A incrível capacidade de autocura das bolhas de sabão

Por , em 4.06.2014

Você sabia que uma bolha de sabão é capaz de se “autocurar”?

É possível jogar gotas de água na bolha, que a perfuram, e mesmo assim ela vai se recompor, como se fosse um objeto sólido. A física explica por quê.

Para entender como algo tão frágil possui tal capacidade extraordinária, precisamos do efeito Marangoni.

O efeito explica a tendência das moléculas em um fluido de se afastar de líquidos de baixa tensão superficial, e se aproximar de líquidos com alta tensão superficial.

O sabão reduz a tensão superficial na água. Esta é parte da razão pela qual as bolhas de sabão podem se formar. Se você conseguir de alguma forma organizar moléculas de água em uma bolha de sabão, mas não adicionar qualquer sabão, as moléculas de água puxariam umas às outras com força suficiente para desmoronar toda a bolha.

Numa bolha de sabão, a proporção de sabão e água não é homogénea. Alguns lugares têm um pouco mais de sabão do que outros. Assim, os locais com mais água têm uma tensão superficial mais elevada. As moléculas se reúnem lá e, conforme fazem isso, trazem mais moléculas de sabão para a mistura.

Enquanto isso, lugares com muito sabão se esticam até que as moléculas finamente dispersas comecem a se reunir novamente.

Dessa maneira, a estrutura da bolha de sabão se torna “autoestabilizadora”. Ao participar desse “cabo de guerra”, a bolha adquire uma capacidade incrível de “se curar”, ou seja, de retornar a um estado de equilíbrio sempre.

Em resumo, quando uma gota passa pela bolha, apenas despeja uma grande quantidade de água em uma parte de sua superfície, o que faz com que toda a bolha se una em torno dessa parte. O sabão corre para lá, mantendo a bolha intacta. [io9]

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