Quando vale a pena ter excesso de confiança

Por , em 16.08.2012

Visto por muitos como um defeito a ser combatido, o excesso de confiança pode, sim, trazer alguns benefícios (ao menos temporariamente): maior influência, melhores cargos e salários mais atraentes. A conclusão é de uma série de estudos feita recentemente por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Bekerley (EUA).

“Pessoas que se acreditavam melhores do que as outras, mesmo que não fossem, conquistavam lugares mais elevados na escala social”, disse o professor Cameron Anderson. Em grupos de trabalho, por exemplo, essas pessoas tendem a ser mais admiradas, ouvidas e influentes.

Em um dos experimentos, foi feita uma filmagem de pesquisadores em um laboratório. Com as gravações em mãos, a equipe analisou o comportamento e o desempenho dos participantes dentro do grupo. Resultado: indivíduos excessivamente confiantes falavam mais, com mais convicção, providenciavam mais informações e agiam com mais calma do que seus colegas. Além disso, eles eram mais convincentes na hora de mostrar sua capacidade, mesmo que outros participantes fossem, de fato, mais competentes.

“Eles simplesmente participaram mais e exibiram mais conforto com as tarefas”, aponta Anderson. Para ele, os resultados explicam por que existem tantos casos de funcionários que são promovidos mesmo quando há colegas mais indicados para o cargo, em termos de capacidade técnica.

“Em empresas, as pessoas são facilmente convencidas pela confiança de outros, mesmo que esta seja injustificada”, opina. E você, leitor, conhece gente que se sobressai mesmo quando não tem tanto a oferecer?[Live Science]

2 comentários

  • Yuri Herdt:

    A confiança tem de estar proporcional a sua capacidade e competência, visto a sabia frase: “Não sabia que era impossivel, foi lá e fez.” Devemos entender que muitas vezes, existem oportunidades que são ridiculamente simples mas ninguem percebe. Ao mesmo tempo não entendemos exatamente o tamanho de nossa competências e capacidades. Unindo isto tudo, vale a pena projetar nossa confiança acima do que acreditamos ser nossas capacidades, e aí então o resultado é garantido, lógico com persitência e sem medo de errar. O erro é a melhor indicação de como fazer certo.

  • Rafael2:

    Creio que no momento que iniciam as novas chefias e direções nas organizações há sempre um clima de insegurança por parte delas visto a responsabilidade, e do papel desses indivíduos na formação de lideranças, profissionais de base na pirâmide pessoal atualmente tão necessários visto o ambiente competitivo atual requer tal diferencial dos profissionais. A confiança justamente contrapõe esse clima, assegurando a conexão dessas pessoas com a alta direção que, de uma maneira natural, ascendem-se à base de massa.

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