Premeditação

Por , em 31.10.2008

[box type=”shadow”]Este é o primeiro conto que o renomado autor André Carneiro publica na internet. Por isso estaremos sorteando uma cópia do livro de sua autoria Confissões do Inexplicável para um dos comentáristas deste conto.[/box]

premeditacao andre carneiro

Uma caverna úmida e quente, o tribunal. Sete jurados olhavam o vácuo. Quatro eu conhecia. José Sabino, negociante. Tinha uma filha. O Ferreira era fazendeiro. Conversava com ele, às vezes. Mais o Alfonso e o velho do bilhar. Dos outros me lembrava vagamente. Aquele do canto não ouvia. Brilhava a ponta do meu sapato, a sola mais gasta nos lados. Os joelhos juntos e comprimidos, enquanto o promotor lançava os braços para a frente, a palmeira do jardim aparecia e desaparecia atrás do meu ombro.

“… Crime brutal e premeditado, não importam os motivos sentimentais que a defesa lembre, para justificar o ato deste criminoso sem escrúpulos. Houve premeditação provada com a carta ao seu pai…”

O escrivão espiou a paisagem pela janela escancarada. Tremia o céu azul, as mãos do promotor batiam no ar pesado, dois leques desesperados. Não podia me virar. Nas minhas costas, cochichavam. E o pai, onde estaria, com seus olhos de água, os dentes brancos, como os de Elvira?

As mãos apertaram a borda da mesa. As veias desenharam curvas azuis. “… lembrem-se senhores jurados, dos dizeres desta carta, na sala secreta. Aqui está na pg.45 dos autos: Querido papai, Fernando me convenceu de que não podíamos mais viver. Morreremos os dois hoje. Perdoe sua filha. Elvira”

Os olhos castanhos de Elvira. A rua comprida, nós dois pisando leve, numa prudência inútil. Ela tentou retirar a mão. Que importância tem? Todos andam de braço. Elvira puxou, os músculos não obedeciam. Duas horas antes, nossos rostos estavam juntos, no baile. Você dança maravilhosamente, Elvira. Fomos ao terraço e beijei-a na face. Os olhos muito perto viraram um só. “Não, não quero.” Suas mãos no meu peito, os olhos dizendo sim. “Fernando, você me acha uma garota vulgar?” Minha mão deslizou na sua cintura. A rua se desenrolava vazia. As casas olhando uma para as outras, as beiradas como bonés. Lá no fim, a casa. Um muro baixo, com portão de ferro. Olho os lábios de Elvira. São grossos e vermelhos de batom.

Não, você não é vulgar, não confundamos os gestos normais com sua personalidade. Que importância há, repetir o que era velho no tempo de Cleópatra?

A casa vem vindo, o ruído dos passos ficou para trás, na calçada, agora os pés trituram a areia fina.

Há um perfume de cabelos longos. Elvira treme. A casa parou em nossa frente. Não tem medo de morar aqui sozinha? Não esperei resposta, as palavras correram inúteis. Nossos lábios se trituraram, meu olho esquerdo dentro dos seus cabelos… “Não, não, não é direito.”

Boa noite. Afastei-me. Elvira olhou-me decepcionada e foi para dentro do jardim. Seus passos rangeram no cimento. A chave saiu da bolsa e o brilho niquelado desapareceu na fechadura. Entrei. Eu abro para você, Elvira. Ela recuou, uma frase suspensa nos lábios. A porta girou numa aquiescência cúmplice e o interruptor da luz deu um estalo seco. Elvira repetiu como um disco quebrado: “Não é direito, não é direito.”

É relativo o peso das palavras. O que não é direito? Abri a porta, estou olhando para você. Só. Deixe a bolsa na mesa, sente-se aqui. Ela encostou-se à mesa, os seios altos arfando compassados. Seu pai virá amanha? Elvira balançou a cabeça: “Fale baixo, a empregada pode ouvir.” O inevitável rondava pela sala. Estávamos em transe, tudo se dispersava. Os olhos brilhantes, os músculos nítidos agarrando a borda da poltrona, Elvira ainda recostada na mesa, como um felino em expectativa. As idéias saiam frouxas, de repente um silêncio enorme cobria tudo. nos dois afogados dentro, a poltrona dando estalos ridículos. Levantei-me: Elvira disse “não” com os lábios entreabertos. No corredor, um quarto azul me acenava. Fui levando-a devagarinho, o silêncio atrás, como um cão de fila.

O quarto azul, os cabelos longos de Elvira. “Senhores jurados: minha missão neste tribunal não se revestirá de patéticos apelos. Nem de sentimentalismos baratos. Devemos fazer justiça, portanto estudaremos os autos com a visão fria da verdade. “Na noite de dez de novembro.”

Onde estivesse, Elvira estaria rindo. Apenas aquele trejeito dos lábios, sarcástico e desamparado ao mesmo tempo.

“Fernando, espere-me hoje às oito horas.” Hoje não posso, tenho serviço atrasado… Porque tudo mudara, depois daquilo? Meus olhos descobriram “rouge” no seu rosto. o vestido azul era deselegante. aquela maneira de segurar meu pulso, numa carícia monótona… Desaparecera o amor ou não tivera sequer existido? Detesto explicações. Amor… Os cabelos longos, os lábios vermelhos, a voz grave explodindo num riso inexplicável. Fizera-lhe declarações, até literatice. Mas um pudor do lugar comum impedia-me de repetir as frases feitas que ela gostaria de ouvir. Elvira tornou-se amarga. “Pelo amor de Deus, Fernando, você não compreende”. Eu compreendia bem, e temia. Sentia-me coagido a legalizar burocraticamente um ato ao qual nunca dei muita importância. De quem a culpa? Os olhos de Elvira umedeciam. Limpava-os com o lenço e beijava seu rosto.

“Fica suspensa a sessão por vinte minutos.” Saio da sala, os dois guardas ao meu lado, a suada farda amarela. Minha cabeça baixa, seria inútil erguer os ombros agora. Na última fila encontrei os olhos de Beatriz. Boiavam neles uma dúvida e a pergunta: “E se tivesse sido comigo?…” A palavra assassino sibilava pela sala. Senti atrás de mim o olhar de Beatriz. Beatriz pequenina, de zigomas salientes e sorriso ingênuo. Beatriz a querer saber por quê? Por quê? Seus lábios infantis eram um repouso. Não tinham a segurança de Elvira. Um anel absurdamente grande na mão pequena.

Ela não acreditara. Eu repeti: Não me casarei nunca com você, Beatriz. E trouxe-me num atordoamento de carinho, eu me deixando levar, no fim tudo se resolve.

Elvira soube. E um silêncio enorme se acumulou até o transbordamento penoso: “Fernando, contaram-me algo de Beatriz e você…” Veio à explicação difícil, as lágrimas insuportáveis… As duas fardas conduziram-me de volta. Entardecia já. Um vento fresco agitou os papéis na mesa do juiz. Nas faces dos jurados transparecia um cansaço irremediável. Que vontade de olhar para trás. Ódio ou piedade? Elvira morta, Beatriz na última fila, o promotor bebendo água aos goles: “Senhores jurados, deduz-se claramente das circunstâncias, que o réu deveria ter prometido casamento à sua vítima. Depois, acovardado…”

Elvira fizera o trejeito com os lábios carnudos. Eu pronunciei a frase lentamente, como se recitasse uma lição: não me fale mais em Beatriz. Elvira, eu vou casar-me com você. Ela descerrou os lábios. Os dentes brilharam um instante antes que se desprendesse a velha interrogação. Amor, sempre o amor. Fui rude. Coisas eternas me repugnavam, enchiam-me de tédio as definições. Para que disseminar meus sentimentos. Tirá-los da sua acomodada displicência? Íamos casar. Papéis selados ratificam tudo. Elvira chorou. Puxei-a para meus ombros, minhas mãos tecendo uma carícia tímida nas espáduas. Beijei-a, mas a despedida teve um sabor de coisa incompleta e nos seus lábios, encontrei o gosto áspero das palavras contidas.

Contei parte da verdade a Beatriz. Ela abriu os olhos espantados. Sua transparência não comportava sutilezas, acreditou em tudo. A testa abaulada chegava aos meus lábios que roçaram seus cabelos num adeus quase paterno. Agora pertencia a Elvira somente. A sensação de posse me irritava. Elvira empregava o plural, meu colarinho apertava como a coleira de um cãozinho. Ela escondia alguma coisa. Estaria grávida? Se não estivesse, qual a minha atitude? Nem eu sabia.

Beatriz foi virando nevoeiro, não me importei mais. Desmanchara-se o triângulo. Mas éramos três ainda. Eu, Elvira e aquilo que estava por vir. Ela chorava. Eu dava-lhe o lenço e não dizia nada. O silêncio era uma coisa sólida, material, um muro definitivo.

Elvira abraçou-me como não fazia há tempos. A frase se destacou nítida, no ar: “Fernando, papai irá viajar amanhã.” Julguei entender-lhe o sentido. Mas não, certamente não era isso. E se estivesse tentando agora a arma dos seus encantos?

“Fernando, papai irá viajar amanhã.”

Já sei Elvira, quando volta? Não ouvi a resposta. Lembrei-me daquele dia, encostada na mesa. Os seios altos, olhos molhados, nervos arrepiados de desejo. A palavra “não” nos lábios. Nunca tivéramos outra oportunidade, depois daquilo. Nem queríamos ter. Tudo fôra demasiado rápido, as obrigações me afligiam. Amanhã o pai iria viajar. Poderíamos estar sós, na casa. Ninguém sabia de nosso segredo, nem Beatriz bobinha não percebera nada. Elvira era minha noiva. Íamos casar…

O Código Penal deslizou pela mesa deixando um sulco de poeira. A palmeira oscilou por trás dos ombros: “… cianureto de potássio, senhores jurados, o réu empregou um veneno violento e de fácil procura, mas a carta foi a sua perdição. A carta cuja existência ele desconhecia, o que prova ter sido sua intenção, não um pacto de suicídio, mas um assassinato puro e simples…”

Saúvas vermelhas no pozinho branco. O Ferreira, fazendeiro, devia saber. Uma colherinha só, morte instantânea.

“Fernando, papai irá viajar amanhã.” A maldita carta debaixo do travesseiro. Meus ouvidos zuniam. Mudei a posição das pernas, devagar, antes que dormissem, O jurado do canto não ouvia.

O vento balançou os cabelos do promotor. O oficial de justiça foi fechar a janela e os jurados olharam, como se dali fosse sair algo.

A pg. 46 dos autos não dizia a verdade. Em 10 de novembro passei um dia calmo. Elvira misturada com o céu azul, com a água, com as árvores. À noite, encontrei-a debaixo da mesma lua e das mesmas estrelas, os eucaliptos oscilando os cimos prateados, como velhas cabeças desiludidas. A paisagem ignorava o drama, fazendo a mais gasta das reprises.

Elvira estava de olhos brilhantes, a carta já dormia, sufocada no travesseiro. Minha mão na sua cintura, a rua vazia. A casa foi se aproximando. O portão de ferro entreaberto, a chave na fechadura, o sofá. A mesa estava posta. “Fernando, preparei café para nós.” Eu não gostava de café. “Venha, venha, vamos tomar.” Sentei-me e abri o guardanapo. Parecia haver algo estranho e falso, como um espetáculo de mágico decadente. Elvira derramou o líquido negro nas xícaras e disse: “Agora vou me vingar de você.” E bebeu. Quase imediatamente o corpo soltou-se da cadeira e foi para o chão, a boca num rictus repugnante. Julguei que desmaiara, sacudi-a rudemente. Como seria se não acordasse logo, minha presença ali…

Corri atrás de um médico e inventei uma história.

“Esta morta” Franzindo as rugas profissionais, o Dr. Bueno insistiu: “Está morta por cianureto, ainda há um resto aqui.”

O juiz explicou os quesitos aos jurados. A escolta amarela levou-me para fora. Quando voltei, Beatriz chorava na última fila. Não vi o pai de Elvira. À noite entrara sub-reptícia, enchendo de ângulos o rosto fechado do advogado. Sabíamos o resultado.

De uma cortina negra veio surgindo o rosto de Elvira. Os cabelos escorriam pelos ombros, os irônicos lábios curvados, o olhar úmido de ódio. Foi de sua boca que ouvi a sentença: “Quinze anos de prisão”.

Quando a sala se esvaziou levaram-me para a cela. Elvira me esperava lá, a boca num rictus repugnante, o rosto pálido. Nas sombras, no teto, nas paredes esburacadas…

andré carneiro André Carneiro não é só um dos primeiros escritores de ficção científica do Brasil, mas também é um autor consagrado mundialmente, elogiado por críticos nos EUA e com contos publicados ao lado de grandes nomes como Arthur C. Clarke, H. G. Wells e Isaac Asimov.

56 comentários

  • Glauber Gorski:

    Tive o privilégio de conhecer o mestre André Carneiro quando dirigia um programa de televisão. Fui de imediato contaminado pelo espírito empreendedor e artístico do homem. Agora corro atrás de um lucro/prejuízo, desfilando pelo prazer da senda dos pensamentos compostos, conexos com um contar-pensar que eu mesmo não sabia ter.
    Espero que, assim que uma obra minha venha à luz do prelo, o mestre não caia de vergonha.
    (Morrer de orgulho seria esperar o paraíso)

  • Philipe:

    Um livro para se ler mais de uma vez, nos deixa liçoes importantes e realmente nos faz pensar, vale a pena te-lo!

  • lisa:

    o livro já foi sorteado?
    se não, tbm quero concorrer, à ele e às outras obras do carneiro! please! sorteiem mais!!! obrigada 🙂

  • Manoel Dias De Sá:

    Muito louco, não entendi nada mais fiquei interessado, talvez por isso seja inexplicável.

  • Denizard Silveira:

    Eu adoro esse tipo de histórias
    Mas não tenho um estudo grande pra comentar sobre elas
    mas adoro ler
    muito shown.

  • Marcelo Marcilio Ratier Chacur:

    Conhecia André Carneiro por sua obra pioneira na ficção científica nacional.
    Surpreso deparo-me neste conto com um autor brilhante na construção da trama e na sua insólita apresentação, Denso, rápido e presiso o conto é de facil e interessante leitura.

    Marcelo Chacur

  • Dálete:

    poxa… não conseguia parar de ler…

  • Ricardo:

    O seu livro é bom, gostaria de um exemplar por causa de seus “27” capitulos.

  • César Augusto Pessôa:

    Muito bom, com certeza não há so criatividade mas talento compondo este conto…

    Gostei, aprovei e quero mais …

  • elizabeth luz:

    Um autor excelente e forte que eu praticamente desconhecia e que de agora em diante estará entre meus preferidos.

  • Cássio Corteze:

    Muito interessante!!!

  • mario remi marques moreira:

    Interessante. Em determinados momentos arrebatador. Instigante e acima de tudo muito realista, apesar de tratar-se de um autor “ficcionista”.
    Assim como os demais participantes, também gostaria de ganhar o livro.

  • Jnicolau:

    Ler… Viajar além do universo conhecido e/ou imaginado… Gozo sonhado… Imprudência na fantasia… Devaneio cerebral… É muito mais… Salve os escritores… Salve André Carneiro…

  • Liana:

    A linguagem do André é simples e direta.
    Também compreendi, como o Mustafá, que Elvira tramou seu suicídio de forma a incriminar Fernando.
    Elvira teve o entendimento de que jamais conseguiria segurar Fernando, cuja natureza era pular de galho em galho. Quando soube da rival, premeditou o café, tendo o cuidado de deixar a carta incriminatória.
    Vale a pena ganhar Confissões do Inexplicável. Só o título já vale o livro. Detalhe: autografado pelo autor.

  • Ivanildes Lopes:

    òtimo, adorei é um extraordinário.
    Parabéns!!

  • Ameli:

    Olá! Receber um livro de presente é o maior de todos os elogios.
    Achei muito interessante esse conto. Gostaria de ler mais contos desse autor. Acredito que as pessoas que escrevem tiram de cada história criada uma lição para sua vida pessoal.
    Parabéns! Continue escrevendo sempre mais,Senhor André, porque como não sou atriz para viver esses papéis, me delicio lendo o que o Senhor escreve.Um abraço. Ameli

  • Mateine:

    Apenas percebemos que as coisas nem sempre são o que parece ser. As escolhas que fazemos certamente nos levarão a algum lugar, e nem sempre para onde planejávamos. Viver o hoje como se não houvesse amanhã, nos faz viver um amanhã com a certeza de que o ontem jamais deveria ter existido. Não deveríamos decidir baseados unicamente no momento em que estamos, pois outros momentos virão.
    Parabéns ao hypescience!

  • Jorge Alencar Chorba:

    Interessante. Arremete-nos ao mundo desconhecido e despreparado de nossa “justiça”, de nossos “julgadores”.
    Seria concebível alguém acreditar? Para quem já passou por alguma “injustiça” a vontade que dá é devorar o conto em segundos.
    Somos o que somos. Confissões do Inexplicável em um mundo inexplicável

  • Jorge Alencar Chorba:

    Interessante.
    Arremete-nos ao mundo desconhecido e despreparado de nossa “justiça”, de nossos “julgadores”.
    Seria concebível alguém acreditar?
    Para quem já passou por alguma “injustiça” a vontade que dá é devorar o conto em segundos.
    Somos o que somos ou “tentamos ser”.
    Confissões do Inexplicável neste mundo inexplicável…

  • paulo reniere:

    eu tb queroo

  • Juliana:

    Sempre gostei desse tipo de leitura, que faz com que nada nos tire a atenção até o último ponto final….
    Quero esse livro!!!

  • SUZANE SILVA:

    iNSTIGANTE. AS PALAVRAS ORQUESTRADAS DE FORMA CATIVANTE NOS INSTIGAM A CONTINUAR A LEITURA, CATIVANDO-NOS.

  • Luiz Joaquim:

    Quando a verdade se torna mais difícil de entender do que as aparências. Quem jamais iria acreditar se Fernando contasse a história verdadeira? Esse conto leva à reflexão, acontecem coisas semelhantes muitas vezes na nossa realidade, mas as aparências acabam dominando os acontecimentos. Nota 10! Espero ler outros, e também espero ganhar o livro

  • Jonhson:

    Ótimo trabalho. Uma obra que vale a pena ler por inteiro. Principalmente se for ganho de presente. Parabéns ao autor.

  • Abner Montagnolli:

    Um sorteio? Que ótimo!
    Quem dera que houvesse um todos os dias em um monte de lugares; um livro é sempre bem-vindo. Sinceramente, um livro pode acabar se tornando melhor companhia que algumas pessoas. E não, não estou exagerando, ninguém aqui conhece por exemplo a minha irmã mais velha, sei muito bem o que digo…
    Mas enfim, voltando ao assunto… EU QUEROO!!

  • Franssine:

    Conto muito bem elaborado, envolvente, bem escrito e de muito bom gosto! Espero terminar de ler o livro.
    Parabéns ao escritor

  • Smadson Lima:

    Confissões do Inexplicável…
    Gostaria de receber um exemplar, gostei da linguagem.

  • Roberto Raimondo:

    No fim das contas somente sabemos que não sabemos. Oti mo conto.!!!

  • joelma:

    Bom, pode ser fiçção ou não…. como somos falsos com nossas palavras…. com nossas verdades…. e carregamos toda consequencia durante nossas vidas….

  • Mustafá Ali Kanso:

    O estilo de André Carneiro é incomparável. Dono de uma narrativa poderosa e envolvente nos dá sempre uma lição de boa literatura. Esse conto em especial, devido à linguagem quase poética e sua ótima estrutura não linear ilustra muito bem por que este autor é tão festejado no primeiro mundo, tendo fãs ilustres tais como Van Vogt e Uribe só para citar alguns.

    O HypeSciense está de parabéns por essa excelente iniciativa que envolve a publicação do artigo e do conto e agora o sorteio do livro e consequentemente o incentivo direto à leitura.

    Voltando ao conto e trazendo minha colaboração aos demais leitores, o diferencial na obra do André é que tudo o que ele escreve nos convida à pensar. Logo não existe uma leitura fácil para qualquer um de seus textos. É preciso queimar fosfato para entender. Por exemplo, eu entendi que o jovem Fernando foi enredado numa trama genial de Elvira. Ela, percebendo que seria abandonada, premeditou seu próprio suicídio e escreveu uma carta incriminando Fernando. Isso sim é vingança. E você leitor, entendeu dessa mesma forma que eu? Um abração a todos.

  • Yassu:

    Fiquei muito curioso… Gostaria muito de receber esse livro.

  • Arleide:

    Nunca devemos brincar com o sentimentos das pessoas, pois nunca saberemos do que são capazes… respeito isso é tudo…

  • Marcelo Passos:

    Eu quero!

  • sergio vasconcellos:

    Este conto nos mostra a sensação dos réus perante aqueles que sequer sabem algo de si, mas serão responsáveis pela sua condenação ou absolvição, e onde o explicável do réu se torna inexplicável.

  • andrew:

    eeeeeeeee quero o livrooo

  • Valquiria Voltolini:

    Enigmático e inteligente, do jeitinho que eu gosto. Parabéns ao escritor André Carneiro que com certeza deixará sua literatura e nome eternizadas em muitas cabeceiras.

  • marcia:

    Linguagem clara, interessante.Gostei.

  • Camila:

    Sempre gostei de ler, achei o conto espetacular…o autor escreve muito bem. Gostaria imensamente de ganhar o livro.

  • Manoel de Azevedo Neto:

    >AO LER O INICIO DESTA HISTÓRIA ACHEI BASTANTE PARECIDO COM UMA FAMILIA EM QUE CONHECI NA CIDADE DE (TENENTE ANANIAS) NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO ANO DE 1978 QUE TINHA UMA MINA DE AGUAS MARINHA E O SEU PROPIETARIO SE CHAMAVA (MIGUEL ANORATO ALVES), POBRE, FERREIRO DAS MINAS DE CHELITAS DE CURAIS NOVOS NO MESMO ESTADO (RN).
    >O MESMO RESOLVEU ESPLORAR ESTA PEQUENA MINA E VIROU UM HOMEM BEM SUCEDIDO NESTA CIDADE (TENENTE ANANIAS R/N) ONDE POR ACASO CONHECI NA ENTREGA DE 02 (DOIS) TRATORES DE ESTEIRA CATERPILLAR PARA AUXILIAR NA MINA E EM OUTROS SERVIÇOS DENTRO DA REGIÃO ONDE MORAVA.

  • Olivia Freire:

    Muito interessante!

  • jackson albuquerque:

    Um conto que necessita muita concentração para entender. ostaria de receber outros. Jackson

  • Nilza Braga:

    Excelente conto, com todos os ingredientes do gênero muito bem dosados e servidos. Me fez pensar em cenas dispersas de Hitchcock, com suas tramas elaboradas. Certamente será um excelente ponto de partida para um roteiro de filme de suspense,ao estilo de “Disque M para matar”.

  • Ricardo:

    Muito bom o conto!! Gostaria de conhecer mais obras de André Carneiro. Parabéns HS.

  • Marcelo:

    Simplesmente fantástico. De uma realidade espantosa, que serve para ser transformado em um roteiro de filme. Pode-se dizer que está pronto.
    Envolvente, dramático, surpreendente, sinistro, trama bem desenvolvida, de uma maturidade fantástica.
    Parabéns. Tem-se que valorizar o que há de melhor entre nós brasileiros.
    Parabéns André!!!

  • Larie:

    O André Carneiro é muito bom, e por mais que eu gostaria de ganhar o Confissões do Inexplicavel, o livro dele que eu realmente gostaria de ler é o Amorquia. Vi falando sobre ele em uma outra matéria do Hypescience e não encontrei em lugar algum a venda. Enfim, espero que eu ganhe mesmo assim =D

  • Aline:

    A vida é realmente um mar de emoções. Onde a certeza que tudo sera no final um grande aprendizado de amor. Os trechos do livro.

  • Alessandro:

    Cara, adorei o conto, leva bem o estilo do André Carneiro.

  • Rodrigo de Oliveira:

    Ótimo, adorei, ponto importante é a semelhança com juris brasileiros e não a mistura que ocorre em novelas da tv.

    Deixo meu comentário para participar do sorteio.

  • Lucio Carlos Leonel:

    Li o conto inteiro e achei ótimo! A linguaguem clara do autor misturando presente e passado ao memo tempo mostra uma habilidade extraordinaria !
    Ao mesmo tempo que o personagem {réu em um julgamento}, relembra o seu caso amoroso com Elvira, acaba por ouvir a sentença de 15 anos de prisão! Tudo tao natural que o autor nem precisa fazer chamadas ou conduzir o leitor!
    Mas eu so achei o desfecho um pouco duro, pois o réu “inocente?”
    nao teve nada para alegar em seu favor! E como não há crime perfeito “suicidio?” algo deveria salvá-lo! A não ser que o conto continua…
    Parabéns e sucesso!

  • Joab S. Santos:

    Jamais permitamos que a existência de André Carneiro se desvanceça em nossas memórias. Ele que é mais uma prova viva de que em “terras tupiniquins” pode advir grandes expressões da arte e da literatura visionária. Sim, celebremos esse Mago da Science Fiction, genuinamente brasileiro que nos provou mais uma vez que não há limites para um intelecto poderoso e um espírito sedento de alcançar os altos cumes das realizações humanas.

    Salve, Save André Carneiro.

  • Diego:

    Tipo de livro para depois da leitura para e pensar em certos aspectos que passam despercebidos. Revelação supreendente no final. Parece ser um livro bom! Espero ganhar…….

  • ULISSES APARECIDO RIBEIRO:

    Este livro eu mereço ter próximo de mim,na cabeceira da minha cama>

  • Fabio Novaski:

    Muito 10!!!

  • Raphael Silveira:

    Eu quero!!!

  • Joao Neutzling Jr:

    Esta obra mostra que nós todos ainda temos muito que evoluir como humanos de verdade.

  • raphael vinicius:

    e ai como termina o final, querro ganhar o livro

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