Quando computadores serão tão poderosos quanto o cérebro humano?

Por , em 15.05.2013

De máquinas gigantescas que ocupavam o andar de um prédio a aparelhos que cabem no bolso, os computadores passaram por uma evolução impressionante em questão de décadas – dobrando sua capacidade de processamento a cada 18 meses, aproximadamente. Se mantivermos esse ritmo, quando a humanidade estará mais próxima de um cenário como o de O Exterminador do Futuro ou Eu, Robô?

Antes de prosseguir, é importante estabelecer um critério de comparação. A equipe do site Mother Jones escolheu a capacidade de cálculos por segundo e, para facilitar a visualização, traçou um paralelo entre a quantidade de água (em onça fluida estadunidense, que equivale a cerca de 29 ml) do Lago Michigan (EUA) e o número de cálculos que o cérebro humano consegue realizar em um segundo.

Em cálculos por segundo, o volume em onças fluidas do Lago Michigan é igual a capacidade do nosso cérebro: 2,88 x 10¹⁷. Se o esvaziássemos e o quiséssemos preencher totalmente, isso seria possível em 85 anos. Ou seja, partindo de um cálculo por segundo em 1940, os computadores seguem evoluindo cada vez mais rápido e, nesse ritmo, chegarão à capacidade do cérebro humano em 2025. Se isso vai se traduzir em robôs tiranos capazes de escravizar a humanidade, porém, ainda é cedo para dizer.[Gizmodo]

8 comentários

  • Gödel Téssera:

    Esses cálculos são feitos em cima de computadores tradicionais ou quânticos? Acho que com os quânticos chegaremos a esse cenário antes de 2025.

  • junnior:

    Às vezes me sinto no Minilua quando leio este site. Escravizar a humanidade? Hypescience, por favor, né?! Existem matérias ótimas aqui, com conteúdo genuinamente científico, mas tem outras que… Francamente!

    • Guilherme de Souza:

      Quer dizer que uma brincadeira com O Exterminador do Futuro e outros “cenários apocalípticos robôs” estragou o conteúdo científico da matéria?

      Discordo (embora, claro, você tenha todo o direito de pensar assim)

  • D:

    Acho que a recorrência dessa pergunta sobre máquinas escravizando humanos tem muito mais a ver com o cinema e a literatura do que com a realidade. Sempre tem alguém que questiona isso.
    Não está claro que a divisão entre humano e máquina perderá o sentido? Não parece óbvio que as máquinas se tornação cada vez mais orgânicas e humanos cada vez mais cibernéticos, haverá uma fusão, não uma “rivalidade”?

    • icarofsx:

      Exatamente caro “D”. Na verdade, essa ideia de máquinas assassinas escravizando humanos, vociferado contumazmente pelo cinema, não passa de um auto-retrato de nós mesmos. Assim, projetamos os defeitos humanos em máquinas assassinas, Ets destruidores e conquistadores etc.

      Realmente, hoje já podemos ver uma certa simbiose de homem e máquina quando falamos em próteses, membros biônicos etc. Vale lembrar que temos apenas 60 anos de tecnologia, imagine quando tivermos 1000 anos. Enfim, se vai ser para melhorar e ajudar a raça humana, seja aumentando a expectativa de vida ou curando doenças, a tendência é a simbiose.

      Mas aí teremos uma questão ética: até que ponto poderemos nós chamar de “humanos”? O que nós caracteriza “humanos” é apenas o aspecto físico e fisiológico? Ou é a nossa psiquê?

    • Israel Filósofo:

      Acredito que isso pode não ser assim, tão “simples” como você está colocando aí. Veja só, haverão pessoas que se negarão a se tornarem cibernéticos. Em contrapartida, se houver mesmo uma máquina capaz de pensar como um humano, essa máquina pode sim não tolerar outros humanos e até mesmo outras máquinas.
      Os humanos não se aceitam entre eles, aceitariam então outros não humanos… Bom, acho que isso não vai ser muito fácil como alguns imaginam.
      Sem contar que isso dependerá do desenvolvimento de cada lugar. Veja só, hoje conversamos aqui pela internet, enquanto jovens, das regiões pobres do nosso próprio país, nunca tocaram num teclado. Por isso é preciso avaliar também quem serão os “humanos cibernéticos”, pois esses mesmos poderão representar alguma resistência aos que jamais serão, por questão sociais, próximos da cibernética. Isso pode vir a ser até mesmo um motivo para aniquilação dos menos favorecidos, como por exemplo, algumas populações do norte da África, dentre outas.
      Ou questão que está deixando de ser levantada, que também está no âmbito cultural, é a religião. Veja só, as religiões mais presentes no mundo tem um cuidado extremo com o corpo do indivíduo, fazendo oposição em muitos casos até mesmo em relação a opções sexuais das pessoas. Um humano cibernético não seria bem aceito por pessoas religiosa e esse tipo de progresso teria grande resistência, independente de quantas vidas salvariam. Veja só, não se importando com o fato da AIDS ser um problema enorme no África (e em muito outros países) as autoridades religiosas se opõe ao uso dos preservativos… Já imaginou o que não faria em relação a sua visão do futuro?
      E pra por fim ao meu comentário, ainda coloco aqui a questão da ética e da bioética, que provavelmente irá por muitas barreiras para que tais coisas sejam como você imaginou.

      Posso estar errado em todas as minha colocações, mas elas também são muito possíveis.

    • icarofsx:

      Israel Filósofo, pessoas ou religiões são contra o uso do marca-passo? De implantes para pessoas ouvirem, enxergarem, andarem?

      Data vênia, mas acho que vc não entendeu o que o “D” disse. A simbiose da qual nos referimos já ocorre hoje no mundo, mais especificamente no campo da medicina. É algo sutil, mas permanente. Cada vez mais criamos tecnologias que são implantadas dentro do corpo humano. Se vc for ver, de outro ponto de vista, essa mesma ideia já ocorreu com medicamentos, pois foram criados para melhorar a qualidade e expectativa de vida. Futuramente, implantes vão ser criados para melhorar nossa capacidade cognitiva, para aumentar nossa expectativa de vida etc.

      Note, então, que vc entendeu errado. Não é que, do dia para noite, as pessoas se tornarão máquinas. É absurdo pensar assim. Mas no futuro, implantes vão ser algo tão banal quanto hoje são os celulares. E principalmente para aquelas pessoas q possuem algum problema físico ou motor.

      Enfim, não é algo q ocorrerá de supetão, q ocorrerá de uma hora para outra. Não será algo imposto a alguns. Será algo sutil, como o foi a tecnologia que nós, hoje, utilizamos.

      Questões religiosas não valem à pena discutir aqui, haja vista os variados dogmas religiosos.

      No mais, até certo ponto questões éticas não serão problema algum na implantação dessas tecnologias (hoje não o são), até porque algo q fortaleça o corpo humano é sempre bem vindo. A questão ética q citei diz respeito a algo mais abrangente: qual o liame para deixarmos de ser humanos para nos tornamos outra espécie?

      Não entendi a referência à questão bioética.

    • D:

      Os ciborgues serão humanos melhorados, vivendo mais e melhor. As pessoas terão o pleno direito de resistir, assim como alguns religiosos resistem à transfusões, outros resistiram ao uso da eletricidade quando foi inventada, etc.
      Estarão nas mãos da seleção natural e ficarão para trás, simples assim.

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