O primeiro pâncreas artificial começará a ser vendido neste ano

Por , em 2.01.2017

Boas notícias para quem tem diabetes tipo 1: o primeiro “pâncreas artificial” começa a ser vendido no mês de março nos Estados Unidos. O equipamento que mede a glicemia do sangue e já libera a quantidade de insulina necessária foi aprovada no final de 2016 para venda pela agência reguladora de medicamentos e alimentos nos EUA, a FDA.

O equipamento é chamado MiniMed 670G, produzido pela Medtrinic, e é o primeiro a combinar a medição de concentração de glicose e liberação de insulina, por isso tem sido chamado de pâncreas artificial. Antes, já era possível realizar as duas tarefas, mas em equipamentos separados. Isso minimiza o risco de o paciente usar pouca ou muita insulina, que nos dois casos pode ser fatal.

Tudo o que o usuário precisa fazer é inserir a quantidade de carboidratos ingeridos nas refeições e calibrar os sensores periodicamente. Assim, não é preciso acordar durante a noite para realizar medições, e o diabético pode acordar de manhã com níveis saudáveis de açúcar no sangue. O equipamento promete maior liberdade para quem tem esse tipo de diabetes.

“Essa tecnologia pioneira pode oferecer maior liberdade para viver a vida sem ter que monitorar de forma manual e frequente os níveis de glicose e administrar insulina”, afirma o médico Jeffrey Shuren, diretor do departamento de equipamentos do FDA.

Apesar de a agência ter dado autorização da venda do produto para pacientes acima de 14 anos, a Medtronic ainda quer conduzir mais alguns testes antes do lançamento no próximo mês de março. A empresa também quer determinar se o equipamento seria seguro para crianças com menos de 14 anos.

O equipamento é dividido em duas partes que são conectadas ao abdômen: a parte menor é o sensor de concentração de glicose com transmissor dos níveis de açúcar no sangue. O sinal do transmissor é captado pela parte maior, que tem uma bomba de insulina (monitor preto) e um ponto de infusão no abdômen.

Na diabetes tipo 1, o pâncreas não produz insulina por conta de problemas autoimunes, então o corpo perde a habilidade natural de controlar a glicose no sangue. Se não for tratado, o paciente pode ficar cego, ter insuficiência renal e maiores riscos de doenças cardiovasculares, entre outras complicações. [Futurism.com]

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