma substância neles que não se enquadra em conceitos científicos.

      O canto se enquadra como energia física, possui tons e amplitude, frequência de onda e efeito dopller, até mesmo equações que descrevem sua produção e relação com movimentos específicos das cordas vocais. A consciência não é descrita por equações nem se submete a fenômenos físicos como espectro de frequências, nada disso se aplica a um pensamento, um raciocínio.

      As leis da física se aplicam muito bem a fenômenos como o canto e o movimento, que são representados por substantivos abstratos, mas as pessoas confundem o caráter abstrato da palavra com o caráter abstrato da própria entidade.

      Por exemplo, um substantivo abstrato é a beleza, sabemos que é abstrato porque não possui uma imagem corpórea. O canto também é um substantivo abstrato porque podemos visualizar uma pessoa cantando, mas o canto em si não pode ser visualizado.

      Entretanto, o canto se rege por leis físicas porque na verdade não passa de um conjunto de ondas sonoras, mas não há leis físicas que descrevem a consciência. Da mesma forma, a eletricidade é um substantivo abstrato pelo que sei de gramática, mas o fenômeno eletricidade se rege por leis e equações.

    • lesivini:

      Para ser mais correto, o canto é sim uma entidade abstrata tanto quanto o substantivo canto é abstrato, mas a questão é que existe todo um conjunto de leis e equações que descrevem o canto. O caráter abstrato da consciência vai mais longe, é abstração no sentido de ser separada (abstraída( de descrições físicas.

    • Cesar Grossmann:

      “lesivini”, as afirmações sobre a consciência, de a consciência é “uma entidade”, não tem amparo empírico. Pelo contrário, se formos estudar a consciência fisicamente, ela se manifesta como a atividade dos neurônios. Não há consciência sem neurônios ativos, assim como não há canto sem cordas vocais ativas e fluxo de ar.

      E a atividade da consciência pode, sim, ser registrada – eletroencefalograma, tomografia, e você pode fazer um registro da atividade cerebral, rever este registro, etc. É um registro completo? Provavelmente não. Mas é um registro.

    • lesivini:

      Não é a atividade da consciência que pode ser registrada, é a do cérebro. Existem leis que regem entidades físicas como o movimento, podemos falar de movimento retilíneo uniforme, mas podemos falar de pensamento retilíneo uniforme? Existem leis e equações que descrevem o pensamento?

  • neutrino:

    O fenômeno em si continua sendo intrigante e creio que simplesmente a ciência dizer que existe atividade cerebral no processo do óbito não vai responder certas questões até porque o texto está dizendo que as coisas acontecem no momento do óbito e não depois.
    Mas eu quero chamar a atenção para o fenômeno em si. Uma pessoa flutuar por cima do próprio corpo e dizer que assistiu a os acontecimentos na sala, com um expectador é bastante curioso, ate pelo fato da pessoa estar diagnosticada como clinicamente morta.
    Há relatos registrados de pessoas cegas, que nunca enxergaram e numa eqm elas conseguem ver nitidamente.

    Fora os pesquisadores sérios, que estudam a projeção da consciência que dizem ser a experiência fora do corpo um processo bastante natural e comum.

    • Thiago da Costa:

      tudo papo furado… na usp, unicamp já tentaram confirmar isso que vc falou, colocando imagens, fotos e objetos em cima do leito das pessoas em coma… e curiosamente, depois disso, pararam com os relatos de “corpos flutuando”… estranho ne?

    • Raposa Suja:

      Toma um chazinho.

  • JOTAGAR:

    Fico mais tranquilo agora com a explicação cientifica para EQM, embora a pesquisa ter sido feita com apenas 9 ratos de laboratório.
    Imagine que coisa terrivel nossa consciencia sobriviver a morte física? Mais asssombroso ainda: Encontrar entes queridos falecidos, pais, avós, filhos em outra dimensão..tô fora.
    Espero que logo tenham uma explicação lógica e também cientifica para as experiências extra corporeas que relatam fielmente procedimentos de ressucitação, lugares, objetos, pessoas, etc. Só assim morro tranquilo.

    • Cesar Grossmann:

      Ah, a ironia e o sarcasmo… É duro ter que enfrentar os seus dogmas sendo questionados pela ciência, não é? Melhor recorrer à ironia e ao sarcasmo, e tentar ridicularizar a ciência, em vez de levar o assunto a sério e tentar compreender o estudo, seu objetivo, método, resultados e conclusões…

      Sobre a experiência “extra-corpórea”, é incrível como o estímulo do giro lateral esquerdo do cérebro produz instantaneamente a sensação de estar flutuando sobre a sala. Será que é uma chave de liga-desliga para a experiência “extra-corpórea”, ou é a porta de saída da “alma”?

      Eu tenho uma pergunta, quem nunca viu um procedimento de ressuscitação e nunca viu uma sala de emergência (nem em televisão, nem ao vivo, nem em fotos) é capaz de descrever a sala e os procedimentos? Sei que uma médica colocou um letreiro eletrônico sobre um armário em uma sala de emergência (local onde ocorrem boa parte das experiências “extra-corpóreas”), que escreve palavras aleatoriamente, mas fora do campo visual de todo mundo da sala. Ninguém que disse ter “flutuado perto do teto” jamais relatou ter visto o tal letreiro eletrônico. Parece que conseguem descrever com nível de detalhe impressionante o que está acontecendo na sala, desde que esteja no campo de visão de quem está deitado ou então que faça parte da rotina, que pode ser vista em qualquer programa de TV que trate de salas de emergência…

    • Raposa Suja:

      Seria uma gentileza do acaso que algu´´em como voce fosse desligado feito um boneco. Afinal, pra que consci^^encia ap´´os a morte… Afinal, o que estamos fazendo aqui?????

    • Cesar Grossmann:

      Não levo muita fé no que o Sam Parnia faz, ele não é um neurologista, a especialidade dele é outra. De qualquer forma, quem é que controla o rigor metodológico com que são entrevistados os pacientes que sofreram parada cardíaca?

      “— O senhor sentiu como se estivesse flutuando perto do teto, e se viu enquanto estava lá?”

      “— Sim (eu tive uma parada cardíaca, todo mundo espera que eu tenha tido uma experiência fora do corpo, então vou responder que sim).”

      “— E quando estava lá, conseguiu ver a placa com o desenho do Bob Esponja que a gente colocou sobre o armário?”

      “— Sim (hã? er… bom, já que eles dizem que eu tive uma OBE, deve ser verdade que eu vi o Bob Esponja em cima do armário… lugar estranho para colocar o Bob Esponja).”

      Pimba, mais um caso positivo, cheque-mate, atels. Só que não…

    • Cesar Grossmann:

      Alessandra, eu sei de uma neurologista que entrou para a faculdade acreditando piamente em experiências fora do corpo, e entrou decidida a demonstrar contra os céticos sarcásticos do mundo inteiro que se trata de um fenômeno real. Depois de várias décadas investigando o assunto com rigor, encontrou um monte de fraudes, erros metodológicos, e nenhuma OBE. O nome da neurologista é Susan Blackmore, uma pessoa cativante e inteligente, cujo trabalho pode ser conferido no site dela, sugiro uma leitura atenta dos artigos que ela colocou lá: http://www.susanblackmore.co.uk/

      Sobre o AWARE, eu nunca ouvi falar do mesmo. Quais são as instituições e os profissionais que estão participando? Quem está financiando? Como são os protocolos? Quais as universidades e faculdades que estão participando? Quem determinou a metodologia?

      É certo que a maioria não relatou sobre tê-las visto mas a comunidade espírita diz que o momento da experiência pós morte é uma experiência muito extraordinária para uma pessoa, o que não deixaria margem para ela dar atenção a detalhes do ambiente como placas com símbolos.

      Já estão inventando hipóteses ad-hoc para explicar resultados negativos… Se é assim, então como é que vão provar que aconteceu alguma coisa? Se o indivíduo pode ver ou não? Eu já vi um cara dizendo que quando ele está em OBE, ele às vezes vê o que não está lá e não vê o que está, então como ele pode saber que não estava alucinando? Não tem como, não há um teste objetivo para provar isso, para cada resultado negativo lá vem uma explicação “ad hoc”. Mais um pouco e vão vir com a única explicação verdadeira, “não funciona com céticos”.

    • Cesar Grossmann:

      pessoas como o senhor Cesar Grossmann, sempre vão se apegar aos casos com resultados duvidosos ou vai se apoiar nos depoimentos de Susanblackmore, quando há vários outros depoimentos que apontam em outra direção.

      Ora, ora, ora, “pessoas como o senhor Cesar Grossmann”… Quer dizer que se um cientista encontra resultados positivos, e outro encontra falhas metodológicas nos resultados positivos, quem aponta o primeiro cientista é uma pessoa inteligente e sensível como o B., e quem aponta as falhas metodológicas é uma “pessoa como o senhor Cesar Grossmann”…

      Sabe como se chama isto? Não é ceticismo, é crença, é fé, é religião. É o oposto da investigação com mente aberta, é abraçar as conclusões que estão de acordo com as suas crenças, negando autenticidade e legitimidade às críticas, começando por tentar desqualificar AS PESSOAS, “como o senhor Cesar Grossmann”. Diga logo o que pensa destas “pessoas”, mostre sua verdadeira cara, não fique na sugestão.

      Ter contato com o metafísico será sempre uma experiência pessoal e intransferível.

      O que não implica que se trate de uma realidade tangível. Aliás, é prova que se trata de um produto da mente, e não de uma realidade externa a ela. A realidade subjetiva é construída pelo cérebro a partir dos estímulos externos e também de sua própria atividade, e o cérebro é feito de neurônios, células que não são à prova de erros, pelo contrário. Em experimentos de privação de sentidos o cérebro começa a alucinar e inventar os próprios estímulos, criando sons e luzes QUE NÃO ESTÃO LÁ. A experiência é real, a pessoa realmente sente, ouve e vê coisas, mas não é causada por um fenômeno externo.

      Mas isto é coisa que só “certas pessoas” sabem. Os “iluminados” acham que se trata de possessão, ou comunicação com espíritos, ou espíritos brincalhões, ou então qualquer outra coisa (a miríade de explicações inquestionáveis que inventam é de assombrar).

    • Cesar Grossmann:

      tentativas de colocar a ciência quântica no mundo da lógica materialista é claramente um absurdo.

      Acho que eu me perdi aqui. A “ciência quântica” (conheço por mecânica quântica ou física quântica, e espero que estejamos falando da mesma coisa) trata de entidades físicas, e usa a lógica da ciência. As conclusões da MQ, por mais paradoxais ou absurdas que pareçam, seguem rigorosamente o método científico. O teleporte de partículas, o emaranhamento quântico, e outros fenômenos, são comprovados em testes de laboratórios que são 100% materialistas.

      Já as alegações dos espiritualistas é feita só com base em raciocínios e metáforas de valor duvidoso, em falácias e erros de lógica e, principalmente, sem qualquer comprovação em laboratório.

      Examinando estes fatos simples, quer me parecer que você entrou em contradição ou está em contradição com os fatos.

      Eu repito, a MQ não oferece nenhum suporte, seja teórico, seja empírico, para as alegações especiais de quem quer atrelar consciência com os fenômenos quânticos.

  • luysylva:

    A consciência existe unicamente como resultado de correlações da matéria. Essa hipótese é a sustentada atualmente pela ciência, e se for verdadeira, a vida cessa de existir no momento da morte.
    A consciência não tem origem física, apenas usa o corpo como instrumento para se expressar. Se esta hipótese for verdadeira, certamente há uma existência de consciência após a morte e provavelmente antes da morte, também, o que induziria às tentativas de validação da reencarnação. É a adotada na Doutrina Espírita, por exemplo.
    A consciência tem uma origem física não identificada. Essa matéria física não identificada carrega toda a experiência de vida do ser humano a qual pertenceu, e continua viva após da morte física do corpo. Se esta hipótese for verdadeira, esta explicação validaria os acontecimentos supernaturais ocorridos no espiritualismo e êxtases em cultos de neopaganismo.

    • Raposa Suja:

      Acho mais sensata a id´´eia.

    • Cesar Grossmann:

      Ah, a mecânica quântica novamente para salvar os místicos da sua miséria na hora de explicar como uma consciência incorpórea, imaterial e que não é uma energia afeta a matéria e a energia…

      Cuidado com o charlatanismo quântico… Ops, é um artigo que está em um site de ateus, deve ser mentira…

    • Cesar Grossmann:

      Não é energia por que não tem características de energia. Mesmo não sabendo o que uma coisa é, podemos determinar que algumas coisas ela não é.

    • Cesar Grossmann:

      Alessandra, existem os cientistas e existem os místicos que se apropriam de palavras usadas pelos cientistas para seus propósitos. A mecânica quântica é uma área de investigação científica sobre a matéria e a energia, não sobre a consciência e coisas como a “alma”.

      Sobre os cientistas entrarem em contradição, eles também entram em consenso. E, mesmo o consenso sendo comprovado errado mais tarde, não cabe a um leigo como eu questionar e rejeitar o consenso dos especialistas — se os especialistas podem errar, quanto mais um leigo.

      O problema é que aqui os leigos acham que sabem mais que os especialistas. Pior, para alguns aqui, basta a pessoa dizer que fulano estudou o assunto durante décadas para que, na cabeça daquelas pessoas, o fulano seja um zero à esquerda em relação ao assunto, o que é um paradoxo, contraditório. Como assim, depois de estudar um assunto você fica sabendo MENOS sobre ele? É absurdo e ilógico.

  • André de Sá:

    Nem todos os animais tem Alma, logo não é possível fazer esse tipo de experiência com Ratos e tirar conclusões sobre nós humanos. Portanto na minha opinião essa experiência não tem qualquer importância. É uma grande perda de tempo! Somos feitos de corpo e Alma, alguns animais também são, como gato, cachorro, macaco… mas um rato? eu hein…

    • Raposa Suja:

      Essa pessoa ´´e doente mental.

  • Dante Ramon:

    Quero ver como eles vão explicar os casos de percepções extrassensoriais relatado com precisão daqueles que tiveram a EQM e outros detalhes.

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