Nanoescultura: Quando ciência e arte se misturam

Por , em 24.11.2014

O escultor Jonty Hurwitz tem uma reivindicação grandiosa: a menor criação humana da história. Apaixonado por internet, o artista lançou várias imagens de suas exposição de nanoesculturas e o trabalho tem sido coberto por inúmeros sites ao redor do mundo. As mini obras de arte foram criadas com um material fotossensível impresso em 3D.

As sete esculturas da série são tão pequenas que é impossível vê-las a olho nu. A maior delas é da largura de um cabelo humano e a menor tem menos da metade que desta largura. Hurwitz não conseguiu isso sozinho. Combinando arte e ciência, ele misturou sou processo criativo com o uso da física quântica e uma equipe de ajudantes.

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“A única maneira de perceber essas obras é na tela de poderosos microscópios eletrônicos de varredura. Então, como você poderia saber que esta escultura realmente existe?”, diz o artista. “A única maneira de se envolver com ela é através de uma tela e um mouse que separa você da obras através de um vácuo e uma série de processos quânticos matematicamente alucinantes que a regam com partículas para mapear os seus contornos. Você conseguiria ter certeza da existência de alguma coisa, se os seus sentidos básicos estão dizendo que nada existe?”

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A técnica utilizada foi a litografia multifótons. “Se você iluminar um polímero sensível à luz com comprimentos de onda ultravioleta, ela se solidifica onde quer que tenha sido irradiada em uma espécie de caroço bruto”, explica. “Se, no entanto, você usar um comprimento de onda da luz intensa, e concentrá-la intensamente através de um microscópio, algo maravilhoso acontece: no ponto de foco, o polímero absorve dois fótons e responde como se tivesse sido iluminado por luz UV, ou seja, ele vai solidificar. Esta absorção de dois fótons ocorre apenas no minúsculo ponto focal – basicamente, um pequeno pixel 3D (chamado de Voxel). E escultura é, então, movida em frações por um processo controlado por computador e o próximo pixel é criado. Lentamente, ao longo de horas e horas, a escultura inteira é montada pixel por pixel e camada por camada.”

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“Trust”, uma peça que descreve um modelo humano do sexo feminino, mede cerca de 80 x 100 x 20 microns. Por culpa de um colega que resolveu mudar as obras de lugar, a vida das esculturas foi reduzida e apenas os registros fotográficos sobraram. Hurwitz levou dez meses para fazer as sete peças.

O artista usou cerca de 250 câmeras para reunir todas as fotos que ele precisava para os temas de estudo, todos dispostos em uma cúpula em torno da mulher, escultura, etc. Em seguida, foram 10 meses projetando, esculpindo e renderizando os modelos virtuais, com a ajuda de um programa de alta potência que remontava as imagens em ‘argila digital. Só então os modelos estavam prontos para serem impressos em 3D. [Phys.com]

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1 comentário

  • Fred Urtica:

    Kd as fotos da modelo sem os pixels? (rs) Brincadeira! Mto interessante esta união ciência e arte! Ainda estou tentando entender.

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