Físicos criam menor unidade de armazenamento de memória – um núcleo de átomo

Por , em 28.12.2010

Mais uma conquista da física: cientistas conseguiram armazenar informações por cerca de dois minutos dentro dos “giros magnéticos” dos núcleos atômicos, o que poderia ser a menor memória de computador do mundo.

Esse é considerado um grande avanço na spintrônica, ou magnetoeletrônica, que envolve o armazenamento de dados na bússola magnética das partículas atômicas. Normalmente, os dados são armazenados no spin dos elétrons, mas a vida da memória é na escala de microssegundos.

Dessa vez, os pesquisadores armazenaram os dados no núcleo de maior duração do átomo. Os físicos mapearam o spin eletrônico de elétrons que orbitavam átomos de fósforo adicionados a um semicondutor de silício.

A equipe usou uma frequência parecida com a de ondas eletromagnéticas para dar um spin a elétrons específicos. Em seguida, eles utilizaram as ondas de rádio de FM para “escrever” sobre o spin dos núcleos de fósforo.

Após 112 segundos, a rotação foi mapeada de volta para um elétron, para ser lida eletricamente. A equipe usou dados binários clássicos (0 e 1) ao invés de dados quânticos. Mas o método poderia ser usado tanto em computadores convencionais como quânticos.

Dois anos atrás, outro grupo de pesquisa realizou armazenamento de dados quânticos por dois segundos dentro de núcleos atômicos, mas não conseguiu lê-los eletronicamente. Segundo os pesquisadores, o tempo maior é mais adequado para criar memória spintrônica para computadores.

Há apenas um problema na nova pesquisa: o computador opera em -250 graus Celsius, e requer um campo magnético cerca de 200 mil vezes mais potente do que o da Terra. O próximo passo seria descobrir como realizar a mesma tarefa em temperaturas mais altas e campos magnéticos mais fracos. [POPSCI]

7 comentários

  • ENAX:

    O grande desafio para diminuição do tamanho dos supercomputadores é realmente achar meios de gravar informações em espaços cada vez menores, mas isso só vai realmente ter resultado prático bom quando não exigir temperaturas muito baixas e nem processos caros de fabricação. Logo, experimentos a 250ºC negativos deveriam ser descartados, não levam a nada. Usar laser ou outros meios que aumentam o tamanho e a complexidade também é perda de tempo. A ciência deveria focar naquilo que realmente pode trazer resultados práticos…

  • Rodrigo:

    PenDrive de 32 Terabytes?
    32 TERABYTES?
    Meu Filhoo,não da pra montar um servidor num pendrive, e nem tem como vc armazenar a internet toda offline no seu pendrive u.u

  • alessandro antonio:

    quero ver a Kingston fazer um pendriver desse de 32 terabytes 😀

  • Rodrigo Paim:

    Esses estudos marcarão uma nova era da informática

  • Leo Lima:

    Acho curioso quando alguns dizem “que prefeririam viver em outra época, que antigamente era melhor etc”. Somos privilegiados por presenciar tantas descobertas fantásticas, tanto desenvolvimento tecnológico. Vivemos numa época excepcional !!!

  • FRAN:

    sem comentário para o esse comentário………

  • Criancinha:

    Será que o armazenamento da memória humana é tão pequena quanto?

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