6 coisas bizarras que já aconteceram na Terra

Por , em 22.07.2015

Na ficção científica, planetas alienígenas são povoados por criaturas bizarras, cheios de ambientes intensos e mais fantasticamente coloridos do que uma escola de samba. Esse tipo de coisa quase chega a fazer a Terra parecer meio chata e monótona. Mas, especialmente se você analisar a história da Terra, pode descobrir que esse verdadeiro jardim que habitamos já foi bem mais hostil.

A história da Terra e o filme que a gente queria ver:

6. Antes das árvores, havia florestas de fungos

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Voltando no tempo cerca de 400 milhões de anos, não encontraríamos nenhuma floresta, mas isso não significa que não havia nada para preencher esse buraco na natureza. Antes das árvores, a Terra estava coberta de “florestas” de cogumelos de 6 metros de altura.

Como sabemos disso? Em 1859, no Canadá, arqueólogos encontraram fósseis de que eles acreditavam ser troncos de árvores antigas. Não foi até 2007 que finalmente foi confirmado que as “árvores” eram na verdade fungos. O organismo, chamado Prototaxites, chegava a medir mais de 7 metros de altura e compunha uma paisagem que mais parecia uma fase de Super Mario Bros do que a Terra moderna.

E os Prototaxites não ficavam apenas no Canadá. Caçadores de fósseis desenterraram o cogumelo titânico por todo o mundo, sugerindo que ele era provavelmente a maior forma de vida terrestre num momento em que a vida animal era nada além de micróbios e vermes.

Depois que as plantas aprenderam a se defender e pararam de sofrer bullying dessas micoses supernutridas, elas começaram a evoluir troncos e monopolizar os recursos que os Prototaxites precisavam para crescer, vencendo a corrida pela dominação do mundo vegetal.

5. O mundo antigo era povoado por insetos gigantes

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Se você está pensando em usar uma máquina do tempo para voltar para o período Carbonífero, uns 358 milhões de anos atrás, não esqueça de colocar na mochila, no mínimo, um facão e um saco de veneno.

Durante essa era, os níveis de oxigênio na atmosfera eram até 15% mais elevados do que são hoje, graças a uma abundância repentina de vida vegetal. Isso teve um impacto incrível sobre os tipos de animais que foram capazes de surgir.

O tamanho dos insetos de hoje, por exemplo, é limitado apenas pela quantidade de oxigênio a que eles estão expostos. O nosso nível de oxigênio de 20 a 21% significa que subimos numa mesa quando vemos qualquer baratinha minúscula. No Carbonífero, você teria que lidar com escorpiões do tamanho de cachorros, lagartas que você poderia confundir com sucuris e libélulas que poderiam brigar com um albatroz.

Combinado com o fato de que predadores, como aves e répteis, estavam a milhões de anos de distância evolutiva, as condições ambientais significavam, basicamente, que os insetos poderiam crescer até escalas assustadoras. Mas havia outro efeito colateral deste ambiente com tanto oxigênio – o mundo basicamente pegava fogo o tempo todo.

Como o fogo é basicamente o que acontece quando você adiciona oxigênio e calor, não demorou muito para incêndios começarem a tomar o período Carbonífero, varrendo florestas constantemente por todo o globo. Especula-se, inclusive, que toda essa fumaça fazia com que o céu tivesse uma cor marrom escura permanente. Ou seja, se a sua viagem no tempo desse certo, você iria parar num mundo escuro, tomado por insetos gigantes e flamejantes.

4. O planeta era roxo

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Cerca de 3 ou 4 bilhões de anos atrás, a Terra era o que poderíamos chamar de fabulosa, já que uma hipótese diz que o planeta teria sido roxo. O motivo para que muito da Terra pareça verde quando vista de cima é as nossas plantas, que, por sua vez, só são verdes por causa de sua clorofila. Mas as plantas nem sempre usaram clorofila; nas primeiras fases da vida na Terra, um produto químico diferente era muito mais presente: o chamado retina, que é roxo.

Cientistas acreditam que, por algum tempo, os organismos de cor roxa podem ter sido tão numerosos no planeta que tudo por aqui parecia a casa dos sonhos do Prince.

3. Duas luas

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Há um atalho muito frequentemente usado em filmes de ficção científica: se você quer mostrar rapidamente que seu herói ou heroína não está mais no nosso planetinha, basta que olhe para o céu e veja duas luas. É uma das coisas mais estranhas que podemos imaginar.

A nossa lua tem dois lados, o que vemos e o que não vemos – o famoso “lado distante da lua”, que não apenas deu nome ao famoso disco do Pink Floyd, mas também está presente em muitos outros momentos da nossa cultura pop e teorias da conspiração. O lado distante tem uma crosta muito mais espessa e uma superfície mais variada.

Os cientistas têm se perguntado há muito tempo como as duas metades poderiam ser tão diferentes geologicamente, e uma teoria sugere que, em algum momento no passado distante, a Terra tinha duas luas. Essa fase teria durado uns 80 milhões de anos antes que os dois corpos celestes ficassem presos na gravidade um do outro e se chocassem.

2. Impactos gigantescos de asteroides criaram chuva de ferro

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Filmes de fim do mundo de Hollywood querem nos fazer crer que um impacto de um asteroide poderia acabar com toda a vida na Terra como a conhecemos. Mas a vida é muito mais resistente do que uma pedrona espacial. Na verdade, houve um tempo em nosso planeta que antigas formas de vida tiveram de suportar impactos frequentes de meteoros tão grandes ou maiores do que aquele que matou os dinossauros. Aproximadamente entre 4,5 a 3,5 bilhões de anos atrás, a Terra era jovem e era constantemente bombardeada com rochas – algumas tão grandes quanto planetas pequenos.

Esses eventos que alteram o planeta eram tão regulares quanto a chuva – que, na época, era feita de ferro fundido. Isso porque os enormes impactos geravam calor suficiente para vaporizar metais como ferro, ouro e platina, que teriam ascendido para a atmosfera como uma espécie de vapor metálico. E uma vez que o que sobe tem que descer, a Terra primitiva passaria por chuvas de metal.

Ainda assim, as formas de vida primitivas levavam esta e outras calamidades como parte do cotidiano. É o tipo de coisa que coloca os problemas humanos em uma perspectiva totalmente nova.

1. A vida pode ter se originado em Marte

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Você pode se perguntar: “Por que os cientistas gastam tanto dinheiro à procura de vida em Marte, quando eles poderiam nos dar teletransporte ou hoverboards?”. Uma das razões é que, diante de tudo o que sabemos sobre a vida, parece muito mais provável que ela tenha se originado em Marte do que aqui.

Bilhões de anos atrás, o ambiente em Marte era, na verdade, mais hospitaleiro do que na Terra. A vida precisava de uma grande quantidade de oxigênio para se formar, mas ele era relativamente escasso aqui – enquanto Marte o tinha de sobra. Além disso, a vida precisava dos elementos molibdênio e boro, os quais também existiam aos montes em Marte, mas não tanto na Terra.

Assim, alguns cientistas acreditam que a vida foi gerada em Marte, numa era muito distante, bem antes de ele se tornar um deserto inóspito, e veio para a Terra quando alguns micro-organismos resistentes pegaram carona em meteoros. [Cracked]

1 comentário

  • Narciso L. Junior:

    Sendo os fungos autótrofos o que nutria essas florestas de fungos

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