Pessoas disléxicas não só leem, mas percebem os sons de maneira diferente

Por , em 26.12.2011

Pessoas com dislexia às vezes veem as palavras e letras embaralhadas, o que torna a leitura uma tarefa difícil. Agora, um novo estudo mostra que a dislexia não é apenas uma “perturbação visual”. Também parece ser um problema da forma como o cérebro interpreta os sons, especialmente o discurso.

Pesquisadores franceses mapearam a atividade cerebral de 23 pessoas com dislexia e 21 pessoas sem o transtorno, conforme elas ouviam um ruído branco.

A fim de compreender as informações na fala, o cérebro precisa ser capaz de sincronizar com a mesma frequência dos sons que ouve. A sincronização das ondas cerebrais com os sons é chamada de arrastamento.

Quando o cérebro está devidamente sincronizado com um som, ele pode corretamente separar e interpretar o sinal, quase como se quebrasse um código.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas sem dislexia não tinham problemas em ajustar seus cérebros para as mesmas frequências que ouviram no ruído branco.
Pessoas com dislexia, por outro lado, não conseguiam fazer o mesmo. Seus cérebros tinham problemas de sincronização com sons na faixa de cerca de 30 hertz, uma frequência que é importante para a compreensão e decodificação da fala.

O cérebro disléxico também parece ser hipersensível a sons de alta frequência. Este processamento de som interrompido pode ajudar a explicar por que as pessoas com dislexia têm dificuldade em lembrar e processar palavras e discursos.

“Isso sugere que um problema no córtex auditivo, no lado esquerdo do cérebro, é o que torna difícil para os disléxicos perceberem a fala”, diz o cientistas Ken Pugh. “Isso, por sua vez, pode dificultar a construção de uma compreensão dos sons da fala, necessária para aprender a ler”, explica.[WebMD]

11 comentários

  • LARISSA COSTA:

    Eu sofro de disléxia faz muito tempo é horrível eu tenho muita dificuldade de memorizar esqueço tudo muito fácil choro muito me perguntando porque eu tenho isso é muito desagradável sou acompanhada pela psicóloga e pelo neurologista 🙁

  • grasisuperstar:

    olha Liel eu penso que é um pequeno defeito de fábrica……meu filho tem 15 anos tem um grau leve de dislexia mas já atrapalha muito pois escreve conforme ouve as palavras e comete erros de português por conta disso, como disse a Sara tem que ter paciência da nossa parte e da deles.

  • Daaniel Caarlos Coelho:

    Eu sofro de dislexia, mas comecei a ler livros e tudo mais(isso na infância). Hoje consigo ler sem ao menos olhar na direção das palavras, consigo ver arco-iris em volta da luzes dos postes e de algumas lâmpadas, até mesmo da lua. Coisa que eu não sabia que muitos não conseguem ver.
    Mas nisso tudo há um grande problema, que é quando ando pelas ruas. As placas e cartazes me afetam muito, pois as palavras começam a se cruzar na minha mente, formando novas palavras ou frases. E o lado ruim disso é que pensamentos compulsivos começam a vir em minha mente, e só passa depois da próxima noite de sono. Hoje consigo evitar isso olhando mais para o céu enquanto ando pela pequena(em não ter prédios) cidade onde moro.

  • Victória:

    E pensar que 14% da população sofre com alem dos problemas em ver e lê palavras ela também tem problemas em fala-las!Espero que tratamento realmente ajude.

    • Juliano de Jesus:

      Pois é… e percebe-se que existem pessoas com problemas de escrita também, não é mesmo?!?!

  • sara mariano:

    ja desconfiava,meu filho tem um grau leve d dislexia e e pessimo pra recados e recomendçoes!a gente brinca q parece q falamos grego aqui em casa!gaças a deus e ao tratamento vem melhorando a cada dia,mas e um exercicio de paciencia

  • aline:

    humm sei não..
    minha priminha tem dislexia, e a unica forma q meu tio achou de fazê-la aprender conteudo escolar é com o discurso, ela aprende a partir de explicações verbais, e realmente entende depois de uma explicação completa…

    • LARISSA COSTA:

      A dela deve ser a mais leve tem leve e avançada mas também depende de cada pessoa tem umas que aprende mais fácil e outras que não

  • Elton Vergara Nunes:

    Acredito que esta novidade sobre a recepção dos sons, especialmente na faixa da voz, deverá levar os estudos de audiodescrição a buscar novas alternativas para a acessbilidade das pessoas com dislexia, já que sempre se incluía esse público como usuário do recurso de acessibilidade. Será que eles entendem o que é audiodescrito? Acho que cabe pesquisa séria aí.

  • Liel Pires:

    Queria saber o veredicto: Defeito ou diferença?

    • LARISSA COSTA:

      A diferença é que pessoas dislexicas como eu não tem capacidade de memorizar nada rápido esquece muito fácil e tem uma caligrafia defeituosa sofro muito com isso só Deus sabe o que eu passo 🙁 tem disléxia mais leve e mais avançada

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