Saturno passando pela Terra, uma visão de morrer (literalmente)

Por , em 7.05.2014

Essa simulação científica mostra como o céu da Terra se pareceria se Saturno saísse de sua órbita e percorresse o interior do sistema solar até o sol, passando por nosso planeta no seu caminho.

Não que isso seja provável de ocorrer, ou sequer possível, mas é, com certeza, uma situação visualmente interessante.

Perto do sol, ficam quatro mundos: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Mais longe, ficam os gigantes Júpiter e Saturno. O vídeo abaixo mostra o que aconteceria se Saturno diminuísse o ritmo, saísse de órbita e passasse por nós em seu caminho até o sol.

Ele seria o objeto mais claro no nosso céu – mais brilhante até que a lua cheia. O planeta é tão grande que, mesmo a 55 milhões de quilômetros, teria uma forma distinta. Dessa distância, Marte para nós seria apenas um ponto. Mas veríamos Saturno perfeitamente, com seus anéis e tudo.

Meses depois, quando Saturno estivesse a 1,5 milhões de quilômetros de distância, veríamos até sua lua Titã. O planeta também iluminaria, fracamente, o lado escuro da nossa lua.

A um milhão de quilômetros, Saturno seria uma visão assustadora para nós. Conforme se aproximasse e se movesse para longe, seus anéis ficariam mais ou menos visíveis, e suas sombras mudariam.

O problema é que, além da vista incrível e da chuva de meteoros, muitas outras coisas iriam acontecer se Saturno de fato passasse por nós. Suas forças de maré, por exemplo, causariam estragos imensuráveis à Terra, e sua gravidade nos enviaria em um órbita mortal completamente diferente.

Mas, pelo menos, seria um belo jeito de morrer.

O vídeo, feito pelo canal Yeti Dynamics, usou ,hypescience.com/novas-e-belissimas-fotos-de-saturno/”>dados das sondas Voyager e Cassini, além de tabelas da União Astronômica Internacional, para criar as imagens. Curiosamente, os dados da Voyager e os dados da Cassini não correspondiam completamente, principalmente sobre os anéis (pode ter sido má intepretação do criador do vídeo), então a escolha feita foi criar uma imagem baseada numa mistura dos dados. A maioria dos tamanhos, velocidades e iluminação mostrados no vídeo são consistentes com a realidade, mas há pequenas “licenças”.

Vale lembrar mais uma vez que o vídeo é apenas uma simulação, tão científica quanto possível, de algo cientificamente improvável. Mas incrível. [Gizmodo]

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