Modéstia masculina não é bem vista durante entrevista de emprego

Por , em 3.08.2010

Já passou um pouco da época em que a música do The Village People passava uma mensagem clara: que os homens deveriam ser “machos”. Quem não conhece o trecho: “Macho, macho men”? Será que essa mensagem continua verdadeira?

Pesquisadores exploraram as consequências para homens e mulheres quando eles agiram modestamente em entrevistas de emprego. Os dois sexos foram julgados igualmente competentes, porém os entrevistadores gostavam menos de homens modestos, um sinal de retrocesso social.

A modéstia era vista como um sinal de fraqueza, um traço de caráter de baixo status para homens. Isso poderia afetar adversamente a sua empregabilidade e potencial de ganhos. A modéstia nas mulheres, no entanto, não era vista negativamente nem era ligada a status.
Segundo os investigadores, as mulheres não devem ser dominantes. Histórica e culturalmente, os homens têm sido estereotipados como mais agentes, ou seja, mais independentes e auto-centrados do que as mulheres.

No estudo, candidatos homens e mulheres fizeram uma entrevista de emprego para uma posição neutra quanto ao gênero, porém que exigia fortes habilidades técnicas e sociais. Todos os candidatos eram atores pagos que ensaiaram para simular respostas modestas.

Os investigadores procuraram determinar qual estereótipo de gênero promoveu uma reação por parte do entrevistador. Segundo eles, as mulheres podem ser fracas, mas esta característica é altamente proibida em homens. Já o domínio é reservado para homens e proibido para as mulheres. Assim, os estereótipos de gênero são compostos por conjuntos de regras e expectativas de comportamento de ambos que consistem no que cada sexo deve ou não fazer.

A previsão dos pesquisadores que candidatos do sexo masculino modestos teriam de enfrentar discriminação na hora da contratação não foi comprovada. No entanto, eles especulam que, porque o status dos homens é maior do que o das mulheres, aos homens mansos é concedido o benefício da dúvida e eles são menos propensos a enfrentar a discriminação na hora da contratação do que mulheres dominadoras. [ScienceDaily]

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