O elétron é quase perfeitamente redondo

Por , em 30.05.2011

Pesquisadores britânicos descobriram que um elemento é bastante (mas não totalmente) redondo: o elétron. Eles fizeram a medição mais precisa até hoje da forma de um elétron, que demonstra que ele é uma esfera quase perfeita.

As partículas subatômicas só diferem de ser perfeitamente redondas por menos de 0,000000000000000000000000001 centímetros. Em termos leigos, isso significa que se um elétron for ampliado para o tamanho do sistema solar, ainda parecerá esférico dentro da largura de um cabelo humano.

Os físicos estudaram os elétrons dentro de moléculas chamadas de flúor itérbio. Utilizando um laser, eles fizeram medições do movimento dos elétrons, procurando qualquer balanço que sugerisse que a forma da molécula era distorcida (o que ocorreria se os elétrons não fossem perfeitamente redondos).

Por mais de uma década, tais imperfeições não foram observadas. Foi uma medida muito difícil de fazer, mas agora esse conhecimento vai melhorar teorias fundamentais da física.

Os resultados são importantes no estudo da antimatéria, uma substância elusiva que se comporta da mesma maneira como a matéria comum, exceto que tem uma carga elétrica oposta.

Por exemplo, a versão de antimatéria dos elétrons com carga negativa é a carga positiva anti-elétron, conhecido como pósitron. Compreender a forma do elétron pode ajudar os pesquisadores a entender como os pósitrons se comportam e como a matéria difere da antimatéria.

Segundo as leis da física atualmente aceitas, o Big Bang criou tanta antimatéria quanto matéria comum. No entanto, desde que o conceito foi concebido pelo ganhador do Prêmio Nobel Paul Dirac, em 1928, a antimatéria só foi encontrada em pequenas quantidades a partir de fontes como raios cósmicos e algumas substâncias radioativas.

Os cientistas querem explicar essa falta de antimatéria procurando por pequenas diferenças entre o comportamento da matéria e da antimatéria, que até agora não foi observada.

O fato dos pesquisadores descobrirem que os elétrons não são redondos pode provar que o comportamento da matéria e da antimatéria difere mais do que os físicos pensavam anteriormente. Assim, poderia explicar como toda a antimatéria desapareceu do universo, deixando apenas a matéria comum.

Segundo cientistas, os astrônomos já procuraram direto na borda do universo visível, e mesmo eles só viram matéria comum, e nenhum esconderijo para uma grande porção de antimatéria. Os físicos não sabem o que aconteceu com ela, mas essa pesquisa pode ajudar a confirmar ou descartar algumas das explicações possíveis.[Telegraph]

18 comentários

  • Josemar Santos:

    Esta diferença na esfericidade se deve a força de atração da gravidade em escala atômica.

  • Alberto Campos:

    Juan / 1.06.2011
    Para mim o elétron é uma partícula que age como onda. Se é matéria, não pode ser onda. Onda é uma forma da matéria agir.
    O universo seria um fractal de bolinhas. Todas estas bolinhas agem como ondas. Um fóton empurra o outro a sua frente e volta para seu lugar e assim segue infinitamente. Um planeta quando se move no universo interfere nos outros através da gravidade.

  • Edson Schenkel:

    Achei interessante o artigo, apesar de acreditar que ainda é improvável conseguir medir ou até dizer que um elétron é uma esfera, pois não podemos medir nada sem interferir nesse, além das consequências relativistas, que se o elétron está com velocidade perto da luz, esse “pareceria” um disco no sentido do movimento, mas através de propriedades e cálculos teóricos, poderia chegar a uma forma, como faço com minhas experiências de pensamento do tempo circular energia tempo, que uso propriedades e fenómenos para descrever por exemplos efeitos que justifiquem uma forma para o elétron.. Resumindo com a visão destes experimentos (que não é uma teoria) o elétron tem uma forma mais parecida com uma hemoglobina,com bordas externas mais “gordinhas”, que por efeitos dessa geometria não mudaria sua orbita apesar de não ter forma de uma esfera…No mais toda nova informação é importante até para discussões e evolução…

  • Roberto:

    Exageros dos comentaristas à parte, Natasha, essa matéria foi massa, massa pura. Parabéns pela escolha e continue publicando, mesmo que alguns “sem noção” se pareçam sem educação. Você traz as maiores descobertas de todos os tempos sempre quentinhas no café da manhã pra muita gente, inclusive eu, por isso te agradeço e reclamo de quem reclama de barriga cheia.

  • Fisico:

    É o que dá deixar jornalistas tentarem explicar física sub-atômica. O elétron, e também todas as outras partículas, não podem ter sua posição determinada com precisão infinita, devido à incerteza entre a posição e a quantidade de movimento.

    O que há, é a medição de uma grandeza chamada seção de choque, que embora tenha dimensão de superfície, não tem nada a ver com uma seção de choque real, mas é apenas um parâmetro matemático que é extraído da análise estatística de experimentos de colisão (muito parecido com o experimento de Rutherford para determinar a estrutura da matéria).

    Os cientistas determinaram que as seções de choque dos elétrons possui uma grande simetria esférica, nada mais. Imaginar partículas sub atômicas como “bolinhas” é apenas fazer eco ao senso comum.

  • Raton:

    Vai ter precisão assim lá na casa do eletron.

  • josué:

    isso e incrível, pois são poucos os estudos referente as pastículas subatônmicas

  • André:

    Somos a imagem e semelhança de Deus por causa do princípio de racionalidade.(S.Agostinho)

  • Raiany Celsius:

    Gente existe vários modelos Bohr Rutheford….

  • waldyr:

    Eletrons são comos os protons, mas eles ficam na eletrosfera,não esta presente no nucleo,é 1804 vezes menor que 1 proton e é carregado negativamente

  • Joanna’:

    oq é um elétron?

  • TrueLogic:

    E se houvesse vida de antimatéria?

    • Renato:

      se houvesse um você feito de anti-matéria você nunca poderia apertar a mão dele ou os dois explodiriame em uma bola de luz e radiação xDD palavras de nosso sábio stephen hawking =)

  • Davidson Lima:

    Elétron agora é elemento? Acho que meu técnico em Química e minha graduação em Engenharia Química foram humilhadas agora, rsrsrs

    Equipe do Hypescience, por obséquio corrijam este erro logo.

  • Bruno Juncklaus:

    Acho que estão falando não do eletron e sim da eletrosfera, não tem como medir o eletron LOL

  • DEEP:

    Caras, ao dizerem redondo eles querem dizer ESFÉRICO!
    Ou seja, redondo em 3D! É diferente de um ponto…

    E qto a idéia de partícula ou onda, bem, é partícula pq tem massa mas comporta-se como onda; qdo há emissões ou irradiações desse tipo de partícula/onda ela se comporta de modo híbrido.

    Ao q parece é isso q sabemos até agora!

  • Juan:

    Pois eu aprendi na escola que elétron não é partícula, e sim uma onda ._.

  • Evandro:

    Estranho esse tipo de comparação.

    Pois eu pensava que uma particula como o eletron tende a ser ‘um ponto’ no limite. Isso significa “naõ possuir raio por qualquer aproximação de uma forma circular”.

    Além disso, um circulo perfeito, rigorosamente falando, é um que possui uma razão entre a sua circunferência e o raio igual a pi; isto para todos os infinitos raios medidos num angulo de 2pi radianos.

    TOdavia, COMPARAR um grau de perfeição assim é também um tanto estranho. Pois o numero Pi é um numero irracional. Ou seja, experimentalmente-fisicamenta falando, é impossível representá-lo e observá-lo, apenas o é, matemáticamente. Além disso é por definição impossível conhecer todos os seus algarismos (pois são infinitos e não periódicos).

    Ou seja, como comparar?

    Como assim “quase”? Ou que esse “quase” significa? Isso simplesmente depende subjetivamente do que uma considera ‘quase’, ou seja, “o quão preciso é”.

    Ou seja, quando se diz que é 0,000000000000000000000000001 centimetnos diferente. Está ao mesmo tempo assumindo que é 0,0000000000000000000000000009999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999… centimetros diferente.

    Esse “quase” não tem sentido.

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