Sentir a dor pelo outro é mais comum entre pessoas da mesma cor

Por , em 30.05.2010

Nosso cérebro tem um mecanismo de “solidariedade”. Quando vemos ou ouvimos alguém sentindo dor, é como se a sentíssemos também. Embora não exista dor física real, nossa reação e sofrimento é como se houvesse, por exemplo, se vemos alguém ralando o joelho ou quebrando um osso. Uma pesquisa na Itália formulou a tese de que essa “empatia da dor” é mais forte entre pessoas da mesma cor de pele.

Para chegar a essa conclusão, eles colocaram pessoas ranças e negras para assistir um filme em que pessoas apareciam sendo feridas. Entre os feridos no filme, também havia pessoas de ambas as raças, e a plateia teve a atividade cardíaca e nervosa medida durante o experimento. Resultado: os espectadores tinham alterações mais bruscas ao verem pessoas da mesma cor de pele sendo feridas.

E os médicos desconfiam que seja mesmo preconceito – e não apenas uma reação à cor – o que influi nesse efeito. Eles puseram na tela um dedo, pintado de roxo, sendo ferido, e ambos os grupos reagiram fortemente. Ou seja, não é que eles reajam mais intensamente à dor de sua raça, e sim, eles não se sensibilizam com o ferimento da outra.

Aspectos culturais à parte, eles acham que essa espécie de “preconceito biológico”, às vezes inconsciente, possa afetar a preocupação de um médico para um paciente. Se uma pessoa for atendida por um doutor da mesma cor de pele, sua dor será totalmente compreendida e sentida. Se forem de raças opostas, o médico, mesmo que não perceba, não sentirá a gravidade do problema com a mesma intensidade. É claro que você não deve deixar de ir ao médico se a cor de pele dele for diferente da sua, estamos no século XXI e a ética pode falar mais alto do que a biologia. [CNN]

12 comentários

  • gloria:

    Estudo besta, falho e racista, se assim fosse , as pessoas brancas ñ ligariam nem um pouco c\ as raças africanas q sofrem fome e desrrespeitos, muitas vezes chegamos as lagrimas ao assistir um documentários feitos c\ pessoas de cores da pele diferentes das nossas. Acima de qualquer coisa está o sentimento da solidariedade entre os seres vivos, se doe em mim q sou de carne e ossos doe tbm nos outros q tbm sáo feitos do mesmo material, carne e ossos.

  • Rodrigo Paim:

    As pessoas precisam parar de hipocrisia, a matéria não diz que devemos ser racistas, que devemos nos separar em brancos e negros, só dizem que é natural que a gente se identifique melhor com pessoas da mesma etnia, apenas isso, não vejo de que forma essa afirmação incita preconceito e intolerância racial !

    • Julio Cesar Olyntho:

      Perfeito, amigo!

  • Hanariel:

    É incrível a quantidade de gente ignorante utilizando-se do site, qualquer um que estude sabe que informações conceitos podem se passadas de forma hereditária, sendo assim, o racismo podee é bem provável que seja biológico.

  • Nathalia:

    todos os moralistas acima, achando que o blog está totalmente errado, assim como a matéria, acusando de racismo e blá blá blá.
    MAS QUE BOBAGEM!
    o ser humano está, logicamente condicionado a compadecer da dor de pessoas que se parecem consigo mesmas, isso nós carregamos na genética, onde povos da mesma tribo, ou sociedade, seja lá o que for – que, por consequencia, se pareciam – protegiam uns aos outros.
    vamos parar de ver o mundo quadrado.

  • Matheus:

    Pronto: O Mundo acabou.

    O preconceito é biológico, então se é biológico não podem me culpar de ser racista, certo? ERRADO!

    Que matéria ridicula, e que pensamento de gente pequena… Credo, e ainda dizem que a ‘ética humana’ não vai permitir a separação…

    Lamentável. A matéria, e esse blog ridiculo.

  • Vítor:

    Espero que isso não parece um comentário pseudo-moralista tosco, mas o conceito de raça aplicado para dividir seres humanos por cor, como foi mencionado nos comentários acima, é incorreto.

    Eu sempre acho meio estranho o uso de termos como “preconceito biológico”, porque me faz pensar que os fatores culturais estão sendo deixados de lado. Seres humanos estão sempre se dividindo em grupos. Me pergunto se em grupos mais específicos (e.g. tribos urbanas, pessoas de mesma nacionalidade) esse regra de “solidariedade” também se aplicaria.

  • Vera:

    O correto é etnia e não raça…

  • Beatriz Beckert:

    Ora pois, só faltava essa desculpa para dizer que há preconceito.
    Não concordo, pois sempre houve e sempre haverá preconceito de raças, mesmo que a gente queira dizer que ele é inconsciente!

  • Marcus:

    Se um branco e um negro verem o Michael Jackson sendo ferido, qual sente mais dor?

  • Celso C:

    Em parte, pode ser verdade. No Brasil, por exemplo. Mesmo havendo tanta miscigenação isso pode ser sentido.

  • Raphael:

    “Preconceito biológico”? Só falta isso se tornar justificativa para o racismo espalhado pelo mundo, se espalhando a idéia de que seria um fator “natural” das pessoas. E não vem me dizer que a “ética” humana não irá permitir isso.

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