Teoria da Relatividade: brecha pode permitir velocidade mais rápida que a luz

Por , em 16.05.2013

Na saga original de Star Trek/Jornada nas Estrelas, a nave Enterprise era capaz de atravessar galáxias em questão de dias, mais rápido do que a luz seria capaz – algo que, nas palavras do Sr. Spock, era “altamente ilógico”. Décadas mais tarde, cientistas do mundo real investigam uma maneira de realizar viagens como essa fora da ficção.

Teoria da Relatividade de Einstein

De acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein, nenhum objeto com massa pode atingir ou ultrapassar a velocidade da luz, já que isso demandaria uma quantidade absurda de energia. Em Star Trek, essa regra era burlada graças a um dispositivo “matéria-antimatéria”, que podia gerar energia suficiente para que a Enterprise atingisse a “velocidade de dobra”, mais rápida que a luz. Contudo, mesmo um aparelho como esse, de acordo com as leis da Física, não poderia gerar a energia necessária.

Na década de 1990, porém, o físico (e fã de Star Trek) Miguel Alcubierre propôs um modelo teórico no qual seria possível viajar mais rápido do que a luz (e sem um “dispositivo matéria-antimatéria”), aproveitando a flexibilidade (já observada) e a falta de massa do espaço.

De acordo com Alcubierre, a nave não se deslocaria à velocidade da luz; ao invés disso, o espaço à sua frente se contrairia e o espaço atrás dela se expandiria, enquanto a nave estaria dentro do que o físico chamou de “warp bubble” (algo como “bolha de distorção”). Essa ideia, embora ainda não tenha sido executada, foi incorporada pelo seriado “Star Trek: The Next Generation”, dos anos 1990.

Em busca da bolha

Para produzir uma bolha de distorção, seria preciso aplicar energia negativa (criada no vácuo) em torno da nave, obtida por meio da distorção de ondas eletromagnéticas presentes no vácuo – algo que um grupo de pesquisadores do Centro Espacial Johnson, da NASA, pretende fazer em laboratório.

Liderada pelo físico Harold “Sonny” White, a equipe emite lasers em dois tipos de ambiente (um no vácuo e outro “normal”) para ver se ocorrem distorções no espaço. O problema é que, por causa da precisão necessária no experimento, mesmo um tremor de terra quase imperceptível pode interferir nos resultados. Por isso, os pesquisadores transferiram os equipamentos para um laboratório isolado sismicamente. Agora, falta recalibrar tudo, para poder continuar com os experimentos.

Ainda é cedo para dizer quando (e se) seremos capazes de viajar mais rápido que a luz, mas Sonny e sua equipe permanecem convictos.[Space.com]

6 comentários

  • Alberto Carvalhal Campos:

    Velocidade superior a da luz deve existir sim. Como explicar observações de objetos luminosos, com 4 e até 5 vezes a velocidade da luz, observados no espaço. Também a ação fantasmagórica a distância e a velocidade da gravidade que pode ser instantânea, segundo Newton e que está voltando ao banco dos réus.

    • Cesar Grossmann:

      Não tem “objeto luminoso com 4 e até 5 vezes a velocidade da luz”. Newton não conseguia sequer entender como funcionava a ação à distância da gravidade (bom, até hoje tem muita gente que não entende).

  • Dinho01:

    Só uma coisinha:Star Trek-The Next Generation estreou nos Estados Unidos em 1987.

  • WalterZ:

    Pois é.

    Na física quântica ou na relatividade está a esperança da superação da velocidade da luz.

    O entrelaçamento quântico parece comprovar que pelo menos a informação pode viajar mais rapidamente que a luz. Mas informação não tem massa.

    A teoria do Big Bang só se sustenta se a hipótese da “expansão do espaço” for verdadeira. Ou seja, todos nós ( pelo menos a matéria que forma o nossos corpos) já viajamos a uma “velocidade aparente” superior a velocidade da luz, nos primórdios do universo. “Aparentemente” porque na verdade em relação ao espaço a velocidade era inferior a velocidade da luz, mas para um observador que estava em um ponto do espaço observando outro ponto, ele percebia este ponto se afastando a uma velocidade maior que a da luz.

    Mas tem uma distancia colossal entre comprovar que velocidades superiores a da luz são possíveis e viajar a velocidades superiores a da luz!!

    Por exemplo, não há nada nas leis da física que nos impeça de viajar, por exemplo a 50% da velocidade da luz. Mas a maior velocidade já atingida por uma sonda espacial foi algo em torno de 80.000 km/h o que corresponde a menos de 0,01% da velocidade da luz. Uma coisa é o limite físico, outra muito diferente é o limite tecnológico.

  • Fernando Ramos:

    Já há muitas vozes a referir este aspecto da teoria da relatividade (e outras até).

    Em Portugal o físico João Magueijo escreveu o livro “Mais Rápido que a Luz” em que apresenta os cálculos que suportam a sua teoria.

    Com as descobertas que se têm verificado nos últimos anos, é natural que o conhecimento das leis da física tenda a ser “alterada”.
    Aquilo que se pensava ser é apenas uma espécie de suporte temporário para a nossa evolução.
    Com o aparecimento da teoria quântica e da sua comprovação em alguns testes a física actual vai sofrer uma grande mudança.
    Os únicos obstáculos são, principalmente, a velha guarda da ciência que tem dificuldade em aceitar essas mudanças/novidades.

  • Frederico Augustos:

    Armar bancos phaser e torpedos fotônicos!!!!

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