A radiação do seu celular está matando seu esperma?

Por , em 14.09.2016

Os rumores de que a radiação pode “fritar” os testículos dos homens existem desde que os celulares ficaram pequenos o suficiente para caberem no bolso das calças masculinas.

Mas há alguma evidência científica por trás disso?

Aparentemente, sim.

Revisão

Uma nova revisão analisou 27 estudos que investigaram os efeitos da radiação eletromagnética de radiofrequência sobre o sistema reprodutivo masculino.

Os pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Austrália, descobriram que 21 desses estudos relataram algum tipo de consequência negativa.

Os efeitos tendem a ser centrados principalmente em torno de uma diminuição da motilidade e viabilidade do esperma, bem como evidências de danos no DNA.

Calor

Anteriormente, não tinha ficado claro se os efeitos negativos na saúde de manter o telefone celular no bolso tinham a ver com a radiação em si, ou com o calor que os aparelhos produzem.

Um estudo feito por cientistas da Universidade Technion de Israel este ano constatou que os níveis de esperma de homens que mantinham seus telefones no bolso da frente ficaram gravemente afetados em 47% dos casos, em comparação com apenas 11% daqueles que não colocavam o celular no bolso.

Embora os pesquisadores tenham citado a radiação eletromagnética como uma preocupação, eles acreditavam que o principal culpado era o calor emitido pelo celular, que podia “cozinhar” o esperma.
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A teoria do calor como sendo o principal fator prejudicial é interessante, pois numerosos estudos não encontraram nenhuma evidência de que as ondas de radiação do celular causam câncer no cérebro, uma outra lenda urbana similar.

Os cientistas do novo estudo argumentam que o esperma pode ser mais sensível que outras células do corpo. Eles explicam que a “vulnerabilidade única da célula de esperma altamente especializada” é particularmente “suscetível ao estresse oxidativo”.

Os pesquisadores concluem a revisão dizendo que é necessária mais evidência direta e controlada para se ter uma resposta bem fundamentada. Com o mundo confiando cada vez mais em telefones celulares, é uma questão que os autores acreditam que deve ser definitivamente respondida em breve. [IFLS]

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