Relatividade geral de Einstein é observada pela primeira vez

Por , em 9.08.2017

Os cientistas aplicaram novas técnicas analíticas aos dados obtidos do Very Large Telescope (VLT) e outros telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO) nos últimos vinte anos. Esta nova análise, feita das estrelas orbitando o buraco negro supermassivo no coração da Via Láctea, revela movimentos que se desviam do que a física clássica prevê, apoiando os efeitos sutis previstos pela teoria geral da relatividade de Einstein.

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O buraco negro supermassivo mais próximo da Terra repousa a 26 mil anos-luz de distância no centro da Via Láctea e é quatro milhões de vezes mais maciço do que o Sol. Este gigante é cercado por um conjunto de estrelas que orbitam seu forte campo gravitacional – o local de testes ideal para a teoria geral da relatividade de Einstein e, de maneira geral, para a física gravitacional. É por isso que uma equipe de astrônomos recentemente aplicou uma nova técnica nos dados observacionais das estrelas, comparando as órbitas das estrelas realmente medidas com as preditas tanto pela gravidade Newtoniana clássica quanto pela relatividade geral.

A equipe descobriu dicas de uma ligeira mudança no movimento da S2, uma das estrelas. A mudança é pequena, apenas cerca de um sexto de grau na orientação da órbita e alguns por cento na forma da órbita, mas essas mudanças são consistentes com os efeitos relativistas previstos. Isso marca a primeira vez que a força dos efeitos relativistas gerais foi medida em estrelas orbitando um buraco negro supermassivo.

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Os instrumentos de ótica adaptável quase infravermelhos do VLT forneceram as medidas posicionais altamente precisas que eram vitais para o sucesso do estudo. A precisão dessas medições foi essencial, especialmente durante o período em que a S2 estava mais longe do buraco negro, porque esses dados permitiram que a equipe determinasse com precisão a forma inicial da órbita e como ela mudou à medida que a relatividade o influenciou. Este novo trabalho também forneceu medidas mais precisas da distância do buraco negro da Terra e sua massa.

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Esta pesquisa anuncia um momento emocionante para astrônomos em todo o mundo que estão observando o Centro Galáctico. Durante 2018, o instrumento GRAVITY, instalado no interferômetro do VLT, estará pronto para medir a órbita de S2 à medida que ela passa muito perto do buraco negro supermassivo. Isso deve revelar não apenas efeitos relativistas com mais clareza, mas talvez até uma nova física, conforme os astrônomos detectem variações da relatividade geral. [Futurism]

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