Perder os pais pode ser fatal para os filhos

Por , em 26.04.2011

Uma nova pesquisa mostra que a morte dos pais pode significar um aumento do risco de morte para os filhos. Os especialmente atingidos são as crianças mais jovens, principalmente se perderem a mãe.

As crianças entre 10 e 18 anos de idade possuem um risco aumentado de morte. Em comparação com crianças que não perderam a mãe nessa faixa etária, o risco de morrer é quase o dobro.

Porém, mesmo os filhos até a idade de 40 a 50 anos são afetados pela morte de sua mãe. Nesse caso, principalmente a um prazo mais longo.

Surpreendentemente, os resultados indicam que as crianças mais velhas que perdem os pais têm risco de mortalidade menor do que crianças cujos pais estão vivos.

Os pesquisadores acreditam que isso pode ser porque a fase final de vida dos pais traz consigo uma grande dose de ansiedade e inquietação, e muitos pais idosos ficam mal de saúde por um período prolongado. Paradoxalmente, sua morte pode ser um alívio para o filho, que não tem de ver seu pai ou mãe sofrer.

Também, a perda inesperada de um dos pais faz com que seja mais difícil aceitar essa perda. Não há tempo para se preparar para tal evento. Isto implica um maior risco de morte, em caso de crise ou depressão.

O estudo também mostra que a morte por acidente ou suicídio, por exemplo, tem as maiores consequências para a saúde das crianças.

Segundo os pesquisadores, os pais são muito importantes para os filhos durante toda a vida. O impacto da perda de uma mãe, por exemplo, pode ser explicado de diferentes maneiras. Pode ser que a relação entre mãe e filho seja caracterizada por um forte contato emocional, e a criança é mais afetada por essa perda.

Outros estudos também mostram que as mães transferem material e recursos econômicos para os seus filhos em maior medida do que os pais, o que pode ter um efeito positivo sobre a sua saúde.

Os resultados do estudo têm importantes consequências para a saúde. Até agora, os pesquisadores tinham pouco conhecimento de como a morte e a doença impactavam individualmente a saúde dos entes queridos.

Por exemplo, ao cuidar de um indivíduo na fase final de sua vida, médicos e funcionários de serviços de saúde devem prestar mais atenção às percepções e reações dos entes queridos. Pode ser importante acompanhar a saúde das pessoas que estão em luto pela morte de um parente querido. Isto pode reduzir o sofrimento, a doença e o risco de morte entre esses indivíduos. [ScienceDaily]

9 comentários

  • Sara Mota:

    apenas vi hoje este artigo, e me identifico tanto com ele.. tenho 19 anos, perdi minha mãe num acidente de viação com 7 anos de idade, vi minha mãe morrer na minha frente.. apesar de ter estado imenso tempo em consultas de ajuda, não ateneou ou diminuiu minha dor, pelo contrário, acho que ela cada dia que se passa aumenta mais… Terei de viver com isso, por mais que doa pois a morte é irreversível….

  • edileuza:

    Perdi minha mãe aos 19. Não morri,mas infelizmente ainda sinto muito a sua falta. Parece que fica um vazio dentro da gente. Eu tenho uma deficiência muito grande em relação a ser uma pessoa segura.Quando me sinto segura sempre falta algo. Eu acho que realmente é porque perdi a minha mãe nesta fase da vida. Hoje já tenho mais de 40 anos. Trabalho e sou independente mas este vazio parece que nunca vai embora.

  • duda:

    Pessoas entre 10 e 18 anos de idade, ficaria bem melhor.

  • João Dias:

    Eu não acho que seja dos tais “10-18” eu acho que quanto mais tempo passar pior é, por exemplo eu tou nos tais “10-18” (tenho 15) e tenho a certeza que iria ficar totalmente abalado com a morte da minha mãe, mas com certeza que quando tiver uns 40 e a minha mãe for viva (espero bem que sim) não vou gostar menos dela ainda vou gostar mais logo, na minha opinião essa faixa etária não está lá muito correta pois quanto mais tempo passa mais nos afeiçoamos ás pessoas.
    Cumprimentos.

  • eduarda:

    mas se por exemplo eu tenho dez anos e se a miha mae morrer quando eu tiver 17 quase passando para os 18 eu me arrisco a morrer?sim ou nao?eu tenho muito medo disso acontecer,mas dai se eu nao morrer eu posso ficar em trauma por que a minha mae morreu?sim ou nao?

  • Finório Filisteu:

    Pior que a morte prematura dos pais creio que somente a morte de filho(s). Não sei de nenhum caso de pai jogando filho no lixo, já as mães… claro, na hora do bem bom, soltam a franga e depois nem sabem quem é o pai. A mídia, incluindo esse hypescience ficam o tempo inteiro martelando que trepada isso, que trepada aquilo, chupação, lambição, enrabamento, e depois dá nisso. A morte de certas mães e de certos pais também pode ser um alívio ou uma benção.

  • Jessica:

    a chamada tem um bom impacto, mas o texto fica dando voltas e repete as mesmas coisas até o final. Texto mal escrito.

  • Paul:

    Depende do do tipo dos pais. Ultimammente algumas mães são risco de vida para os filhos, devido a um costume de abandoná-los em lixeiras.

  • Alex:

    Nãoé grande novidade.O vinculo afetivo de um filho com sua MÃE é de fato mais intenso que com o Pai,historicamente e cientificamente falando.Por fatores simples como amamentação berço materno etc.

    Nada melhor que buscar alguma matéria.

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