Obesidade e gravidez: mitos e verdades

Por , em 3.01.2012

Ironicamente, apesar das calorias, muitas mulheres obesas são deficientes em vitaminas importantes para a gravidez. Esse é um dos fatos que surgem quando o assunto é a relação entre obesidade e gravidez. Juntos, representam uma situação de desafio para a mulher e os médicos.

Os seguintes mitos e verdades salientam alguns tópicos esperados e outros surpreendentes, que devem ser levados em conta antes, durante e depois da gravidez.

“Eu trato pacientes obesas todas as horas, e mesmo que as coisas não saiam exatamente como previstas, elas podem ter uma gravidez saudável”, afirma a médica e pesquisadora Loralei L. Thornburg, que se especializou nesse tipo de situação. “Mesmo que seja possível ter uma gravidez com qualquer peso, as mulheres precisam entender os desafios que ele coloca e serem parceiras no próprio cuidado, conversando com o médico sobre a melhor forma de aperfeiçoar sua saúde e a do bebê”.

E então: mito ou verdade?

Muitas mulheres obesas são deficientes em vitaminas

Verdade

40% são deficientes em ferro, 24% em ácido fólico e 4% em B12. Isso é preocupante porque certas vitaminas, como o ácido fólico, são muito importantes antes da concepção, reduzindo, por exemplo, os riscos de problemas cardíacos nos fetos. Outras vitaminas, como o cálcio e o ferro, são necessárias durante a gravidez para ajudar no crescimento dos bebês.

Thornburg afirma que a deficiência em vitaminas tem a ver com a qualidade da alimentação, e não a quantidade. Mulherem obesas tendem a não comer cereais, frutas e vegetais, e abusar de alimentos processados, que são ricos em calorias, mas pobres em valor nutricional.

“Como todo mundo, mulheres que estão considerando uma gravidez ou estão grávidas devem comer uma boa mistura de vegetais e frutas, proteínas magras e carboidratos de boa qualidade. Infelizmente, essas não são as opções de quem come com exagero”, aponta Thornburg. “As mulheres também precisam garantir que estão ingerindo vitaminas com ácido fólico antes e durante a gravidez”.

Pacientes obesas precisam ganhar pelo menos sete quilogramas na gravidez

Mito

Em 2009, o Instituto de Medicina americano revisou suas recomendações para ganho de peso gestacional em mulheres obesas, de “pelo menos sete” para “cinco a nove quilogramas”. De acordo com pesquisas passadas, mulheres obesas que ganham muito peso durante a gravidez têm um grande risco de complicações, incluindo nascimento prematuro, falha na indução de parto e bebês com baixo nível de glicose.

Se uma mulher começa a gravidez acima do peso ou obesa, não ganhar muitos quilos pode aumentar a chance de uma gravidez saudável. A chave, para Thornburg, é conversar com o médico sobre o peso adequado para a gravidez.

O risco de nascimento prematuro espontâneo é maior em mulheres obesas

Mito

Mulheres obesas têm mais chance de dar à luz crianças prematuras – por razões médicas, como diabetes maternal ou pressão sanguínea alta. Mas, paradoxalmente, o risco de prematuros espontâneos – quando a mulher entra em trabalho de parto por uma razão não conhecida – é 20% menor do que em mulheres não obesas. Não há explicação estável para isso, mas Thornburg afirma que a ideia dominante é que o fato é relacionado com mudanças hormonais em mulheres obesas, que talvez diminuam o rico desse tipo de parto.

Doenças respiratórias da obesidade – incluindo asma e apneia do sono – aumentam o risco de complicações durante a gravidez, como necessidade de cesariana e pressão sanguínea alta

Verdade

Mulheres obesas têm maior frequência de complicações respiratórias, e cerca de 30% passam por um aumento da asma durante a gravidez, um risco quase 150% maior do que nas não obesas. De acordo com Thornburg, complicações respiratórias representam apenas um pedaço do quebra-cabeça que é a falta de saúde na obesidade, que aumenta a chance de problemas na gravidez. Ela salienta a importância de manter a asma e outros problemas respiratórios sob controle antes de ficar grávida.

Níveis de amamentação são grandes entre mulheres obesas

Mito

Os níveis de amamentação são pobres entre as obesas, com apenas 80% iniciando amamentação e menos de 50% continuando por mais de seis meses, mesmo ela sendo associada com redução de peso pós-parto. A amamentação também deve ser encorajada pelos benefícios à mãe e ao bebê.

Thornburg comenta que pode ser complicado para uma mãe obesa amamentar. Geralmente demora mais para o leite chegar e elas podem ter uma produção menor (o tamanho do peito não tem nada a ver com a quantidade de leite produzida).

Nascimentos prematuros podem resultar em separações maiores entre a mãe e o bebê. Isso, em conjunto com o nível maior de complicações maternais e cesarianas – mais de 50% em alguns estudos – pode tornar difícil a amamentação.

“Por causa desses desafios, as mães precisam ser educadas, motivadas e trabalhar com seus médicos, enfermeiras e profissionais, para dar o melhor de si na amamentação. Mesmo que você possa amamentar apenas parcialmente, ainda é melhor do que nada”, diz.[ScienceDaily]

8 comentários

  • Gleice Henriques:

    Qual o melhor parto para as mamães acima do peso, normal ou cesário ?

  • Rafael:

    Eu acho que alem de redusir o espaço interno por causa do ecesso de gordura, elas robam maior parte da proteina que serveria para o bebe e as que são transformada no leite, levando a aumentar o seu peso.

    • Gracy:

      Isso é mentira! Qd eu engravidei, eu tinha 100kg (meço 1.73m) e procurei um nutrólogo pra me acompanhar na gravidez. O único problema que dificulta a gravidez, no meu caso, é a coluna que fica muito sobrecarregada e eu tenho quatro vértebras deslocadas.
      O problema na nossa sociedade hoje é achar que tooooodo mundo tem que ser magérrima, esquecendo que cada pessoa tem um biotipo diferente…

    • Rodrigo:

      NOSSA VC SABE MTO BEM NÉ (RAFAEL)
      AXO Q SUA MÃE DEVE TER ARRANCADO TODA SUA PROTEINA POR ISSO Q VC TA FALANDO MAU DAS MULHERES FOFINHAS.. AS PESSOAS QTO HOMENS OU MULHERES SER GORDO NÃO É DOENÇA…BLZ… APRENDA QUE GORDO TBM É GENTE…

      … POIS SUA ESPOSA VAI SER GORDINHA VIU… DEUS TARDA MAIS NÃO FALHA … A NÃO SER Q ELE TI MANDA UM HOMEM NO LUGAR DE UMA LINDA MULHER…

      FICA A DICA AI PRA VC BOBÃO

  • ísis:

    Sem nenhuma dúvida, a obesidade é prejudicial às mulheres (e homens) de qualquer modo, mas na gravidez é pior ainda. Nessas situações o melhor para as mulheres seria conversar com o médico sobre alguma dieta especial para aumentar o consumo de vitaminas, minerais e etc, não para perder peso que seja benéfica ao feto.

    • Gracy:

      Foi o q eu disse acima, na época, procurei um nutrólogo, até pq nos primeiros meses eu emagreci 9kg por causa dos enjoos… E é uma coisa a ser pensada, os enjoos frequentes e a falta de apetite nos primeiros meses é que fazem mal, até pq são nos primeiros meses que a parte neurológica da criança está sendo formada. É por isso que os médicos mandam tomar o ácido fólico e outras vitaminas (qd necessárias) qd a mulher começa a fazer o pre-natal. Aliás, o que ocasiona problemas no feto e na mulher durante e após a gravidez é um pre-natal mal feito ou não realizado. O peso é secundário, ele torna a gravidez perigosa por causa da diabetes na gravidez, problemas de coluna e tendões (como no meu caso).

    • Marcos:

      Ser obeso é normal quando a pessoa tende a ser obesa e ponto. Não é doença. cada um tem um peso. Peso ideal é ideia de quem quer ganhar dinheiro incomodando seu senso.

      Povo influenciavel pela midia de massa.

    • helida:

      isso mesmo

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