8 saltos de paraquedas de virar o estômago

Por , em 25.05.2017
Crédito imagem: Alamy

Pular de paraquedas sempre é uma fonte de adrenalina para os aventureiros. Mas alguns saltos são ainda mais desafiadores que outros. Confira os 8 saltos mais assustadores da história humana:

8. O primeiro salto

Crédito: Science History Images:Alamy


A ideia de um paraquedas é antiga. Leonardo da Vinci projetou um deles com formato de pirâmide em seu caderno de desenhos. Mas não foi até 1797 que um paraquedista corajoso realizou o primeiro salto de grande altitude em relação ao chão.

Naquele ano, o balconista Andre-Jacques Garnerin usou um balão de ar quente para subir a uma altitude de 610m acima de Paris e saltar usando um paraquedas com formato de guarda-chuva feito de seda.

De acordo com o Museu Nacional Smothsonian do Ar e Espaço, esta não foi uma descida agradável. Os primeiros paraquedas eram rígidos e oscilavam com o vento. Um relato antigo descreve o estado do saltador depois de pousar: “extremamente pálido e com mal-estar temporário”.

7. O primeiro a morrer

Crédito: Chronicle :Alamy


Os modelos de paraquedas se tornariam melhores a partir do primeiro, que era rígido. Mas infelizmente nem todos sobreviveriam ao progresso. Em 1837, o artista britânico especialista em aquarela, Robert Cocking, projetou e testou um modelo com formato de cone, que segundo ele, seria mais estável que o paraquedas com formato de guarda-chuva. Ele estava errado.

Cocking pulou de um balão a uma altura de 1,5 km perto da cidade britânica de Greenwich. Seu erro foi no cálculo do peso do paraquedas, e todo o aparato despencou muito mais rápido do que o esperado antes de virar do avesso e quebrar de vez. O corpo de Cocking foi encontrado em um campo próximo.

6. De um avião

Crédito imagem: CSU Archives:Everett Collection


No começo do século XX, com a invenção do avião, os paraquedistas decidiram que queriam ainda mais emoção e passaram a saltar deles ao invés de balões.

Há controvérsia sobre quem foi o primeiro a pular de paraquedas de um avião: o paraquedista profissional Grant Morton recebe crédito de alguns, que dizem que ele saltou de um Wright B na Califórnia em 2011. Outras fontes dizem que o capitão do exército americano Albert Berry pulou de um Benoist em St. Louis em 1o de março de 1912.

Berry se seu piloto, Tony Jannus, atingiram altura de 457 m e o capitão subiu em uma barra abaixo do nariz do avião para pular. Ele caiu 152 m antes de abrir seu paraquedas.

5. Primeira mulher

Crédito imagem: Alamy


Georgia Ann Thompson Broadwick era uma mulher pequena, de apenas 1,52 m. Por isso, seu apelido era Tiny, ou Pequenina. Seus talentos com paraquedismo, porém, não eram nada pequenos. Em 1907, Broadwick viu um balão de ar quente de um desfile voador e se apaixonou instantaneamente pelo voo. Ela convenceu o dono do balão a contratá-la e treiná-la, e logo estava saltando pelos Estados Unidos.

Por acidente ela foi a primeira saltadora a fazer uma queda livre, quando a corda estática ficou presa na cauda do avião, em 1914. Essa corda era responsável por puxar o paraquedas da mochila do saltador quando ele pulava do avião. Broadwick abriu seu paraquedas manualmente e pousou em segurança.

Em 1922 ela desistiu do paraquedismo e passou a trabalhar em uma fábrica de pneus para pagar as contas.

4. No meio do incêndio

Crédito: Nature and Science:Alamy


Os Estados Unidos e Rússia são alguns dos países que contam com uma modalidade radical de bombeiros: bombeiros-paraquedistas. Eles são treinados para acessar terrenos que não poderiam ser alcançados pelo solo, como em reservas florestais.

O primeiro programa de “smokejumpers” dos EUA foi na década de 1930.

3. Mão inchada

Crédito imagem: Zuma


Para descobrir o que o corpo humano é capaz de suportar no caso de um desastre em grande altitude, o capitão Joseph Kittinger Jr, dos EUA, saltou três vezes de alturas impressionantes: 23,2 km, 22,7 km e 31,3 km.

Os saltos aconteceram em Tularosa, no estado de Novo México. “Foi definitivamente lindo, mas também muito hostil”, resumiu Kittinger ao jornal New York Times em 2008. Nesta ocasião, ele relembrou como sua mão direita inchou e ficou com o dobro do tamanho normal por conta de uma luva pressurizada que não funcionou direito.

2. Acidente de grande altitude

Crédito: Paul Fearn:Alamy


Em 1962, o piloto da URSS Pyotr Ivanovich Dolgov tentou um salto a 28,6 km como parte de um projeto que testava um novo traje pressurizado. O visor de Dolgov bateu e se quebrou na plataforma da qual ele pulou, porém, causando a despressurização do traje. Dolgov morreu antes mesmo de atingir o solo.

1. Velocidade do som

No dia 14 de outubro de 2012, o paraquedista australiano Felix Baumgartner completou com sucesso seu salto mais perigoso do currículo: em queda livre de uma altura de 37km, ele quebrou a velocidade do som. Este salto quebrou um recorde de 1960.

Bonus. Próximo salto insano

Crédito: Cirrus Project


O Bird-man britânico Fraser Corsan planeja bater quatro recordes no wingsuit: saltar da maior altitude, na maior velocidade, percorrendo a maior distância e voando pelo maior tempo. Para fazer isso, o saltador de 42 anos vai usar um macacão feito sob medida que vai permitir uma descida gradual sem diminuir a velocidade, para que ele possa bater este recorde também.

Ele quer pular de uma altura de 12 km, com velocidade máxima de 400km/h, percorrendo distância de 32km em um voo que vai durar 10 minutos.

A 12 km de altitude a atmosfera é tão rarefeita que ele vai precisar de um tanque de oxigênio, uma máscara especial e um regulador. A temperatura ali é de -50oC, por isso nenhum pedacinho de sua pele pode entrar em contato com o vento, ou ele terá terríveis queimaduras. Ele vai usar várias camadas de roupa térmica protetora e luvas e capacete aquecidos. Um sistema de GPS vai localizar Corsan e vai confirmar se ele quebrou qualquer um dos recordes.

Até chegar ao salto final e quebrar os recordes, o britânico vai realizar uma série de testes na última semana do mês de maio de 2017, sendo que o último salto está agendado para dia 29 de maio, no Canadá e EUA.

[Livescience, Livescience]

Deixe seu comentário!