Pilares da Criação ou da Destruição?

Por , em 13.02.2012

Em 1995, fomos abençoados com a imagem de um grupo de colunas com 4 anos-luz de altura, localizadas na Nebulosa da Águia, um jovem aglomerado estelar aberto a 7.000 anos-luz daqui: os chamados Pilares da Criação.

O único problema é que eles não existem realmente. Como assim?!

Os cientistas descobriram que eles foram destruídos, explodidos por uma supernova que aconteceu há 6.000 anos. Com nossos telescópios, podemos ver a supernova avançando e destruindo tudo o que toca.

O único problema é que, como a Nebulosa está a 7.000 anos-luz de distância de nós e a explosão aconteceu há 6.000 anos…
Isso mesmo! Em mil anos, haverá um grande show na Terra. A onda de choque chegará aos Pilares da Criação e, assim como eles foram criados, serão destruídos.

Só que o show na verdade aconteceu muito tempo atrás. Ou seja, os pilares como nós vemos hoje não existem mais, pois vemos imagens emitidas milhares de anos atrás. Uma vez que a luz tem de viajar uma grande distância, só vai chegar depois que o evento ocorreu.

Quando olhamos para o céu, passam-se segundos, minutos, anos, séculos e milênios de distância. Apesar de termos conhecimento que uma supernova destruiu essa nebulosa como a conhecemos, só poderemos presenciar este evento daqui a mil anos. O universo é intrigante, não?[Gizmodo]

44 comentários

  • adalto:

    acho uma coisa divinamente muito importante,porque faz parte,da criação que significa o futura de uma vida..

  • MariannaGoret:

    Por isso ainda há esperanças em voltar no tempo, ou viajar no futuro.

    • Thiago:

      Porque você tem esperanças nisso?

    • Bruno L. Rocha:

      Fugir do fim do mundo.

    • Raphael Lübe:

      Pro futuro é fisicamente possível, e sim, acontece. Pesquisa sobre o funcionamento do GPS e teoria da relatividade. Pro passado, não. Ainda.

  • Jess:

    Essa imagem é a capa de um livrinho sobre a “criação” que testemunhas de Jeová me deram .

    • Rafael Abrão Sato:

      O nome dele é “Existe um criador que se importa com você” ? Se for eu também já ganhei um

  • Vivian:

    Que estranho. Não consegui entender muito bem não. Isso tudo é tão intrigante… Desculpe a ignorância :S

    • Robson Votri:

      Sabe quando voce olha os meninos jogarem bola, um chuta a bola e só depóis ouve o som? Com a luz o processo é o mesmo, exceto que a velocidade dela é muito maior, entao, funciona assim: A velocidade da luz é proxima dos 300.000 Km por segundo, se estivermos à 600.000 km de uma lampada que se acender, levaremos 2 segundos para perceber. E os pilares da criação estão numa distancia que a luz leva 7.000 anos para percorrer, ou seja A estrela “ja chutou a bola” à 6.000 anos atras, mas ainda nao podemos ouvir seu “som”

  • Eduardo:

    Quer dizer então que se viajássemos numa velocidade um pouco menor que a luz para essa nebulosa, veríamos o espaço “acelerar”?

    • Walrus:

      De certa forma, sim.

  • Corpinho:

    Uma pergunta: o que ainda vamos presenciar é o futuro ou o passado??

    • Jonatas:

      Meu caro amigo Gray do planeta da estrela Mirzan, você viajou vários anos-luz pra fazer essa pergunta a nós, que mal saímos de nossa atmosfera?

    • Jonatas:

      Tudo que você pensa é presente, mas tudo o que vê é passado. A luz, que forma a imagem, viaja no espaço. Ela leva 7.000 anos pra vir da Nebulosa até aqui, e um bilionésimo de segundo pra ir da tela do teu computador aos teus olhos.

  • Lucyano Valdez:

    Pois é. Olhando para o Céu, estamos olhando para o Passado. Nada mais intrigante. E o futuro? O que nos reserva?

    • Aktul-56:

      Só sei que nada sei.

    • Leonardo:

      Nos reserva a morte!

    • Thiago:

      quer dizer que tudo que olhamos no céu é o que passou??

      Ex:se estivermos olhando o céu a noite e vermos uma estrela quer dizer que tem chances da luz dela ainda estar viajando no espaço mesmo que ela esteja destruida??

    • aguiarubra:

      THIAGO

      P.: “…quer dizer que tudo que olhamos no céu é o que passou??…”
      Resp.: é isso mesmo!

      P.; “…Ex: se estivermos olhando o céu a noite e vermos uma estrela quer dizer que tem chances da luz dela ainda estar viajando no espaço mesmo que ela esteja destruida??…”

      Comentário: se estivermos olhando o céu a noite e vermos uma estrela há 1.000 anos luz de distancia, cujo planeta revele existir uma civilização igual a nossa, quer dizer que tem chances da luz dela ainda estar viajando no espaço mesmo que ela esteja destruida, ACOMPANHADA DE NAVES INTERESTELARES VINDO CONQUISTAR NOSSO PLANETA!!! Se tiverem dominado a tecnologia de “dobra espacial”, podem até já estar aqui há 1.000 anos atrás!!!

  • eduardo:

    Só quero ver… se daqui há seis mil anos eu ver nada, vou processar esses cientistas….

    • simon:

      apoiado ! mas são mil anos na verdade

    • Khajiit:

      daqui a 1.000 anos, mano, mil anos, ja se passaram 6.000 anos desde a destruição dos pilares da criação. xD

    • eduardo:

      Que bom! então vou esperar menos tempo….. kkkkk

  • Lander:

    Pois é. também achei estranho esse artigo. como dá pra medir uma coisa maior que a velocidade da luz?

    Tipo, se a luz que é o mais rápido, vai demorar 1000 anos pra chegar aqui, o que foi possível avaliar pra ter certeza que o pilar não existe mais?

    • Andy:

      Matemática. Sabe-se que uma supernova explodiu ali perto a um determinado tempo e que a explosão resultante está indo em direção aos pilares. Usando matemática básica sobre velocidade e distância pode-se calcular o tempo que levaria para chegar aos pilares. Mas como sabemos que o que vemos são de milhares de anos atrás, matematicamente a supernova já deve ter chegado a muito tempo nos pilares, apenas não vemos ainda.

  • Cesar Crash:

    “I know that, when we look up to the sky, that’s the past—seconds, minutes, years, centuries and millennia away.”
    “Quando olhamos para o céu, passam-se segundos, minutos, anos, séculos e milênios de distância.”
    ‘Unidades de tempo’ de distância, não tá meio esquisita essa tradução aí não? Tá certo que em astronomia se fala em anos-luz, mas não me parece que é isso que o autor quis dizer. Ou, na tradução, é o termo distância que está representando tempo? Ah, Sei lá!

    • Walrus:

      A distância e o tempo estão interligados quando ao observar o céu vemos uma imagem em 2D, porém cada ponto (“pixel”) percorreu uma distância diferente, ou seja, o quadro que vemos é uma ‘colagem’ de tempos diferentes.

  • Jonatas:

    Essa Nebulosa tem sido a favorita dos últimos postes de Astronomia do Hype.

  • Luan:

    Como sabem que houve uma supernova se a luz da mesma ainda não chegou a terra?

    • Everton:

      @Luan “Com nossos telescópios, podemos ver a supernova avançando e destruindo tudo o que toca.”

    • Luan:

      A Nebulosa está a 7.000 Anos-luz de distância, e a supernova ocorreu a 6.000 anos atrás, Apenas em 1.000 anos será possivel ver a estrela se tornando uma supernova.

      Esse artigo não parece estar certo ao menos com o meu conhecimento de astronomia.

    • Jonatas:

      Uma supernova varre o espaço em todas as direções.

    • Vinicius Pereira Nascimento:

      Lembrando que todas as medidas da matéria são relacionadas à distância dos objetos em relação à terra… e não à distância entra a supernova e a nebulosa, que é menor.

    • aguiarubra:

      Encontrei na web esta frase sobre o assunto:

      “…(Folha de S.Paulo), o físico Nicolas Flagey, do Instituto de Astrofísica Espacial da França, identificou e mediu a temperatura da nuvem aquecida por trás da nebulosa e associou-a a uma supernova…”

      Não encontrei mais detalhes sobre isso. Talvez nesses próximos dias apareça algo melhor.

      Imagino que, com o auxílio de mainframes, possa-se ter chegado a conclusão de que houve uma supernova que atingiu, há 6 mil (ou 8 mil anos atrás, segundo outras fontes) essa região sideral, cuja luz chegará até nós em mil ou 2 mil anos ainda.

      Dá tempo prá nave interestelar Enterprise se adiantar um pouco e permitir que o capitão Picard observe tal fenômeno mais de perto, né?

    • Rafael:

      A luz pode demorar a chegar, mas a radiação não, e logo a radiação de uma super nova

    • aguiarubra:

      Nada ultrapassa a velocidade da luz!!!! E, se existem mesmo partículas “taquiônicas” (que viajam, no mínimo, na velocidade da luz), não temos tecnologia para captá-las.

    • aguiarubra:

      P.S.: complementando “…partículas “taquiônicas” originadas na supernova, que possam ser percebidas por nossos instrumentos astronômicos!!! (pensei em escrever, mas ‘esqueci’ de escrever).

    • André:

      Mas se os táquions existirem realmente, teoricamente eles viajam para trás no tempo, ou seja, os cientistas de Atlântida podem tê-los captado antes da Supernova explodir =)

    • aguiarubra:

      André

      Eu não tenho a menor ideia do que seria um radiotelescópio equipado com um emissor de táquios. Mas posso imaginar que um tal emissor, originando táquios da Terra em direção à Nebulosa da Águia, pudesse captar o exato instante em que a supernova explodiu, há 6.000 anos atrás e nos trouxesse uma imagem antes que a luz “visível” chegasse aqui com a mesma informação!!!

    • Matheus H.:

      Eu imagino que os cientistas viram algum sinal de que iria ocorrer a supernova (com base nos modelos estelares) e realizaram os calculos para saber quando veremos o evento.

  • UTILIDADES VIRTUAIS:

    desculpe minha ignorância, mas como é que os cientistas sabem da explosão da supernova há 6 mil anos atras se a luz da explosão também leva 7 mil anos para chegar até aqui????

    • Cesar:

      A luz da supernova deve ter sido registrada 1.000 anos atrás, por astrônomos da época. O que vai destruir os “pilares” não é a luz, mas a onda de choque e de matéria expelida pela supernova, e esta sim, viaja a velocidades mais lentas.

    • SimonViegas (@SimonViegas):

      «desculpe minha ignorância, mas como é que os cientistas sabem da explosão da supernova há 6 mil anos atras se a luz da explosão também leva 7 mil anos para chegar até aqui????»

      @UTILIDADES VIRTUAIS, vou tentar explicar, veja:

      A devastação da Supernova não é instantânea. Ela vai percorrendo a velocidade no mínimo menor que a da luz.

      Algumas luzes de objetos que foram devastados por ela já chegaram aqui.

      OBSERVAÇÃO: veja que esses objetos podem até está mais longe que as colunas. O que importa é que a luz que chegou aqui já está com os efeitos da Supernova, ou seja, quanto menor for a velocidade da devastação, mas é possível ter objetos mais afastados da Terra. (A luz vai vim antes da devastação, daí a devastação consome as colunas, e daí a luz das colunas vem para a Terra).

      Logo a Supernova pode está inclusive mais longe que as colunas…

      RESUMO

      O que ocorreu:

      Tempo da luz dos objetos visto já devastados até a Terra < Tempo da viagem da devastação até a coluna em relação aos objetos + o tempo da luz da coluna até a Terra.

      7000 anos é o tempo da coluna devastada até aqui, mas isso só ocorreu a 6000 anos atrás. Faltam 1000.

      Outro ilustração (hipotética):

      Objeto A.
      10.000 anos luz de distância
      Explodido a 15.000 anos atrás.

      Colunas
      7.000 anos luz de distância.
      Explodido a 6.000 anos.

      Logo, a onda de choque demorou 9.000 anos para chegar nas colunas, mas já teríamos observado a Supernova a 5.000 mil anos atrás! Mas só veremos a bagaça nas colunas daqui a 1000.

      Att
      Simon Viegas

  • Jonatas:

    A vida de estrelas semelhantes ao Sol ou menores, mais numerosas na galáxia, é de bilhões de anos. Dado que a Via Láctea tem pouco mais de 100.000 anos-luz de diâmetro, as que vemos ainda são confiáveis se você for navegar por toda a galáxia e precisar de referências. Agora, jamais se baseie em Nebulosas como a da Águia, Órion, ou remanescentes de supernovas. Elas se desfiguram muito rapidamente (em termos cósmicos) devido ao vento e radiação das estrelas, ou mesmo de Pulsares, no caso das de supernova. Assim como nuvens que se moldam aos ventos no nosso céu, as Nebulosas se moldam aos ventos e gravidades estelares.

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