Geoide: o inacreditável formato do planeta Terra

Por , em 22.10.2014

De todos aqueles mapas dos saudosos atlas, os mais bacanas sempre eram os dos diferentes relevos de cada lugar do planeta. Uma evidência forte de que eu não estou sozinha nesta preferência é o geoide: um modelo de nível médio do mar global que é usado para medir elevações precisas da superfície.

Enquanto muitas vezes nós pensamos na Terra como uma esfera, nosso planeta é, na verdade, muito acidentado e irregular. Dentre os fatores que colaboram para esta impressão está o fato de que grande parte da superfície terrestre está encoberta por água e nós estamos acostumados a acreditar que toda essa mistura resulta em uma esfera quase perfeita.

O raio no equador é maior do que nos pólos, devido aos efeitos a longo prazo da rotação da Terra. E, em uma escala menor, há a topografia – montanhas têm mais massa do que um vale e, assim, a força da gravidade é regionalmente mais forte perto das montanhas.

Todas estas grandes e pequenas variações no tamanho, forma e distribuição de massa da Terra causam pequenas variações na aceleração da gravidade (ou a “força” da atração da gravidade). Estas variações determinam a forma do meio líquido do planeta.

Se fosse para remover as marés e as correntes do oceano, o resultado seria uma forma suavemente ondulada – ascendendo onde a gravidade é alta, decrescendo onde a gravidade é baixa.

Esta forma irregular é chamada de “geoide”, uma superfície que define a elevação zero. Usando complexas leituras de matemática e gravidade em terra, topógrafos estendem essa linha imaginária através dos continentes. Este modelo é usado para medir as elevações da superfície com um alto grau de precisão.

Tal modelo foi introduzido em 1828 por C. F. Gauss, mas o termo geoide só foi introduzido em 1873 por J. F. Listing. A precisão que encontramos atualmente, no entanto, só foi alcançada nos anos 1990, com a Solução Precisa do Geoide, de Petr Vaníček e sua equipe, que permite que se tenha uma exatidão de centímetros a milímetros na computação geoidal. [IBGE, Ocean Service]

5 comentários

  • Paulo H S Corrêa:

    Cesar tem toda a razão. Já bateram foto da Terra do espaço. Procurem. A Terra é uma esfera quase perfeita, deformações são insignificantes

  • Paulo H S Corrêa:

    De onde o povo tira essas ideias? Coitados dos professores menos preparado que se deparam com esses sites, confiam, e usam para ensinar

  • Cesar Grossmann:

    Apenas para nossos leitores mais meticulosos, se você fizer um modelo da Terra usando uma esfera de 40 cm de diâmetro nos polos, ela terá que ter 40,1352 cm de diâmetro equatorial, ou seja, 1,35 mm de diferença. Isto por causa da rotação. E uma montanha de 8 km de altura seria representada por uma irregularidade de 0,025 cm, ou 1/4 de mm.

    Para todos os efeitos, uma esfera quase perfeita. Para uma representação em que o geoide fosse perceptível, o diâmetro teria que ser bem maior que 40 cm.

  • R Sarda:

    O Título está errado. Está escrito “inecreditável” e não “inacreditável”.

    • Marcelo Ribeiro:

      Corrigido. Grato.

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