Minúsculo e completo: cientistas criam menor computador do mundo

Por , em 24.02.2011

O menor computador do mundo foi lançado recentemente. Os pesquisadores afirmam que ele é o primeiro sistema de computação completo em escala de milímetros – o aparelho tem o tamanho da letra “N” nessa frase.

O sistema é voltado para aplicações médicas. O protótipo é um monitor implantável de olho que acompanha continuamente o progresso de pacientes com glaucoma, doença potencialmente cegante.

Em um pacote que é um pouco mais de um milímetro cúbico, o sistema possui um microprocessador de baixa potência e um sensor de pressão, uma memória, uma bateria de filme fino, uma célula solar e um rádio sem fio com uma antena que pode transmitir dados a um leitor externo.

O processador é intra-ocular e tem consumo de energia extremamente baixo – faz medições a cada 15 minutos e consome uma média de 5,3 nanowatts. Para manter a bateria carregada, ele exige a exposição a 10 horas de luz interior ou 1,5 horas de luz solar a cada dia. O dispostivo pode armazenar até uma semana de informação.

Embora o sistema minúsculo seja completo, não se comunica com outros dispositivos como ele. Isso é uma característica importante para qualquer sistema direcionado para redes de sensores sem fio. A chave para esta unidade se ligar com outros computadores para formar redes sem fio é um rádio compacto que não necessita de ajuste para encontrar a frequência correta.

Vamos ser um pouco nerds agora: a Lei de Moore diz que o número de transistores em um circuito integrado dobra a cada dois anos, praticamente dobrando o poder de processamento. A Lei Bell diz que uma nova classe de computadores menores e mais baratos vem a cada década.

Com cada nova classe, o volume diminui por duas ordens de grandeza e o número de sistemas por pessoa aumenta. A lei tem sido mantida desde os computadores gigantes de 1960, até computadores pessoais (pcs) de 80, os notebooks de 90 e os smartphones de hoje.

O próximo grande desafio é conseguir sistemas em escala de milímetros que têm uma série de novas aplicações para o monitoramento de pessoas (e suas partes do corpo), ambientes e edifícios.

Tal dispositivo só deve estar disponível comercialmente daqui a alguns anos. Segundo os pesquisadores, no futuro esses computadores poderiam rastrear poluição, monitorar a integridade estrutural, executar fiscalizações, ou tornar praticamente qualquer objeto inteligente e rastreável. [LiveScience]

8 comentários

  • Renato Cyrne:

    pena que nao vem com monitor.. haha

  • mauro:

    um passo a mais para os portadores de glaucoma,
    alguem ai quer q seja so para hiv e cancer os avanços
    da medicina, mas outras doenças tambem merecem ser pesquisadas, um abraço

  • Bravo Neto:

    Muito bom para a medicina.

  • Nike:

    bom, mais ainda acho q se tivessem pesquisadores a mais em procura da cura da aids ow do cancer compensaria mais que um computador de 1 milimetro…

  • Sarte:

    Será que cabe o windows nele?

  • Tatá:

    Um pequeno dispositivo, mas um grande avanço pra ciência.

  • Comentário ruim:

    Nossa, ele é pequeno mesmo.

    • bruna:

      ele e tao piquinininho

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