Os espermatozoides são inteligentes e sabem contar

Por , em 10.03.2012

Claro que muitos de nós nunca ligaram para a forma como os espermatozoides funcionam. Mas, aparentemente, eles são muito mais espertos do que poderíamos pensar.

Segundo cientistas, o esperma é realmente inteligente. Especificamente, parece ser capaz de “contar”.

Em um estudo publicado no jornal médico Journal of Cell Biology, pesquisadores analisaram como o esperma nada. Seu caminho parece ser controlado pela concentração de cálcio no ambiente em que está (e que, se tiver sorte, será um útero).

Originalmente, os cientistas pensavam que era a quantidade de cálcio que importava. Mas o esperma não parece ligar para isso. Eles chegam a mudar a forma como nadam com base em quão rápido a concentração de cálcio está mudando. O que significa que eles têm de saber o quão rápido ela está mudando, ou seja, o esperma pode contar!

E por que o esperma tem a necessidade de saber contar o tempo? Os autores do estudo acham que é porque a concentração de cálcio fica muito alta perto do óvulo, e medir pequenas mudanças na concentração pode ajudá-los a reagir, mesmo quando há muito cálcio ao redor.

Isto é, a contagem feita pelos espermatozoides os ajuda a saber quando eles estão perto de sua meta, que é quando suas “decisões” mais importam (não que o esperma possa pensar). Os cientistas ainda não sabem exatamente como os espermatozoides realizam essa tarefa, uma vez que é claro que eles não têm cérebro. É… Os soldadinhos masculinos têm as suas manhas.[Jezebel, foto de Grace Herbert]

58 comentários

  • zilda santiago maciel:

    Nenhum de vocês nasceu de um espermatozóide inteligente….Tão longe da verdade!!!Ofuturo dirá!!!!

    • Ryann Krözgen:

      Ofuturo é um Deus pagão? rs

  • Hermano:

    Ok Andhros, mas…

    “ESTADO DO SISTEMA
    determina
    └──►EFEITO”
    Isso é válido para qualquer fenômeno natural (isso inclui humanos). Infelizmente correlações perfeitas são dificilmente encontradas, especialmente em eventos biológios. Ainda que você queira fazer um modelo completo, com todas as variáveis que influenciam, dificilmente se conseguirá, pois ao estimar muitas variáveis ao mesmo tempo se incorre em grande taxa de erro, e o modelo se torna muito menos eficiente do que se imagina. Mas, digamos que você saiba o estado de todas as variáveis que influenciam, ainda assim há estocasticidade em alguns elementos…
    “Conjunto de regras que, depois de mapeadas tornam os estágios previsíveis” vale para qualquer coisa, mas sem esquecer o papel da estocasticidade na maioria dos fenômenos naturais, especialmente biológicos (senão todos). No caso, dos espermatozóides e quase qualquer fenômeno biológico há indiosincrasias por diferenças interindividuais (isso está sempre presente, independente da escala em que se observa, seja de uma a milhões de gerações). Além disso, há papel estocástico de eventos ambientais, no caso do espermatozóide a difusão num meio líquido não é de todo previsível, enfim, há mais complexidade, flexibilidade, estocasticidade e coisas interessantes a se estudar em fenômenos como esse do que você deu a entender.

    O míssil evolui com a mão de uma mente limitada e centrada em certos aspectos da realidade. O poder da seleção natural pode ser infinitas vezes superior às nossas habilidades cognitivas: tentativa e erro multiplicada por um número muito grande torna-se muito eficiente, e considere que no caso da seleção natural se leva em consideração o resultado final como um todo, o que importa é a probabilidade de o traço ser passado adiante, no fim, tudo está somado e todas as interações levadas em consideração nesse resultado final, nós apenas olhamos para aspectos restritos, ou seja, a nossa tecnologia evolui de acordo com o nosso conhecimento da realidade que muda com o tempo e é sempre limitado.

    • Andhros:

      Um grande SIIIM! Eu penso assim como você sobre correlações, modelagem de problemas, margem de erro, processos estocásticos. É que eu estava falando sobre o aspecto de um ser vivo dotado de inteligência em oposição a um fenômeno. Essa diferença é o tema da discussão.
      Lembrando, por acaso, de modelagem de problemas, para cada problema usamos um nível de detalhamento diferente, que é de nosso interesse. Maior detalhamento seria desperdício e menor detalhamento causaria a falta de informação necessária.
      Quanto ao exemplo da difusão de fluídos, já vi pessoas fazerem trabalho de graduação e mestrado inteiros só sobre isso. Então, as coisas são sim interessantes!
      É que a gente pode simplificar os detalhes que não interferem na resolução problema, é como arrendondar um número, aproximamos para ser práticos, quando podemos. Lidar com mais ou menos detalhes também é característico de cada profissão. Talvez isso tenha causado o mal entendido!

      Sobre a evolução, ela acontece devido as condições restritivas impostas pelo meio sobre um indivíduo dotado de um série de características, desafiando sua sobrevivência.
      Um míssil torna-se obsoleto para o uso bélico, pois o inimigo possui outro melhor. Logo, é descontinuado e outro de novo modelo toma seu lugar. Partes de tecnologias boas continuam a ser utilizadas.
      Para um ser vivo, sabemos de muitas condições restritivas que desafiam seus pontos fracos e fortes. Por consequência, vão prevalecer os melhores indivíduos.
      Não acredito na infinita superioridade da evolução natural, ela não é influenciada por uma simulação do futuro, como nós podemos fazer. Assim, tudo acaba acontecendo na situação e no local presente. Com as constantes alterações do ambiente, quem passou num teste anterior, pode ser vulnerável no próximo, levando a um duplo massacre.
      Tudo parece acontecer localmente e não globalmente. O resultado global aparece depois, através das misturas dos locais. Nisso, podem ocorrer várias mortes, que poderiam ser evitadas caso a melhor solução para todos fosse encontrada e só então, a ação começasse. Depois de muito tempo a evolução acontece, mas a custo de muitas vidas.
      Em computação, esse seria o algoritmo guloso, que processa o que está diante dos olhos, um dos menos eficientes. É que a natureza tem muitos milhões de anos, as nossas gerações menos de um século, se não resolvermos os problemas BEM mais rápido, estamos lascados!

  • Val:

    Devemos ser cautelosos com estas teorias… Estes “soldadinhos espertos” que produziram Albert Einstein e Elvis Presley, também produziram Adolf Hitler e Michel Teló.

    • Bovidino:

      Val,
      Espero que isso não seja resultado de uma regra de três: Albert Einstein está para Adolf Hitler assim como Elvis Presley está para Michel Teló.

  • marcos antonio:

    conheço gente que tem uma inteligencia para contar mentiras,,,,

  • Zeferino Teixeira:

    Agora percebo porque é que os Grande Matematicos, são Homens.Sabem e muito bem…contar!

  • maria:

    tanta briga dos soldadinhos masculinos,mas quem sempre chega
    primeiro são as soldadinhas femininas,por isso é nascem mais mulheres que homens,as soldadinhas são mais espertas!!!

    • Alex:

      Na verdade se a mulher for uma “boa reprodutora” ela terá mais meninos. Digo isso pq as mulheres que sentem mais prazer facilitam nascer bebês homens. Minha mãe no caso teve 6 meninos e nenhuma menina.

    • Hermano Gomes:

      Na verdade, mais prazer não é medida de melhor reprodutora, podemos facilmente pensar no cenário contrário…

    • JHR:

      Você não deveria expor sua mãe assim…se é que você me entende…

    • Luís:

      De facto isso é totalmente mentira.

      O espermatozóide com informação genética para macho é mais rápido e chega mais cedo ao local da fecundação. No entanto, para que possa chegar mais rápido também gasta mais energia, logo, morre mais rápido também. Assim sendo, se a deposição do sémen for feita tardiamente no ciclo feminino, é mais provável que nasça macho. No entanto, se a deposição for feita mais cedo, o macho chega primeiro mas morre à espera do oócito, aumentando a probabilidade de nascerem fêmeas.

      E a probabilidade de ser macho ou fêmea é precisamente igual. Só existem duas opções, tal como na moeda, ou é cara ou coroa. 50/50. Pesquise “quadrado de Mendel” e vai perceber isto! 😉

  • Hermano Gomes:

    Agora falando sério…
    Daí se conclui que quando procurarmos vida inteligente, deveriamos procurar algo similar a um espermatozóide, ou um vírus, os CDFs da turma! 😛
    (Ou simplesmente olhar para o próprio esperma).

    Um ET chegando aqui, se visse a quantidade de rapazes inteligentes desperdiçados, ficariam putos!!!

    Queria frisar que dentro de boa parte das definições de vida coerentes, está a definição de um projeto funcional (teleonômico), ou seja, um guia de instruções para atingir determinado alvo (auto-organização estrutural e invariância reprodutiva). Isso não é a definição de vida inteligente…
    Isso já é uma coisinha um pouco diferente, um pouquinho mais.

    Se qualquer fenômeno vivo for chamado de “inteligente”, não precisamos da palavra “inteligência” e deveriamos usar alguma outra palavra qualquer para os fenômenos do intelecto que a psicobiologia tem chamado trado como “inteligência” há pouco mais de um século. Poderia ser uma expressão como: “inteligência que nem toda organismo ou parte de um organismo tem, só os CDF”. hihi.

    Eu diria que o problema não é o preconceito com a palavra “inteligência” (muito sexy né), o problema é o uso não-cauteloso que se faz desta palavra, o que a torna inútil para descrever qualquer fenômeno natural, mas útil para chamar atenção e mexer com a imaginação das pessoas. Poderiamos começar a chamar de dança do acasalamento as batidas de flagelo dos espermatozóides…
    Imagine só agora: um espermatozóide dançante e inteligente, perfeito para as exigências de um óvulo (inteligentes e sexy).

    Quando o “esperma” fica perto, ele fica mais “esperto”. Acho que foi isso que o texto quis dizer, ahhh.
    Uma boa cantada é: hey gata, você não quer fazer um teste de QI com os meus espermatozóides?
    Mas, se meus espermatozóides tivessem QI alto mesmo, achariam solução para todos os problemas, inclusive um mapa mental para o seu lar, doce lar…

  • Luk:

    …soldadinhos masculinos…Hehehe, está a cara da matéria…

  • Jorginho:

    Lembro-me de um colega que disse: “Entre milhões de espermatozoides, estava eu e ainda ganhei a corrida!”

    Imagine(em contra partida)as caras dos bichinhos dando conta que estão entrando pela porta dofundo? -”Pessoal, Akele fdp nos mandou pro lugar errado!”

    Esses pesquisadores não sabem que os bichinhos vêm com manual, sensores, carta de navegação, GPS e comunicadores via rádio?
    E como disse o colega: “… Os espermatozoides também carregam esse software genético, e instintivamente “sabem” o que fazer”.

    Que Puta Evolução,existindo duas formas de vidas para fazer uma e, por dizer “software”; poderia ser dado ao acaso?

    “Só sei que nada sei”.

  • José Dimas Lopes de Azevedo:

    …compreensivo salientar que o princípio inteligente, no decurso dos evos, plasmou em seu própio veículuo de exteriorização as conquistas que lhe alicerçariam o crescimento para maiores afirmações horizontes evolutivos.
    dominando as células vivas, de natureza física e espiritual, como que espalmando-as a seu própio serviço, de modo a senhorear possibilidades mais amplas de expansão e progresso, sofre no plano terrestre e no plano extraterrestre as profundas experiências que lhe facultarão, no bojo do tempo, o automatismo fisiológico, pelo qual, sem qualquer obstáculo, executa todos os atos primários de manutenção, preservação e renovação da própia vida. …obs: é só analizar e fazer as possíveis deduçoes.

  • marcos:

    são inteligentes que nem politicos e outros seres mais e depois só não contam a superpopulação sem as minimas condições..

  • Paulo Galliza:

    O Hermano Gomes já respondeu parte do que eu faria. Primeiro, o texto da pesquisa é contraditório e diz que pensa e depois diz entre parêntesis que não pensa. Qual o objetivo? Pensa ou não pensa. Sustenta a tese ou não? Segundo, o texto faz muita confusão entre esperma e espermatozoide. É preciso primeiro saber o quê é um e o que é o outro. Esperma não nada. Pode sobrenadar. Não confunda tecido com células. Não gostei em nada dessa pesquisa.

    • Hermano Gomes:

      Duvido veemente que um cientista usasse inteligência para denominar esse fenômeno. Eu aposto com qualquer um que os cientistas do trabalho não usaram algo similar a “sabe contar o tempo”…
      Para não ter que apostar, eu fui lá ver, nada de contagem de tempo, nada de inteligência, apenas um processo sensível a tempo. Chuvas, estações, quedas, órbita de elétrons, etc. também são sensíveis a tempo, e será que algum dia vamos chamar esses fenômenos de inteligentes? Espero que não.

      Mas vamos empatizar: acontece…

  • Hermano Gomes:

    Memória genética é um termo acadêmico pouco utilizado. Mas, memória genética pode denominar traços ancque estrais que não se expressam comumente nos descendentes e volta a se expressar, por exemplo em parte da linhagem. Também pode denominar qualquer traço ancestral, mas não é um bom termo, especialmente neste caso, que se trata de uma resposta simples presente em todos os descendentes. Programação genética: leia-se padrão de respostas programado no DNA, como uma lista de instrução para a célula fazer determinada coisa em determinada situação.
    É sempre bom pensar na precisão dos termos que você está utilizando e de onde eles vieram. Já que a discussão é sobre terminologia, vamos pensar um pouco sobre isso…
    O que é um bom termo científico? Um bom termo científico é um termo preciso que denomina um conjunto de elementos, padrões, processos, formas como os elementos interagem, etc. que existem na natureza. Ou seja, é um termo que denomina algo específico na natureza, o que possibilita a investigação adequada daquilo. Quanto mais flexível o termo, mais fútil e menos útil ele é para a investigação científica, mais ele se aproxima da filosofia e menos científico. Uma das distinções básicas entre ciência e filosofia é que enquanto a filosofia está interessada em discutir o significado do termo e suas relações com outros termos, a ciência está interessada em entender o que denominamos pelo termo, ou seja, o termo é apenas uma forma de nos comunicarmos sobre o que estamos tentando entender, os padrões e processos da natureza. Assim, a filosofia está interessada no mundo das idéias e a ciência está interessada no mundo real (como o entendemos). Por vezes isso se torna mais complicado e interage bastante devido à nossa dificuldade em distinguir os dois mundos. Também é preciso ter em mente a distinção clara entre o senso comum e o entendimento científico do termo, o senso comum flutua de acordo com o imaginário social sobre o termo, ou seja não há destino certo nem razão para mudar, em ciência as mudanças sobre o nosso entendimento de algo que denominamos existir é principalmente baseado em evidências e tem um sentido acumulativo.
    Inteligência é um termo utilizado para denominar uma gama de processos que pensamos existir, é um termo guarda-chuva por abranger um grande conjunto de processos que formam um padrão, ainda é debatido e ainda um pouco confuso, mesmo em psicologia, o que resulta em pouco uso, em geral se usa outros termos mais específicos para denominar partes específicas do que estamos estudando: como memória, mapas mentais, habilidade de contar, etc. Mas, para essa sopa de padrões e processos intelectuais ainda se usa “inteligência”. Isso fica mais claro na definição “oficial”, assinada por um grupo de pesquisadores da área (vide wikipédia): “uma capacidade mental bastante geral que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência. Não é uma mera aprendizagem literária, uma habilidade estritamente acadêmica ou um talento para sair-se bem em provas. Ao contrário disso, o conceito refere-se a uma capacidade mais ampla e mais profunda de compreensão do mundo à sua volta – ‘pegar no ar’, ‘pegar’ o sentido das coisas ou ‘perceber’ uma coisa”. Não gosto dessa definição por que ela é muito antropocêntrica, algo típico da linha principal da psicologia. Em cognição animal se usa algo mais operacional (mais fácil de se medir): É a capacidade de resolver problemas NOVOS (enaltece flexibilidade). Apesar do termo inteligência artificial, às vezes se chama a máquina de burra. Por quê? Ela é programada para fazer o que nós determinamos, ela não responde com flexibilidade aos estímulos. Input x: Output y. Se você não prevê certa gama de estímulos ela não processará, haverá um resultado como Input “”: Output “erro” (não processa). Mas, há exceções e avanços que tornam mais e mais errado chamar a máquina de burra. No futuro, nós é que seremos os burros.
    No senso comum, as pessoas denominam como inteligente qualquer ato que as surpreendem, algo que elas pensam ser difícil, magnífico, etc. O que não necessariamente é o caso. Quando se trata de ser vivo, facilmente nos transportamos para o mesmo (através da imaginação) e pensamos como ele faria aquilo, imaginando que seria pensando assim como nós fazemos em alguns casos (isso se chama antropomorfismo – transportar a nossa forma humana a outros objetos ou seres).

    Agora vamos para o problema do espermatozóide inteligente. Ao chamar o espermatozóide de inteligente você mistura ele na sopa já apimentada que descrevi cima e a coisa fica ainda mais confusa. E se isso pega, as pessoas vão começar a pensar que se trata da mesma coisa. Quando são coisas completamente diferentes… Se eu usar inteligência para qualquer coisa que é flexível, perde sua utilidade completa, pois se você pensar bem, você verá que quase qualquer elemento biológico isoladamente tem flexibilidade: uma proteína e uma enzima responde de n formas a diferentes meios, o que resulta em diferentes respostas biológicas. Seria a proteína inteligente? Isso se aplica às biomoléculas em geral, células, tecidos, órgãos, etc. Mas, se inteligência se aplica a níveis tão diversos de hierárquia, qual a utilidade de cunhar esse termo? É melhor só usar: flexibilidade né. Mas, e quanto aos processos intelectuais que abrangem capacidade de resolver problemas, abstração, memória, habilidade de contar, etc, não necessitaria de um termo próprio?
    Entendeu o problema? Se você usa o mesmo termo para fenômenos completamente distintos você torna o termo obsoleto e ainda confunde banana com laranja. Isso é maléfico tanto em nível de senso comum quanto científico.
    Seria improvável, mas possível, as pessoas leigas começarem a se perguntar: será que o espermatozóide pensa? Será que ele usa abstração? Não, ele não conta. Ele só responde. É como um imã. Concentração 10x puxa mais do que concentração x. Duas palavras que foram usadas aqui explicam bem: Quimiotáxia – resposta de locomover-se em direção a determinada substância química; e feedback (retroalimentação) – resposta de modular a resposta de acordo com o resultado da resposta, por exemplo se a aproximação resultou em mais aumento de detecção de cálcio, aproximar-se mais…
    Acreditem, e essa não é uma grande descoberta científica: células não são inteligentes (leia-se: não têm inteligência, considerando o significado científico do termo). Biomoléculas, organelas, neurônios e espermatozóides são tão estúpidos como um conjunto de substâncias químicas colocadas juntas em laboratório. Você chamaria de inteligente uma célula que a única coisa que faz é passar corrente elétrica para as suas vizinhas (passa mais ou menos de acordo com o estímulo que recebe)? Ela tem inteligência? Elas guardam dentro de si sistemas complexos, e poderiamos denominar esses sistemas como auto-organizáveis, com programas de reação definidos (função), mas isso é outra história…
    (Isso poderia nos levar à discussão sobre sistemas inteligentes, que leva a outra discussão, mas não é a inteligência que se estuda em psicologia e biologia, é a inteligência que se estuda em Ciências da computação e Teoria dos sistemas. É bom não confundir…)
    Por exemplo, concordo: é bom não confundir esperma (líquido que sai na ejaculação) com espermatozóide (gametas que fecundam o óvulo).

    • Bovidino:

      Hermano,
      Seu coment:……células não são inteligentes (leia-se: não têm inteligência, considerando o significado científico do termo)…
      Resp:….Pessoas também não são inteligentes, ou seja, não têm inteligência. A inteligência não é algo palpável ou concreto, mas é algo que se manifesta no modo da pessoa se expressar e interagir com o ambiente. Da mesma forma; as células também não possuem inteligência, mas o modo como os sistemas biológicos se processam, demonstram que existe uma inteligência que os faz atingirem seus objetivos.

    • Hermano Gomes:

      Ahnnn? Uma inteligência que as faz atingirem seus objetivos? Será isso o verdadeiro design inteligente da natureza? Uma pedra quando cai atinge seu objetivo, há uma gigantesca inteligência que a faz atingir seu alvo, nunca erra seu objetivo, o de cair! Sendo assim, qualquer evento é inteligente, então o que é que isso significa mesmo?

      As pessoas também não têm inteligência?! Assim como as pessoas também não são sexy, não têm simetria, traços derivados, etc. Tudo isso não é algo palpável ou concreto, mas é algo que se manifesta, por exemplo toda a física teórica, evolução, biológia e seus milhares de modelo, etc…
      Todo conceito científico parte de uma abstração! Esse argumento de que não ser paupável é prova da ausência ou inexistência é absurdamente falho.

    • Bovidino:

      Hermano,
      1) Coment: ….o que é que isso significa mesmo?
      Resp: Significa que tudo segue leis pré determinadas.
      2) Coment: ….as pessoas também não são sexy…
      Resp: Ilações apelativas por falta de argumento lógico. Ser sexy é manifestado no físico e completamente diferente de inteligência.
      3) Coment: ….que não ser paupável é prova da ausência ou inexistência é absurdamente falho.
      Resp: Jamais disse que é ausente ou inexistente. Repetindo meu comentário: (A inteligência não é algo palpável ou concreto, mas é algo que se manifesta no modo da pessoa se expressar e interagir com o ambiente.) Portanto, algo que se manifesta não pode ser ausente ou inexistente. Sua conclusão é que foi falha.

    • Hermano Gomes:

      Leis pré-determinadas! Ok, mas vamos melhorar o termo: leis pré-existentes, pré-determinadas deixa uma massa etérea de suposição de que alguém as determinou. Não, ninguém as determinou! Ou se você conhece, me apresente.

      Mas, leis pré-existente não é igual a inteligência. Na verdade é uma coisa completamente diferente…
      Nossa! Estou aprendendo como o termo inteligência pode ser mal utilizado. Inteligência não significa que tudo segue leis pré-existentes. (Se respondesse isso numa prova sobre o significado de “inteligência” ganharia -1). Acredite inteligência tem um significado científico, que vai além do sentido da divulgação científica e do “design inteligente”. Que termo virulento, quando o uso parece que dá choque.

      Inteligência é manifestada onde? No mundo não-físico? Padrões de respostas flexíveis e eficientes na direção de um determinado objetivo são manifestados tão fisicamente quanto o sexy. O sexy é uma avaliação sobre a manifestação da preferência dos que vêem. A inteligência é uma avaliação dos padrões de respostas a problemas.

      Você que argumentou: “Pessoas também não são inteligentes, ou seja, não têm inteligência. A inteligência não é algo palpável ou concreto, mas é algo que se manifesta no modo da pessoa se expressar e interagir com o ambiente.” O que eu disse foi: “não ser paupável não é prova da ausência ou inexistência”, ou seja, esse argumento de que pessoas não são inteligentes ou não têm inteligência não faz sentido.

    • Diego Carvalho da Costa:

      1) Coment: ….o que é que isso significa mesmo?
      Resp: Significa que tudo segue leis pré determinadas.
      Muito bom, eu ‘tava agora mesmo procurando um geito de expressar isso, eles só seguem, não são inteligentes

  • Roberto:

    Natasha, a titulo de consolação, toda inteligencia masculina é, está e sempre esteve em favor e a serviço de vocês, queridas mulheres. Portanto, continue tranquila, nós preservaremos vocês.

  • ALAN:

    Eu que não tenho mulher não posso provar essa teoria.

    • Ezio Jose:

      Por que?
      Então aprove pelo menos!

  • Manão:

    No momento q vc tá produzindo os bichinhos, ou seja socando forte, vc não pensa… logo seu instinto toma conta da situação e portanto produz em larga escala. Hoje em dia com 7 bilhões de habitantes no planeta acho sabemos q isso funciona e bem.

  • Vic:

    Imagino que no futuro será viável o transplante de cabeça. Que um corpo, com tronco degenerado, doe a cabeça sã para outro corpo são, em morte cerebral. Assim, sobreviverá só o doador da cabeça sã,que recebeu tronco e menbros alheios.
    Considerando possível tal ficção, inclusive a plástica da face, conclui-se que a inteligência fica restrita ao cérebro. Indo além: No cérebro reside nossa alma?
    Cria-se alguém com duas almas, gerado de 2 espermatozoides? Qual carga transporta o único espermatozoide vencedor?
    Qual a carga do óvulo feminino fecundado?
    Recebam um abraço do Vic.

    • Grafegua:

      Minha questao é que no texto confundem nos esperma com espermatozoide, ha diferença gente!

    • Bovidino:

      Também acho difícil que venha a ocorrer esse tipo de transplante. Todavia temos que admitir a possibilidade. Acredito que nesse caso, aquele que teve morte cerebral, já desencarnou, ou seja, sua alma já se separou do corpo físico. Apenas o que recebeu o corpo sadio permanecerá com sua própria alma num novo corpo. Quanto à inteligência, nada muda, pois a inteligência não reside no cérebro. O cérebro é uma máquina fantástica, que além de ser a central de comando de todo o nosso sistema biológico, ainda capta e processa os nossos pensamentos, possibilitando a nossa comunicação e interação com o mundo que nos cerca. É nesse processo de interação com o mundo que nos cerca, que a inteligência pode se manifestar. Tudo depende de com o que nosso cérebro está sintonizado. Outrossim, temos ainda que admitir a possibilidade de a ciência optar por manter o funcionamento da cabeça sadia, independente de um corpo físico, apenas alimentando-a através de processos eletroquímicos. Seria uma opção mais econômica, pois sem um corpo físico, não teremos que nos preocupar com alimentação, roupas, sexo e a maioria das doenças. Quem se habilita servir de cobaia?

    • haha:

      Cara, morreu, acabo! se conforma, se você perdeu pessoas queridas, lamento, mas é a realidade, é triste, mas é verdade!

    • jose ajosilaudof eliciano mendes:

      acho que com o avanço da ciencia neste quesito,em breve sera possivel deletar spermatozoides com defeitos, e que surjam seres humanos perfeitos.

  • JOARES:

    OLÁ TURMA!
    PELA BRIGA QUE VI, ESTÃO PERDENDO PARA OS ESPERMATOZÓIDES.
    KKKKKK!!!!!

  • mamj:

    Pessoal, não se trata de inteligência e sim de quimiotactismo, presente em outras células orgânicas. Eles se movem na direção da maior concentração de cálcio porque este de alguma maneira que, que os cientistas ainda não sabem, interage com as miofibrilas do flagelo deste.

    • Bovidino:

      Quimiotactismo é o nome científico do processo. Todavia continua sendo um processo inteligente.

  • gloria:

    Aquí se explica uma corrida do espermatozóde p\ o útero, a presença de calcio o torna inteligente!Inteligencia ñ é bem a palavra q cabe aquí, e sim uma corrida ao óvulo e fecunda-lo, e a fecundação invitrio? Os virus de toxoplasmose são + inteligentes q o espermatozóide eles entram na corrente sanguinia e se alojam nos lugares mais difíceis de mata-los dentro do cérebro! Isso é ser inteligente?Quem diria q um ser minusculo sem eira e nem beira pudesse fazer tanto estrago.Por isso algumas mães despreparadas querem matar seus espermatozóides fecundados c\ aborto culpando-os por serem tão rápidos ñ dando a elas a chance de rejeita-los antes da fecundação!

    • Bovidino:

      gloria,
      Por que o preconceito com a palavra ‘inteligência’? Claro que fomos condicionados a pensar que só nós somos ‘inteligentes’ e que a ‘inteligência’ está no nosso cérebro, o que é uma inverdade. No caso em questão, todo o processo da fecundação é um processo ‘inteligente’ mesmo, como todo nosso organismo trabalha de forma ‘inteligente’, e é essa a palavra: ‘inteligente’.

    • Andhros:

      Se isso for algum romantismo sobre o mundo e o universo, não tem porque alguém discordar.

      Mas ciência for o assunto, que inteligenciazinha mirrada essa!

      Estamos falando de simples fenômenos químicos e físicos.
      ▪► Da mesma forma que o fogo segue o caminho mais inflamável;
      ▪► A corrente elétrica prefere sempre o caminho de menor resistência (ou poderíamos fritar no chuveiro elétrico);
      ▪► Tal como um míssil teleguiado alinha-se em direção a ondas sonoras ou rastro de calor;
      ▪► Assim como todo corpo na terra segue para posição de menor energia potencial gravitacional;
      ▪► Um balão quente segue na direção de menor densidade de ar;
      ▪► Uma bolha de ar dentro da água sobe até a superfície.

      Pelo jeito, há muitos que diriam que os exemplos acima são “manifestações de inteligencia”.

      O caso do espermatozoide é o da quimiotaxia, fenômeno no qual células, bactérias e outros organismos direcionam seus movimentos na direção do gradiente de uma substância química. Neste caso, a taxa com que a concentração de cálcio muda é o gradiente.

      O resto, é pura consequência química, reações simples e previsíveis, envolvendo pouquíssimas variáveis, sem margem para possibilidades. Tão determinístico quanto uma operação de 2+2=4, o espermatozoide não surpreende, não inova, não pensa, não aprende, não questiona, não toma decisões, não tem expressão individual, não associa seus conhecimentos a novas situações, não racionaliza e sua população não exibe nenhuma diferenciação comportamental que possa indicar formulação de idéias e aprendizado, troca de experiências entre indivíduos, propagação de idéias na população e discussão, nem ao menos comunicação.
      Isso não inspira muita inteligência.

    • Hermano Gomes:

      Gostei do teu comentário, mas tem alguns exageros…
      Só comentando: não surpreende -isso é bem relativo, a mim me surpreende. Mas, tu usasse vários termos relacionados à flexibilidade, isso é uma coisa muito comum no mundo biológico, dificilmente os espermatozóides serão tão rigídos quanto um míssil ou uma corrente elétrica. É que os espermatozóides foram moldados pela evolução ao longo de milhões de anos, passando por aperfeiçoamento para n problemas que apareceram resultando em sucesso diferencial. Assim, eles estão equipados com uma gama de adaptações para uma gama de problemas que ainda estamos tentando desvendar como muitas outras partes da vida…
      Não com um cérebro, mas com muitas respostas flexíveis… as enzimas dentro da célula modulam respostas dependente do meio e contextos diversos.

    • Andhros:

      Os exemplos são meramente para ilustrar a situação. Só há uma idéia a ser comunicada e é sobre a inteligência do espermatozóide.

      Surpreender é “causar surpresa”. Qualquer conhecimento, no momento em que você adquire, pode te causar surpresa, mas isso é uma reação sua sua, que diz respeito somente a você. Isto é, como você disse, relativo.

      Mas quando algo apresenta sempre os mesmos comportamentos, não apresenta mudanças inesperadas, ou surpresas, somos capazes de fazer a correlação:
      ┌───ESTADO DO SISTEMA
      determina
      └──►EFEITO
      Obtém-se um conjunto de regras que, depois de mapeadas, tornam os estágios previsíveis, sem surpresas. Tanto que essas “regras” estão em livros e várias gerações podem aprender sobre a reprodução com o mesmo livro. O que seria da medicina se não fosse assim? Cada caso de paciente precisaria de um Sherlock Holmes para ser resolvido.

      Visto no curto intervalo de uma geração, os espermatozoides são tão “rigídos”, como você diz, quanto um míssil. Sobre o míssil evoluir e ser moldado, todos sabemos que a tecnologia evolui.
      E como eu disse, estamos falando de fenômenos químicos e físicos, podemos perfeitamente fazer comparações com quaisquer coisas, desde que o item comparado esteja presente em ambos.

    • gloria:

      Bovidino, ñ é preconceito ñ,eu entendo q inteligencia é bem diferente de função pre determinada, cada orgão de um ser tem uma função pela qual ela existe, a do espermatozóide é seguir em frente até alcançar o óvulo e se fundir a ele p\ surgir um novo ser.Ñ tem nada a ver c\ inteligencia, dê uma olhadinha no dicionário e descubra o q é um ser inteligente.

    • Bovidino:

      gloria,
      Não estou defendendo a idéia de que o espermatozóide seja um ser inteligente, como sugere o título da matéria. Repetindo o meu comentário: todo o ‘processo’ da fecundação é um processo ‘inteligente’ mesmo, aliás como todo nosso organismo trabalha de forma ‘inteligente’.
      Aproveitando a oportunidade e considerando que você citou ‘função pré determinada’ eu pergunto:
      Quem pre determinou, como e porque tais funções foram pré determinadas?

  • Djohnnes:

    feedback.

  • Haha:

    Incrível como tem esperma espertos… Pena que depois que nasce essa esperteza vai pro ralo.

    • jose ajosilaudof eliciano mendes:

      concordo com você,poderia tudo funciona com a mesma esperteza, sem virar lixo, a integridade da pessoa.

  • Paulo Eduardo:

    Os espermatozoides são inteligentes e colocaram logo uma ilustração do beavis como esperma? Nossa!!

  • Hugo:

    São muito inteligentes sim.
    E eu ainda fui o mais inteligente da turma rsrs.

    • jose ajosilaudof eliciano mendes:

      com certeza, que conseguil vir pra cima.

  • Bovidino:

    (….(não que o esperma possa pensar). Os cientistas ainda não sabem exatamente como os espermatozoides realizam essa tarefa, uma vez que é claro que eles não têm cérebro.)

    É uma boa oportunidade para os cientistas descobrirem que inteligência não tem nada a ver com cérebro.

    • Jonatas:

      Entendo que o Cérebro está mais para um poderoso hardware, em que roda por eletricidade neural o software contido no código genético, o mesmo que faz animais agirem sobre instinto e fazerem coisas incríveis sem que nada os tenha ensinado, logo uma memória passada através dos genes de geração a geração.
      Os espermatozoides também carregam esse software genético, e instintivamente “sabem” o que fazer.
      Outro exemplo de memória genética poderia estar em transplantados de órgãos que adquirem comportamentos de seus doadores, um fato já comprovado, mas ainda sem nenhuma explicação satisfatória.

    • R^ml:

      Jonatas.
      É mais ou menos isso, sim.

      Como diria o biólogo e filósofo evolucionista E. Mayr: “as células são programadas para agirem como tal”, exatamente como um complexo software comandando um computador de ponta.

    • Hermano Gomes:

      Não se trata de memória genética, isso é programação genética nua e crua. Isso não tem nada a ver com inteligência no sentido que se usa em psicologia. Isso é apenas um mecanismo bioquímico de resposta celular. Isso não tem nada a ver com aprendido e institivo, isso não tem padrão de representação ou flexibilidade para solução de problemas relacionados com cognição. O espermatozóide não sabe de nada, ele só reage. Inteligência nesse contexto é apenas decorrente do mal e velho sensacionalismo tendenciando às pessoas pensarem pelo lado errado.
      Talvez esse mecanismo aconteça através dos canais de cálcio presentes no Reticulo End. Liso, acoplado com alguma proteína ou enzima que inicia uma cascata de reações, com vários efeitos como uma provável influencia em proteínas ligadas aos centríolos para mudança de forma e locomoção celular.

    • Bovidino:

      Hermano,
      -(Não se trata de memória genética, isso é programação genética nua e crua).
      É programação genética mas não é memória genética? Programação não é inteligente?
      Poderia explicar melhor para nós leigos?

    • ColdZeiss:

      Han????^
      Hermano… Pode explicar melhor, porque o esperma q me gerou, consegui chegar lah por sorte e não inteligencia… ^^

    • jose ajosilaudof eliciano mendes:

      concordo contigo bovidino,excelente argumentação.

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